As quatro casas (P2)

(Capítulo 2- As quatro casas (parte 2)

 

Draco acordou naquela manhã com a cabeça explodindo de dor. Olhou para a garota adormecida ao seu lado e sua mente vagou escadas acima, mais especificamente até o dormitório da Grifinória. Uma garota de cabelos volumosos, olhos castanhos e dentes um pouco grandes penetrou sua mente e ele se viu imaginando o gosto dos lábios dela.  Ele se repreendeu. Não podia pensar naquela sangue ruim, não quando estava com Pansy. E hoje era o dia da colheita. Um dos dois poderia ser selecionado, e pensar nela só o faria sofrer.

Levantou da cama deixando uma Pansy adormecida para trás, e foi em direção ao banheiro. Seu reflexo loiro e desgrenhado o encarou de volta. Sorriu. Sempre gostou dos cabelos platinados que herdara do pai, e os olhos cinza faziam muitas garotas delirarem. Menos uma certa garota da Grifinória... Repreendeu-se de novo por pensar nela e foi tomar seu banho.

Depois que saiu do chuveiro, colocou suas roupas e foi acordar a garota. Ele gostava dela, ela gostava dele. Estavam quase sempre juntos, mas não tinham aquela coisa... Não tinham paixão o suficiente para se tornarem namorados...

-Pansy. – Chacoalhou levemente a garota. – Pansy, acorda. Vamos tomar café.

-Draco... Já é de manhã? – Ela levantou um pouco confusa.

-Já sim. Levante, vamos tomar café. Não podemos nos atrasar para a colheita.

A morena colou os lábios nos do garoto e se levantou sorrindo.

-Tudo bem. Só vou tomar um banho. Você me cansou noite passada! – Ele sorriu. A garota caminhou até o banheiro e fechou a porta.  O sorriso dele morreu e Draco caiu na cama.  Pansy era realmente bonita, mas não era ela. Draco se culpava por ficar com ela pensando em outra garota, mas sabia que Pansy fazia o mesmo.

Ficou ali, deitado, pensando. Pensava em como algum dos seus amigos poderia ser selecionado hoje, como em poucas semanas ele poderia ver as pessoas que amava lutando até a morte. Inconscientemente pensava também naquela pequena sangue ruim da Grifinória. Pensava nas sardas que cobriam seu rosto delicado, nos olhos castanhos com um brilho forte, nos cabelos castanhos volumosos e no jeito que ela os colocava para trás das orelhas quando estava nervosa. Pensava na curva de seus lábios e no jeito que ela os mordia quando estava pensando, nas curvas delicadas que o uniforme escondia e nas mãos pequenas que ela usava para gesticular quando se empolgava com algo. Hermione Granger. Hermione Malfoy. Ele levantou da cama assustado. Por que estava pensando naquilo? Como ele sabia tanto das coisas que ela fazia? Por que havia pensando em juntar o seu nome com o daquela maldita sabe tudo? Draco odiava se lembrar daquele dia no terceiro ano em que ela o socou. Odiava aquele dia, pois foi ali que essa maldita obsessão pela idiota da sangue ruim tinha começado.  Depois que ela explodiu com ele, não havia um dia em que ele não se pegava pensando nela, imaginando eles dois juntos. E depois que ela havia começado a sair com aquele pobretão do Weasley, isso só havia piorado. Ele odiava todos os ruivos traidores do sangue, e indiretamente, odiava o Potter também, só porque eles passavam mais tempo com a pequena Granger. Tempo demais com ela.

Draco chutou o armário com raiva, se obrigando a pensar em outra coisa. Pansy, pense nela. Tentou lembrar de todos os detalhes da noite anterior, de como ela se movia sobre ele, do som do seu nome escapando dos lábios dela. Não adiantou. Em sua memória tudo que ele havia feito com Pansy voltava rapidamente, mas com a Granger em seu lugar. 

