Um dia de cão



Disclaimer: O que ninguém sabe é que o Harry Potter é nosso. TODO o mundo de Harry Potter é nosso. Nós só vendemos para uma velha inglesa por que gostamos de fazer caridade, nada mais... *pequeno tique nervoso* Meu... Tudo meu... Ô.o
“Pequeno momento de insanidade, ignorem.”

Por favor, leiam a N/A no final.




Capítulo 4 - Um dia de cão.

Ela se remexia na cama de uma maneira quase brutal, imersa em um sono onde o termo “agitado” seria pouco. Ela murmurava algumas coisas inaudíveis e em um último movimento (completamente exagerado) cai da cama fazendo um tremendo baque surdo. Berrando a plenos pulmões e segurando a testa que havia batido na quina da cama ela andou até o banheiro blasfemando e choramingando com a dor que sentia na cabeça. Lacrimejando um pouco ela se depara com o próprio reflexo no espelho.
A blusa do pijama curto estava completamente colada ao seu corpo por causa do suor, os cabelos antes presos num rabo frouxo pareciam-lhe muitos com o de Hermione em seu primeiro ano, sem falar no enorme vermelho que a ruiva tinha na testa. Fechou os olhos bufando e passou água fria pelo rosto, tentando em vão melhorar sua precária aparência. Além de todos os problemas ela encontrava com dois pontos arroxeados debaixo dos olhos verdes, com certeza sua noite não havia sido das melhores. Ergueu a cabeça da pia apenas para sair correndo do banheiro ao olhar para o relógio que havia no quarto. Ela com toda certeza estava atrasada.
“- Bosta de dragão alado.” - vociferou botando a saia de pregas preta em um gesto brusco ao mesmo tempo que com a outra mão tentava abotoar a camisa banca. Pôs correndo as meias ¾ e os sapatos pretos enquanto arrumava de qualquer jeito os cabelos e saia correndo.
No meio do caminho ela sentiu que faltava alguma coisa... “PUTZ...MEU MATERIAL!”
Quando chegou ao salão comunal da grifinória a porta do dormitório estava emperrava.
“Droga... Abre porcaria!!! Ahhhhhhhhhhhh, abreeeeeeeee...” Enquanto esmurrava e espancava a porta ela se lembrou... “Ótimo, eu sou uma bruxa suficientemente incompetente para me lembrar das minhas origens.” - ela tirou uma varinha do bolso das vestes e murmurou- “Alorromora!”
A porta se abriu... Mais dez minutos para chegar ao ponto onde tinha voltado. Quase chegando na Masmorra do Snape, ela tropeçou nos próprios sapatos e derrubou todos os seus pergaminhos. “Droga... O quê que eu fiz pra começar um dia tão mal???”
Enquanto juntava tudo, uma sombra corta a sua luz.
“- Vadiando em horário de aula, Weasley? – ouviu a voz fria e viu o sorriso desdenhoso do professor de poções. Quase jogou um tinteiro que tinha nas mãos quando ele completou. - Menos 20 pontos por matar aula...”
“- Mas professor, eu apenas acordei atrasada e esqueci...”
“- E ainda tem a cara de pau de dizer que esqueceu da aula? Realmente Weasley você é um caso perdido.”
“- Não, professor, o senhor não me entendeu...”
“- Mais 20 pontos. E vá para a sua aula agora.”
“- Sim senhor.- murmurou entre dentes, pensando logo em seguida. - Maldito cabelo de sebo.”


Aula de poções 3º tempo. Todos na sala prestavam à atenção no professor. Ou quase todos.

“Loiro filho da mãe. Projeto de comensal. Qual é o problema dele, hein? Acha que só porque tem uma bunda boa pode ficar agarrando pobres meninas indefesas pelos corredores?”

“- Srta. Weasley, poderia responder a questão doze?”

“ Tudo bem que eu não sou tão indefesa assim, mas quem mandou aquela cobra loira me beijar? Merda. Meu primeiro beijo de verdade com o cara mais odiado da Grifinória. Droga, e como beija bem.”

“- Srta. Weasley.”

“Que Merlin faça cair aquele cabelo cheio de gel dele e o faça morrer asfixiado com a própria água oxigenada.”

“- SRTA WEASLEY.”
Ao ouvir seu nome e receber uma forte cotovelada de Amy, Gina acabou acordando de seu estupor, quase caindo da cadeira, e olhando assustada para o professor a sua frente vendo que ele, e a sala inteira, a fitavam com olhos curiosos.
“- Sim, professor? - falou se recompondo.”
“- Anda com a cabeça no mundo da lua hein, Weasley? Responda a questão número doze.”
“- E qual seria?” - perguntou receosa.
“- Em que casos deve-se usar a Poção de Ganzer?”
Ganzer? Isso é nome de poção??? Merda, não sabia nada daquela matéria. Provavelmente não ouvira pensando no maldito sonserino.
“- Eu estou esperando, Weasley. – sibilou com a voz fria e carregada de expectativa, para que ela errasse é claro.”
“- Eu não sei a resposta.- falou baixo mas não tanto a ponto de não ser ouvida.”
“- Vejo que a mudança na aparência afetou seu cérebro também. 20 pontos a menos para Grifinória e quero que você faça um relatório sobre esse assunto pra amanhã Weasley, 60 cm de pergaminho, nem mais, nem menos.”- e com isso o professor virou-se balançando sua capa negra com ar de imponência.
“Ótimo, realmente ótimo. Primeiro o Malfoy me beija, perco 60 pontos antes mesmo do almoço e agora eu tenho que fazer um trabalho ENORME para Morcegão ensebado para AMANHÃ! Merda! Hoje é um dia daqueles.”






