A Batalha Final
“E aconteceu. O fim da paz. O tão esperado momento de quebra. Apenas, num jornal.
As corujas apareceram, e distribuíram o Profeta Diário por praticamente todos os alunos e professores. Os que não o receberam juntaram-se aos amigos.
Assim, em poucos segundos, todos olhavam para Harry com medo, preocupação e apreensão.
Harry, que não tinha recebido, inclinou-se sobre Lavender e leu a primeira página.
Quem-Nós-Sabemos desafia Rapaz-que-Sobreviveu
Foi encontrado um pergaminho à porta do ministro com as seguintes palavras:
Harry James Potter desafio-te aqui, em público para um duelo. O duelo que decidirá qual de nós sairá vencedor e qual de nós cairá.
Tens até amanhã para me dar a resposta.
Lord Voldemort”
Harry olhou à volta do Salão. Não havia uma única pessoa que não estivesse a olhar para ele. Alguns começaram a sussurrar com os colegas do lado, algumas raparigas tinham levado as mãos à boca horrorizadas.
Os professores e membros do ED olhavam para ele assustados e temerosos, mas com um brilho de cumplicidade, como uma promessa de que não o iriam abandonar.
O diretor levantou-se e falou com voz clara para todos os alunos e também professores:
-Como todos já perceberam, o tão esperado momento chegou. Todos os alunos que quiserem lutar lado a lado com a Ordem da Fênix serão bem-vindos. Contudo, apenas a partir do 4º ano para cima.
"Os outros alunos serão escoltados até às suas casas no Expresso de Hogwarts que partirá amanhã às 8:00h.
Peço agora que todos os alunos que quiserem lutar permaneçam sentados, quanto aos restantes, por favor vão para as vossas Salas Comuns e não saiam de lá até amanhã. O jantar ser-vos-á servido pelos elfos domésticos."
Houve um burburinho como todos os alunos mais novos e também alguns mais velhos saíram, a maior parte passando pela mesa dos Gryffindor para apertar a mão a Harry e desejarem boa sorte.
Assim que o burburinho cessou, os outros alunos levantaram-se também e caminharam até à mesa dos professores onde estes os esperavam de pé.
Ao chegar à mesa principal Harry percebeu que também todos os adultos o olhavam com apreensão. Notou também que Albus estava a segurar a mão de Minerva, possivelmente para impedi-la de saltar para cima do filho.
O moreno sentiu a namorada abraça-lo com força e colocou os braços à sua volta tentando acalma-la, enquanto ela enterrava o rosto no seu peito.
-Tem calma, ruiva, vai ficar tudo bem. - Sussurrou Harry.
Todos ouviram o rapaz, e não puderam deixar de sorrir para o carinho com que ele tratava a pequena Weasley.
-Prometes? - Pediu a voz de Ginny abafada contra o peito de Harry.
O "Eleito" suspirou:
-Não. - Respondeu - Não posso.
Todos os outros suspiraram também emocionados. Albus decidiu que o melhor era acabar logo com isso para que todos pudessem descansar e para poder finalmente abraçar o filho.
-Harry... - Começou Albus lutando para a sua voz não quebrar como o rapaz olhou para si - Já decidiste o que queres fazer?
-Acho que lutar é a escolha óbvia, mas ainda não sei quando nem onde. - Respondeu Harry.
-Já consideraste Hogwarts? - Perguntou Tonks com a voz a tremer ligeiramente.
Harry olhou para a metamorfomaga com uma expressão de descrença.
-Não é uma má ideia... - Começou Fred.
-Vantagem, puto. - Apoiou George.
-Vantagem? - Inquiriu o moreno.
-Claro, estás em casa! Ele seria o "convidado". - Explicaram os ruivos.
-Não sei... - Respondeu Harry olhando para os pais à procura de ajuda. Estes apenas lhe acenaram afirmativamente - Está bem, e quando?
-Quando estivermos prontos. Acho que todos devíamos fazer uns treinos para preparação. - Sugeriu Lupin.
Todos concordaram e Harry decidiu marcar o encontro para uma semana mais tarde.
Contudo ele falaria com o inimigo no dia seguinte. Naquele momento ele só queria estar com as pessoas que mais amava.
A Ordem da Fênix foi chamada e todos os membros compareceram rapidamente para apoiar o menino. Aberforth e Bull tinham sido dos primeiros a chegar.
Todos concordaram em deixar os planos para o dia seguinte e descansarem pelo resto da noite.