-INFERNO! – Ele socou a porta do armário com mais força e a porta se abriu. Ele abaixou e pegou um pequeno pedaço de pergaminho. O virou nas mãos e um desenho se tornou visível.  Era ela. Hermione Granger, sempre o perseguindo. – Maldita. Maldita sangue ruim! – Ele amassou o pergaminho e o jogou longe. Caiu na cama, tentando com todas as forças pensar em outra coisa, mas não adiantava. O rosto dela dançava na sua frente, rindo, como se zombasse dele. –MALDITA!

-Draco? Está tudo bem? – Uma Pansy enrolada na toalha, com os cabelos molhados apareceu na porta do banheiro, olhando preocupada para ele.

-Está sim. Desculpe, só estava pensando... – Ela saiu do banheiro, deixou a toalha cair e foi buscar suas roupas. Draco não pode evitar pensar em como ela ficava bonita andando despreocupada daquele jeito.

-Pensando nela, não é? Naquela garota... A que você gosta, mas não quer me dizer quem é. – Pansy era a única que sabia que Draco sentia algo por uma garota misteriosa. Talvez porque soubesse que ela não o julgaria por gostar de alguém.

-Não gosto dela, Pan. Já te disse isso. Eu só... Sei lá, ela me deixa confuso.

-Ok. Eu finjo que acredito que você não gosta da garota misteriosa se você me der um beijo. – Pansy sorria de um jeito malicioso, terminando de abotoar a camisa.

Ele sorriu e pegou a garota pela cintura, a beijando em seguida. O beijo durou alguns segundos e estava começando a ficar mais quente quando eles ouviram o sinal. Draco mordeu o próprio lábio em sinal de preocupação, se afastando da morena.

-É melhor irmos.

Ele puxou levemente a garota e juntos saíram do dormitório. Em silêncio, eles se encaminharam para o Salão Principal, onde a colheita aconteceria. Assim que entraram, Pansy saiu correndo até uma de suas amigas, deixando Draco pra trás. Ele foi caminhando lentamente na direção da mesa da Sonserina quando seu olhar cruzou com um par de olhos castanhos. Ele procurou a dona daqueles olhos e se surpreendeu ao perceber que pertenciam à Granger. Ela fez um sinal com a cabeça e ele entendeu que deveria segui-la.

Saíram do Salão separados por uma pequena distância. Hermione entrou em uma sala vazia e esperou que ele entrasse para fechar a porta.

-O que você quer? – Draco não queria ser rude, mas não pode evitar ao perceber que os olhos dela estavam vermelhos, provavelmente por chorar, preocupada se um dos seus queridos Weasley, ou o Potter seriam sorteados para os Jogos desse ano. Ela o olhou sem expressão e ele se arrependeu.

-Eu só queria... – Ela respirou fundo antes de continuar. – Eu só queria te desejar boa sorte... Você sabe, na colheita de hoje.

-Eu não preciso que você me deseje sorte, Granger. – Ele respondeu rispidamente e ela fechou os olhos, quase como se as palavras dele a machucassem.

-... Desculpe. Era só isso. – Hermione se virou e foi caminhando devagar até a porta. Colocou a mão na maçaneta e a girou.

-Espere! – Ela parou, a mão ainda na maçaneta. – Eu... Obrigado, Granger. Que... que a sorte esteja com você.

A garota deu um sorriso leve, e acenou com a cabeça. Draco mal pode segurar o sorriso que se abriu em seu rosto, apenas por cogitar a hipótese de ela estar preocupada com ele. Ela se virou e antes de sair, sussurrou:

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Julia: DRAMIONEEE! HAHAH’ A Marcela me influenciou a gostar de Dramione, dsclp aí pessoas. Mas enfim, esse foi o segundo cap, espero que tenham gostado ^^ Não se esqueçam de comentar e ir ler as nossas outras fics ok? ok. Sérião pessoas, comentem pfvr. Só a linda da Victória Lovegood Scamander comentou. (Te amo forever Vi) Então pf, nos deixem felizes... Só isso, beijo, Ju B. 

Marcela : FALA SÉRIO DRAMIONE É MAGICO *0*, eu amei o capitulo espero que vcs também tenham gostado, não deixem de comentar e ler outras de nossas fics Beijokas Malfoy

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