“- Como assim, você beijou a Weasley?” – perguntava o moreno que andava em direção ao Salão Principal.
“- Beijando, Blaise. Ainda lembra como se faz?”
“- Mas você beijou ela do nada?”
“- Não. Eu a levei pra trás de uma pilastra antes.” - falou simplesmente enquanto dava um sorriso a três sonserinas que acenavam pra ele.
“- Malfoy, você é débil mental.”
“- Eu disse que faria Zabine, e eu sempre faço o que cumpro.”
“- Mas não achei que você estava falando sério quando disse: Eu vou pegar essa ruiva hoje!” – mudou o tom de voz na última parte para um mais grave.
“- E você achou o quê?”
“- Que você tava zoando sei lá.”
“- Até parece que você não me conhece, Blaise.” – ele falou com um meio sorriso olhando de vez em quando para alguma garota no corredor.
“- Às vezes não conheço mesmo. Só não entendo o porquê de beijar a Weasleyzinha agora.”
“- Uma mudança radical na qual ela passou não poderia passar longe das minhas vistas. Ainda mais se foi uma mudança tão... aproveitável.”
“- E a sua cabeça de baixo pensa pela de cima?” - perguntou com um sorriso de canto, em seu melhor tom irônico.
“- Eu não sou tão galinha quanto você, Zabine.”
“- E o que você fez com a Weasley ontem foi o quê?”
“- Reconhecimento de espaço.”
“- Isso quer dizer que a Weasley faz parte do seu espaço agora?”
“- Talvez, em uma noite fria sem nada pra fazer eu possa prensar ela em um corredor qualquer e me divertir um pouquinho.” - terminou com um sorriso mais do que cafajeste recebendo um revirar de olhos do amigo.
“- Você chega a ser nojento sabia? Fica pegando garotinhas contra a vontade delas.”
“- Isso é o que você pensa. A Weasley correspondeu muito bem. Eu não forço nada, elas que adoram me agarrar.”
“- Tá bom. Onde é que você vai? - perguntou o moreno ao ver que o amigo desviava do caminho.”
“- Tenho que ir à biblioteca pegar um livro pra pesquisa de Transfiguração. Eu vejo você mais tarde.”

Lá estava ele indo pra biblioteca xingando até a vigésima geração de McGonagall por passar um trabalho enorme para o dia seguinte.
“Pesquisa de 45 cm de pergaminho sobre como o estudo de Hans Phillip Godoy sobre como a animagia na Idade Média Afetou os dias atuais. Para o primeiro tempo de amanhã. Que eu quero saber sobre como o cara conseguiu virar um sapo? É ridículo. Aquela velha além de reumática deve estar ficando esclerosada. Ainda tenho a merda do treino de quadribol.”
Com o humor lá em cima o garoto começou a andar em direção a biblioteca. A calça negra, juntamente com a camisa branca e a capa davam-lhe um ar imponente enquanto os cabelos platinados balançavam um pouco e por vezes ficavam-lhe sobre os olhos cinzentos dando-lhe um ar sexy que deixaria qualquer garota ao seu dispor. Não era à toa que os garotos preferiam passar com suas namoradas longe dele. Afinal que garota em sã consciência resistiria a um loiro de 1,77, com 16 anos completos e no auge de sua forma física? Realmente quase nenhuma.
Chegou ao seu destino e foi andando até uma das prateleiras, porém a cada um dos livros que procurava sua raiva crescia mais. Estava perdendo seu almoço para procurar uma porcaria de um livro pra fazer uma merda de uma pesquisa sobre um bruxo mestiço que inventou o feitiço para transformar príncipes em sapos. Realmente aquilo faria muita diferença em sua vida. Pensou em ir pedir alguma informação a velha Madame Pince, mas desistiu ao ver que esta não estava em sua mesa.
“Merda de escola, além de manterem professores em um alto grau de esclerose ainda mantêm elfos incompetentes que nem limpam esses livros direito. Que decadência.”
Entrou em uma outra divisão de livros que falassem sobre Transfiguração, e já estava a ponto de mandar aquilo a um lugar nada agradável e voltar para poder pegar o final do almoço quando encontrou o maldito livro sobre o que a professora pedira. Ele andou mal humorado até o livro e retirou-o da estante, abriu-o e começou a folhá-lo sem interesse, foi quando olhou para a abertura que havia deixado no lugar onde antes o livro estava e viu algo que lhe chamou a atenção.
Uma garota estava em cima do que parecia ser uma pequena escada. Não dava para ver exatamente a garota, dava apenas para se ter uma visão privilegiada das pernas da mesma, e que visão! Sempre tivera uma tara por pernas femininas. Entre qualquer parte do corpo delas era a que mais lhe chamava a atenção.
Com um sorriso mais safado impossível o garoto passou a mão pelos cabelos e foi até a prateleira vizinha. Pegou o livro e andou até onde a garota estava e de imediato reconheceu a dona dos cabelos cor de fogo que naquele momento se encontrava de costas para ele. O que não era um de todo mal já que a visão era muuuuiiito tentadora...
Um sorriso cheio de malícia se apossou dos lábios do loiro e como a ruivinha não havia notado sua presença ele se permitiu chegar mais perto da pequena. Com passos lentos ele andava decidido. Nunca tirando aquele sorriso do rosto e nem o olhar carregado de desejo. Como imaginara as pernas dela eram mais bonitas vistas de perto, podia quase encostar-se a elas.
Parou ao lado dela que ainda estava distraída, a altura que ele via era a da saia dela já que esta estava em cima da escada.
“- Belo conteúdo, Weasley.”



