Capítulo 1

 

Era um dia como outro qualquer, quando Hermione Granger foi acordada pela campainha do seu apartamento em Londres. Ela olhou para o relógio em sua mesa de cabeceira. Era 6 h. Ouvindo que o visitante não tinha a intenção de ir embora, levantou-se mordendo o lábio, e colocou um roupão para atender a porta.

Ela acordou completamente uma vez que ela olhou através do olho mágico da porta: ela não tinha visto Draco Malfoy em quatro anos.

"Malfoy? O que você está fazendo aqui?" Ela perguntou quando abriu a porta. Olhou para ele de cima a baixo, ele estava muito bem vestido, apesar do tempo, e ao seu lado, havia um menino que não podia ser mais velho do que oito. Ela mal teve tempo para perceber que o menino era idêntico a ele.

"Estou aqui para trazer seu filho." Ele moveu a mão esquerda para apontar para o menino, que mal chegou à sua cintura: "Agradeceria se mantê-lo longe da minha casa."

"O que você está falando, Malfoy? É muito cedo para piadas."

"Olha, eu não estou interessado em qualquer tipo de problema que você possa ter em sua casa ...", quando disse isso, ele colocou a mão na porta e empurrou Hermione de lado. "Não é da minha conta, mas eu não tenho necessidade de encontrar com suas pequenas surpresas."

"Mas ... o que você está fazendo?" Ela reclamou quando viu Malfoy empurrar o menino para dentro, o pequeno nunca deixou de olhar para ela com os olhos arregalados, e não disse uma palavra.

"E, se algo assim acontecer novamente, eu estou chamando os serviços sociais." Assim, ele se virou e tentou sair, mas Hermione o interrompeu, segurando seu braço.

"Espere! O que você acha que você está fazendo? Eu não tenho filhos!"

Draco se virou lentamente para olhar o rosto com uma expressão distinta de despeito. "Bem, nem eu, e eu não estou disposto a cuidar de alguém que afirma ser seu filho."

"Malfoy Você não pode vir aqui às 6 da manhã e me deixe com!" Sua frase foi interrompida quando Draco fechou a porta à sua frente, ele provavelmente aparatou mil quilômetros de distância no momento em que a porta se fechou.

Hermione ficou olhando perplexo para a porta, até que ela percebeu que tinha um menino em sua sala de estar. Ela virou-se lentamente, ainda claramente com a confusão em seu rosto, e decidiu falar com a criança, a quem não tinha saído do lugar onde Draco tinha deixado.

"Nós não fomos apresentados ... Eu sou Hermione, Qual é o seu nome, querido?" Ela usou bastante a voz de uma mãe, suave e delicado para tratá-lo, porque, não importa o que tinha acontecido, não foi culpa do garoto.

"Sebastian ..."- ele não quis acrescentar mais nada.

"Tudo bem, Sebastian. Por que você não sinta-se confortável e me explicar como você chegou aqui? Onde estão seus pais?"

O menino, Hermione notou, tinha os olhos iguais os que Draco Malfoy tinha, seu cabelo era muito semelhante também, apenas mais escuro um pouco do que o loiro platina de Malfoy, e encaracolados, em vez de liso. Suas feições, eram semelhantes aos dos homens que ela se lembrou de, fizeram um enorme contraste com a expressão de timidez e desconcertar o menino tinha, vendo aquele garoto era como voltar no tempo de Hogwarts e ver o jovem Draco Malfoy, mas com uma expressão ingênua e inocente em vez do rosto odioso que ele sempre usava.

"Pai me acordou, mas ele não me reconheceu. Eu estava com medo porque eu pensei que ele tinha bebido muito, então eu corri para o quarto dos meus avós, mas quando cheguei lá, eles não me reconheceram também ... ", a criança fez uma pausa, ele parecia muito desconfortável dizendo isso, mas ele nunca tirou os olhos de Hermione -." ... os meus avós ficaram muito chateados também, quando eles me perguntaramonde onde meus pais estavam , apontei meu dedo para o meu pai e eles ficaram ali, olhando para ele, e ele jurou que nunca teve filhos. "

"Espere um momento ..." Hermione o interrompeu. "Você está me dizendo que isso aconteceu na Mansão Malfoy?" A criança acenou com a cabeça, timidamente. "Você está me dizendo que você é filho de Draco Malfoy?" Hermione olhou para ele e simplesmente não podia acreditar, mas o garoto acenou com a cabeça novamente. Como poderia ser?

"Quantos anos você tem, querido?" Ela perguntou.

"Sete". Ele respondeu.

Hermione não podia ajudar, mas se perguntar se as palavras da criança eram verdade, poderia ser possível que Draco Malfoy teve um filho aos quinze anos de idade, e sete anos depois, quando eles se encontraram novamente, ele negou na frente de seus pais? Na verdade, Hermione pensou que seria mais estranho ter um filho aos quinze anos, mas isso não era impossível.

