Uma nova Era
Hermione e os outros viajaram durante dias, ela pensava em cada imagem que aos poucos invadia sua mente e aquele olhar "amarelo" a atormentava frequentemente,
pensando de quem seriam aqueles olhos. Ela lembrava do rosto, mas o nome daquela pessoa não era comum.
***
- VAMOS LOGO HENRY! - Matt gritou já quando estava fora das arquibancadas, e o garoto ainda continava olhando fixo para a marca negra no céu.
Hayssa, que também olhava hipnotizada e perplexa com a imagem, sentiu uma brisa mais forte em seu rosto, fazendo-a "despertar" e com isso, puxou Henry pelos
degraus até atingirem a grama. Matt e Nancy já haviam chegado na porta do saguão de entrada enquanto os dois amigos corriam para alcançá-los.
- O-o que era...aquilo? - perguntou Hayssa ofegante novamente - Será que poderiam me explicar melhor essa história?
- Vamos entrar antes. - Matt indicou a porta e todos entraram. Os amigos se encaminharam para o salão principal e se sentaram na mesa da grifinória, que agora
estava com alguns alunos que aproveitavam o tempo antes do jantar.
- Podem me explicar agora. - Hayssa perguntou cochichando.
- Marca do Você- Sabe- Quem. - Nancy disse com um leve tremor na voz olhando para os lados, com medo que alguém ouvisse - Quando ele mata ou...está por
perto...
- Porque não dizem o seu nome? - Hayssa perguntou curvando-se a frente para cochichar o mais baixo possível.
- Bom...ele fez coisas terríveis. - Matt disse agora mais calmo.
- Acham que devemos contar ao diretor o que vimos?
- É claro! - Matt disse apressado como se achasse a pergunta um absurdo - Quero dizer, aquela marca veio da floresta proibida!
- Mas o que Voldemort estaria fazendo por aqui? - Henry perguntou pensativo, mas não notou o olhar dos dois amigos quando pronunciou seu nome.
- Isso eu também gostaria de saber. - Hayssa disse também pensativa - Pelo que vocês me dizem...todos aqui têm medo desse tal de Voldemort não é?! - Hayssa
também disse o nome dele e Nancy gritou:
- QUEREM PARAR DE DIZER O NOME DELE!
Alguns alunos olharam para eles desconfiados e depois de alguns segundos, voltaram cada um a sua respectiva conversa.
- Onde Dumbledore está? - Henry perguntou ignorando Nancy mais uma vez.
- Suponho que naquele escritório, dizem que ele caminha lá por várias horas.
- Então acho que vou falar com ele...sobre o que vimos agora a pouco, com certeza saberá o que fazer.
- Quer que nós vamos juntos? - Hayssa perguntou.
- Ah não, não precisa. Eu volto antes do jantar. Nos vemos mais tarde aqui.
- Ok então, tchau.
Henry acenou para os amigos antes de sair do salão principal e ir pelo longo corredor que levava ao escritório do diretor. No caminho encontrou com a professora
Minerva.
- Hum...professora?
- Sim ... - ela pensou um pouco olhando para ele com caridade e preocupação que o deixou mais desconfiado - Weasley.
- Eu gostaria de falar com o professor Dumbledore.
- Ele está no escritório mas... - ela o olhou através de seus pequenos óculos e disse - Posso saber do que se trata?
- Erm.... professora, eu gostaria de falar com ele, por favor. - Henry disse sem rodeios e Minerva olhando nos olhos do garoto acabou concordando. Ela se
encaminhou até o gárgula e disse alguma coisa que Henry não pôde entender. O gárgula começou a girar e subir revelando uma escada giratória que
consequentemente levava à sala do diretor.
- Pode subir Weasley.
Henry obedeceu com um sorriso no rosto e subiu em um degrau. A escada continuava a subir, até que finalmente parou revelando uma expessa porta de madeira
maciça à sua frente. Ele bateu algumas vezes com certa dificuldade e uma voz arrastada de uma pessoa idosa disse:
- Entre.... Ah Sr. Weasley, mas que prazer me vê-lo. - Dumbledore disse ainda caminhando de um lado para o outro, estampando um sorriso calmo por baixo na
barba prateada. - Mas...o que está esperando? Sente-se, por favor.
Henry se adiantou para dentro do escritório e não pôde deixar de ficar olhando para todos os lados, vendo os mais diversos tipos de objetos mágicos espalhados
pela mesa de Dumbledore e as paredes lotadas de quadros que murmuravam enquanto ele passava e Henry desejou que pudesse ouvir o que diziam, pois tinha a
estranha sensação que falavam a respeito dele.
