A Pedra Filosofal



                                          A pedra filosofal


 


     Era mais de meia-noite, e todas as pessoas já estavam em suas casas, dormindo tranquilamente. O que por sinal deixava aquela rua também tranqüila, e deserta. Perfeita para uma chegada silenciosa. Mas ela não foi tão silenciosa assim.


      Do nada três chicotadas se fizeram no ar, todas ao mesmo tempo, e um de frente ao outro, desaparataram nesse instante, quatro pessoas e um elfo no meio da rua que costuma ter sempre um transito intenso, mas agora estava na paz, a Brompton Road.


       Nela desaparataram Victor, de mãos dadas a Cristina, Denis, ao lado do elfo doméstico Timber, e Puff, por sua vez, sozinho. Os três se olharam e num segundo os três sacaram as varinhas apontando-as para os seus companheiros de equipe.


       Victor foi o primeiro a se pronunciar:


        - Qual é a senha para se entrar na Ordem da Fênix?


        Denis não disse nada, apenas se afastou até a porta, abriu-a com a mão e conjurou:


        - Expecto Patronum!- e uma lontra azul-prateada se formou no ar com sua aparência gasosa, deu três rodopios e se lançou pelo extenso corredor enfumaçado. Logo a fumaça preta alcançou a porta, e sumiu, abrindo a verdadeira imagem do corredor da casa deles. A Nova Ordem da Fênix.


         Todos eles se encaminharam para a porta, e atravessaram o corredor. Ao chegar à porta da sala, eles tiveram tempo de ouvir apenas um grito agudo e Cristina sentiu um abraço forte, de quem ela nem pode ver, mas os garotos não fizeram nada, pois era Amanda.


         Escorreu lagrimas dos olhos das duas, que ficaram emocionadas, e não tinham palavras para descrever os sentimentos que tomaram conta delas naquele momento.


          Lupin se aproximou delas, e as encaminhou para o quarto de hospedes, para que pudessem conversar às sós. Ao voltar, ele viu a expressão de felicidades dos garotos e perguntou:


          - Como foi à missão? – ele já sabia o resultado, mas tinha que perguntar.


          - Um sucesso! – já pronunciara Victor.


          - Que ótimo! Deixe-me ver os resultados.


          Nesse instante, os três tiraram os livros de suas mochilas e as colocaram em cima da mesa, e Lupin deu um sorriso largo, de quem não consegue controlar a própria felicidade.


          - Agora sim, podemos fazer algo a respeito de McEffron. – disse Puff, sorridente.


          Victor já foi abrindo um livro e começando a ler, quando Lupin os interrompeu:


          - Não mexa nisso agora, garoto. Amanhã teremos muito tempo pra isso. Vá descansar vocês tiveram uma semana difícil.


          - Não antes de comermos algo! – e Puff saiu correndo pra a cozinha. Os outros três começaram a rir, e logo se dirigiram pra lá também. Victor apenas pegou algumas frutas e saiu da cozinha e se dirigiu a seu quarto, que para sua surpresa, encontrou Cristina o esperando na porta.


         - Eu queria lhe agradecer... – ela estava vermelha, com um enorme sorriso.        


         - Não precisa agradecer... Qualquer um teria feito o que fiz.


         - Não, não teria. Eu sei que qualquer um teria feito alguma coisa por mim, mas enfrentar tantas pessoas e um meio-gigante pra me proteger. Só você mesmo.


          - É... Sou obrigado a concordar. – e os dois riram e se olharam no fundo dos olhos, de modo que nada pudesse estragar aquele momento. Os dois se aproximaram... E aproximaram e...


          - Por que você não come mais Victor? – era Puff, que chegou com dois pratos de comida na mão, sem perceber que eles tinham se afastado rapidamente.


          - Vou comer sua cabeça, seu idiota! – disse Victor, se segurando pra não xingá-lo por atrapalhar aquele momento.


           - Acredite, a comida do Timber é bem melhor que a minha cabeça. – e ele mesmo caiu na gargalhada.  – Por que você não prova um pouco? – se dirigiu a Cristina.


           - É... Acho que vou comer um pouco. – e ela ia saindo de fininho, quando Victor chegou ao seu lado e ia se dirigindo à cozinha também.


           Puff foi para seu quarto sem perceber os olhares dos dois que iam à cozinha.


           Denis foi direto ao corredor que ia para quarto de hospedes, e sabia que ela estaria lá. Apenas sabia. Ele bateu na porta, e ela veio recebê-lo. Assim que abriu a porta, ela deu um grito agudo de um segundo e deu um abraço forte no garoto. Eles ficaram abraçados por alguns segundos, apenas sentindo aquele momento. Depois eles se afastaram um pouco, e ele perguntou a ela:


           - Como foram os dias por aqui?


