Visita inesperada
Tudo parecia correr normalmente na rua dos Alfeneiros, n° 4, exceto por um garoto magricela de cabelos muito negros e uma estranha cicatriz em forma de raio na testa, que não conseguia dormir. Estava com um péssimo pressentimento sobre alguma coisa, mas não sabia o que era...
Embrulhou-se da cabeça aos pés encima da cama e fechou os olhos tentando dormir. Passados alguns minutos, ele abriu-os e olhou para o relógio de pulso. Eram 2:00am e Harry estava ciente de que não conseguiria mais dormir, então, resolveu escrever uma carta para seu amigo Rony. Sua coruja, Edwirges a entregaria assim que voltasse do seu vôo noturno.
Tirou do malão um pergaminho, sua pena e sua tinta, mas, antes que pudesse escrever alguma coisa, ouviu um baque surdo vindo da sala, no andar inferior. Puxou a varinha e desceu vagarosamente as escadas:
-Olá, Harry! Como tem passado?
Ao pé da escada um homem de aparência cansada e vestes surradas o esperava com um largo sorriso:
-Lupin?! O que você está fazendo aqui?
-Eu vim lhe buscar Harry. Você vai passar o resto de suas férias na casa de Hermione.
-O que está acontecendo aqui?- esbravejou tio Valter na frente de uma tia Petúnia bastante assustada.
-Bom dia, Sr.Dursley- disse Lupin dando uma olhada rápida em seu relógio, que marcava 2:15 da manhã- Eu vim pegar o Harry para passar o resto do verão na casa de uma amiga dele.
-E quem disse que eu vou deixar?- Enfrentou tio Valter
-Eu não vim aqui lhe pedir permissão. Eu vim buscar o Harry, quer você queira, quer não.- depois, voltando-se para o Harry, disse- Vá arrumar o seu malão, Harry.- e, virando-se novamente para tio Valter, completando- Se quiser pode voltar a dormir, mas o Harry vai comigo.
Harry ficou feliz com a noticia, mas, enquanto arrumava seu malão, ele começou a ficar nervoso. Não conhecia os pais de Mione, e se eles não gostassem dele?
Olhou para seu relógio. Eram 2:40 da manhã. Porque Lupin não esperara até o dia amanhecer direito para ir pega-lo?
Pegou o malão e a gaiola de Edwirges e, com muita dificuldade, desceu as escadas.
-Bem, Nos já vamos. Vamos Harry?
Harry o seguiu. Então, na porta da calçada ele perguntou:
-Lupin, como chegaremos na casa da Mione?
-Assim. - Disse Lupin, esticando o braço com a varinha.
Logo em seguida, acompanhado de um estrondo, parou em frente a eles um ônibus roxo de três andares:
-No noitebus andante, boa idéia, Lupin! Embora meu estômago lamente um pouco... - exclamou Harry
Minutos depois a porta se abriu e saiu de lá um cara com a cara cheia de espinhas:
-Oi Harry! Olha quem apareceu, Ernesto! É o nosso amigo Harry Potter!
-O quê?- fez uma voz feminina de dentro do noitebus- Tonks, acorda, o Harry está aqui!
-Tonks, Hermione?! O que vocês estão fazendo aqui?- perguntou Harry espiando o fundo do noitebus.
-Viemos pegar você, Harry. - disse Tonks com o cabelo vermelho vivo e uma blusa do grupo musical As Esquisitonas.
-Pelo visto não fui o único que teve a idéia de pegar o Harry de madrugada.- disse Lupin, entrando no ônibus com o malão de Harry, rindo-se da expressão de espanto das garotas.
Harry mal entrou no ônibus e teve seu pescoço quase quebrado por Hermione. Quando a garota o abraçou, sentiu um inebriante perfume de jasmim exalado pelo cabelo da amiga:
-Eu ia mandar uma carta, eu juro! Mas a Tonks disse que era surpresa... - tentava se explicar Hermione.
-Não tem problema. - disse Harry se afastando da amiga. Ela estava linda. O garoto não sabia como ela poderia ter mudado tanto em menos de duas semanas. Harry ficou alguns minutos fitando a amiga, que corava:
-Bem, Harry, Hermione, vocês vão ficar no andar de cima, pois eu e a Tonks precisamos conversar sobre Vocês-sabem-o-quê. – se intrometeu Lupin, fazendo o garoto perceber o que estava fazendo e desviar rapidamente o olhar:
- Então vamos, Mione?
-Vamos, né?
Quando chegaram lá, Harry resolveu que já era hora dele começar o interrogatório de Hermione:
- E o que esteve acontecendo com a Or... –mas a garota o interrompeu.
-Fala baixo, Harry!- disse olhando para dois bruxos que dormiam no mesmo andar que eles.
-... com a Ordem?- disse ele, em som quase inaudível.
- Nada demais, só parece que Voldemort está procurando alguma coisa, assim como a Ordem.
-Ficaram conversando trivialidades até Hermione olhar para a paisagem da janela e falar:
-Estamos quase chegando. Vamos descer.
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