A chegada de Rony e Megan
Harry ficou parado pensando no que acabara de ouvir.
- O que o sr. disse? - Harry perguntou tirando o capuz da cabeça.
- Está morta Harry...
Harry passou as duas mãos pelo cabelo fazendo uma cara de desespero e deu as costas a Voldemort andando um pouco na sala em que estavam.
- E-Está.... m-morta?
Voldemort apenas olhou pra Harry confirmando com o olhar. Harry novamente se virou olhando pra cima como se não estivesse acreditando.
Harry caiu no chão de joelhos.
- Nãããããããããããããããããããããããããoooooooooooooooooooooooo.... - ele gritou demorada e desesperadamente. Seu grito ecoou por todo o ministério fazendo alguns trolls se assutarem. Os vidros das janelas da sala onde estavam estouraram todos, quebrando-se em mil pedacinhos pela fúria que Harry sentiu no momento - Hermione.... - Harry disse agora na voz baixa olhando pro chão - Não isso n-não pode ser verdade.
- É melhor que você não apareça para vê-la.
Harry continuou ajoelhado com a cabeça abaixada soluçando descompassadamente lembrando do sonho que tivera com Hermione a alguns meses atrás no qual ele previa o que iria acontecer.
- Novamente eu não fiz nada! - Harry gritou nervoso batendo nervoso as mãos no chão e Voldemort disse - Não Harry, você tentou fazer tudo o que podia, John é que atrapalhou os seus planos...
Harry parecia não estar ouvindo mais nada, ainda ajoelhado no chão dizia o nome de Hermione várias vezes enquanto soluçava, não acreditando no que acabara de ouvir.
--------------------------------------
- Mandou a carta Arthur? - a Sra. Weasley perguntou.
- Mandei, em breve receberemos a resposta de Rony.
John continuava sentado, muito cansado pelos dias que estava tendo e o medibruxo entrou na sala:
- Querem falar com ela?
- Porque? - John perguntou se levantando apressadamente, o mesmo fizeram os Weasleys.
- Pra se despedirem... - medibruxo disse numa voz etérea - Cada momento que passa a Srta. Granger fica mais fraca e receio que não poderemos fazer nada...
- COMO ASSIM NÃO PODEM FAZER NADA!!! - A sra. Weasley gritou nervosa entre as lágrimas.
- Peço que se acalme minha senhora. - este falou com a expressão decepcionada e olhou
pelo vidro - Caso quiserem falar com ela...podem entrar, um de cada vez eu aconselho. - dizendo isso este se retirou dando um olhar significativo a John e o Sr. Weasley.
A sra. Weasley se adiantou pra dentro do quarto caminhando até Hermione que estava na mesma posição na qual John a havia deixado. A sra. Weasley se sentou na beirada da cama segurando uma das mãos de Hermione. Imediatamente lágrimas brotaram nos seus olhos ao ver como Hermione estava fraca. Suas mãos estavam absurdamente geladas:
- Hermione, querida? - a Sra. Weasley perguntou gentilmente numa voz baixa.
Hermione demorou um pouco, mas abriu os olhos lentamente virando a cabeça pra Sra.
Weasley, esta sorriu ao ver que Hermione a olhava:
- S-Sabe Hermione...sua filha é linda. - a Sra. Weasley falou procurando não tocar no nome de Henry.
Em resposta do elogio, Hermione apenas sorriu levemente fechando os olhos.
Decididamente, esta não tinha forças para falar, ou permanecer muito tempo prestando atenção numa pessoa.
A Sra. Weasley levou uma das mãos à boca impedindo-a de proferir algum som de seu choro. Saiu no quarto fechando a porta com delicadeza e foi rapidamente abraçar o marido.
Novamente dois medibruxos se aproximaram vendo o desespero da Sra. Weasley:
- Vamos arrumá-la, não se preocupem.
Os três não tinham forças para falar nada, os dois médicos se entreolharam e entraram no quarto onde Hermione estava. Com a ajuda das enfermeiras, vestiram Hermione com um vestido azul celeste, apertado no busto e com tecidos leves até o tornozelo. Arrumaram seus cabelos cacheados soltos pelos ombros. Após sairem do quarto um deles disse a Sra. Weasley:
- Uma moça tão bela não merecia uma aparência tão devastadora. - sorriu de leve pra Sra. Weasley e saiu andando segurando uma prancheta.
