Tom Riddle.
NOTA: A fanfic começará narrando - através do livro que Hermione encontrou - a conturbada história de amor entre Morgana Gaunt e Tom Riddle, no ano de 1940. Depois acabará por se tornar uma história ToMione (Tom Riddle + Hermione Granger) com o desenrolar dos fatos. Para os efeitos da história, é desconsiderada a trama sobre o diário de Tom Riddle em "A Câmara Secreta". Consideremos que já enfrentaram Voldemort até o Quinto Ano, mas agora é que estão buscando descobrir sobre o passado e verdadeira identidade dele.
* * *
— Como um livro é capaz de fazer isso? — Questionou Hermione a si mesma, intrigada com a situação.
Estava no dormitório feminino da Grifinória, o qual jazia vazio, exceto pela sua presença. Era engraçado para ela pensar que todos estavam se divertindo no vilarejo de Hogsmeade enquanto ela estava ali, tentando entender um livro que a estava levando à loucura. Real insanidade.
Como imaginava - e comprovou em rápidas olhadelas - o livro sobre bruxos famosos da história não continha nada de muito interessante sobre Voldemort, exceto seu verdadeiro nome. Hermione o leu mais uma vez antes de fechar as letras numerosas: Tom Marvolo Riddle. Já o havia ouvido antes, mas onde? Não sabia responder.
— Hermione? — Uma voz feminina chamou à porta, seguida de um rosto familiar. — Harry gostaria de falar com você. Ele está te esperando lá em baixo, próximo ao quadro da mulher gorda.
A morena parou por alguns instantes, olhando para Luna Lovegood. Apanhou alguns livros, uma muda de roupa limpa, e aninhou tudo nos braços pequenos, rumando na direção da porta. A colega de Hogwarts não precisara questionar nada: já havia conversado com Gina sobre o ocorrido em Hogsmeade e previra que a reação de Hermione seria aquela quando a chamasse para a tal conversa.
— Sabe, eu entendo. — Luna disse pelo caminho, fazendo Hermione parar e olhar para ela novamente. Havia uma nítida interrogação estampada em seu rosto belo.
— Entende o que, exatamente? — Questionou sem muita emoção, já imaginando que Lovegood fosse começar outra de suas sessões esotéricas de falatório sem-nexo.
— Entendo que queira carregar todas as responsabilidade sobre os ombros, porque é perfeccionista e julga que apenas você será capaz de realizar sua missão com perfeição absoluta. — Começou a garota. — Na verdade, acho que diante das atuais condições, você realmente é a única apta a salvar-nos.
— O que quer dizer com isso? Eu não posso aniquilar Voldemort, você sabe. Apenas Harry é capaz.
— Isso é uma pena. — Luna sorriu bobamente, deixando Hermione transtornada. — Você é a única que parece realmente esforçada em encontrar uma solução o quanto antes. Mas, considere, é bom pensar um pouco em você mesma também.
Nada daquilo fizera muito sentido para Hermione, mas ela sorriu para Luna diante de sua tentativa de reconforto e simpatia. Assim, continuaram pelo corredor até estarem na escadaria rumo à sala comunal da Grifinória, onde Hermione podia avistar Harry perambulando ansioso.
— Achei que você não viria. — Ele disse, mal ela havia surgido diante de si. — Antes que diga algo, gostaria de dizer que não quero tomar partido entre você ou Gina. Na verdade, nem é sobre isso que quero falar.
— Oh, certo. — Hermione limitou-se a dizer. Já havia imaginado que o amigo a chamaria ali justamente para favorecer a namorada diante do ocorrido. Como pudera se esquecer do fato de que Harry era tão consciente sobre essas coisas? — Sobre o que queria falar?
— Suponho, pelo tanto de coisas que está carregando nos braços, que você esteja planejando dormir na Sala Precisa por causa de todo o ocorrido. — Harry riu, enquanto a amiga simplesmente concordou com uma aceno breve de cabeça. Ela lutara para não sorrir, diante do infantil envergar dos lábios do Eleito. — Vamos conversar lá, é mais tranquilo.
* * *
Hermione estava deitada na imensa cama que imaginara ao adentrar a Sala Precisa. Ao seu lado, numa mesa sutil, estavam os pertences que havia levado. Uma coruja fora recentemente despachada aos pais, avisando que por alguns problemas não iria visitá-los nas férias que chegariam em um mês. Estava tão cansada, que deitou na cama sem trocar as vestes e fitou o teto por demorados minutos, tendo a mente repleta de pensamentos. Pensara se havia sido muito injusta com Gina ou se a amiga realmente merecera ouvir suas palavras; Sobre Ron, que ela amara até o ano anterior, quando fora magoada ao vê-lo com Lilá Brown; Os pais, que agora tendo um bebê na família não tardariam a substituí-la. Na guerra. Em Voldemort. No livro.
Foi então que a grifa teve uma epifania e tudo se tornou claro diante dos seus olhos:O livro. Fora lá, na cena que assistira, que escutara o nome Tom Riddle. Era ele, Voldemort. Como um garoto havia se tornado um monstro? Mesmo que já demonstrasse naquela cena resquícios de sua personalidade corrosiva, ainda era surpreendente.
Então Hermione não tardou em abrir o livro com rapidez, sentindo novamente o tremor da visão, enquanto era sugada para uma realidade diferente da sua. E assistiria mais uma vez, sem saber o que ou como.
Hogwarts, mais uma vez. Teve certeza disso ao ver o Salão Principal diante de si. Procurou por Tom Riddle ao redor, mas avistou apenas um garoto mais velho do que ela conduzindo o grupo da Sonserina pelos corredores rumo às masmorras. No seu peito reluzia o inconfundível broche de monitor-chefe, com o qual Hermione sonhava todos os dias.
Enquanto o garoto conduzia o grupo, o qual Hermione passou a seguir de perto, viu cabelos louros claríssimos aproximarem-se do líder. Ela teve que apertar o passo para conseguir ouvir as palavras ditas e então se concentrar em descobrir quem eram aqueles garotos.
— Está tudo pronto. — O louro disse, ajeitando os cabelos longos presos com destreza. Por um momento Hermione soube quem ele lhe lembrava: Lucius.
— Isso é excelente Abraxas. — O outro disse, confirmando as suspeitas dela. Já havia visto uma menção de honra à Abraxas Malfoy na Sala de Troféus, só não se lembrava pelo quê. — Essa noite reunirei todos os objetos e começaremos nossas tentativas. Isso há de ser impecável.
— Claro, mestre. — Ele concluiu, enfatizando a palavra final. Era claramente um Malfoy, não havia como se negar aquilo.
Foi nessa instante que Riddle parou, fazendo os numerosos estudantes sonserinos pararem atrás de si. Quando ele virou na direção destes, Hermione ficou chocada. Era dono de uma beleza incomparável, nada que lhe fosse capaz de lembrar a visão ofídica que era Lord Voldemort. Possuía o rosto anguloso e olhos profundos, infinitos. O sorriso era notavelmente falso, mas sedutor, como se dali entoasse auto-suficiência. Porque Tom Riddle parecia ser o melhor e saber disso.
Ela não pôde ouvir o resto das palavras que o Sonserino disse aos alunos, indicando onde e como encontrarem a sala comunal de sua Casa em Hogwarts. Viu-se diante do teto da Sala Precisa, com a respiração descompassada e o livro aberto diante de si. Não podia ser coincidência: Aquele era um livro que lhe permitia ver momentos do passado de Tom Riddle, atualmente Lord Voldemort. Como isso era possível, era algo que ainda teria que descobrir.
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