- O que lhe tráz aqui Sr. Weasley?
- Professor eu....achei melhor lhe dizer, uma coisa...que, eu, Hayssa, Matt e Nancy vimos...agora a pouco enquanto estávamos assistindo ao treino do time de
quadribol. - o garoto olhava para a expressão calma de Dumbledore.
- O que exatamente?
- Bom... - uma pausa na qual engoliu seco encarando os olhos extremamente azuis do diretor - Uma... Marca-Negra.
A expressão de calma estampada no rosto do diretor, desapareceu imediatamente com um longo suspiro.
- Diretor? - Henry perguntou vendo que Dumbledore não tinha dito nada - Acha que ele...Voldemort, pode ter voltado?
- Seus pais lhe contaram sobre Voldemort? - Dumbledore perguntou.
- Para falar a verdade, não exatamente...sempre que eu perguntava alguma coisa, fugiam do assunto. Mas, me disseram que fez coisas terríveis e alguns feitiços que
usava..
- Voldemort, a quem muitas pessoas chamam de "Você-sabe-Quem" é o bruxo das trevas do nosso tempo Henry. Fez coisas terríveis em sua última "grerra" com o
mundo dos bruxos e uma pessoa, não sei como o fez parar e durante muitos anos ele esperou.
- Que pessoa senhor? - Henry perguntou empolgando-se com a história.
Dumbledore olhou para ele por baixo dos óculos de meia-lua, ficou um tempo calado e sério e disse finalmente:
- Harry Potter.
- Harry Potter? O senhor quer dizer...o pai da Hayssa?
- Sim...este mesmo Henry. Foi uma luta difícil e...decididamente, não sei como Harry pôde deter Voldemort, depois de tudo que ele havia conquistado.
- O que ele conquistou? - Henry perguntou mais uma vez, com seus olhos transbordando curiosidade.
- Coisas das quais você saberá meu jovem, mas só quando chegar a hora certa. - Dumbledore disse com o tom de quem havia encerrado a conversa. - Ah, e
obrigado pelo seu aviso sr. Weasley.
- Vão procurar por ele? - o garoto perguntou mais uma vez se levantando.
- Sr. Weasley... - Dumbledore caminhou até ele - Estamos em tempos conturbados e peço que não conte nada à srta. Potter. Eu lhe confio isto que conversamos
aqui, apesar de sua pouca idade.
- Sim senhor. - Henry disse olhando fixamente para o homem a sua frente e Dumbledore mais uma vez perguntou:
- Preciso antes, lhe perguntar...tem mais alguma coisa, que você queira me contar?
- Não senhor, nada.
- Muito bem então, pode ir. - o diretor sorriu colocando uma das mãos gentilmente sobre o ombro dele. Henry sorriu em resposta e saiu pela mesma porta que havia
entrado a algum tempo atrás.
O garoto saiu andando, pensando nas coisas que o professor Dumbledore havia lhe contado. Então era verdade o que imaginava, por isso que os outros olhavam
para Hayssa daquela maneira, mas, não entendia o porque todos a criticavam, porque...se Harry Potter tivesse realmente derrubado Voldemort, as pessoas
deveriam ficar felizes. Este pensamento o atormentou até a hora em que chegou ao salão principal.
- Já estamos quase terminando cara. - Matt disse se servindo de doce de abóbora.
- Não estou com fome. - Henry falou prontamente e Hayssa o olhou preocupada.
- Como foi a conversa com o diretor?
- Foi bem ele....me disse.... - Henry começou a dizer olhando para a garota, mas decidiu que seria melhor continuar com a promessa que havia feito a Dumbledore -
Me disse que os professores irão investigar, talvez sejá só alguém de brincadeira.
- Não acho que seja alguém brincando com uma coisa dessas. - Nancy disse terminando de tomar um suco suspirando em sinal de satisfação.
- E então Henry, perguntou a Dumbledore porque ele anda daquele jeito como dizem?
- Não... - ele disse ainda pensativo e o amigo achou melhor não insistiu para animá-lo.
- Vou dormir então...amanhã temos aula de poções nas duas primeiras aulas. - Hayssa disse se levantando.
- Nós também...você vem Henry?
- Vou sim... - respondeu a Nancy.
Os quatro sairam caminhando entre vários alunos, e se separaram quando Henry e Nancy foram para as masmorras.
- Tem certeza de que está bem? - Nancy perguntou novamente quando chegaram ao salão comunal.
