A PROCURA DE DUMBLEDORE
- Weasley, Potter, já devemos subir. – Draco Malfoy falou de maneira calma, mas era impossível não notar a tensão no corredor.
- Ah, claro. – Albus respondeu encarando onde deveriam estar James e Alice.
Agora estavam sozinhos. James e Alice foram atrás de Draco para entrar no elevador sem que ninguém percebesse. Quando todos saíram do elevador, James apertou o botão do segundo andar.
Havia alguns curandeiros conversando no corredor, Alice e James passaram silenciosamente perto deles.
- Sabe em qual sala? – James sussurrou.
- Acho que sim. Minha mãe publicou um artigo sobre ele quando veio para o hospital. – Alice respondeu mais baixo ainda.
- O que você disse?
- Eu disse que quando ele veio pra o...
- O que?
- James, eu não acabei de falar! – Alice falou, dessa vez alto de mais. Os curandeiros olharam para os lados se perguntando de onde veio o barulho.
- Ah, que ótimo. E agora? – Alice perguntou desesperada.
- E agora? Foi você quem falou alto. – James reclamou, mas logo parou quando os curandeiros correram em sua direção. O elevador abriu e os dois entraram.
- Porque você entrou aqui, tio?
- Porque eles estavam atrás de nós. E não me chame de tio! – James falou enquanto sentava no elevador.
- Mas nós estamos com a capa. Se não fizessemos barulho, eles não iriam perceber.
- Alice, foi você quem fez o barulho!
Alice ia falar mais alguma coisa. Mas logo parou quando a porta do elevador abriu. James se levantou rapidamente, arrumando a capa nos dois. Luna e Neville entraram.
- Eles não acordaram, Luna... eles não... – Neville falou com a voz fraca.
- Mas eles estão bem! Aquele curandeiro gentil nos garantiu que eles estão bem. – Luna falou abraçando o marido.
- Eu sei mas... meus pais, eles... eles não dormem tanto e...
- Eu acho que eles merecem descansar depois de tanta guerra. Logo eles acordam, e poderemos até trazer pudim!
- Obrigado mesmo, querida. Mas quanto a Alice... acho que ela não deveria saber sobre isso. – Neville falou, agora mais calmo.
- Eu acredito que ela já deve saber, temos uma filha esperta. –Luna disse com um tom sonhador e, para o desespero de Alice e James, olhando diretamente para sua filha. – Eu só espero que os zonzóbulos não a atrapalhem, ou ela pode ficar como o Dumbledore, da sala 27. É uma pessoa ótima, mas... acham que ele está louco.
- Claro que sim... vamos para casa? – Neville falou de modo gentil e os dois saíram do elevador, deixando Alice e James boquiabertos.
- Ela não... ela não poderia ter... – James começou.
- Eu não faço ideia! – Alice falou, ainda assustada.
Estavam de volta ao segundo andar. Andaram em silêncio até a sala 27. Não havia nenhum curandeiro no corredor para atrapalhar.
Lá estava Aberforth Dumbledore, deitado em sua cama. Alice e James não tinham certeza se ele estava dormindo.
- Ahn, senhor Dumbledore? – Alice tentou chama-lo. O homem não ouviu.
- Dumbledore! – James tentou falar mais alto. Alguns segundos depois, Dumbledore pareceu entender o susto que levara e gritou.
- Me desculpe, senhor Dumbledore! – Alice falou tentando acalma-lo.
- Está tudo bem. Comigo está... mas não posso dizer o mesmo de vocês!
- O que quer dizer com isso? – James perguntou com cuidado, se aproximando lentamente da cama.
- Alguém sabe que estão aqui? – Aberforth perguntou, desconfiado.
- Ah... bem...- Alice e James começara a enrolar.
- Não, imagino. Então é hoje que o Malfoy acorda, não é? Devem ter vindo com o seu irmão, escondidos.
Alice e James apenas encararam o velho, sem saber o que dizer. Será que todos adivinhavam o que estavam fazendo?
- Esperto de mais para um velho louco, não? – Disse Dumbledore, depois de um ataque de tosse.
- Não acho que esteja mesmo...
- Sereianos! – Dumbledore interrompera Alice.
- Como?
- Isso mesmo, James. Sereianos! – Aberforth falava com uma voz sonhadora, mas seu olhar mostrava medo. – Ah, malditos seres aquáticos! Eles sabem sim...
- Poderia... poderia nos explicar melhor? – Alice perguntou.
- Eu adoraria. – Dumbledore respondeu.
James e Alice olharam para Aberforth com toda a atenção possível. Ficaram assim por uns 5 minutos e o homem continuava calado.
- E então... – James tentou falar algo.
- O que? – Perguntou Dumbledore, distraído com uma borboleta na janela da sala.
- Sobre os Sereianos. – Alice falou, confusa de mais.
- Não vou falar sobre eles!
- Mas você disse que... – James começou a falar alto, então ouviram passos no corredor. James e Alice se abaixaram, mas os passos apenas continuaram pelo corredor. Os dois se levantaram.
- Disse que adoraria contar, mas não posso! – Aberforth completou.
- Por que não? – James e Alice perguntaram ao mesmo tempo.
- Porque, ah... como são insistentes esses jovens de hoje! Vocês dois andam muito parecidos com os pais de vocês.
- Então vai nos contar? – James perguntou cuidadosamente.
- Não sei tudo, jovem. Sabia que aquela guerra que seus pais lutaram não seria a última. Os Sereianos também sabem, mas eles sabem mais...
- Espera. Não estava preocupado antes porque sabia que não iria acabar? – James perguntou.
- Estava preocupado sim, não pense como um trouxa! Mas sim, está certo... ainda não acabou! E o que ganhei por tentar avisar ao mundo bruxo? Uma sala especial no St. Mungus e o apelido de louco!
- Mas, tio... que dizer, senhor! Como pode saber que são os sereianos que... como falou... é que... – Alice tentava formular uma pergunta.
- Ah, me deixem dormir! – Dumbledore começou a reclamar.
- Tudo bem, obrigada senhor! – Alice achou melhor se despedir.
- Ah, e sobre hoje... – James começou.
- Já sei, vocês não estiveram aqui! Tudo bem, agora vão!
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