“Seboso nojento. Maldito filho de chocadeira. Como que ele quer que eu faça um resumo de uma das poções mais complicadas que eu já vi? Nada de cópias de livros, Weasley. Tenho métodos muito eficazes em uma possível fraude. Afinal, eu sou mestre. É, já que ele é mestre bem que deveria inventar uma boa de uma poção para acabar com aquele cabelo ensebado dele. Fala sério dava pra fritar todos os ovos do café-da-manhã, do almoço e da janta com aquela banha... Tá isso foi nojento. Nossa, imagina quanta caspa que deve ter naquele cabelo. Urgh! Daqui a pouco elas evoluem e criam uma superpopulação de super caspas com toda aquela gordura. Hunf... Ele podia aproveitar e dar um pouquinho para o Malfoy acabar com aquele...”
“- Belo conteúdo, Weasley.”
Não demorou nem 5 segundos, ao ouvir aquela voz arrastada, para a ruiva encontrar com as costas no chão da biblioteca. No mesmo momento sentiu uma dor aguda na altura do cóccix, fechou os olhos mordendo a língua para não soltar um alto palavrão. Ainda de olhos fechados ela massageava o lugar dolorido, quando foi se tocar que provavelmente o mesmo rapaz (sim, porque aquela voz só podia ser de um rapaz...) que a fizera cair estaria olhando para ela, levantou os olhos verdes para encontrar os cinzentos da noite passada.
“- Malfoy, você quer me matar do coração, seu anormal?” – explodiu com o rosto ainda um pouco branco pela dor.
“- Talvez. Não nessas condições, é claro... Tenho modos mais eficazes.”
“- Pare de se enganar garoto!”
“- Eu nunca me engano...-Falou com aquele sorriso de ‘eu sei tudo’.”
“- O que você quer? - Perguntou a ruiva se levantando e sentindo uma pontada na região dolorida das costas.”
“- Você sabe bem o que quero, Weasley...- Malfoy se aproximava perigosamente.- Que tal terminar o que começou noite passada?”
“- Cale a boca Malfoy. Você só pode ser louco, nem sabe o que está falando... - A ruiva agora corava furiosamente.”
“- Não, Weasley, eu não estou louco.”
“- Malfoy você bateu com a cabeça? Anda usando drogas ultimamente?”
“- Weasley você está interrompendo o meu moment...”
“- Seu momento? HÁ, sabia que um dia você iria pirar com tanta química que põe nessa coisa”- falou apontando para os cabelos platinados.
“- Weasley, cale a boca!”
“- Eu não, cala você.”
“- Você é insuportável sabia?”
“- Então por que é sempre você que me procura? Ahn? Ahn? - Disse terminando a conversa e pegando seus livros. Mas antes que pudesse sair o loiro a puxava pelo braço de encontro a ele.”
“- Porque você é extremamente aproveitável de boca fechada.”
Os livros que ela segurava caíram no exato momento que o loiro se apossara de seus lábios, num beijo feroz. Ela por impulso correspondia do beijo com tanta intensidade quanto o garoto. Ele prensara-a numa estante, seu corpo pressionando o dela com força. Os braços dela pendiam ao lado do corpo. Ela não tinha reação alguma, as forças se esvaiam dela naquele beijo.
Ele descia agora a boca e beijava seu pescoço com vontade. Ela estava enlouquecida, entorpecida, com aquele cheiro dele, com aquele corpo. Estava entorpecida com aquele beijo. O beijo se tornava cada vez mais íntimo, ela queria parar, mas estava tão bom. Até que ela retornou a razão com a menção de apenas um nome. Harry Potter.
Reunindo todas as suas forças a garota empurrou o loiro para longe, ele andou alguns poucos passos para trás cambaleando. Olhou-a, ainda entorpecido, quando voltou à consciência de que estavam separados, ele abriu novamente aquele sorriso, que fizeram as pernas dela fraquejarem.
“- Você não acha que vai conseguir me afastar justo agora não é ruiva?”
Ele já vinha novamente. Ela tinha que pensar rápido e quando ele já voltava com os braços a sua cintura ela fez a primeira coisa que lhe veio à mente. A única coisa que o loiro vira antes de ficar inconsciente fora um livro de 300 páginas lhe ser atirado na cabeça.
Ela o viu cair no chão com os braços e pernas afastados. Ela arfava, o peito descia e subia rápido. Olhou para o livro que ainda estava em sua mão e o deixou cair com um baque surdo. Pegou seus livros que haviam caído e saiu correndo da biblioteca, não antes de lançar um último olhar ao loiro que jazia inconsciente no chão e pensar o quão furioso o rapaz ficaria.

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“- Carol, me passa a manteiga, faz o favor?”
“- Toma, Lu. E aí, como foram na poção do Snape?”
“- Acho que não fui bem. Ele me olhou com uma cara não muito boa. – disse Luana fazendo uma careta logo em seguida.”
“- Quando Snape teve uma cara boa, Luana? – disse Bárbara com desdém, enquanto olhava para a mesa da Sonserina com um sorrisinho nos lábios. – Eu fui bem. Mas aquele emplastro de óleo não me deu pontos. Hunf... Incompetente.”
“- Gente, alguém sabe onde a Ginny se meteu? - perguntou Amy, enquanto se servia de suco de abóbora.”
“- Não faço a mínima idéia. – disse Lu.”
“- Eu só a vi nas aulas. – respondeu Carol confusa. – Acho que Snape a segurou até um pouco mais tarde.”
“- E falando no diabo. - falou Bárbara, olhando para a porta do Salão e vendo uma ruiva muito despenteada correndo em direção a elas.”
“- O-Olá... – disse a ruiva pausadamente, sem ar por causa da corrida.”
“- Ginny, o que aconteceu? – perguntou Amy dando espaço para ela se sentar.”
“- Não aconteceu nada, ué.”
“- Tem certeza Gi? Parece que viu um trasgo. – perguntou Luana.”
“- Parece que viu um? Parece mais que um sentou em cima dela.” – disse Amy olhando a situação da garota.
“- Tá tudo bem, Luana. Só alguns imprevistos.”
“- E qual é o nome desse imprevisto, Ginny? - Perguntou Carol com um sorriso malicioso surgindo nos lábios.”
“- Hummmm, é mesmo qual é o nome dele, hein Gi? – apoiou Lu.”
“- Não tem nome algum! – respondeu, as bochechas corando.”
“- Não esconda Gi. Você não ficaria nesse estado se não tivesse ‘alguém’.”
“- Mas que estado, meu Merlin? Eu estou completamente normal.”
“- Ah claro. E a blusa pra fora da saia com os quatro botões abertos é por causa do ‘calor’??? – perguntou Bárbara de um jeito maldoso.”
Foi aí que a ruiva se tocou que estava com a borda do sutiã rosa bebê à mostra, além de é claro, com os cabelos totalmente desalinhados. “Loiro desgraçado, nem vi quando ele fez isso.” Ela rapidamente fechou três dos botões deixando apenas o primeiro aberto. Sabia que estava terrivelmente corada. Sua face fervia, e os olhares indagadores das garotas a estavam deixando em pior estado. Já estava gaguejando para inventar alguma desculpa quando se ouviu um barulho e os olhares se desvencilharam dela para irem para a porta do Salão, onde estava um loiro suado, com os cabelos muito despenteados e o rosto tomado pela fúria.
“- Oh, merda!- murmurou para si mesma ao ver os olhos do loiro faiscarem atrás dela na mesa da Grifinória. – To ferrada!”




O garoto olhou para a mesa rival à procura dos cachos ruivos que vira há pouco. A raiva estava estampada no seu rosto. As faces estavam levemente coradas, os cabelos desalinhados e os olhos acinzentados pareciam querer saltar de órbita. Deu mais uma rápida olhada na mesa dos leõezinhos e foi de encontro à sua mesa. Sentou-se em seu lugar e notou que os amigos mordiam os lábios e começavam a ficar meio vermelhos.