A Ordem da Fênix ficou a dormir no castelo. Albus e Minerva acompanharam-nos até à Sala das Necessidades. Os outros professores foram para as suas respetivas salas bem como os alunos, que foram para as Salas Comuns.
Harry seguiu sozinho para a sala do diretor. Quando chegou subiu as escadas para o seu quarto, caminhou até à sua secretária, pegou no seu álbum de fotos e mandou-se para a cama.
Ele foi passando as páginas uma por uma, observando atentamente as fotos.
Todas as pessoas, amigos, família, que ele amava ou já tinha amado lá estavam: James, Lily, Albus, Minerva, Aberforth, Bull, Reamus, Sirius, Tonks, Hermione, todos os Weasley, até mesmo Moody.
Nesse momento Albus e Minerva entraram no seu quarto.
Harry pôs o álbum de fotografias de lado, levantou-se e olhou para os pais.
Minerva praticamente correu para os seus braços.
Harry abraçou-a fortemente pela cintura. Eles separaram-se e Albus andou também para ele e puxou-o para um grande e apertado abraço. E, finalmente, o homem não aguentou mais e quebrou, as suas lágrimas começando a escorrer pelo rosto, enquanto ele o descansava no ombro do filho.
-Vai correr tudo bem, filho. Estamos nesta guerra juntos e vamos sair juntos, como sempre, como uma família. – Prometeu o homem abraçando o filho ainda com mais força.
Harry não disse nada, apenas continuou abraçado aos pais por muito, muito tempo.
Acabaram por adormecer os três deitados lado a lado na cama do moreno.
-Então Harry, que tal o nosso programa? – perguntou uma voz vinda da escuridão. Era baixa e sussurrada mas feroz… Era Voldemort.
-Está bem… - concordou Harry decidido – Eu aceito o teu desafio. Daqui a uma semana, aqui em Hogwarts às 20:00h.
-Muito bem, então vemo-nos daqui a uma semana, Potter.
Harry acordou de repente. Ele olhou para os lados. Não havia sinal de Voldemort. Mas estava feito. A hora decisiva estava marcada.
Olhou para a janela, o Sol estava ainda a nascer.
Os seus pais dormiam um de cada lado, abraçados a ele.
Harry levantou-se com cuidado para não acordar ambos. Mudou de roupa e saiu do quarto. Desceu as escadas do escritório até à gárgula que o guardava, virou-se para ela e disse:
-Se os meus pais perguntarem por mim, farias o favor de lhes passar a mensagem de que eu estou bem e que fui só dar uma volta?
-Sim, acho que posso fazer isso. – concordou a gárgula após uns momentos de hesitação.
-Muito obrigado. – agradeceu Harry.
O rapaz-que-sobreviveu virou costas e caminhou lentamente pelo corredor. Perdendo-se em pensamentos, nem tomou atenção para onde caminhava. Pelo menos até sentir o ar fresco bater-lhe.
Torre de Astronomia.
Era o seu local de eleição para quando precisava de pensar, ou apenas de estar sozinho. Sentou-se num canto, com as costas apoiadas à parede de pedra fria. O seu cabelo agitando-se ligeiramente, devido à leve brisa.
Novamente perdido em pensamentos.
Quão grande seria o exército dos Devoradores da Morte? Quantas pessoas iriam morrer? Iria ele morrer? E se não morresse? Teria de viver o resto da vida com memórias, pesadelos de pessoas, rostos amigos deitados no chão, frios e imóveis, os seus olhos vidrados?
Tantas perguntas, tão poucas respostas, tão pouco tempo…
Uma parte dele queria adiar este momento, mas outra, muito maior estava feliz por ter finalmente chegado.
Ele estava farto de ter de viver com medo, de dia para dia a pergunta era sempre a mesma: “Será que vou sobreviver amanhã?”
Ele sabia que as suas chances eram mínimas, mas ainda havia esperança, ele ainda tinha esperança.
Esperança de ter uma vida calma e pacífica.
Esperança de poder vir a ter um futuro com Ginny, talvez casar-se e ter filhos, eles nunca tinham discutido sobre isso mas agora ele desejava que tivessem.
Esperança de vir a ser um auror como ambicionava desde os seus 14 anos.
Esperança de se formar em Hogwarts e de ouvir os seus pais a dizer que estavam orgulhosos dele.
Esperança de partilhar uma vida com todos os que ele amava, família e amigos.
O moreno começou a ouvir alguém subir até à Torre. Voltou a olhar para a janela. Parecia que o tempo tinha voado. O Sol já estava bem acima da linha do horizonte, provavelmente ele estava ali há horas. Entraram então cinco pessoas: Hermione, Ron, Ginny, Fred e George.
