O desprezado Potter
- Ridículo – Essa foi a primeira palavra de Lily no Salão Principal nesta manhã, enquanto tomava café.
- Mas temos que admitir, ele é um gato... – disse Lene, sua melhor amiga e colega da Grifinória.
James Potter passou pelas duas, bagunçando o cabelo e balançando a gravata vermelha e dourada, cores de sua casa.
– Ei, Evans!
Lily revirou os olhos. Junto dele vinham a turma dos Marotos – Black, Lupin e Pettigrew.
– Com certeza ele está a fim de você – disse Lene, rindo, quando os Marotos já estavam sentados bem longe.
– Eu, hein... Aquele Potter, já saiu com toda a Hogwarts, Eu não me surpreenderia se pegassem ele dando uns beijinhos na Profa. Minerva em Hogsmeade.
Lene riu. Lily olhou para a ponta direita da grande mesa da Grifinória. Lá estava ele, sentado contando piadas para os Marotos, com um bando de garotas envolta rindo loucamente. James olhou de esguelha para Lily e ao perceber que ela estava o encarando, ambos desviaram o olhar.
Lene, ao perceber a troca de olhares, levantou as sobrancelhas para a amiga.
–Que foi? Ele é ridículo... – disse Lily, colocando um pedaço de bacon na boca.
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A aula seguinte era de poções, uma das matérias preferidas de Lily, talvez pelo fato de ela fazer dupla com seu melhor amigo, Severo, porque a aula era com o pessoal da Sonserina.
O prof. Slughorn era um dos favoritos da garota, porém muito rígido quando o assunto eram os N.O.M.s, exames que todo quintanista era obrigado a prestar.
– Muito bem turma, na aula de hoje faremos a poção do Morto-Vivo para refrescar a memória, e eu os organizarei em duplas – olhei para Severo – Srta. MacLauren, com o Sr. Lupin, certo? Srta. McKinnon e Sr. Snape – Lene me olhou com cara de nojo – Srta. Evans e Sr. Pettigrew?
Lily arregalou os olhos para o professor. Pettigrew explodia uma poção antes de qualquer um da masmorra piscar. Entendendo meu sinal, o professor corrigiu:
– Certo, Srta. Evans e Sr. Potter, podemos?
Se antes Lily ficou incomodada com sua dupla, agora ela estava desesperada. Mas o professor virou as costas antes que ela pudesse protestar, o que restoua Lily aceitar o fato que passaria as próximas duas horas dividindo um caldeirão com o cara que ela mais odiava no mundo.
“Podia ser pior, podiam ter pedido para eu e o Potter dividirmos os cuidados de um explosivin...” Ela não parava de repetir para si mesma.
– Eaí, Evans. Lindo dia hein?
Lily passou o resto da aula tentando ignorar as freqüentes vezes em que Potter mexia no cabelo e sorria a cada vez que ela acrescentava um ingrediente na poção.
– Você está fazendo errado, Potter. Está dizendo aqui para amassar as sanguessugas, não para espremer – e sussurrou – Francamente, com tanto cabelo na cabeça nem deve saber onde está o cérebro.
Lily dava essas broncas freqüentes em James para tentar esconder a sensação diferente que sentia a cada vez que ela dava aquele sorriso, aquele sorriso maroto que fazia todas as garotas se derreterem.
“Que sensação, não tem sensação nenhuma!”
– Só queria saber por que você me odeia? – Potter perguntou em alto e bom som.
Antes que Lily pudesse responder, Slughorn chegou por trás da dupla:
– Muita conversa por aqui, não acham rapazes? Terei que descontar pontos da Grifinória?
– Não é necessário, professor – disse Lily voltando a mexer a poção. Ela nunca tinha pedido pontos para a Grifinória antes.
– Te odeio Potter, apenas pelo fato de você ser você! – disse Lily quando Slughorn se afastou.
– Srta. Evans, detesto fazer isso, mas terei que descontar 5 pontos da Grifinória por causa dos senhores! – bradou Slughorn virando-se.
A sineta tocou e Lily saiu correndo das masmorras, deixando a James a tarefa de levar a poção incompleta a Slughorn.
Lily foi batendo os pés até o dormitório, xingando praticamente toda a árvore genealógica dos Potter e pensando em tudo que poderia ter dito ao responder a pergunta se ela o odiava.
Mas Lily ainda teria muito tempo para contestar essa pergunta.
Comentários (1)
O capitulo ficou bem legal!!
2012-07-06