A sra. Weasley novamente entrou no quarto caminhando até onde Hermione estava. Esta agora estava com uma aparência angelical.
- Sabe Hermione...também lhe considero uma filha... - a Sra. Weasley disse sorrindo entre as lágrimas que saiam de seus olhos - Sabe disso não é?!
Hermione nem ao menos deu um sinal de que estava ouvindo, a cada segundo sua fraqueza ia aumentando. A Sra. Weasley então pegou uma rosa branca que estava dentro de um vasinho de vidro na mesa de cabeceira, tirou os espinhos com cuidado e arrumou a rosa ao lado da cabeça de Hermione, perto da orelha.
- Venha querida! - o Sr. Weasley chegou por trás da esposa colocando as mãos em seus ombros.
- J-já r-recebemos uma resposta de Rony?
- Ainda não. - o Sr. Weasley disse numa voz baixa olhando com pena pra Hermione. - Vamos sair daqui.
- Não podemos deixá-la sozinha Arthur.
- Ela quer ficar sozinha Molly, essa foi a escolha que fez, se ela não quer se ajudar, não podemos fazer nada...
--------------------------------------
- Tenho que resolver uns problemas com os comensais no sul Lord Tyrannus. - Voldemort disse a Harry calmamente - Tome conta do ministério e se algum auror intrometido aparecer, já sabe o que fazer...
Ao dizer isso Voldemort saiu da sala escura e Harry andava de uma lado para o outro não se conformando com a morte de Hermione. Olhou no relógio, os ponteiros marcavam exatamente uma hora da madrugada. Este se sentou e esperou. Esperou quinze, vinte minutos, algo em seu interior o deixava inquieto. Harry se levantou olhando pela janela e viu que alguns comensais estavam cuidando dos trolls um andar abaixo. Este colocou o capuz novamente limpando o rosto que estava banhado por lágrimas e saiu do ministério andando apressadamente.
--------------------------------------
O hospital St. Mungos estava completamente deserto agora. As tochas estavam apagadas, o Sr e Sra. Weasley estavam dormindo sentados na sala de espera, um apoiando a cabeça no outro. John embora quisesse ficar vigiando acabou pegando no sono encostando a cabeça na parede.
- Quero saber o quarto de Hermione Potter. - Harry chegou na recepcionista que dormia debruçada num jornal.
- Ahn? O que...ah sim...que quarto?
- Hermione Potter. - repetiu Harry parecendo o mais natural possível.
A mulher colocou um óculos muito pequeno e folheou alguns pergaminhos.
- Aqui, Hermione... 125, quarto 125! - ela repetiu tentando olhar o rosto de Harry que ele insistia em esconder.
- Obrigado. - Harry falou caminhando apressadamente. Ao chegar no andar do quarto onde Hermione estava, observou os Weasleys dormindo tranquilamente e John com a aparência cansada. Harry olhou mais a frente e pelo vidro viu a figura de Hermione deitada na cama imóvel.
Entrou no quarto não fazendo praticamente nenhum barulho e em seguida fechou a porta com cuidado e demorou um pouco a andar. Teve medo de se aproximar e ver o que não queria. Harry tomou coragem e aproximou-se lentamente da cama onde Hermione estava.
Harry sorriu radiante, o que tornou seu rosto menos assutador, ao ver que Hermione respirava lentamente. Ela estava do mesmo jeito que a Sra. Weasley a deixara, a rosa branca completava a beleza que Harry via diante de seus olhos:
- Hermione.... - ele falou num cochicho passando a mão pelo cabelo dela. Harry se aproximou de seu rosto sentindo a fragância suave da rosa. Fazia algum tempo que ele não ficava assim com ela, como sentia saudade de seus beijos, abraços, mas nunca ninguém poderia entender o motivo dele ter feito o que fez, nem mesmo ela.
- Ha- harry... - ela falou também sussurrando com os olhos semi-abertos e sorriu vagarosamente pensando que aquilo fosse um sonho. Harry fechou os olhos para que ela não o encarasse e se assustasse.
Hermione ergueu uma das mãos que estava ao lado de seu corpo com dificuldade a levando até o rosto de Harry. Ao toque da mão de Hermione, Harry segurou a mão dela nas suas dando-lhe um beijo delicado. Novamente Hermione sorriu e falou com a voz baixa:
- Agora eu posso ir... - ela virou o rosto pra frente e olhou pra cima e depois olhou pra Harry - Estou feliz por...ter...visto o rosto...do meu Harry outra vez... - Hermione falou como se estivesse falando sozinha achando que tudo aquilo não passava de um sonho.
