A revelação



Harry estava voltando para o dormitório. A reunião havia durado um dia inteiro. Esperava encontrar Hermione pois Madame Pomfrey lhe prometera que a liberaria pela noite.

Mas ela não estava lá. Harry pensou que ela ainda não havia saído da enfermaria e achou melhor esperar. Se ela demorasse, procuraria saber porque não havia saído. Sentou-se em uma poltrona em frente a lareira. Só dormiria quando visse a garota.

De repente, uma Gina apavorada entrou no salão comunal:

- Harry!!! Por Merlin!!! Seqüestraram a Mione!!!

Foi um golpe no garoto:

- Aonde, Gina? Por quem? – perguntou Harry segurando nos ombros da amiga. Já sabia a resposta da última pergunta. Voldemort, com certeza.

- E-eu que-quero fa-falar com o-o professor Dumbledore. – pediu a menina, se desvencilhando dos braços do menino.

- Então vamos logo!

- Não será necessário, Harry. Eu já estou aqui. Pode me contar tudo, senhorita Weasley. – disse Dumbledore, que acabara de entrar no salão comunal, ladeado por Andrômeda, McGonnagal e Snape.

A menina se sentou enquanto a professora Minerva conjurava um copo de água com açúcar para a aluna

.

Flashback


- Gosto de pontualidade... e pelo visto, a senhora Potter é dotada disso.

- Bellatriz! – exclamou Hermione.

- Em pessoa, querida!

- O que você fez com a Andrômeda? – perguntou Gina, assustada.

A mulher soltou uma gargalhada estrindente.

- Vocês realmente acreditaram no bilhete? Claro, estão aqui... – a bruxa riu novamente – Modéstia a parte, sei imitar muito bem a letra da minha querida irmãzinha traidora do próprio sangue!

- Sua nojenta! Expelliarmus! – Bradou Hermione.

- Protego! A sangue-ruim quer duelar? Ótimo! Vai tornar meu trabalho mais divertido. Diffindo!

A menina desviou e gritou:

- Gina, chama alguém!

- Não mesmo! – gritou Bellatriz – Estupório.

A ruiva deu uma girada e escapou do feitiço:

- Petrifficus Totalis!

A bruxa virou-se em tempo de escapar:

- Tarangatella! – lançou Hermione.

- Por Merlin! Aprendam a duelar, pirralhas! – depois, apontando para Gina – Andei sendo gentil demais... Cruciatus!

Gina caiu no chão se contorcendo de dor.

- Gina!!! Sua monstra!!! Diffindo!

O feitiço acertou Bellatriz de raspão:

- Estupório!

Dessa vez, Hermione foi atingida e caiu desacordada no chão. Bellatriz se aproximou de Gina, que mal podia se mover e disse:

- Diga ao bebezinho Potter que eu estou com as duas coisas mais importantes da vida dele. Ah! E não se esqueça de mandar lembranças ao fantasma do meu priminho Sírius! Estupório!

Gina desmaiou, ficando desacordada até aquele momento.


Fim do Flashback


- Aquela desgraçada!!! Primeiro o Sírius, agora a Hermione! Se acontecer alguma coisa com ela, eu mato aquela vadia!!!

- Eles pegaram minha melhor aluna!!! Eu vou acabar com eles!!! – a professora Minerva parecia fora de si. – E você, senhorita Weasley! Eu nunca imaginei que você pudesse ser tão irresponsável!

- Calma, Minerva. – Pediu Andrômeda, embora ela própria parecia prestes a um ataque de nervos. – Estou muito assustada com isso, mas sei que Bella imita muito bem minha letra, inclusive minha assinatura. Aliás, ela sempre teve um talento para copiar letras...

Logo, uma horda de alunos atraídos pelos gritos de Harry, formaram uma aglomeração no salão. Rony veio apressado e se aproximou de Harry e Dumbledore:

- Preciso falar com vocês. É confidencial e muito importante e de urgência. – Rony estava decidido a contar o que sabia sobre O envolvimento de Draco.

- Claro, claro... Harry, pode ser no seu quarto? – pediu Dumbledore, austero.

- Então vamos logo, pois a cada minuto que passa tem mais chances da Hermione estar... – Harry não conseguia pensar na sua Mione morta... era muito doloroso. De repente, se lembrou de algo – A Dona Laura já sabe?

- É claro que não, Harry. – respondeu professora Minerva, enquanto dispensava os alunos para seus respectivos dormitórios. – Nós lhe demos uma poção pare dormir. Quando ela acordar amanhã pela noite, nos resolveremos o que fazer.

Agora vamos por favor! – pediu Rony.

Os três foram para o quarto de Harry e Hermione onde Dumbledore conjurou algumas cadeiras:

- Pode começar, senhor Weasley. – pediu Dumbledore.

- Harry, pode acreditar, estou extremamente arrependido do que fiz. Eu fiz sem pensar.

- Certo, Rony. Pode falar.

O garoto contou tudo ao amigo e para o professor.

- Rony!! Como você foi capaz de fazer aquilo com a Mione? Grande amigo você é... voce é igual ao Pettigrew!

- Eu sei que eu errei, mas me desculpa, Harry!

Dumbledore, então resolveu interromper:

- Harry, você tem que levar em conta a coragem que ele teve em vir aqui e contar a verdade. Isso mostra o quanto ele valoriza a sua amizade, tanto que teve a maior das coragens, a de assumir os erros. Ele errou mas quer se redimir.

No salão comunal, apenas Gina, as professoras e Snape lá permaneciam:

- Eu vou entrar. O que está acontecendo? Eu quero entrar!!!

- Calma Gina! – pediu Andrômeda, tão curiosa quanto a aluna – tuda vai ser resolvido. Dumbledore está lá.

Minutos depois, eles saíram do quarto. Rony consolava Harry e Dumbledore pediu a Snape:

- Severo, chame o senhor Draco Malfoy... Preciso que ele me esclareça algumas coisas...

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