-O que estão aqui a fazer? – perguntou Harry sorrindo para os amigos.
-Viemos ver de ti, claro. Estávamos preocupados contigo, por toda a cena de ontem… - explicou Ron.
-Estou bem, pessoal, a sério. – garantiu o moreno.
Nesse momento entraram mais pessoas: Luna, Neville, Seamus, Dean, Colin, Cho, Oliver, Katie, Alicia, Angelina, Lee, Justin e Ernie.
-Fomos acompanhar os alunos que se foram embora ao comboio. – informou Katie indo abraçar os amigos.
-Ouvimos pessoas aqui e decidimos subir. Interrompemos? – inquiriu Oliver fazendo a mesma coisa que Katie, seguido por Alicia, Angelina e Lee.
-Claro que não. – respondeu Harry sorrindo.
Os amigos sentaram-se, formando um circulo.
Ninguém mais perguntou se Harry estava bem.
Os gêmeos Weasley conjuraram fogos de artificio e durante muito tempo limitaram-se a jogar todos juntos.
Cerca de meia hora mais tarde a Ordem da Fênix entrou e não puderam deixar de sorrir.
Harry fugia de Seamus e Dean que lhe tentavam acertar com foguetes. Os outros apenas assistiam, riam e apoiavam. Era bom ouvir os jovens a divertir-se em conjunto.
Eles então notaram os outros e pararam, encostados à parede, recuperando o fôlego.
-Vamos almoçar? – sugeriu Albus com um sorriso.
Todos concordaram e começaram a sair.
Durante essa semana o tempo passou rápido. A rotina era monótona. Todos os dias, todos se levantavam cedo, tomavam o pequeno-almoço, treinavam, almoçavam, voltavam a treinar, jantavam e depois iam dormir cedo, raramente conversavam.
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Chegou então, o dia da Batalha. O clima estava tenso, todos sabiam que tudo acabaria ali, quer saíssem vitoriosos ou derrotados.
Estavam todos no Salão Principal e Harry não pôde deixar de se lembrar do inicio do ano. Tudo tinha acabado bem, ninguém saíra magoado, mas desta vez seria diferente, ele sabia. Ele sabia que desta vez podiam contar com todo o exército de Voldemort, os intitulados Devoradores da Morte. Ninguém sabia quantos eram, ele desconfiava que nem mesmo o próprio Voldemort soubesse… Bem, iriam descobrir em breve.
As portas abriram-se de rompante e 10 figuras encapuzadas entraram, lideradas por… Voldemort.
-Então, estas pronto, Harry? – perguntou Voldemort com um sorriso sarcástico.
-Como nunca estive. – respondeu o moreno.
A batalha começou. No meio de tantos feixes de luz, Harry ficou sem saber como estavam os amigos. A batalha começou a desenvolver-se e a estender-se por todo o terreno de Hogwarts, como os restantes Devoradores entraram. Eram dezenas, centenas… Harry nunca esperara. Mesmo assim, a maioria dos Devoradores não era muito poderoso, sendo que a Ordem da Fénix e o Exercito de Dumbledore não demorou a acabar com eles. Harry e Voldemort travavam uma batalha violenta no meio de todo o Salão.
Ambos já tinham ido várias vezes ao chão e o feiticeiro negro apenas atacava com Maldiçoes da Morte e Cruciatus. Harry estava a enfraquecer, e tinha conhecimento disso mas não podia deixar o seu inimigo perceber.
Passaram apenas alguns minutos até que Voldemort pareceu desistir da batalha, também ele estava a ficar mais fraco a cada momento que passava, o rapaz estava muito mais poderoso… Ele precisava de algo! Algo que distraísse Harry. Mas… o quê? Só havia uma coisa que faria com que Harry perdesse completamente a cabeça… Magoar alguém de quem ele gosta e se preocupa.
Discretamente, o feiticeiro negro olhou em volta, sem se distrair do adversário. Não muito longe de si, um dos seus estava a lutar com… Ginny Weasley.
Voldemort aproveitou que Harry estava na defensiva e mandou uma maldição da morte à ruiva. Harry viu a maldição e depois percebeu a quem ia dirigida.
-Ginny! – exclamou Harry. Quase instantaneamente todo o Salão parou para olhar. A ruiva virou-se mas ao ver o raio verde a ir em direção dela paralisou. “Não” pensou Harry “Ela não.”