- H-hermione.... - Harry chamou novamente por ela. Esta estava de olhos fechados com o rosto virado pra cima - Não me deixe... - ele disse debruçando-se sobre ela
carinhosamente. - Não você por favor...
Harry olhou pra sua esposa que estava com um leve sorriso nos lábios e não pôde evitar que algumas lágrimas saíssem de seus olhos, era exatamente a mesma imagem que vira em seus sonhos.
Harry segurou com as duas mãos o rosto de Hermione a chamando:
- Hermione...Hermione pode me ouvir?
Ela tentou abrir os olhos mas ficou com eles semi-abertos:
- H-Ha-Harry? - ela disse não acreditando no que via.
- Amor... - ele falou sorrindo acariciando o rosto suave dela com delicadeza - Não vou deixar que aconteça a mesma coisa com você...foi uma promessa.
Ela tentou falar alguma coisa e Harry colocou a mão em seus lábios a impedindo de falar, depois se aproximou lentamente beijando seus lábios de leve, estavam frios.
- Vou ficar com você... - ele falou no ouvido dela.
- E-Eu t-te amo Harry. - Hermione disse olhando pra ele ainda não acreditando no que estava vendo.
Harry estava com medo do que poderia acontecer a Hermione. Ela estava muito fraca, não falava direito. Ele não sabia ao certo o que fazer naquele momento, ficar com Hermione que precisava mais do que nunca de sua ajuda ou continuar adquirindo mais poderes para poder e conseguir impedir o que quisesse?
- Não posso ficar amor, não agora que estou prestes a conseguir o que eu quero. Ter poder pra proteger você e aqueles que eu amo... - Harry falou apertando a mão dela.
Hermione entretando não parecia ouvir, estava dormindo tranquilamente com o sorriso leve nos lábios.
Harry se levantou vagarosamente dando mais um beijo carinhoso na esposa e abriu a porta com cuidado. O hospital ainda continuava em completo silêncio. John e os Weasleys continuavam dormindo. Harry ao sair do quarto fechou a porta não fazendo barulho e colocou o capuz olhando para os lados.
Passou andando depressa e silenciosamente por John, a capa esvoaçando atrás. John sentiu alguma coisa tocar em seu joelho e abriu os olhos assustado. Ao olhar pra trás viu o vulto com a capa andando apressadamente:
- Harry!?! - ele gritou chamando e se levantando.
- Quer parar de gritar por favor! - uma enfermeira se aproximou dele. Quando John voltou sua atenção pro corredor, o vulto já havia desaparecido.
----------------------------------
- Papai... recebi sua mensagem urgente. - Rony falou chegando ao hospital de mãos dadas com Megan.
- Olá Megan! - o Sr. Weasley falou dando um abraço na nora e depois perguntou:
- Rony...tem um minuto onde podemos conversar a sós?
- Claro pai! - Rony disse com a voz preocupada notando a expressão do Sr. Weasley.
Megan se sentou onde a Sra. Weasley estava a consolando graciosamente.
Os dois se escaminharam pra uma sala de espera vazia e fecharam a porta:
- O que aconteceu de tão grave?
- Rony, como faz muito tempo que você não vem à Inglaterra, precisa ficar sabendo de fatos que estão ocorrendo aqui.
- Faz tempo mesmo pai, estou com saudades de Harry e Mione, onde eles estão? - ROny perguntou animado, mas rapidamente seu sorriso sumiu ao notar a expressão do pai.
- As coisas não andam boas Rony. O mundo dos bruxos está em guerra, Voldemort declarou Guerra...
- Mas e a ordem? Os aurores?
- Como você sabe Rony, Harry tornou-se um dos mais respeitáveis espião e auror do ministério da Magia.
- Sei, ele me mandou uma carta no dia em que foi aprovado.
- Pois bem...Harry recebeu uma missão de John, chefe dos aurores, missão de proteger uma jornalista do Profeta Diário.
- Que jornalista? - Rony perguntou se interessando.
- Hermione.
- O que? Hermione? Trabalhando no profeta diário? Eu duvido!!!
- Isso mesmo Rony, uma das mais qualificadas do jornal. Acontece que foi ameaçada por escrever coisas que não devia e Harry teve a missão de levá-la em segurança a outro país.
