Primeiro de Setembro

 Pessoas por todos os lados, crianças correndo com grandes sorrisos estampados nos rostos e uma fumaça que não acabava mais. O dia primeiro de setembro já havia chegado e todos os alunos retornavam para Hogwarts. Os pais davam seus últimos abraços e avisos quando o trem começou a andar.

 - Tem certeza que ficarão bem?

- Claro, sempre me disseram que Hogwarts é o lugar mais seguro.

- É exatamente isso que me preocupa, Ron. – Respondeu Ginny.

- Olha, eu sei que as experiências que tivemos lá não são um bom exemplo para essa frase, mas...

- Ela está certa – interrompeu Hermione – Hogwarts pode ser o melhor lugar do mundo, mas não é o mais seguro.

- Eles não estarão mais seguros aqui, tenho certerza. – Ron continuou como se não tivesse sido interrompido.

- Ginny, como está Harry? – Perguntou Hermione

- Preocupadíssimo, mas está bem.

- E... voltou a doer…. você sabe... –Ron disse apontando para a testa.

- Não – Ginny respondeu em um tom de alívio – Apenas aquela vez. Mas acho que já foi suficiente para surtar todo o mundo bruxo.

- E a Lily o Al e o James? Como eles estão? – Hermione perguntou de modo gentil.

- Ah Mione, esses três são muito espertos e sabem o que isso pode significar. Eles evitam falar sobre isso perto de mim, mas sei que é diferente quando não estou perto.

 Ginny lembrava-se bem. Um dia depois que Harry fora internado, estava em casa com seus filhos. Foi um almoço silencioso, o que não era normal naquela família. Geralmente, todos falavam, especialmente Lily, que até esquecia de comer, e James derrubava todas as coisas enquanto Alvo ria e falava para o pai possíveis castigos para o irmão. Algumas horas depois do almoço, Ginny passou na frente do quarto de Lily, a porta estava entreaberta e conseguiu ouvi-la chorar enquanto James a abraçava e Alvo tentava consola-la.

 - Ginny, sabe que qualquer coisa que precisar é só aparecer lá em casa, né? – Disse
Hermione enquanto abraçava a amiga.

- Muito obrigada Mione, de verdade.

- Bloody Hell! Esqueci completamente da reunião com os aurores. Já era para eu estar lá faz vinte minutos. Ted disse que tem uma informação importante e quer que você esteja lá também Hermione. – Exclamou Ron.

- Ronald, e só agora você avisa? Vinte minutos depois, francamente... bom Ginny, temos que ir.

- Tudo bem – disse Ginny, rindo da situação – Boa sorte.

  Mais tarde, depois da reunião, Ron e Hermiome já estavam em casa. Hermione andava de um lado para o outro, aguniada lendo um livro, enquanto Ron comia uma torta de abóbora.

- Será que você não consegue parar de comer? – Perguntou Hermione irritada, enquando batia no braço do Ron com o livro.

- Ai ! Eu estou com fome, o que quer que eu faça?! – Respondeu enquanto massageava o braço.

- Ronald, nossos filhos não estão em casa, um deles descobriu que o filho do homem que está cuidando do nosso melhor amigo que está internado pode estar morto e você ainda pensa em comer? – Hermione falou com pressa, sem que Ron entendesse uma única palavra.

- Não é que eu só penso em comer, é que eu não penso sem comer! – Respondeu tranquilamente, mas parou de sorrir quando viu a cara de impaciêmcia de Hermione. Tinham mesmo que pensar em uma solução, e rápido.

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