"E por que ele trouxe você aqui?" Ela se perguntou em voz alta, esperando por alguma resposta que fizesse algum sentido.

"Porque você é minha mãe", disse a criança.

O mais curioso era que a criança realmente parecia sincero, e se ele não fosse, ele era um mentiroso muito bom . Seus olhos estavam na expectativa, e até mesmo esperançosos, sua voz era delicada e tímida, e suas mãos estavam entrelaçadas atrás das costas, com o queixo ligeiramente para cima para que ele pudesse vê-la melhor assim.

"Quem lhe disse isso?" Após o choque de ouvir algo assim, a única coisa que pensou era que o menino em sua sala de estar, provavelmente, foi uma criança abandonada e deixada sobre os cuidados dos Malfoy, ou provavelmente ele era um Malfoy, porque eles eram quase idênticos.

"Minha avó Narcisa, me deu uma foto sua, e eu sempre tenho ela comigo."-Então, ele tirou uma foto do bolso e mostrou à ela. Hermione, cético, a pegou e olhou por um tempo.

Era ela, em uma foto mágico, sorrindo e acenando. Seus cabelos estavam muito bem penteados, ela usava um vestido de verão que ela não reconheceu, e, atrás dela, havia uma praia com árvores que não reconhecia. Ela não se lembrava de alguma vez essa foto ter sido tirada.

"Narcissa Malfoy disse que eu era sua mãe?"

Sebastian balançou a cabeça novamente e pediu para ter a imagem de volta, levantando a mão para alcançá-lo.

Por que Narcissa Malfoy faria uma coisa dessas? Hermione deu a imagem de volta para ele e se sentou no sofá de sua sala, ela olhou para o relógio: era 06:14; agora, pensou ela, ela deveria estar dormindo em sua cama, com calma e não cuidando dos problemas familiaresda família Malfoy. Ela moveu a cabeça para olhar novamente para o menino, que ainda estava parado lá, olhando para ela com expectativa, e corando ligeiramente.

"E por que ela diria uma coisa dessas?" Perguntou Hermione.

"Eu perguntei a ela." Respondeu o menino com um encolher de ombros, Hermione suspirou profundamente, fechou os olhos e levou a mão à testa.

"Vamos ver ..." ainda na mesma posição, Hermione decidiu que seria melhor ter todos os fatos. "De acordo com você, hoje você acordou e, por algum motivo nem seu pai nem seus avós reconheceram você, e sua avó disse que eu era sua mãe e, em seguida, seu pai trouxe você aqui comigo."

"Não." ele era muito sucinta, assim Hermione abriu os olhos e olhou para ele, perguntando se tudo não era realmente uma piada.

"Então, como isso aconteceu?"

"Minha avó me disse sobre você há muito tempo, mas só hoje meu pai me trouxe para você, eu tinha a sua foto na minha mão e ele a tirou de mim ...". Quando disse isso, a criança fazia uma cara rancoroso como de seu pai ".... ele me perguntou porque eu tinha a sua foto e eu disse-lhe porque você era minha mãe,. então ele me trouxe até aqui"

Ela suspirou de novo e fez-se mais confortável para ficar cara a cara com a criança. "Sebastian, você parece muito convencido sobre tudo isso, mas me diga a verdade, eles estão te forçando a fazer uma piada de mau gosto pra mim?"

Coração de Hermione quebrou quando ela viu como as lágrimas começaram a cair pelo rosto da criança, que imediatamente se virou para esconder o rosto e esfregar os olhos em uma tentativa de escondê-los. Ela se levantou do sofá e colocou a mão em seu ombro. " Tudo meu bem amor, você não precisa chorar."

Violentamente, a criança balançou a cabeça e um momento depois, ele se virou para encará-la, sem mais lágrimas em seus olhos avermelhados. "Desculpe, avô Lucius diz que apenas os fracos choram, eu não quero ser fraco."

Essa certeza soava como algo que um Malfoy diria, pensou Hermione com nojo. Então ela pegou o rosto da criança com uma mão e suavemente o acariciava. "Não preste atenção ao que ele diz, chorar não é para os fracos, você pode chorar tudo o que quiser comigo."

Apesar de suas palavras, Sebastian se recusou completamente a chorar, explicando-lhe que Lucius sabia melhor. E que ele tinha que se comportar bem, caso contrário ele não merecia ser considerado um Malfoy.

"Malfoys não choram." Ele disse.

"Tudo bem." Hermione desistiu, mudando a mente da criança parecia ser impossível, a sua teimosia também era muito característica de Draco Malfoy. "Você sabe onde sua avó achou aquela foto que você me mostrou?"