“- Por Merlin Draco, o que aconteceu com você???- perguntou uma garota morena de cabelos ondulados e olhos azuis escuros que o fitava com um misto de preocupação e ironia.”
“- Nada de mais, Hamilton. Apenas alguns contratempos. - respondeu seco, tentando arrumar os cabelos platinados.”
“- Contratempos? Parece que você saiu de uma sessão sadô-maso. - indagou Blaise com um sorriso de escárnio no rosto.”
“- Que aconteceu Draco? A McGonagall resolveu te agarrar????”
Risadas estrondosas vieram do grupinho que estava a sua frente, também, apenas eles riam. Ninguém mais se atreveria a rir de um Malfoy. Ainda mais quando esse era o loiro em questão.
“- Muito engaçado, McGuiller. Por que não escreve um livro de piadas para colocar toda a sua criatividade nele?”
“- Porque, meu querido Malfoy, eu precisaria de mais de mil exemplares para distribuir aos meus valiosos fãs. E eu não gostaria de ver a minha tão preciosa criatividade espalhada por aí. – respondeu o moreno enquanto roubava uma maçã que o loiro acabava de por em seu prato. – Aliás... – falou com a boca cheia. - Suas piadas estão fraquíssimas hoje.”
“- Me lembre de comprar um livro seu então. - disse frio enquanto pegava um pouco de suco e levava aos lábios.”
“- Realmente parece que a McGonagall te ‘pegou’ legal.” – o moreno disse enquanto fechava e abria as mãos em frente ao garoto.
“- Não Josh, algo me diz que essa irritação tem outro nome. – respondeu Blaise analisando a expressão do rosto do loiro, que enfurecia a cada momento olhando para a mesa oposta ao Salão. - Estou certo, Draco?”
O loiro respondeu com um grunhido muito parecido com o de um cachorro enquanto murmurava coisas inaudíveis.
“- Então, vai me contar onde esteve? – perguntou Blaise após um tempo de silêncio que Draco usou para assassinar a sua torta de abóbora com o garfo.”
“- Bem meninos eu vou indo, tchau Blaise. – completou a Claire Hamilton lançando ao moreno um sorriso sedutor.”
“- Pegando mais uma, Zabine?”
“- Fazer o quê se todas me querem? – vangloriou-se com um sorriso irônico. – Mas como sempre, nada a sério. – completou olhando uma garota loira da corvinal que dava risadinhas com uma outra morena olhando para ele.”
“- Depois eu que sou o cafajeste.”
“- Tá, chega de papo furado, desembucha de uma vez o que aconteceu pra te deixar nesse estado... lastimável? – perguntou Josh McGuiller, um lindo moreno de olhos castanhos e cabelos um pouco arrepiados, enquanto se sentava à frente deles.”
Draco lançou um olhar frio para Crabbe e Goyle que estavam prestando a atenção na conversa enquanto detonavam um prato de panquecas. Os dois entenderam o recado e foram se sentar do outro lado da mesa levando o prato ainda cheio.
“- Eu estava na biblioteca.- respondeu voltando o olhar para o seu prato e afastando-o.”
“- Fazendo...?”
“- Estava procurando um livro pra fazer um trabalho para a solteirona esclerosada.”
“- Sabia que a McGonagall tinha alguma coisa com isso. – disse Josh dando um murro na mesa e recebendo um olhar mortal de um sonserino do 3º ano que teve suas vestes ensopadas pela jarra de suco que virara.”
“- Tá, mas o que aconteceu pra te deixar... assim? - perguntou Blaise apontando para as vestes ainda amarrotadas do amigo.”
“- Eu estava procurando o maldito livro quando um belo par de pernas fez desviar meu pensamento. – lançou um olhar frio a Josh quando este falou ‘sabia que tinha mulher no meio’.”
“- Então... – Blaise fez um sinal para ele continuar com a história.”
“- Então, como um belo exemplar de ‘gentleman’ que sou, não poderia deixar a moça sem ajuda. – falou com um sorrisinho de falso inocente, enquanto os dois tinham um sorriso matreiro no rosto. – Então eu, com todo meu cavalheirismo andei até a pequena e indefesa garota e resolvi avaliar o conteúdo que a mesma possuía.”
“- Esse é o meu garoto. – falou Josh rindo.”
“- Tá, e depois?”
“- Depois a gente se agarrou um pouco... então eu vi um livro voar na minha cabeça e eu acordar um tempo depois.”
“- Uhhhrrr... – exclamaram os dois com as sobrancelhas meio cerradas e com uma expressão de dor.”
“- É. Mas ela me paga. Ninguém faz isso com um Malfoy. Ainda mais alguém como... ela. – os dois se viraram na direção do olhar do loiro para encontrar uma ruivinha ainda vermelha falando com outras quatro garotas.”
“- A WEASLEY???? – indagou Josh com uma expressão de indignação e surpresa. Enquanto Blaise apenas abria um sorriso safado. Draco contentou-se em permanecer quieto esfaqueando uma maçã. - Cara... Nunca achei que veria você envolvido com uma Weasley.”
Aquilo bastou para acordar o loiro. Em um segundo o loiro já pegara o moreno pela gola das vestes e levava-o mais perto do rosto murmurando muito friamente.
“- Ouça bem McGuiller porque eu não vou repetir novamente. Primeiro: está fora de todas as leis do planeta eu me envolver com alguém como ela. Segundo: Eu tenho bom gosto, ao contrário de você que estava se agarrando semana passada com Alexandra Goldenberg, a coisa mais macabra da sonserina. Terceiro: eu sou Draco Malfoy, Malfoys não se envolvem, ainda mais com uma pobretona desprezível como a Weasley. – largou a gola do amigo que apenas o fitava divertido.”
“- Oh sim, eu esqueci do - ele mudou um tom de voz para um fino e irritante – ‘Malfoys não se envolvem’ – mudou novamente para um tom normal – mas você ter a chamado de desprezível já é demais cara. A mina tá mais do que gostosa.- pegou mais um pão do prato de Blaise que o olhou irritado e cotinuou. – Além disso, fiquei com a Alexandra quando eu tava de porre, portanto não vale.”
“- Ele está certo, Draco. – afirmou Blaise. – Quanto a Weasley. – completou enquanto o outro ainda mastigava o pão na sua cara. Retirou um pergaminho da mochila e estendeu ao amigo. – Ela saiu da lista “DRAGÕES DE HOGWARTS” para a lista “AS MAIS PEGÁVEIS” ocupando honrosamente o 10º lugar”.
O loiro nem se deu ao trabalho de pegar o papel que o moreno praticamente esfregava na sua cara, estava invocado. Quem aquela ruiva achou que era pra bater nele daquele jeito? Mas se ela achava que ia ficar assim mesmo, aí que a ruiva se enganava.

