Amélia Mirana Cresswell

Amélia Mirana Cresswell



Ela parecia muito mais velha desde a última vez que Carlinhos pusera os olhos nela. Amélia Cresswell devia estar doente.


- Olá Carlinhos.


Ele não respondeu a saudação dela, muitas coisas aconteciam ao mesmo tempo dentro de seu íntimo.


- É melhor que todos você se sentem. - Disse Tonks, Amélia lançou á ela um olhar rápido.


- Por que tem tanta gente? – perguntou ela á amiga.


- Por que a coisa vai um pouco mais longe do que eu pensei. Você vai começar contando tudo desde o princípio, nos momentos certos eu falo. Tânia, vou precisar da sua ajuda.


Para a surpresa geral, a babá que Quim contratara acabara de sair da sala ao lado. Ela tomou um lugar ao lado de Tonks, que dividia o sofá com Amélia.


- Certo. Vou te contar porque fugi de você Carlinhos, e vou descobrir um pouco mais pelo o que entendi.


Ela apenas acenou com a cabeça. Amélia olhou para Tonks e perguntou:


- Por onde devo começar?


- Dos seus pais.


- Certo. O meu pai era casado com uma mulher, que eu não gostava muito. Eu não sou filha dela, o meu pai é uma pessoa muito boa mas ele não gostava da mulher com quem tinha se casado.


- Então porque ele se casou com ela? – perguntou Carlinhos.


Tonks amarrou a cara, Remo riu da careta que ela fez.


- Porque vai ver eles se gostavam no tempo em que se casaram. – disse ela.


- Concordo Tonks.  Bom uma vez ele conheceu uma mulher, acontece que ela acabou engravidando dele... e no final aqui estou eu.


- Remo, acredito que a sua mãe tinha uma irmã, certo? – disse Tonks.


- Sim, mas ela já morreu faz muito tempo. A não ser que você esteja sugerindo um parentesco meu com ela – e apontou para Amélia. – não faria ideia do que estaria fazendo aqui.


- Certo. A sua mãe era Mirana, não é?


- É, e a irmã dela era tia Iracebete...


- Staine.


Houve um silêncio constrangedor, que só foi interrompido por Amélia.


- Como você pode associar um parentesco?


- Simples, vocês tem os mesmos traços. Eu te conheci bem demais, quem sabe você se lembre Remo, mas uma vez você me mencionou o nome da sua mãe. A Amélia tem uma foto com Iracebete e Mirana, a única ligação que me faltava fazer era dos sobrenomes de solteiras das duas.


- Meu Deus. – disse Remo


- Eu também não esperava conhecer um primo, a minha mãe, no tempo em que era viva, nunca chegou a mencionar que a irmã dela tinha um filho também.


- Nem a minha, mas por que nenhuma das duas nunca disse nada?


- Acho que tenho resposta, a minha mãe nunca chegou a se casar com ele, ela me criou sozinha, com a ajuda de meu pai, ela não queria que eu fosse morar com ele, ela dizia que não gostava daquela mulher. Vai ver que por vergonha, a minha mãe nunca chegou a mencionar a sua, o meu nascimento.


- É, tem fundamento.


- O que conto agora?


- Tenho mais uma associação. A mulher do seu pai, era provavelmente a irmã da ex-esposa de Quim.


- Ela morreu, a sua cunhada.


- Para mim não faz diferença, mas você chegou a conhecer a minha ex? As duas chegaram a maltratar você? – perguntou Quim, que adquirira o hábito de se afeiçoar a tudo que Tânia tivesse afeição.


- Eu a conheci bem pouco, aparecia lá para pedir dinheiro é ela. Eu não gostava dela, ela não gostava de mim, só sei que nas férias de verão e Natal eu ia passar com Tânia ou Tonks. O que eu conto?


- Pode resumir da parte que você conheceu Carlinhos.


- Certo, depois que eu me formei, eu pensei em voltar para a Itália, tirar ele das garras da esposa, mas os pais da T... – ela encarou as amigas e mudou de ideia. – mas eu tinha resolvido ir para a Romênia. – dessa vez ela parou de vez.


- Nós nos conhecemos... – disse Carlinhos, que empacou no meio do caminho também. – e moramos um tempo juntos.


- Eh, Minerva... – chamou Tânia.


-Ah, tinha mais gente ouvindo? – disse Carlinhos, erguendo as sobrancelhas para Minerva.


- Não tem importância, assim é bom que ela vai conhecer o meu lado da história. – disse Amélia.


Até aquele momento somente a cabeça de Minerva McGonagall estava visível, mas quando ela entrou na sala ela tinha uma criancinha nos braços.


- Carlinhos, eu fugi de você porque eu estava grávida. Pelo o que você me contava da sua família, eles poderia não aceitar o que fizemos, então eu fugi. Eu não procurei nenhuma das duas, só no meu nono mês de gestação, eu pedi a ajuda de Andrômeda, e pedi para que ela não contasse para ninguém, me escondi até de Ted. Eu não tinha a intenção de contar nada, mas devido as atuais circunstancias... – ela pegou a criança nos próprios braços, e tirou o capuz que escondia a carinha.


Era uma menininha muito linda. Ruiva como o pai. Tinha os mesmo olhos do pai, mas as feições era a da mãe. Ela passou a menina para os braços dele. Ela estava dividida entre o nervosismo, porque não parava de olhar para a mãe, e a curiosidade, ela viu nele tudo o que ela sempre vira nela, desde que se entende por gente, miudinha, mas gente.


- Eu não entendo como você pode ter pensado assim. – disse Carlinhos.


- É, só agora que eu também não entendi, na hora fez sentido. – disse Amélia – Esse é o seu pai, minha querida.


A menina só olhou para ele com um espanto ainda maior. Ela tinha os olhos azuis quase do mesmo formato que os dele.


- Posso levá-la para dormir? – perguntou Minerva, ao ver o leve bocejo dela.


- Espere, qual é nome dela? Você ainda não me disse. – disse para Amélia num tom de acusação.


- Bom, eu... – ela olhou para Tânia que a encorajou a continuar falando. – eu a batizei de Molly, em homenagem a sua mãe. Molly Iracebete, em homenagem a minha.


Carlinhos deu Molly a Minerva, que subiu uma escada não muito longa, que levava para um quarto.


- Minha vez de te acusar. Quem é o último, o           que se esconde com o capuz?


Tonks ficou meio branca e arregalou os olhos. Sirius colocou a mão para fora da capa, e tirou o capuz, deixando o seu rosto exposto para as duas.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.