A inveja

Animadíssima por estar na Grifinória, Minerva e seus amigos (sem contar por Abeforth, que não havia aparecido) foram para a primeira aula do ano: A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas!

 Ao contornarem a escada em caracol que levava à sala de aula, no 3º andar, viraram à direita em uma porta, e encontraram alguns alunos agrupados e um homem loiro de olhos verdes, alto, que se apresentou, após todos chegarem e se sentarem (menos por Abeforth, que eles não avistaram):

-Olá - Uma voz desajeitada - Meu nome é Lionel Weber. Sou seu professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

A aula seguiu, todos os alunos gostaram do professor.

Ele ensinou dois feitiços:

Protego (Usado para Proteção) e Expelliarmus (Para desarmar o oponente)

Obviamente, como em tudo o que aparecia pela frente, Alvo foi o melhor nos feitiços. Seu escudo de defesa conjurado pelo Protego conseguiria cobrir umas cinco pessoas. Seu feitiço de Desarme, Expelliarmus, trazia a varinha de qualquer um diretamente para a sua mão, ao contrário de todos, que faziam varinhas voarem para tudo quanto é lado. Ele até conseguira desarmar duas pessoas de uma vez, sem intenção.

No final da aula, Lionel deu parabéns à todos pelos seus feitiços, e destacou Alvo.

Isto só fazia Minerva enfurecer de inveja.

Era demais. Ele fazia magia com uma varinha, em vez de um simples escudo que se desarma com um toque.

De repente, ela se tocou; Era óbvio! Por quê não pensar nisso antes. Para ela, Abeforth era um estranho, mas, depois de se invejar passando dois dias com Alvo, ela mal conseguiria pensar como seria difícil passar uma vida inteira ao lado de Alvo.

O anormal para ela, agora, era Alvo. Ela tinha que procurar Abeforth, ele tinha razão, afinal, Alvo só iria causar problemas à ela. Quem iria dar atenção a uma bruxa que não consegue tirar uma varinha da mão de outro bruxo, sabendo defender uma sala inteira comum escudo protetor, no seu primeiro ano em Hogwarts. Logo Alvo iria procurar ser amigo de bruxos melhores.

Minerva ficou com muita inveja de Alvo. Só lhe restava fazer alguma coisa. Uma vingança.

Alvo estava fora da sala comunal da Grifinória. Ela correu ao dormitório masculino, que estava vazio, pegou a varinha dele e a quebrou ao meio. Depois, jogou-a pela janela.

Aquele sentimento de alegria havia despertado nela assim como no dia em que ela entrou no trêm para a viagem.

A vingança causou uma sensação de alívio tão grande... Era como se um problema na vida dela fosse despertado, ela se dirigiu à sala comunal, ainda vazia, e deitou-se no sofá, como se fosse um cômodo familiar.

Como aquele desgraçado vai desarmar bruxos agora, sem uma varinha? - Pensou para si mesma, com um sorriso no rosto.

Dizem que as pessoas se arrependem da vingança, essa eu quero ver só! - Continuou rindo.

O dia passou e Alvo nem deu falta de sua varinha.  Eles não conversaram depois disso, ela foi dormir mais cedo, como se o dia tivesse sido o mais importante de sua vida...

... Quem sabe até foi.

Abeforth não aparecera.

Ela tornou a pensar:

Alvo deixou Abeforth tão invejado, que ele está se isolando.

E ele nem se sente culpado por deixar o irmão desse jeito.

Se eu continuasse andando com ele, ficaria ig... Marta!

Marta também estava muito amiga de Alvo. Isso tinha que acabar.

Uns trinta minutos depois, Marta entra no dormitório com a mesma sensação de inveja:

-Ele ficou mostrando feitiços aos alunos da Corvinal e praticamente me ignorou!

 

Minerva contou à Marta sobre a história.

Eram duas pessoas se sentindo aliviadas agora.

Faltava Abeforth.

Tinha que ter mais uma vingança. Que tal humilhar Alvo na frente de todos. Ele sem uma varinha e três pessoas com muita raiva dele. Era uma boa ideia.

No dia seguinte, eles poderiam tentar.

Só havia um problema: Abeforth.

Onde será que ele estava. Quem sabe se ele soubesse sobre a varinha de Alvo, pudesse ficar feliz também.

Mas precisavam achá-lo.

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