“- Vamos Gin!!! Conta de uma vez garota!”
“- Não há nada para eu contar, Carol. Puxa vocês não acreditam em mim? – perguntou a ruiva fingindo estar magoada.”
“- Não. – responderam as quatro juntas. – Vamos Weasley, conta de uma vez. – disse Bárbara já começando a se irritar com a falta de respostas.”
“- Gente eu estava na biblioteca. O quê poderia ter acontecido numa biblioteca??? Nada.”
“- E o que você estava fazendo na biblioteca, Gin? Podemos saber? – perguntou Lu ainda fitando a ruiva curiosa.”
“- Pegando um livro para Poções.”
“- Por quê? – perguntou Amy que a muito se encontrava quieta apenas analisando Ginny.”
“- Porque o Sr. Eu-preciso-de-um-garnier-fructis me repreendeu na aula e me fez pesquisar sobre a poção de Ganzer. Mais algum detalhe para você colocarem no interrogatório de vocês?”
“- Por que você está carregando um livro de Transfigurações se não temos aula hoje? – perguntou Carol enquanto olhava para a pilha de livros que a garota havia trazido.”
Gin arregalou os olhos olhando o livro de capa verde em letras douradas, no mesmo momento a imagem de um loiro sonserino lhe veio à mente. “Ai Santo Merlin. Eu peguei o livro do Malfoy por engano. E agora eu vou ter que pegar e devolver pra ele. Realmente Guinevere Weasley, você é uma garota de sorte.”
“- Eu devo ter pego por engano hoje de manhã. – informou ela colocando uma torrada na boca.”
“- Livro do sexto ano? – ironizou Bárbara com um sorriso desdenhoso no rosto, levantando o livro para a garota. Naquele momento Ginny se controlou para não enterrar a faquinha de geléia nas fuças daquela metida.”
“- Sexto, é??? Nossa, devo ter pego por engano na biblioteca.- disse fazendo a cara mais inocente e surpresa possível pegando de volta o livro das mãos da outra.”
“- Hmmm seeeeei... – falaram Carol e Lu juntas, rindo logo em seguida. – Quer dizer que o pegadinha da Gina é mais velho? – perguntou Lu com um sorriso malicioso.
“- Ai calem a boca, não tem nada a ver. Além do mais... Não estou interessada em ninguém.”
“- Tem certeza, Weasley? – perguntou Bárbara lançando um olhar para o outro canto da mesa onde o trio almoçava. Ginny sentiu o estômago afundar ao ver os olhos do moreno olhando diretamente pra ela. Voltou automaticamente os olhos para o seu prato onde jazia um pedaço de torta de frango que ela nem tocara.”
As quatro falavam de algum assunto aleatório quando a conversa cessou, as risadas cessaram e as garotas ficaram extremamente quietas, olhando para Ginny. Esta já ia perguntar qual era o problema quando sentiu uma mão em seu ombro e a voz que nunca saia de sua cabeça disse:
“- Podemos conversar, Virgínia?” – ela estava queimando com aquela mão ali, PORQUE ELE NÃO TIRAVA A PORRA DA MÃO.
“- Temos o que conversar Potter?” – falou tentando manter uma expressão firme.
“- Acredito que seja de seu interesse. – ele falou colocando as mãos nos bolsos da calça olhando diretamente para ela. Ela deu de ombros e saiu do Salão acompanhado pelo moreno e por olhares que alguns poucos alunos lançaram a eles.”
Os dois chegaram ao corredor e ela se virou impaciente.
“- Então? Diga.”
“- Pressa para encontrar o seu namoradinho? – perguntou venenosamente.”
“- Andou ouvindo as minhas conversas, Potter? E onde anda a sua namoradinha? Galinhando por aí? Cuidado para não ganhar um par de chifres, hein? Se bem que eu duvido que já não tenha. - disse com um sorrisinho sarcástico.
“- Isso é da sua conta?”
“- Da mesma maneira que a minha vida não é da sua. – ela fez menção de sair dali, mas ele a segurou pelo braço.”
“- Aí que você se engana. – falou muito próximo ao ouvido dela. Novamente a sensação no estômago se aflorara, novamente o seu corpo parecia estar em chamas com o contato dele.”
“- O que você quer?” – continuou com o tom frio.
“- Falar com você.”
“- É só isso o que quer? – ela perguntou, não se contendo. Raiva em seu tom de voz.”
“- Você sabe que não. – ele falou a segurando pela cintura, e respirando o perfume que dela exalava.”
“- Por que você faz isso? – perguntou virando-se para ele. A voz rouca, os olhos brilhantes, e a qualquer momento a sensação que desabaria sobre aquele olhar.”
“- Eu não consigo evitar.”
“- Tente, então. – ela falou tentando por frieza naquele olhar, naquelas palavras, mas era difícil. Ele analisava o rosto dela com uma expressão séria, os olhos verdes penetrantes. Ele pôs uma mão na face da ruiva fazendo carinho de leve com o polegar. Os olhos cravados nos seus.”
“- Talvez eu não queira tentar. – a voz dele tomara um tom baixo e meio rouco. Ele aproximou seus lábios dos dela, mas ela desviou a tempo, fazendo com que ele beijasse sua bochecha.”
“- Talvez eu queira que você tente.”
“- Não pareceu isso ontem à noite. – ele a trouxera mais para perto, ela nem notara batalhando consigo mesma sobre qual reação tomar. – Gin, eu...”
“- Não fala, por favor. – ela pôs um dedo sobre a boca dele, que a ficou olhando longamente. Ela tinha os olhos presos naquelas orbes verdes, desviando apenas para olhar para aqueles lábios rosados e se controlando ao máximo para não chegar mais perto. – Eu... Não quero mais nada com você.”
“- Qual é o seu problema, hein? – ele estourou segurando mais firmemente os braços da ruiva.”
“- Qual é o seu problema, Potter? Acha que eu sou idiota? Que vou cair nesse seu papinho de ‘eu estou arrependido. Sou um menininho incompreendido.” – afinou a voz nessa hora – “O CARAMBA COM A DESCULPA, POTTER!” – ele olhou para ela sério, para logo em seguida abrir um sorriso matreiro, o que deixou a ruiva da cor dos seus cabelos. –“ TIRA ESSA MERDA DE SORRISO DA CARA POTTER, ANTES QUE EU TIRE ELE POR VOCÊ!!!”
“- Você quer que eu acredite que não quer nada comigo, Gin?”
“- Guinevere pra você, Potter. E sim... – ele olhou nas orbes verdes dela, mais do que um olhar parecia ler a mente dela. Ouviu o sinal tocar ao fundo, teria História da Magia em 5 minutos. Ela desviou o olhar. – Eu preciso ir, Potter.” – Ela já ia sair novamente quando sentiu a mão dele em sua própria. Virou mais uma vez com um olhar cansado. – “Fale”.
“- Estamos sem dois jogadores no time, batedores. – ela se lembrou vagamente dos irmãos ano passado e da pequena “surpresa” que fizeram para hem-hem... Umbrigde.”
“- Tá e...?”
“- Hoje vamos fazer a seleção, as 18:00, preciso de todo time lá.”
“- Eu não posso, tenho trabalho de poções.”
“- Eu não estou pedindo, eu estou afirmando, Guinevere.” – e saiu deixando uma ruiva pasma no meio do corredor.