           - Comuns... Aprendi bastante nesses dias. Depois nós vamos treinar um pouco, pra você ver como eu estou boa.


           - Sim... Quero ver o que você aprendeu.


           Ele ouviu passos, e viu Cristina se aproximar para chegar ao seu quarto. Ela cumprimentou o garoto e entrou no quarto e perguntou à Amanda:


            - Você vem agora?


            - Ah, sim. Já estou indo. – e Cristina fechou a porta.


           - Bem se você está indo... Vou dormir também. Boa noite. – disse o garoto sem jeito.


           E quando ele estava virando seu corpo à garota o puxou pela mão e sentiu o corpo dela se aproximar do seu, dando um forte abraço. Ela sussurrou em seu ouvido:


           - Boa noite... Até amanhã. – e ela deu-lhe um beijo no rosto.


            E ela entrou em seu quarto. Denis se dirigiu para o seu também, e ouviu apenas o barulho de Puff roncando. E ali se fez uma boa noite pra todos. Todos naquela casa dormiram felizes, com a alma limpa, e sorrindo, pois haviam adquirido não mais uma simples vitória, mas agora era uma grande vitória. Mais um passo para a vitoria.


            Já na manha seguinte Denis acordara primeiro que todos, saia do seu quarto indo em direção a cozinha, quando se encontrou com Victor no corredor que saia de seu quarto.


          - Bom dia. – disse Denis.


         - Bom dia, estava mesmo querendo conversar com você.


         - Sobre o que? Algo de errado com a missão?


         - Não a missão foi concluída, porem temos que descobrir o mais rápido possível o que contem aqueles livros, para nos tornarmos mais fortes. McEffron esta cada vez mais poderoso e não acredito que ele quer apenas extinguir a raça dos trouxas. – Disse Victor em tom sério.


         - Nunca acreditei nisso também, Após o café você Puff e eu nos reuniremos e começaremos a descobrir os mistérios dos livros.


          


         McEffron estava em sua casa, ou melhor, sua mansão, tomando seu café da manhã. Elfos andavam pela casa de um lado para o outro, evitando fazer barulho para não chamar a atenção de seu mestre. Logo um homem de casaco tocou a campanhia do seu portão de grade. O Ministro apenas olhou pela janela e disse a algum de seus elfos:


         - Deixem-no entrar.


         Um elfo desaparatou e o portão se abriu. Esperou-se alguns segundos e o homem chegou ao cômodo em que Ministro estava. Ele era alto e magro. Velho e possuía um jeito nobre de se dirigir às outras pessoas. Vestia um, sobretudo bege, que significava que era um dos funcionários do Setor de Construções Mágicas, que era quem criava as obras de construções no mundo bruxo em Londres.


         O homem fez uma reverencia e disse em voz baixa:


         - Senhor Ministro.


         - Pode ir direto ao assunto, senhor Mason.


         - Tenho uma boa noticia.


         - E porque não disse ainda?


         O homem engoliu em seco as palavras ríspidas e então disse:


         - O coliseu está pronto. – Disse o homem.


         - Ótimo. Mande publicar na primeira pagina do Profeta Diário, hoje a noite ele será inaugurado.


         Mason fez uma referencia pronto para se retirar quando McEffron interrompeu seus passos:


         - Você a encontrou?


         Mason exitou ao se virar, pois o medo havia tomado conta de seu corpo.Mesmo assim ele respondeu:


         - Não senhor, mas temos pistas confiáveis e temos gente trabalhando noite e dia.


         - Assim espero. Pode ir agora. – disse friamente.


         Mason fez uma reverencia e se dirigiu para o portão de saída da mansão, e ao chegar nele, desaparatou.


 


         Os garotos acordaram cedo no outro dia, principalmente Denis , que teve uma seção de tratamento mágico no seu braço quebrado, que para sua felicidade, se recuperou rápido, tendo que ficar apenas dois dias sem usar o braço.


         Como não podia fazer os treinamentos, ele estava lendo o livro e traduzindo os livros que não pertenciam `a sua língua. Amanda os ajudava nesse trabalho, já que sabia ler algumas outras línguas.


         Victor, a cada página lida ia para a Sala 11D, ver se havia aprendido alguma coisa. Puff pegou o livro de Victor, sobre o Príncipe Mestiço, e foi treinar as poções que haviam nele.


         Cristina tentava em vão descobrir alguma coisa que pudesse saber para ajudar Victor à desenvolver o feitiço, mas este estava com problemas. Algo não estava certo.