Graças aos reflexos adquiridos especialmente, no Quidditch, Desapareceu e voltou a Aparecer entre a maldição e a namorada, conjugando um escudo no ultimo momento. A maldição bateu no escudo, uma pequena parte chegando a atingir Harry que foi lançado com uma força bruta contra parede, caído depois no chão. Harry ficou a arquejar no chão. Ninguém no Salão se mexia, a não ser Tom Riddle que esboçou um leve sorriso e apontou a varinha a Harry.
-Aqui estamos nós. O grande Harry Potter, no sítio onde pertence… A meus pés. Sei que descobriste o meu segredo e que destruíste alguns dos meus bens pessoais, mas não chegou… Eu tenho mais, Potter, muitos mais! Eu sou imortal, e não há ninguém que o possa impedir, muito menos um rapazinho como tu!
-Muitos mais? Quais, Riddle? – Perguntou Harry ainda no chão – O diário foi-se, o anel de Marvolo Gaunt , o Diadema de Ravenclaw, o medalhão de Slytherin, o Chapéu Selecionador e Nagini. Então, a que “muitos mais” é que tu te referes?
-Não é possível! – exclamou Tom. O Potter podia saber quais eram, mas ele não tinha provas nenhumas de que tinham sidos destruídos.
Harry fez um leve movimento com a varinha e todos os antigos Horcruxes apareceram no chão.
-Como podes ver, é verdade. Tu não és imortal, és um simples mortal, como todos aqui. Eu posso morrer hoje, mas vai haver sempre alguém que se vai levantar contra ti e lutar, por isso, força, mata-me. Só tenho pena de não te ver a cair de uma vez por todas.
-Talvez, mas por agora, tenho o prazer de acabar contigo, Potter. – retorquiu o outro.
-Não. – soou uma voz feminina.
Todos se viraram para a origem da voz que acabou por ser de Ginny. Ela aproximou-se do namorado e ajudou-o a levantar-se, colocando-se, depois, lado a lado com ele.
-O que estas a fazer? – perguntou-lhe Harry num sussurro.
-Nem penses que eu te vou deixar, e não vale a pena discutires comigo, Potter. – retribuiu Ginny.
Harry olhou-a bem nos olhos. Se não estivessem numa batalha provavelmente tê-la-ia beijado, mas, naquele momento, contentou-se em dar-lhe a mão, entrelaçando os dedos. Apenas alguns segundos decorreram como Ron e Hermione se postaram também ao lado do casal.
-Tal e qual a tua mãe, Potter. Eles não se deviam ter sacrificado… AVADA KEDAVRA!
Harry puxou Ginny para perto de si, colocando os seus braços a volta dela e protegendo-a com o corpo. Ele sentiu o braço de Hermione a volta dos seus ombros e também Ron a chegar-se, abraçando as meninas. Como um só, os quatro cerraram os olhos e esperaram pelo fim. Todo o Salão estava num silencio sepulcral, a maior parte queria gritar, mas simplesmente, pareciam ter congelado. Finalmente, a maldição atingiu-os.
Uma forte luz cegou todos os que se encontravam no Salão, tao forte que tiveram de fechar também os olhos.
Quando os voltaram a abrir, viram os meninos caídos.
O Quarteto Fantástico tinha caído.
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Oi!!
DESCULPEM! TENHO PLENA CONSCIENCIA QUE NAO ATUALIZO HA... APROXIMADAMENTE 5 MESES!!! Desculpem, a serio. Muitos testes... muitos problemas na vida...
Bloqueio de autor.
Sei que o capitulo nao esta nada de especial, se achares que algo deve ser mudado, simplesmente digam-me que eu irei reescrever.
A fic ainda nao acabou, ainda faltam 1 ou 2 capitulos, e depois estao livres de mim xD
As ferias de Natal chegaram, por isso vou tentar escrever mais durante estas 2 semanas livres, PROMETO!
Quero agradecer a todos os leitores mas especialmente aos que comentam, Ana Marisa Potter, Deusa Potter e vitoria67! Muito obrigado, a serio, adoro-vos, mesmo, e e por voces que eu escrevo, espero que gostem!
Deixem ideias, comentarios, criticas, tudooo por favor, e muito importante para mim saber o que estao a pensar da minha fic, e se gostaram do capitulo e o que mais querem ver nesta fic!
Pronto, e e isto. RS - :Dan and :Phil! Eu disse-te que conseguia :p
Bye :D
Ate ao proximo capitulo :)
H.D.
Comentários (1)
Miúda desapareste do mapa a faltar 2 CAP do final isso não se faz não desistas agora. Bjs
2015-11-12