O céu estava bonito naquela tarde. Algumas nuvens planavam no céu, juntando-se com alguns tímidos raios de sol que ainda permanecia á pino, deixando o céu com belos tons de azul. Embora com sol, a tarde estava com um vento frio, vento este que não era muito forte, mas que era um dos motivos de irritação de certa ruiva.
Ginny estava sobrevoando o campo de quadribol, os cabelos amarrados em um rabo de cavalo frouxo, as vestes de quadribol não conseguindo conter o frio que agora tomava o conta de seu corpo. Suas faces estavam coradas, não sendo pelo frio, e sim de irritação. Se naquele momento olhares matassem, um certo moreno deveria estar caindo de uma altura de quase 30m de cara no chão.
Sim, ela estava puta da cara com Harry Potter. Não só pela droga de relatório que teria de entregar no dia seguinte para Snape, mas também porque aquele maldito moreno estava fazendo ela passar frio em um dia NADA apropriado, e sim, para completar toda aquela merda ele estava gritando com ela. Ele não tinha amor à vida.
“- Se mecha Weasley, eu não deixo você como titular do time para você ficar sentada em cima dessa vassoura parada! – gritava ele enquanto assistia o movimento dos artilheiros.”
“- MECHA-SE VOCÊ POTTER, NÃO VI VOCÊ POR AS SUAS HABILIDADES EM AÇÃO AINDA. – gritou para que ele escutasse em meio ao vento.”
“- ISSO É PORQUE EU QUERO VER AS HABILIDADES DOS MEUS JOGADORES, ENTÃO VÊ SE VOCÊ SE MECHE, OU FICA NO BANCO NO PRÓXIMO JOGO.”
Sim, ele realmente não tinha amor à vida.
Ela pôs impulso na vassoura e junto com Alicia Spinett começou a praticar novas jogadas de ataque, desviando de alguns balaços que Harry lançava no campo, pela falta de batedores para fazerem o mesmo. Lançou uma bola para Katie Bell que foi defendida de maneira esplêndida por Rony. Olhou pela décima vez para um relógio em cima da entrada dos vestiários que funcionava como cronômetro em dias de jogo a espera do término do treino as 18:00.
O treino daquele dia estava sendo cansativo, Harry havia se tornado o novo capitão do time da Grifinória e ele era pior que Olívio Wood, fazendo os jogadores se esforçarem o triplo do normal. Em outra situação Ginny teria orgulho do moreno, mas hoje ela apenas queria esfregar a cara dele na areia da quadra.
Naquele dia havia muitas pessoas acompanhando o treino pelas arquibancadas. A maioria eram grifinórios que, provavelmente, estariam ali para tentar uma vaga como batedor. Haviam pessoas de outras casas também, corvinais, lufanos, Ginny pode distinguir um grupo pequeno de sonserinos também olhando o jogo. Nada muito grande, umas seis pessoas, todos quartanistas.
Ficou tanto tempo se distraindo que não viu o moreno a sua frente com as íris verdes brilhando em fúria.
“- VIRGÍNIA, SERÁ QUE VOCÊ PODERIA PARAR DE OLHAR PARA O NADA E PEGAR A PORRA DA GOLES?” – ela havia se virado para olhá-lo e viu uma goles caída no chão e Katie esperando o passe.
“Você vai ver onde eu vou enfiar essa goles Potter!” pensava irritada.
Ela já ia dar uma resposta muito mal-educada quando ouviu o sinal que indicava o término do treino. Foi a primeira a descer com a vassoura e já se dirigia ao vestiário quando Potter anunciou.
“- Agora, irá ser a seleção dos que se inscreveram para o cargo de batedores do time da Grifinória. E todos do time têm que estar presentes.”
“- Potter, todos nós estamos cansados, e se você não viu está FRIO e você não quer que nenhum de nós fique doente, não é?”
“- Gin tem razão Harry, será que não d...”
“- NÃO, NÃO DÁ RONY. A SELEÇÃO VAI SER HOJE E EU QUERO TODOS OS JOGADORES PRESENTES!”
“- Há, eu quero ver quem vai me fazer ficar aqui.” – disse a ruiva com um sorriso de desdém enquanto fitava o rosto lívido de Harry.

Ela não havia ido para o Salão Comunal, muito menos havia conseguido tomar um banho quente. Ela estava, no exato momento, sentada no banco dos reservas vendo a tentativa fracassada de um terceiranista de acertar os alvos com os balaços. Definitivamente aquele garoto nunca seria um batedor. O treino havia sido uma droga e ela estava a ponto de cair e dormir na grama. Poderia ser pior, ela poderia ser o alvo dos lances do “míope”. Um balaço havia passado poucos centímetros da cabeça de Alicia e Gin pode ver harry pôr a mão na têmpora, visivelmente transtornado.

“- Ok, Phillippe, pode parar.” – ouviu o moreno falar olhando para o garoto. – “Katie, olhe quem é o próximo da lista.”
Mas Katie não parecia estar prestando a atenção no que o capitão dizia, ela e Alícia estavam em uma conversa animada e davam pulinhos de vez em quando no banco.
“- KATIE!”
“- Ahn? Ahhh... Foi mal Harry.” – respondeu a loira. – “O próximo da lista é Paul O’conell.”
“- Paul O’Conell!” – chamou ele. Um garoto de quase 1,80 e cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor desceu as arquibancadas com um sorriso no rosto. Estava visivelmente empolgado. E era visivelmente bonito também. As duas meninas o seguiram com o olhar enquanto Harry indicava a ele o que deveria fazer.
O garoto pegou a vassoura, uma Nimbus 98 “clássica” como diria Gina e começou a rodopiar com ela no céu enquanto Harry jogava alguns balaços contra ele. Um dos balaços quase o atingiu na perna esquerda, mas este escapou fazendo uma manobra arriscada. As garotas ao lado de Gina mantinham a mão na boca e os olhos arregalados a cada freada de vassoura do outro enquanto Gina se divertia com a situação. Ele rebateu mais alguns balaços com perfeição e voltou pra terra firme com as meninas quase tendo um enfarte.
“- Acho que temos um novo batedor no time.” – falou Harry para o garoto dando um tapinha amigável em suas costas. Ele sorriu e foi cumprimentar alguns amigos dele que estavam assistindo a seleção. Gin estava quase dando pulinhos de excitação, não exatamente porque o garoto entrara, mas sim porque ela poderia ir pro banho de uma vez.
“- Ok gente, sem muita euforia. Bom, já temos um batedor. – disse ajeitando os óculos sobre o rosto enquanto segurava o pergaminho dos escritos. - Mas só temos um selecionado nessa seleção – levantou o rosto fitando os jogadores agora de pé. - portanto como capitão, eu decidi fazer uma nova seleção na sexta. – A ruiva olhou incrédula para o moreno a sua frente, assim como Ron, Katie e Alicia, ela já ia abrir a boca para protestar quando o moreno continuou. - Agora sem mais nada a ser declarado... Dispensados.”