         Alguns minutos depois, Amanda chega ofegando na Sala 11D:


         - Venham rápido para a sala. Puff descobriu alguma coisa.


         - Isso não pode ser bom. – comentou maldosamente Victor.


         E eles se dirigiram para a sala. Ao chegar lá, se depararam com Puff sorrindo mais do que cabia e seu rosto, e em suas mãos o livro do Príncipe Mestiço aberto em uma página com comentários escritos à mão.


         - O que tem de mais nesse livro? Achei que só havia poções nele? – disse Victor.


         - Eu também achei que era, mas olha só isso aqui. – e ao se aproximarem do livro, viram o que estava escrito à mão: “Sectumsempra – para inimigos”. – Aposto que é um feitiço.E tem outras citações dele também aqui nesse livro.


         - Mas ai não explica como fazê-lo. – disse Denis. – Não é só chegar e pronunciar o feitiço. Temos que descobrir como fazê-lo.


         - Eu posso fazer isso. – se pronunciou Cristina. – No clube, era eu que treinava os garotos mais novos, já tenho uma experiência em treinar feitiços.


         - Isso não tem nada a ver, mas eu agradeço. Mas você vai com Victor. Não sabemos os efeitos desse feitiço.


         Victor se dirigiu à Sala 11D, e Cristina foi atrás dele até a sala. Passado algum tempo, Puff se dirigiu para lá também pois percebeu que estava sem seu livro de feitiços. Ao chegarem na sala, Cristina foi logo dizendo :


         - Eu serei a primeira a tentar. – Disse ela confiante.


         Victor assentiu olhando para Puff sem dizer nada. Cristina  se posicionou em direção a um boneco um tanto grande e pronunciou:


         - Sectumsempra! – e a expectativa se formou em volta, mas nada aconteceu.


         Ela ficou sem entender, mas prestou atenção em Puff. Ele mirou, respirou fundo e pronunciou:


         - Sectumsempra! - a varinha de Puff vibrou, mas logo parou, não acontecendo nada.


         Ele ficou olhando para a varinha, sem entender porque o feitiço não dera certo. Cristina tentou de novo, e dessa vez, Victor se moveu e conjurou o feitiço:


         - Sectumsempra!- e dessa vez a varinha vibrou e soltou um lampejo fino, que despedaçou em vários pedaços o boneco de treinamento. Todos ficaram espantados com a habilidade que ele exercera em tão pouco tempo.


         E assim se foi a tarde deles, treinando o novo feitiço. Denis e Amanda ficaram lendo os livros que ele pegara da Biblioteca do Ministério, mas sem grandes resultados.


         - Não estamos chegando em lugar algum não é? – questionou Amanda.


         - Bem... Não agora. – comentou ele. – Mas vamos chegar em algum lugar ainda.


         - Você sabe ler outras línguas? – perguntou ela.


         - Algumas... Antigas. Victor também é bom em línguas.


         - Vocês são muitos misteriosos, sabiam?


         - Bem.. Isso é demais. – sorriu ele.


         Alguns minutos depois, Victor chegou perto deles na mesa.


         - Já aprendeu o feitiço novo? – perguntou Denis.


         - O que você acha?


         - Como eu imaginava. – disse ele.-  E o Puff?


         - O que você acha? – os dois riram do comentário.


         - Agora que você aprendeu o feitiço estranho do livro de poções. – ele ergueu uma sobrancelha. – Você pode ficar aqui tentando traduzir algum desses livros.Se tiver algum pequeno resultado, é só me chamar.


         - Essa não é uma das minhas ações preferidas, mas vamos lá, não é? Tudo para derrotar McEffron. – ele deu um suspiro profundo.


         - À noite eu retorno aqui. – Amanda ficou surpresa.


         - À noite? Você acha que vai aprender um feitiço novo em poucas horas?


         - Sim. – disse ele sinceramente. Ele pegou sua varinha no bolso e saiu em direção à Sala 11D.


         - Amanda, você deve ir também. – ordenou Victor.


         Ela foi sem ao menos olhar pra trás. Logo Lupin sentou-se à mesa junto de Victor e pegou um dos livros também. ele começou a ler um deles, e assim se foi o resto da tarde deles, lendo e treinando.


         O sol se pôs, e um pouco depois, a porta da Sala 11D se abriu e Victor apareceu por ela.


         - Denis, encontramos algo. - na mesma hora Cristina, Puff e Amanda pararam o que estavam fazendo. Menos Denis, que acabara de conjurar:


         - Sectumsempra!- e um lampejo se fez e cortou em vários lugares, despedaçando o boneco de treinamento. – Aprendi. – disse ele olhando para Victor.


