E se der tudo errado?
Eu estava indo pro meu quinto ano em Hogwarts, e devo confessar que estava apavorada, isso mesmo. Tenho inúmero motivos pra estar apavorada, mas um em especial fazia meu estomago se contorcer toda a vez que eu pensava nisso: era o ano dos NOM’s.
Pois é, mamãe e papai já falaram que eu não preciso me preocupar com isso e que eu me sairia bem, mas acontece que eles são meus pais e o dever deles é me deixar tranquila em momentos assim, por tanto, quanto mais o início do ano letivo se aproximava mais eu ficava apavorada... e ainda tinha ele, sim, tinha ELE, Scorpius Malfoy. Mais um motivo pra eu ficar cada vez mais nervosa em relação ao início do ano letivo, porque mais ou menos na metade do ano passado eu tinha descoberto o que eu realmente sentia pelo Malfoy, eu finalmente tinha entendido o motivo de eu ficar pensando nele sempre, eu finalmente descobrira o motivo do porque do meu estomago dar uma cambalhota toda vez que ele passava por mim, ou quando fazíamos dupla nas aulas de Herbologia e na aula de Poções, eu sabia que isso era totalmente errado, afinal nossos pais se odiavam, é claro, ele era, como dizia minha prima Lili “fruto proibido”, mas eu não sabia mais o que fazer, eu já estava completamente apaixonada por ele. Eu já tinha tentado falar sobre isso com a minha mãe, mas sempre que eu começava a falar mudava de assunto, não sei o porquê, mas tenho muito medo de ela não reagir bem, mandar algum dos meus primos me vigiar na escola (o James talvez, ele iria adorar isso), acho que isso era um pouco de exagero da minha parte, mas era esse o meu maior medo.
Faltavam apenas três dias para o retorno a Hogwarts, isso mesmo, apenas três dias, e eu estava entrando em pânico, mas ao mesmo tempo estava extremamente feliz, só em pensar que eu veria o Scorpius novamente, que eu veria aquele sorriso que tanto me encantava, que me fazia sorrir só de pensar, só em pensar que eu sentiria seu perfume novamente, que eu veria aqueles cabelos loiros mais uma vez e... CHEGA ROSE. Isso era tortura, era sim, e eu não aguentava mais ficar guardando isso só pra mim, tinha que falar com a minha mãe, e seria agora ou nunca.
- Mamãe? – eu chamei.
- Fale Rose, algum problema? – ela perguntou, preocupada, pelo visto eu estava com cara de quem ia vomitar, porque era exatamente assim que eu me sentia.
- Podemos conversar um pouquinho? Só nós duas, no meu quarto? – eu acrescentei quando percebi que meu pai já estava vindo em nossa direção.
- Claro – ela respondeu, dando um sorrisinho em direção ao papai.
Quando chegamos ao meu quarto eu me sentei na cama, e a convidei a se sentar ao fim da minha cama, pra ficarmos cara a cara.
- Tem uma coisa que eu quero falar pra você, mamãe, já há algum tempo, mas não tinha tido coragem, e não aguento mais esperar. A senhora promete não ficar brava comigo? – perguntei.
- É claro que não ficarei brava querida, fale. – disse ela.
- Bem mãe, é o seguinte: tem um menino na escola, do mesmo ano que eu, que eu acho... eu acho que.. é que, é que.. hãn... bem mãe, acontece que eu estou completamente apaixonada por ele, é isso! – eu disse.
- É mesmo minha querida? Ah, que lindo, minha menininha apaixonada. Mas e por que fez toda essa tempestade em um copo de água meu amor? É tão simples, não é?! – ela me disse, carinhosamente.
- Acontece mamãe, que não acabou por aí... acontece que ele, ele é, hãn, ele é da Sonserina, e o pai dele, bem... ele é da família.. poxa, como é que eu vou falar isso?! Acontece mamãe, que ele é filho do Draco, mamãe, Draco Malfoy. A senhora tem noção de como papai vai reagir quando descobrir isso? Mãe, eu cresci ouvindo papai falar mal do Sr. Malfoy, mamãe, e eu estou APAIXONADA pelo filho dele, a senhora sabe o que isso significa? Que meu pai vai colocar alguém na minha cola 24h por dia. Papai vai se decepcionar comigo mamãe, ele vai sim. – eu falei tudo isso tão rápido que quando terminei estava ofegante.
Mamãe ficou me observando por um ou dois segundos e logo depois deu aquele sorriso caloroso tão típico dela, me abraçou tão forte que eu fiquei surpresa, de verdade.Quando ela me soltou eu fiquei olhando pra ela com uma cara tão surpresa que quando ela viu, soltou uma gargalhada gostosa demais.
- Ah minha querida, fico tão feliz que você tenha confiado em mim e tenha me contado tudo isso, ah, eu fico sim. – e ela deu mais um de seus sorrisos extremamente calorosos – Fico contente que você esteja apaixonada meu amor, pode apostar que fico. E você não precisa se preocupar com o fato de ele ser filho do Draco, porque o que acontece entre você dois não tem haver com o que acontece ou aconteceu entre os pais de vocês, meu amor, quero que você vá em frente, e que faça o que seu coração mandar. E deixa que eu me viro com o seu pai – fiquei tão aliviada, mas tão aliviada que não tem como descrever.
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