Ela entrou no vestiário muito irritada, sentia o rosto fervendo e por dentro a raiva crescendo. Quem o maldito do Potter achava que era para fazer o time se desgastar desse jeito? Mais um horrível treino na semana e depois mais uma extensa seleção com um jogador pior que o outro.
“- Potter idiota.” – murmurou com raiva chutando o banco que ficava entre os chuveiros e os armários.
Foi até o seu armário e tirou de lá uma toalha, roupas secas e limpas e alguns produtos de higiene. No fundo do armário ela pode ver seus livros que havia trazido direto das aulas e um livro de capa verde em letras douradas chamou sua atenção.
“- Mais uma, ainda tenho que devolver essa porcaria para o idiota do Malfoy. Que belo dia foi esse.” – fechou o armário com brutalidade e continuou a fitar o livro, agora em suas mãos. Em um ímpeto de raiva a ruiva atirou o livro para longe caindo no chão, próximo a um chuveiro. Soltou um suspiro cansado e começou a se despir, um banho quente era tudo o que ela queria no momento.
Sentiu a água quente escorrer por suas costas fazendo-a relaxar cada músculo de seu corpo, fechou os olhos deixando a água molhar seu rosto e deixou os pensamentos vazarem de sua mente, passou xampu pelos cabelos rubros e ficou massageando-os tranquilamente, sem preocupações, seu objetivo era relaxar e ela com certeza estava conseguindo.
Um arrepio subiu sua espinha quando um vento gélido veio de encontro as suas costas. Virou-se para ver a porta aberta enquanto um vento forte se fazia presente no ambiente. Esquecendo da preguiça e querendo definitivamente continuar o seu banho em paz a garota desligou o chuveiro e enrolando-se em uma toalha verde e felpuda, saiu da divisão do chuveiro e foi até a porta fechando mal-humorada.
“- Sempre vai ter alguma coisa para atrapalhar.” – reclamou alto enquanto já ia voltando para dentro do box. Não se sabe por instinto ou por simplesmente um acaso ela foi olhar para o livro que antes estava jogado perto do chuveiro, alguma coisa a dizia, mas só para constatar de que o mesmo não se encontrava mais ali.
Ela parou estática no meio do caminho para o box. Aquele livro não era NADA leve para ser levado pelo vento, e Gin tinha certeza de que havia jogado ele lá, então se não estava mais ali queria dizer que...
Seus olhos se arregalaram com a possibilidade, olhou para toda a extensão do banheiro em busca de algum sinal da “coisa” que havia pego o seu livro... ou do Malfoy, sei lá. Num momento de impulso ela correu para o armário dos suportes e tirou de lá um enorme bastão de batedor, masculino, dois kg mais pesado do que o do feminino.
Ela se pôs em posição de rebatedora com a toalha ainda amarrada firmemente em seu corpo.
“- Apareça! – ela gritou enquanto olhava para os boxes e andava devagar a outra extremidade do banheiro. – Você não está ouvindo não hein??? – falava ela balançando de maneira desajeitada o bastão na mão. – VAMOS COVARDE, APAREÇA! – falou mais alto, e num ato de coragem (ou muita burrice) berrou - APAREÇA SUA ABERRAÇÃO CRONOLÓGICA.”
“- Aberraç...?”
“- AHHHHHHHHH...”- gritou ela ouvindo a voz da coisa em sua nuca, de olhos fechados ela virou o corpo e começou a bater sem dó nem piedade na “coisa”, que era bem alta por sinal.- “ME DEIXA EM PAZ, ME DEIXA EM PAZ! VOLTA PRO INFERNO SUA ABERRAÇÃO!!!”
“- TE DEIXAR EM PAZ SUA WEASLEY MALUCA??? VOCÊ QUE ESTÁ ME ESPANCANDO AQUI!”
Gin abriu um dos olhos verdes só para ver um loiro de quase 1,80, deitado no chão com os cabelos desalinhados e as roupas amassadas segurando o nariz com uma das mãos.
“- Malfoy? – ela perguntou confusa.
“- Não me diga.” – ele disse tirando a mão do nariz e sentando-se.
“– Você é a aberração?” – perguntou a ruiva ainda olhando o garoto confusa.
“- Não, Weasley essa característica é só sua, mas sim, fui eu quem havia entrado no banh...” – não pode terminar a frase, pois levou um belo murro no nariz.
“- QUAL É O SEU PROBLEMA SUA BIXA LOIRA?”
“- QUAL É O MEU PROBLEMA? QUAL É O SEU PROBLEMA??? VIVE BATENDO NAS PESSOAS DESSE JEITO?”
“- EU DEVIA BATER EM OUTRO LUGAR PARA SERES COMO VOCÊ NUNCA MAIS COLOCAREM OS PÉS NA TERRA!” – disse a ruiva muito vermelha segurando o bastão muito perto do “premiado” do Malfoy.
Ele segurou por extinto o seu dote com uma das mãos e com a outra segurava o nariz enquanto um filete de sangue escorria de seus dedos. Levantou a cabeça para ver a ruiva o olhando com desconfiança, os olhos cerrados, e o taco encostando no chão, firme em uma das mãos dela.
“- Vai me bater?” – ele indagou irônico.
“- Vai me contar por que invadiu o banheiro?” – retrucou ela de uma maneira parecida.
“- Vim pegar isso. – disse levantando o livro de capa verde que estava caído ao seu lado.- “Vi que não havia ninguém no banheiro então entrei.”
“- Eu sou ninguém por um acaso?”
“- Na verdade não, mas não tornei relevante não entrar por aqui enquanto você tomava banho.” – ele respondeu simplesmente levantando-se.
“- Ahh, claro, o Malfoyzinho acha que tem o rei na barriga e pode entrar em banheiros femininos enquanto a Weasley está tomando...” – a ruiva pareceu acordar de um estupor e olhou para a situação em que estava. Os cabelos ruivos totalmente melecados de xampu, com apenas uma toalha curta tapando suas vergonhas enquanto segurava um enorme bastão de quadribol... em frente do garanhão de Hogwarts. Os olhos dela se arregalaram demais e o loiro a frente dela achou que ela estava pronta para ter um treco.
“- Weas...” – disse o garoto se aproximando dela.
“- NÃO TOQUE EM MIM SEU TARADO PERVERTIDO!” – ela disse saltando para longe dele como uma ginasta profissional (N/AD: nem um pouco exagerada, não?), o rosto com os olhos saltados. Ele ficou olhando pra ela com cara de interrogação até seu cérebro parecer raciocinar novamente e ele abrir um de seus sorrisos maliciosos.
“- Ora, Weasley. Eu já ‘toquei’ duas vezes em você em menos de uma semana, eu sei que mesmo nessa situação eu vou acabar tocando três em menos de dois dias.” – ela abriu a boca obviamente constrangida e ele andou um passo para mais perto da ruiva.
“- NÃO CHEGUE PERTO SUA.. SUA.. SUA COISA” – ela disse estendendo a mão, em direção ao peito do garoto.
“- Ohhh... me senti humilhado agora.” – ele falou e rapidamente agarrou a ruiva pela cintura.
“- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO???”- ela berrou pondo as duas mãos agora no peito dele.
“- Estou abraçando uma Weasley, chata e resmungona pela cintura.”
“- EU ESTOU VENDO SUA ANORMALIDADE. EU QUERO SABER O PORQUÊ DISSO!”- ela disse (gritou, berrou) ainda o afastando com os braços.
“- Você quer que eu diga, ou que eu faça??” – disse malicioso agarrando por fim sem deixar espaço para ela se mecher.
“- ME LARGA AGORA!”- berrou mais ainda.
“- Para de gritar sua escandalosa.” – ele disse incomodado com os gritos dela.
“- EU VOU GRITAR MAAAAAAIIIIISSSSS!!!!”- ela berrou mais ainda, o garoto até achou que havia tido um eco do último grito.
“- Se você não parar eu vou ter que calar você.”
“- ME SOOLLTAA...”
O barulho foi interrompido pelos lábios do garoto loiro que se colaram aos da ruiva, ela se debatia muito contra os braços dele até o agarrar de vez pelo pescoço, ele deu um sorrisinho contra os lábios dela vendo que ela desistira, ficou dois segundos mais beijando ela quando o garoto começou a sentir uma forte pressão contra o seu pescoço, e não era uma pressão confortável. AQUELA WEASLEY ESTAVA ENFORCANDO ELE???
Rapidamente ele soltou as mãos dela de seu pescoço e consequentemente os lábios também.
“- VOCÊ É LOUCA?”
“- Eu disse que não era para você me beijar.”
“- Então tá.” – ele a pegou nos braços carregando-a até o chuveiro em que ela estava.
“- O que você está fazendo???” – ela perguntou sendo levada a força pelo sonserino.
“- Você não estava tomando banho? Então vamos terminá-lo!”
Ela não teve tempo de argumentar nada, em um segundo estava no chão, no outro ela recebia um choque com a água fria que estava caindo em sua cabeça.
“- MALFOY, SEU LOIRO DESGRAÇADO, ESSA ÁGUA É A FRIA!”- ela falou tentando tirar o sabão, que estava no cabelo, dos olhos.
“- Eu sei, Weasley, mas vê se isso acalma um pouco a ‘nervosinha’.” – ele disse com um sorriso falso.
“- MALFOY, VOCÊ VAI ESTAR MORTO QUANDO EU SAIR DAQUI.” – ela disse cuspindo um pouco da água com sabão no chão do box.
“- Isso não está ajudando, vamos ver se ela esfriar mais melhora.” – ele abriu mais um pouco a água e a viu dar um grito.
“- E... es... essa água está GELADA!”
“- É, e pelo menos te acalmou um pouco.”
“- SEU FILHO DA...”
“- Lave a boca com sabão, ruiva.”- disse ele enfiando um sabonete na boca da garota a sua frente.- “Agora com licença, tenho treino agora.” – ele falou se afastando. – “Até mais, Virgínia.”
Ele só viu a ruiva muito vermelha grunhir alto enquanto ele saia para mais um treino.




