O acidente
A primeira semana em Hogwarts já estava quase terminando. Harry, Rony e Hermione entraram no Salão Principal para tomar café e sentaram-se ao lado de Fred, George e Gina.
- Ron, você tem que parar de comer, vai acabar explodindo um dia desses. – disse Gina
- Deixa, Gina – falou Fred com um sorriso.
- É, se ele explodir sobra mais pra gente lá em casa – debochou George.
Todos riram, exceto Rony, é claro; fechou a cara e começou a comer mais ainda.
Hermione olhava para a mesa da Sonserina com frequência, - e Pansy pareceu perceber isso - queria saber onde estava Draco Malfoy, ela não o via fazia tempo, desde quarta-feira na aula de poções. Ela torcia pra ele ter feito alguma besteira e ter sido expulso.
“Imagina” –pensava ela – “Como seria bom sem Malfoy por perto”. Essa felicidade durou pouco, ela viu o loiro entrando no salão com Crabbe e Goyle. Malfoy olhou diretamente para ela. Isso a fez arrepiar.
- Ficaram sabendo – disse Neville, assustando todos que até então não haviam percebido sua presença – vamos ter aulas de Trato das criaturas mágicas com a Sonserina.
O desanimo do trio foi total. Por que logo a Sonserina? Já não tinham que aguentar todos eles nas aulas de Poções , teriam que aguentar todos eles também na aula de Trato das criaturas mágicas?
- Bom, pelo menos as aulas serão dadas por Hagrid. – Lembrou Rony.
Esse fato os animou um pouco, porém ter que aguentar os sonserinos não era fácil.
Depois do almoço lá estavam eles, indo em direção a cabana de Hagrid. Todos estavam com uma ponta de medo do que poderia acontecer. No começo Harry achou que o amigo iria levar o grupo para a Floresta Proibida e ficou aliviado ao perceber que desviaram do caminho desta.
Draco Malfoy havia chegado antes do trio na cabana de Hagrid. Ele viu Hermione chegar junto com o Potter e o Weasley. Ele sentiu um frio na barriga enquanto a olhava, ele não conseguia explicar o por que. “Para com isso Draco, para” ele brigava consigo mesmo em sua mente.
Hermione por sua vez, ao invés de ficar irritada com a presença do loiro, ficou contente em vê-lo, como se ansiasse por isso. “O que é isso Hermione?” perguntava para si mesma.
Quando todos chegaram, Hagrid pediu para que o seguissem.
- Fique todos agrupados aqui – disse ele quando chegaram ao local – e abram os livros.
- Como? – retrucou Malfoy.
- O que? – perguntou gentilmente o novo professor.
- Como é que vamos abrir essa coisa – disse Malfoy tirando o exemplar de O livro monstruoso dos monstros da mochila.
- Fazendo carinho, é claro! – respondeu Hagrid, como se aquilo fosse óbvio. Hermione percebeu pelo tom de voz que ele usou que havia ficado um pouco desapontado por ninguém conseguir abrir o livro. – Bom, agora vocês já têm os livros... só faltam as criaturas... já volto.
E eles ficaram ali, esperando pela volta dele apreensivos.
- Que horror! Essa escola está indo para o brejo, imagina, colocar esse brutamontes para dar aulas, meu pai vai ficar sabendo sobre isso. – esbravejou Malfoy com seu grupo de sonserinos.
-Cala a boca Malfoy! – disse Harry já segurando sua varinha.
Todos ficaram olhando a cena já esperando por um duelo, mas isso foi impedido por um gritinho de Lilá Brown.
Hagrid havia retornado, com algumas criaturas mais estranhas que os presentes ali haviam visto.
-Hipogrifos! – ele disse- Lindos, não? A primeira coisa que vocês precisam saber é que esses bichos são orgulhosos, sempre espere ele fazer o primeiro movimento, é uma cortesia, entendem? Nunca, insulte-os, ou poderá ser a última coisa que vão fazer. Então, quem quer ser o primeiro?
Todos os alunos ficaram apreensivos, apenas Harry disse “Eu vou”
O garoto foi para frente de um hipogrifo que Hagrid carinhosamente chamava de Bicuço.
Tudo ocorreu muito bem, Harry até deu uma volta na criatura (não que ele tenha ficado muito feliz com essa ideia).
Enquanto todos esperavam o bicho voltar com Harry, Draco continuava olhar Hermione excessivamente, ele não conseguia parar de olhá-la, não sabia o por quê. Por mais que se esforçasse não conseguia. Foi então que Pansy Parkinson perguntou :
- Draquinho, porque você fica olhando tanto a Sangue- ruim?
- Não estou olhando ninguém Pansy. – disse ele, friamente, sem olhar para ela, ainda olhando para a grifinória.
Harry então voltou, ileso. Todos aplaudiram, menos Malfoy, Crabbe e Goyle.
- Isso é moleza! – gritou Malfoy – Se o Potter conseguiu fazer, então é realmente fácil, – disse se aproximando do hipogrifo – não é seu feioso?
- Não, Malfoy! – gritou Hagrid, mas já era tarde.
Bicuço fez um breve movimento e suas garras acertaram em cheio o braço do sonserino. Este caiu no chão e gritava:
- AAAH, estou morrendo! Esse bicho me matou!
- Você não está morrendo. – disse Hagrid
- Hagrid, você tem que leva-lo para a ala hospitalar! – falou Hermione para o amigo.
- Sim, mas não posso deixar vocês aqui! Você acompanharia Malfoy até a ala hospitalar? Por favor?
Hermione não poderia recusar o pedido de Hagrid, não queria estragar mais ainda sua aula.
- Está bem. – disse ela – Mas você me deve uma! – sussurrando essa última parte apenas para Hagrid ouvir.
Ela pegou o sonserino pelo braço que não estava machucado e o ajudou a levantar, cravando propositalmente suas unhas nele.
- Não, eu já estou morrendo, não quero sua ajuda Granger. Aaaaah
- Cala a boca Malfoy, você não está nem perto de morrer, para de ser mimado.
E assim, foram os dois para a Ala hospitalar.
- Pobre Hermione – exclamou Rony.
Harry e Neville que estavam do seu lado concordaram com a cabeça.
Pansy via eles se afastarem, com o olhar sério, raivoso. "Não ela" pensava.
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