         - Encontramos uma coisa que você precisa ver.


         Denis saiu da sala e foi com Victor até a mesa, onde Lupin ainda estava sentado, com um dos livros abertos.


         - O que você descobriu? – questionou Denis.


         Lupin levantou o livro, e Denis viu a capa: As Aplicações Médicas dos Itens Mágicos.


         - É um livro diferente esse ai! – disse Denis. – O que ele tem de especial?


         - Bem, ele fala sobre as aplicações dos itens mágicos na medicina bruxa. – tomou a palavra Lupin.


         - Isso eu podia deduzir sozinho. – disse Denis. – O que mais ele tem de especial?


         - É que o autor fala sobre testes com a Pedra Filosofal. – Denis começou a ficar mais interessado.


         - E o que ele fala sobre a Pedra?


         - Ele fala sobre sua a capacidade dela de transformar metais em ouro, ela tem o poder de regenerar células que poderiam se dizer mortas. É por isso que ele estava pesquisando sobre ela. Parece que ela tem o poder de um canalizador de energia, e por isso os feitiços usados perto dela são mais poderosos que o normal.


         - Ela absorve energia do ambiente, e depois o transfere para a varinha. – começou a entender Denis.


         - O que pode dar errado com ela então? – perguntou Victor.


         - Um canalizador sem um controle pode ter efeitos colaterais. Se não controlar a quantidade exata de energia, ela pode causar danos. – disse Denis.


         - Aposto que McEffron vai querer encontrar essa pedra. – Disse Victor.


         - Temos que encontrá-la primeiro, mas como? – comentou Lupin.


         - Bem , se alguém pode escrever tanto sobre a Pedra, deve ter estado tempo suficiente com ele para desenvolver pesquisas. – começou Denis.


         - Mas pelo que sabemos, apenas Flamel e Dumbledore tinham acesso à Pedra. – disse Puff que acabara de chegar.


         Amanda e Cristina haviam chegado junto com Puff.


         - Devemos estar deixando alguma informação passar... – comentou Lupin.


         Eles ficaram em silencio alguns segundos, mas Amanda deu sua palavra:


         - Deve ser algum assistente do Flamel.


         - Flamel não trabalharia num projeto destes com apenas um assistente. Ele deve ter sido outra coisa, alguma espécie de amigo. – disse Victor, com a mão sobre o queixo, pensativo.


         Amanda se aproximou de uma vez e pegou o livro das mãos de Lupin, e fechou-o, observando a capa de couro vermelho.


         - Isaac Foster. É o autor do livro. – disse ela, como se estivesse sendo significativa.


         - E quem é Isaac Foster? – perguntou Puff.


         - É um renomado médico bruxo. Foi diretor do Saint Mungus depois da guerra. – comentou Lupin.


         - E quantos anos ele tinha? – disse Denis.


         - Tinha? Ele está morto? – questionou Puff.


         - Provavelmente. O livro data de 50 anos atrás. – disse Amanda, lendo no editorial do livro.


        - Esse deve ter sido o último trabalho dele antes de falecer. Ele deve ter deixado como um legado, para os futuros médicos. – disse Victor.


        - Mas voltando ao assunto principal – interferiu Cristina. – O que esse homem morto tem a ver com isso tudo?


        - Se esse homem escreveu tanto sobre essa pedra, provavelmente, ele a possuía. Só temos que descobrir o paradeiro dela agora, e ele seria de grande ajuda. – respondeu Denis.


        - Ele está morto! Não tem como revivê-lo pra buscar informações! – se exaltou Cristina.


        - Você está muito nervosa Cristina! – reclamou Victor. – É por isso que estamos reunidos aqui. Pra discutir o que fazer agora.


        Ela se calou e ficou mais séria, Amanda pôs o livro sobre a mesa, Lupin tomou fôlego pra falar:


        - Se esse livro foi mesmo deixado como legado, alguém em Saint Mungus deve saber alguma coisa sobre esse Isaac Foster.


        - Não podemos ir em Saint Mungus! Somos procurados! – alertou Puff.


        - Possuímos uma fonte de informações da Ordem lá. – disse Lupin.


        Os três garotos arregalaram os olhos e puseram as mãos na frente da boca, como se tivessem visto algo horrível. Amanda e Cristina não perceberam.


        - Sora! – disseram os três em uníssono.


        - Sora? A diretora do hospital? Ela é a fonte de vocês? – perguntou Cristina, deslumbrada.


        - Sora Fray é uma das nossas fontes, e foi também uma das professoras dos garotos. – respondeu Lupin. – Hoje ela é diretora do Saint Mungus.