- Estou... - ele disse - Noite.
- Noite. - ela falou bocejando e se encaminhou ao dormitório das meninas.
Na manhã de sábado do dia seguinte, Hanry acordou cedo, pois mal conseguira dormir direito. Olhou pela janela, o céu um tanto nublado anunciando o inverno. Ele
se vestiu normalmente, colocou a capa de inverno e um cachecol para ir até o salão principal tomar o café da manhã. Ficou lá por muitos minutos mexendo em seus
ovos com bacon ainda pensativo.
- OOI! - Matt gritou passando a mão na frente do rosto do amigo. - Nossa, você estava hipnotizado.
- Não não...eu...Onde está a Hayssa? - ele perguntou rapidamente desejando mudar de assunto.
- Já vai vir...ficou lá ensinando o texto sobre poções que vai cair no teste de hoje para alguns alunos. Droga, eu me esqueci!!! - Matt bateu a mão na testa.
- Eu também não estudei... - Henry disse rindo um pouco da cara do amigo quando Hayssa e Nancy chegaram.
- Porque demorou tanto?
- Gref...ele não estava entendendo como cozinhar as losnas. A propósito, os senhores estudaram? - ela perguntou olhando para Henry e Matt.
- É claro, pode perguntar, eu sei qualquer resposta! - Matt disse sarcásticamente e Henry riu um pouco, mas Hayssa parecia ter levado a sério.
- Vamos ver então...qual os três usos da pedra da lua?
- Hummm...não sei...
- Ótimo, vejamos... - ela disse olhando para cima um pouco e depois para os dois - E qual os ingredientes da poção morto-vivo?
- Não sei...
- Certo, e o que você pretende fazer se isso cair na prova?
- Hummm....vejamos... - ele fingiu pensar imitando a amiga e olhou de Henry para Hayssa, rindo - Colar de você!
- Vai sonhando! E além disso...eu disse que ajudaria caso precisassem.
- Mas ontem eu fiquei muito ocupado vendo o treino de quadribol?
- Caso não saiba senhor Mattew... - Hayssa falou sorrindo - Esta prova já estava anotada a uma semana.
- Uma semana?! Isso é um abuso!
O sinal tocou a tempo que os dois começassem a discutir.
- Ótimo...mais uma aula insuportável daquele....insuportável.... - Henry disse fazendo Matt rir também.
- Não devia cassoar do diretor da nossa casa...- Nancy disse também rindo.
- Mas ele é insuportável, vamos admitir. - ele disse enquanto todos caminhavam até a sala de Snape nas masmorras.
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Harry foi pedindo informações pelas ruas de Londres quando chegou à cidade, aquele lugar era familiar, mas muito, muito distante em sua memória. Já estava
demasiado cansado, caminhando durante dias e mais dias, suas roupas um tanto primitivas agora também sujas despertava a curiosidades das pessoas que passavam
por ele. Harry caminhou até um beco, onde havia uma cabine telefonica muito quebrada e os fios do telefone saindo para fora. Entrou na cabine e se sentou no chão,
apoiando a cabeça no vidro das paredes da mesma. Olhou para os lados sentindo-se extremamente exausto por andar durante muitos dias sem se lembrar de
nenhum lugar, nem de onde estava agora. Harry se espreguiçou e bateu as mãos dolorosamente no telefone quebrado àcima, fazendo-o sair do gancho e ficar
balançando em frente ao seu rosto. Ele segurou a mão fazendo massagem com a outra que não tinha batido, ainda olhando para o telefone balançando à frente,
Harry enxergou um pequeno brilho dourado quando um carro passou na rua fazendo reflexo no lugar onde estava. Se aproximou mais segurando o telefone com
cuidado e olhou mais perto, para os pequenos números dourados que estavam "gravados" perto do fone.
- Seis, dois...quatro, quatro e dois... - Harry leu para si mesmo franzindo a testa, se perguntando o porquê, daqueles números tão pequenos estarem gravados
naquele telefone velho e quebrado. Ele pensou por um instante se deveria tentar inutilmente digitar os números, porém depois de alguns minutos, se levantou
apoaindo-se um pouco no chão, segurou o fone nas mãos e olhou para os números, agora em sua frente. Legou o telefone ao ouvido antes de começar a digitar os
números e não ouviu nada, nem um sinal de linha que pudesse dar a esperança de que aquilo funcionasse.