Mais calmo, Sebastian acenou com a cabeça, e sem gagueira, ele respondeu: ". Meu pai tirou a foto quando vocês dois estavam em férias, foi tirada antes de eu nascer"

"Eu nunca fsai de férias com ele, Sebastian."

A criança olhou para ela, sem saber o que dizer ou fazer.

"E eu também estou certo que eu nunca tive nenhum filho, entende?"

Sebastian olhou para o chão, ele parecia estar tentando não chorar novamente. Hermione colocou a mão em seu ombro e pediu-lhe para olhar para seu rosto. "Eu entendo que deve ser muito difícil viver com os Malfoy, e às vezes quando somos jovens gostamos de inventar histórias para não lidarmos com a realidade ..." a criança começou a tremer de angústia, mas ela continuou, "... o seu pai lhe deixou aqui e eu vou ter certeza que você não tem que voltar com ele, mas temos de nos concentrar no que é real, tudo bem? "

Quando ele ouviu suas últimas palavras, o rosto da criança parecia brilhar com alegria, ele levantou a cabeça e mostrou-lhe um sorriso encantador. "Posso ficar com você?"

Desconfortável, pela terceira vez naquele dia Hermione não sabia o que dizer. Como ela pode dizer não a um menino tão adorável e inofensivo? Ela não queria encorajar as suas ilusões, mas ela não podia deixá-lo sozinho, ou pior, devolvê-lo à Mansão Malfoy.

"Claro, você vai ficar comigo por enquanto." Sebastian pulou de alegria e rodeado de seu pescoço com os braços para abraçá-la fortemente, ele agradeceu-lhe uma e outra vez, e só depois de um longo momento, ele a deixou.

"Eu tenho medo que não terei muito espaço para você, espero que você não se importe."

Apartamento de Hermione consistia em uma sala de estar, cozinha, um banheiro e um quarto. Era pequeno, mas suficiente para uma pessoa.

Sebastian olhou em volta pela primeira vez, provavelmente o cálculo do espaço e comparando-o com o luxo que ele era acostumado. "Eu posso dormir no chão, eu não me importo, desde que eu estou com você."

Era curioso que a criança tinha toda a aparência física e educação de um Malfoy, e mesmo assim, ele não teve nenhum problema para deixar todo o luxo para trás apenas para ficar com ela. Tinha que ser horrível viver com o Malfoy, Hermione supôs. O que ela não conseguia entender era como eles poderiam abandoná-lo assim mesmo, e além disso, querer que ela cuide dele.

"Com quem você vivia antes de ficar com os Malfoys, Sebastian?" perguntou Hermione, enquanto ela servia o café da manhã na cozinha, ela precisava da informação, ela precisava saber quem era a mãe verdadeira da criança.

"Eu sempre vivi com eles, eles são minha família." Ele mostrou-lhe um olhar de confusão, como se ele não entendesse a razão para tais perguntas óbvias.

"Sempre? Desde que você nasceu?" Perguntado Hermione.

"Eu nasci lá, na Mansão Malfoy." Quando ele disse isso, a criança não queria olhar para ela nos olhos, e, em vez disso, ele olhou para seu prato.

Parecia que o jovem Sebastian tinha problemas para falar de sua infância, e sobre qualquer coisa associada com sua mãe. O que eles tinham feito para essa pobre criança? Hermione ficou chateado só de pensar nisso. Mas o que não fazia sentido era que ela nunca tinha recebido qualquer informação sobre essa criança, a Mansão Malfoy tinha sido invadido dezenas de vezes, e a criança nunca tinha sido descoberto. A existência de um novo Malfoy seria público, não é? E, o que a respeito da mãe? O que aconteceu com ela? Ela o abandonou? Mesmo que fossem sua família, a mulher não poderia ser uma boa mãe, deixando o filho com os Malfoy.

Hermione olhou para o relógio da cozinha, era quase 7 da manhã. Era quinta-feira, e ela teve que sair para o trabalho em uma hora. Ela tinha um emprego no Ministério como advogado na defesa do departamento de criaturas mágicas, ela teria que levar a criança com ela. O que seus superiores iam achar disso? Só de pensar nisso a deixava nervosa. Talvez ele pudesse passar despercebido ... Foi ótimo que ela tinha o departamento de justiça a poucos minutos de distância, lá ela apresentar o caso de Sebastian, provavelmente na hora do almoço.

"Tem certeza de que não quer voltar para casa, Sebastian?"

A criança não hesitou nem sequer um segundo e rapidamente balançou a cabeça. "Não, eu quero ficar com você." O problema era Hermione não poderia ficar com essa criança que não pertencia a ela, se ela desafiou a paternidade de Malfoy e o fizesse renunciar a custódia dele, a criança iria para alguma família adotiva que cuidaria dele, isso se a sua verdadeira mãe não fosse encontrada e, por algum motivo ela fosse autorizada a mantê-lo, se ela não tivesse realmente o abandonado, é claro.


 

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