       - E porque o espanto deles? – perguntou Amanda.


       - Ela não foi a professora mais amável que eles tiveram nesses últimos anos. – respondeu sorrindo, Lupin.


      - Amável? Ela não foi nem um pouco amável conosco! Ela nos torturava, isso sim! – se indignou Puff.


      Lupin gargalhou alto.


      - Isso não é verdade! Ela só era um pouco rigorosa com vocês! – ele se dobrava de rir.


      - Rigorosa? Ela era maléfica! Não nos deixava em paz um minuto! – voltou a falar Puff. – Toda hora nos mandando em todos tipo de treinamento estranho! E se não conseguimos, ela nos fazia ficar sem o jantar e sem o café da manhã e sem...


      - Sem comida. Por isso ele está tão indignado. – riu Lupin.


      - Não era só por causa do comida. – dessa vez era Denis. – Ela era realmente muito rigorosa. Cortava tudo que nós considerávamos bom, e sempre passava treinamento impossíveis.


      - Sem contar o mau humor. – falou Victor.


      As garotas não entendiam o porque de tanto medo de uma médica, enquanto Lupin caía da cadeira de rir das lamentações dos garotos.


      Em alguns segundos ele se ergueu e tomou ar para se pronunciar:


      - Mas então ficará decidido. Vocês vão atrás de Sora, pra saber se ela tem alguma informação sobre Foster e ver o que conseguimos.


      - Eu me recuso a ir atrás de Sora! – reclamou Puff.


      - Então está decidido, Denis e Victor vão atrás de Sora nos Saint Mungus.


      - NÃO! – se fez em uníssono dos quatro jovens presentes na reunião, ficando apenas Puff calado dessa vez.


      - Por que não? – perguntou Lupin, interessado.


      - Eu quero ir também! Posso ser de grande ajuda! – disse Cristina.


      - NÃO! – disseram todos os presentes de uma só vez, dessa vez ficando em silencio apenas Amanda.


      - Você é muito pouco treinada pra isso. Não vamos por você na rua pra uma missão. – explicou Victor.


      Um brilho se fez no olhar de Amanda.


      - Você também não vai Amanda! – disse Victor, cortando-a.


      Elas começaram a resmungar e Lupin tomou a palavra de novo:


      - Então, qual de vocês vai? Victor ou Denis.


      - Tem que ser uma escolha justa. – disse Puff.


      Eles se olharam sérios, ergueram as mãos e disseram em uníssono:


      - JO KEN POU! – Denis colocou pedra, e Victor papel, fazendo uma comemoração.


      - Droga! – xingou Denis. Ele pensou em algo pra dizer, mas nada veio em sua mente, então ele deu um soco no ar.


      - Você vai amanhã á noite. Arrume suas coisas. Vou mandar uma coruja pra Sora, avisando sobre sua visita na casa dela amanhã.


      Ele saiu resmungando e foi até seu quarto.


 


      Na mansão McEffron, estavam dois vultos conversando na frente do portão. Um deles era bem alto, e corpulento, o outro, era tamanhão médio, mas sua voz era imponente.


      - Você encontrou quem eu estava procurando?


      - Encontrei milorde. – respondeu o homem corpulento. – Mason me passou as informações que você buscava e eu consegui encontrá-la.


      - Ótimo! – ele comemorou. – Sabia que você não me decepcionaria dessa vez. Você tem se mostrado um ótimo subordinado desde o seqüestro de Olivaras.


      - Obrigado milorde. Sua gratidão é uma grande compensação pra mim.


      - Mas não se exalte. Você ainda não capturou aquelas crianças. E elas estão tramando alguma coisa contra mim.


      - Já estou providenciando sobre isso também, milorde. Quando elas derem as caras de novo, elas vão morrer. Pode ter certeza.


      - No momento elas não são tão importantes. Tenho outros assuntos que devem ser cuidados. Quem foi buscá-la pra mim? – disse ele cerrando os olhos.


      - O próprio Oliver, meu parceiro de buscas.


      - Tenho certeza que será um sucesso.


      - Sem querer faltar com respeito ou duvidar do senhor... – ele ergueu a sobrancelha, o indicando a continuar. – Você confia que ela fará o que o senhor deseja?


      - Sim. Eu farei ela fazer sem pestanejar. – ele deu meia volta, em direção ao portão da mansão, enquanto o outro se virava para o lado oposto. – Agora eu irei à festa de Inauguração do Coliseu de Azkaban. Nos vemos depois, Maulcom.


      - Com sua licença senhor Ministro. – E Maulcom desaparatou da frente do portão.   


        


        


      


          


           


              


 


           


               


              


 

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