- Vamos lá... - Harry falou para si mesmo e cerrou os olhos para enxergar os números novamente, e assim foi digitando devagar. Depois de feito, levou novamente o
fone ao ouvido e continuou não ouvindo nada. Harry então, largou-o de modo que continou balançando e já ia se preparar para sair da cabine quando uma voz
extremamente feminina pareceu falar com ele.
- Bem -Vindos ao Ministério da Magia. Por favor, informem seus nomes e o objetivo da visita.
Harry que estava de costas, virou-se lentamente com a expressão curiosa e disse:
- L-lincoln Echo. Não sei onde estou.
- Obrigada. - a voz da milher disse cordialmente - Por favor, coloque o crachá em seu peito. - Harry ouviu um barulho estranho e não demorou muito, um crachá
saiu pelo lugar por onde colocam-se as moedas, um tipo de retângulo prateado, e em letra muito fina estava escrito:
"MINISTÉRIO DA MAGIA"
Lincoln Echo
-- Visitante Perdido --
Harry puxou o crachá prendendo-o nas vestes e antes que pudesse terminar, ouviu um rumorejo e parecia que o chão estava descendo. Foi observnado lentamente
a calçada ir subindo pela vidraça da cabine que fez com que ele sorrisse ainda mais curioso, era como se ele se sentisse em casa.
Não demorou muito e ele chegou a um lugar que parecia ter sido pintado de dourado. Harry foi entrado em passos lentos, olhando tudo deslumbrado, alguns bruxos
que passavam por ele levavam as mãos à boca, ou cochichavam antes de sairem andando apressadamente por onde Harry passava. Ele, entretanto, não estava
prestando atenção em nada, apenas olhava as estatuetas de duendes numa elegante fonte ao centro.
- SAIA DAQUI! - um bruxo idoso gritou, caminhando até Harry e o grito fez com ele se virasse, percebendo que agora todos mantinham os olhos fixos nele.
- NÃO TEM VERGONHA DE APARECER?! - o bruxo continuou gritando fazendo Harry se assustar um pouco.
- O S-Senhor me c-conhece? - Harry perguntou muito confuso com a boca seca, como se esperasse desesperadamente por informações.
- QUEM NÃO CONHECE HARRY POTTER! - ele gritou, com a raiva transparecendo em seus olhos cansados, fazendo Harry dar um passo atrás, agora mais
confuso do que nunca.
- H-harry Potter? - ele perguntou e quando o bruxo foi avançar novamente alguns guardas seguraram Harry pelos pulsos.
- Soltem ele! - uma voz disse parecendo longe - Eu disse, para soltá-lo. - agora com o som mais perto, um homem alto, um tanto magro e de cabelos ruivos com
alguns fios de cabelos brancos caminhava na direção deles.
- NÃO QUERO CAMINHAR NO MESMO CHÃO DESSE AÍ... - o velho bruxo falou indicando Harry grosseiramente.
- Ele não vai ficar aqui...- Arthur Weasley disse olhando para Harry com emoção - Por favor me acompanhe.
Os guardas soltaram Harry e este foi seguindo o Sr. Weasley por um corredor, ainda sob o olhar de todos.
- Entre. - ele parou diante de uma porta escrito com letras douradas "M.M". Harry obedeceu adentrando à sala. Esta era muito confortável com uma escrivaninha a
frente com vários rolos de pergaminho em cima, uma lareira estava acesa mais ao lado com um sofá na frente.
- Quem é o senhor? - Harry perguntou quando Arthur indicou uma cadeira à frente da escrivaninha se sentando atrás desta.
- Arthur Weasley... - uma pausa - Ministro da Magia. E...quem é você?
- S-Sou....eu... - Harry não conseguia falar nada, eram muitas informações para um dia só.
- Lincoln Echo? - Arthur perguntou, lendo o nome no crachá que Harry tinha prendido nas vestes.
- Isso mesmo. - respondeu ele rapidamente - Mas...eu...gostaria de fazer uma pergunta!
- Pergunte...
- Porque aquele senhor me chamou de Harry Potter?
Arthur suspirou demoradamente e Harry notou que seus olhos estavam marejados. Ele se levantou dando a volta na mesa ficando de frente para Harry, que também tinha se levantado. Sem avisar, o homem abraçou Harry carinhosamente, como um filho. - É bom vê-lo novamente. - ele disse após se afastar ainda sorrindo.
N/A: OOOOi novamente leitores, finalmente tive tempo de escrever, e sinceramente rsrsrs...não gostei nadinha desse cap. Mas tudo bem, está valendo, continuem comentando e obrigada por tudo!!!
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