N/A¹: I aíííííííííí macacada!!!!
Quem gostou do capítulo levanta a mão! ( \o)
Pois ehhh... aqui quem vos fala é Dessinha McGuiller e adivinhe quem é a mais nova autora da fic??? EU!
Não é demais??? Tá eu não sei, só vou saber com as reviews que virão (ou eu espero que venham) sobre esse capítulo que eu escrevi (soh eu escrevi, demais né? xD) pra ver se vocês gostam do jeito que essa criatura loira escreve (eu no caso... ¬¬)
Sim eu ajudei a Ju a escrever os outros capítulos também, mas... Eu não era oficialmente a autora e sim a beta. Mas fazer o quê né????
Bom, espero que tenham gostado do cap e que respondam a enquete.

**DESSINHA MCGUILLER MERECE ESCREVER ESSA FIC, JUNTAMENTE COM SUA PRIMA JULIANA??**

Para sim ligue 0800 65644022
Maaaaaaassssss se você achou que essa garota é repulsiva, escreve muito mal e não merece escrever nem piada do humortadela liguem 0800 65644023.
Ou simplesmente ponha nas reviews o que vocês acham... =P

Geeeeennnte do céuu...
Vocês merecem muitas, muitas, muitas, mais INFINITAS DESCULPAS!!!
Eh que é o seguinte, eu to fazendo provas que nem uma condenada, estudando demaaaiiisss e sem mtu tempo pra escrever, mas eu JUUUUUROOOOO que eu vou me puxar muiiitoooo, pq agora que eu vo entrar em férias eu vo ter muito mais tempo pra escrever tah bom???
E bom, eu e a Ju estamos andando meio afastadas (sabe como que é essas épocas de correria) e não estamos tendo muito tempo pra escrever, portanto Sooorry demaaaiisss!!!
Outra coisa, não se preocupem porque a fic voltou com força máxima e o capítulo cinco já ganhou algumas idéias (que vocês podem colaborar também), mas claro, quanto mais reviews vocês botarem... mais cedo nós atualizamos, e deixa eu precaver vocês... a Juh... é... neurótica! Sérioooo... se ela não receber reviews novas ela com certeza vai deletar essa fic e vocês não vão saber se a Gin vai ficar com o Draco ou com o Harry e ver as coisas bizarras que ela vai fazer com el... Opaaa, falei demais!!!
Obrigada pra quem mando review e mesmo pra quem não mandou, mas leu. x)
Tá é isso. Beijos e fui! (PLEASE RESPONDAM A ENQUETE E SEJAM SINCEROS)!

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