- Sim... - Rony falou olhando pro pai - Mas o que torna isso importante?
- A questão é que Harry e Hermione...se apaixonaram.
- Não! - Rony disse surpreso não escondendo um sorriso - E esse Harry nunca me contou nada sobre isso...
- Rony não é engraçado, Harry não pode se casar, aliás nunca pôde, mas acontece que os dois se casaram escondidos e viveram assim durante alguns anos sem que ninguém notasse.
- Não acredito que Hermione desrespeitou uma regra... - Rony disse sorrindo e o Sr. Weasley ainda sério continuou.
- Ninguém desconfiava até que Hermione sumiu de uma hora pra outra. Como se tentasse se esconder...
- E porque ela teria de se esconder?
- Estava grávida. - O sr. Weasley falou ainda com a expressão mais triste lembrando-se de Henry e Hayssa.
- Grávida? - perguntou Rony - Meu Deus, Harry deve ter ficado bastante feliz.
- Ficou eu suponho. Mas Rony, não adianta eu lhe contar detalhes, a questão é que
Harry ficou muito amigo do novo Regente dos Aurores e este pediu que ele representasse o conselho em seu nome. O mestre Alex aceitou de início com a condição de que Harry não se tornaria um chefe dos aurores porque ainda não estava pronto. Harry achou um absurdo e começou a desconfiar do conselho, de nós e até mesmo de John que ensinou a Arte dos Aurores a ele...
- E o que ele fez?
- Uniu-se ao lado negro da Magia. - o Sr. Weasley falou baixo e Rony deu um salto da cadeira - O QUE? Quer dizer que Harry se juntou a Voldemort?
- Isso mesmo...
- HAHAHAHAHAHAHA - Rony não conseguiu segurar o riso - Você só pode estar brincando pai...
- RONY! - O Sr. Weasley falou se irritando e com um olhar severo olhou pro filho - Harry praticamente acabou com todos os aurores do ministério, está desenvolvendo enormes poderes com os ensinamentos de Voldemort, até mesmo machucou Hermione...
O sorriso de Rony sumiu no mesmo instante quando o pai começou a contar o que ocorrera:
- Como está filho deles? - Rony perguntou agora preocupado.
- Os filhos... nasceram gêmeos.
Rony levou uma das mãos a boca e se levantou impressionado com a história que acabara de ouvir.
- Henry e Hayssa... - o sr. Weasley continuou - E é nisso que você entra filho...
- Eu? Pai mas o que eu posso fazer?
- Adotar o Henry. - o sr. Weasley disse sem rodeios e Rony virou-se espantado pra ele - O QUE???
- Isso o que eu disse.... John, eu e sua mãe decidimos que é o melhor a fazer.
- Melhor? Melhor pra que?
- Rony, Hermione está fraca, os medibruxos não sabem ao menos se ela vai sobreviver, e Harry com certeza viria atrás de um de seus filhos se soubesse que foram gêmeos, a pedido de Voldemort é claro.
- Não posso fazer isso a Hermione, pai...esconder uma coisa dessas da minha amiga.
- Será para o bem de todos filho.
Rony andou de um lado pro outro:
- E ele cresceria achando que é nosso filho.
- Exatamente e Harry nunca saberá de sua existência. Por favor Rony, olhe o meio em que essas crianças nasceram...
- Eu percebi... - Rony falou chateado pensando em como as coisas haviam mudado - Certo pai...eu aceito.
- Aceita?! - o Sr. Weasley sorriu aliviado - Que ótimo Rony, seremos grato pelo resto de nossas vidas. Já o mandamos registrá-lo com o sobrenome Weasley.
- Posso ver ele? - Rony perguntou se levantando calmamente - Tenho que contar a Megan.
- Claro, eu o levo até lá.
------------------------------------
- Não sei como lhe agradecer Rony. - John falou quando Megan já estava carregando carinhosamente Henry em seus braços.
- E Hermione como está?
- Do mesmo jeito... - respondeu a Sra. Weasley.
Rony abaixou a cabeça e perguntou:
- E se eu tentasse falar com Harry?
- Seria inútil filho, Harry não quer falar com ninguém. Pensa que somos inimigos dele...
- Não quero que se arrisque Rony! - Megan falou preocupada.
N/A: Peço a todos q continuem comentando e me digam o que acham!!!! Pleaseeeeeeeeeee!!!
Bjos!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!