Sofá

" Mas a Lílian anda, não!" Pensou Tiago Potter enquanto arrumava o sofá, pois era lá que passaria a noite: "O que foi que eu disse? Nda. Para variar eu não consigo entender ela. Sempre assim, ela não muda nunca!" O que não era bem verdade e ele sabia.

Ele ainda estava resmungando com seus botoes enquanto se deitava mas refletia sobre esse último pensamento. Será que ela não havia mudado nem um pouquinho, mesmo com todo o tempo em que estavam juntos? Deitado, estava se lembrando do dia em que Lílian lhe disse que preferia a Lula-Gigante do lago de Hogwarts do que ele. " Não é o que me parece Sra. Potter" Com esse pensamento ele sorriu, ele sabia quantas vezes tinha repitido para si mesmo que um dia Lílian seria sua Sra. Potter, principalmete anos dias em que ele tinha sérias dúvidas de que isso iria acontecer. "Olha ela aqui... É não muito né... Olha só para você", ele tinha percebido que ele estava deitado no sofá, porque tinha brigado com Lílian do mesmo jeito que brigava quando eram estudantes, e que como sempre, ele estava fazendo o que ela mandara, estava completamente no chinelo.

No dia seguinte, ele amanheceu com uma dor no pescoço, quando subiu para ver o filho Lílian estava já noquarto do bebê, pelo visto estava de pé havia horas, quando entrou no quarto ela não disse nada, mas o fuzilou com os olhos.
Era o mesmo olhar que ela lhe lançava a três ou quatro anos atrás, naquele tempo Tiago sorria, como se estivesse gostando, desta vez porém, ele estava aborrecido. O Sr. Potter se aproximou do berço de Harry o olhou para o rostinho do filho, naquele instante, ele achou que se um dia ele e Lílian brigassem daquela forma na frente dele, ele provavelmente cairia na gargalhada. Pelo menos era isso que Tiago esperava.
Ele desceu e foi para a cozinha, lá era seguro por enquanto. Ele apanhou algumas salsichas e ovos, no armário pegou duas frigideiras, os fritou e os comeu. Quando foi lavar a louça olhou fixamente para as panelas, imaginando se Lílian relaxaria um pouco se ele deixasse o café da manhã ponto para ela, resolveu tentar e com a varinha acendeu o fogo novamente. Usando um feitiço convocatório, amparou com as mãos um prato que veio voando em sua direção, depositou nele os ovos e as salsichas, esquentou o chá, e cobriu o prato com uma tampa.
Ele ia subindo para o quarto quando Lílian vinha descendo as escadas, indo em direção a cozinha, ela passou reto por ele, novamente sem lhe desejar o habitoul: "Bom dia meu querido". 
Tiago se vestiu apressadamente, e voltou para a cozinha,onde encontrou a mulçher bebendo e comendo de tudo, menos do chá e as outras coisas que ele preparara.
- Eu estou saindo, fiqeui de ver o Sirius hoje. Talvez eu demore um pouco, qualquer cois eu mando um Patrono se eu não voltar até o meio dia.
Lílian não fez nenhum sinal de que tinha escutado.

Quando chegou na casa de Sirius, pensou que o amigo tivesse enfrentado sozinho pelo menos meia duzia de bruxos das trevas.
- Foi quase isso. - respondeu Sirius quando o amigo expôs seu espanto. - Você não acreditaria mesmo que eu contasse. Mas vamos deixar isso para lá. Me diga, o que tem acontecido com você, Lílian e o filhão?
- Eu e ela brigamos.
Sirius que estava segurando uma xícara de chá engasgou.
- Esquisito, vocês não brigam já faz o que? Dois meses?
- Por aí - respondeu Tiago, agora pensando que era realmente estranho Lílian ter se estressado por tão pouco.
- Qual o motivo da briga dessa vez?
- A Tonks.
- A Tonks? - perguntou Sirius incrédulo. - Por que Diabos a Tonks foi parar na conversa de vocês?
- Nem imagino. Ela veio me perguntar se você tinha notícias dela.
- Ela está preocupada. - respondeu Sirius.
- Deve ser, mas mesmo assim, a Tonks já é bem grande para se cuidar sozinha.
- Verdade, mas eu ainda não imagino como ela foi parar na discução.
Tiago parou  xícara a meio caminho da boca. Como se tratava da prima de Sirius, ele decidiu que não repetiria para o amigo o que dissera de Tonks ontem á noite.
- Eu também não sei bem ao certo, afinal nenhuma briga entre mim e Lílian é certa. Mas você tem tido noticias da su prima? - disse Tiago.
- Não. - respondeu Sirius. - Mas o que mais me preocupa é o que vai acontecer quando ela voltar. Ela não anda de bem comigo, e com Remo ela é capaz de explodir, a sorte dos dois é que Remo voltou a trabalhar, senão... a briga deles ia ser difícil de por fim. Você e Lílian gritam um com o outro, mas e no caso da Tonks que envolva a varinha? Não, as minhas esperanças são que ela volte calma.
- É... - respondeu Tiago absorto em seus pensamentos.
Agora que Sirius havia dito isso, ele percebeu que fora injusto da parte dele ter dito o que disse a respeito de Tonks e Remo, afinal, se eles não estavam juntos (e Lílian estava certa a respeito disse, mas ele fez o possível para não admitir), era culpa de Remo.
 

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