Tom Ridlle
N/A: Oi galera espero que vcs curtam esse novo capítulo, que retratará o início da realização dos pesadelos de Jullie Servoleo. O que ela mais temia está prestes a acontecer.
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Tom Servoleo Ridlle vivia no Orfanato de Little Hangleton.
-Tom!! Tom!! Vem ver!
Um menino muito baixo, de cabelos louros e espetados chamava por um garoto alto, com os cabelos castanhos disciplinados e olhos penetrantes e negros.Os dois tinham mais ou menos 7 anos.
Tom correu para ver o que era que espantava tanto o amigo: bem em cima de sua cama havia uma serpente verde que mostrava a língua o tempo todo e não parava de fazer “tsss”. Ele se perguntava o que estaria fazendo aquela serpente no seu quarto, mas, por incrível que pareça e, diferentemente de seus colegas, ele não ficou com medo, queria que a serpente fosse embora e o deixasse em paz. Apenas isso.
De repente, tentou dizer “Vá embora”, mas o som que saiu de sua boca foi outro: alguma língua estranha, um som estranho.E mais estranho era que a serpente havia entendido – completamente ao contrário dos outros garotos, que se entreolhavam e deixavam escapar “Oh” e “Que ele disse?”,“Maneiro” e “Que língua é essa?” – rapidamente ela se arrastou pela cama, caiu no chão e, quando iria embora, mexeu sua boca e emitiu um som parecido com aquele que Tom havia escutado quando falou com ela. Ouviu um sussurro,não em seu ouvido, em seu cérebro: “Sim, Milorde, Nagini nunca desobedece o senhor” Ele havia entendido! Mas como, ele não sabia, e preferiu nem pensar.
No dia seguinte, como já era de se esperar, todos os seus colegas, curiosos, vieram perguntar como ele fizera aquilo e ele preferiu ignorar e fingir não estar ouvindo nada. Depois de dez minutos de encheção-de-saco ele perdeu sua paciência:
-NÃO DÁ PRA VOCÊS CALAREM A BOCA? JÁ DISSE QUE NÃO, NÃO SEI COMO EU FIZ!!! ME DEIXEI EM PAZ!
Para piorar, Nick Biel, o seu inimigo n° 1, metido e chato não parava de atormentar:
-Oh...o coitadinho do Ridlle...ele conversa com cobras...nem sabe porque....vai ver você é um outro animal! Os colegas riram. Tom era definitivamente impopular.
O dia de Tom foi quase insuportável, embora ele tentasse fingir que estava tudo bem, não estava...ele começava a pensar na serpente, quando pensou ter visto sua imagem na cortina, mas quando piscou não viu nada.
Ele desejou estar com seus pais, vivendo uma vida feliz e normal. Porém, todos lá estavam no mesmo barco, nenhum deles tinha pai nem mãe. Ele não conhecia sua história.
Na manhã seguinte, Nick voltou a rir da cara dele e sua fúria foi imensa, ele já estava a uma pilha de nervos.
-CALA A BOCA NICK!!! Gritou furioso
-Vem fazer eu calar então!!
Tom sentiu-se mau, e um sentimento diabólico se apoderou dele, ele queria que Nick sofresse, se machucasse, pagasse por suas brincadeiras.
De repente Nick foi atirado contra a parede como se um punho invisível e enorme desse-lhe um soco no estômago com força e começou a sangrar. Para uma criança de 7 anos, ele deveria sentir pelo menos pena ou compaixão, mas isso não ocorreu. O que ele não sabia é que sua infância traumática e o que viria a ser sua adolescência repleta de revolta o tornaria alguém que mesmo sem saber, seria o ser mais maligno, sem-coração, desalmado e mau desse planeta (depois de Hitler).
Os anos se passaram, finalmente Tom iria completar 11 anos e passar para o andar de cima, aquele que todos diziam, era o andar dos grandes. Era onde ficavam os garotos maiores de 11 anos, porque quando completavam 18 não ficavam mais no orfanato, iam embora, e o pessoal de lá não tinha mais nada ver com o garoto, nem onde ele ia morar, como ele ia trabalhar. Lá era assim: ficou aqui, ta bom, cresceu, xô e se vira.
Desde que ele se conhecia por gente Tom fazia coisas esquisitas acontecerem sem explicação, e a cada segundo que passava, que ele ficava mais velho, ele fazia a gravidade das coisas aumentar, e sua mente terrivelmente astuta e má se colocava para funcionar.
Na manhã de seu aniversário ele se levantou e, algo dentro da sua cabeça dizia que ele deveria usar verde e prata nesse dia tão especial. Ele vestiu suas melhores roupas, sempre naquelas cores.Usava uma calça comprida de jeans verde-musgo mais escuro, e uma camisa verde-bandeira, com dizeres em prata: “Uma pessoa de verdade faz tudo que está ao seu alcance, e o que não está para conseguir o que quer”. Tom achou essa frase ótima.
Ele descia as escadas quando uma voz que era quase um silvo sussurrou em seus ouvidos: “Ssss...você esssstá pronto...ssssua hora de cumprir...sssssua nobre tarefa” Ele não entenderia, mas ele entendeu: algo mudaria em sua vida naquele dia.
Ele estava descendo as escadas para o térreo, para tomar seu café da manhã quando uma enorme coruja, cinzenta, com os olhos negros e penetrantes – os mesmos olhos de Tom – soltou uma carta aparentemente escrita a mão em um pedaço de pergaminho velho e surrado sobre suas mãos.
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