Cartas para as cobras



Ta.
Não foi BEEM um grito.
(Ta,quem eu quero enganar?)
-- NÃO DIGA O NOME DELE! -- Rugi, dei um pulo enorme, me afastando o máximo possível de Rony e Hermione. --VOCÊ NÃO ENTENDE!NÃO ENTENDE O QUE É PERDER A UNICA ESPERANÇA QUE TINHA! FOI A PRIMEIRA VEZ QUE EU SENTI QUE TINHA UMA VERDADEIRA FAMILIA! SENTI QUE, UM DIA, TALVEZ CEDO, TALVEZ TARDE, EU E ELE SERIAMOS COMO PAI E FILHO!ELE CUIDARIA DE MIM!TERIAMOS UMA CASA! MAS E ENTÃO... VOLDEMORT! VOLDEMORT!VOLDEMORT DENOVO! VOCÊ NÃO SABE O QUE É DORMIR SEM SABER SE AS PESSOAS COM QUEM SE IMPORTA AINDA ESTÃO BEM! NÃO SABE O QUE É FICAR LÁ! SÓ! INCRIVELMENTE SÓ!
Hermione chorava, as lagrimas corriam pelo seu rosto com rapidez, Rony tinha os olhos arregalados e a boca entreaberta.
-- E quer saber? Me acostumei a ficar só.
Rosnei abrindo a porta,saindo rapidamente de lá.
¬¬
Não to nem ai se fui grosso, mal educado, resmungão. Eles me deixaram, a culpa é toda deles.
-- Onde está indo? -- Perguntou Gina a me ver passando por ela. -- Harry?
-- Não importa.
Sai da toca e continuei andando em frente.
Para o nada.
Para minha dor.


Ok, isso ficou dramático, mas foda-se. Às vezes é bom descontar isso em alguém, por mais errado que isso seja.


Continuei andando, seguindo em frente. Passei por um pequeno lago, e por arvores.


E mais árvores.


E ainda mais árvores.


Fala sério, o que é isso aqui?Uma floresta?


Encostei-me em uma das arvores, e fui caindo lentamente até chão. Até sentar no chão. (Jura? Pensei que tinha sentado na arvore!) Então aprenda a pensar! (Você percebe que está mandando você aprender a pensar?) Eu percebo que você é um idiota mal pensador. U.U (EU SOU VOCÊ!) E EU SOU MERLIM! (Ahhh.Desisto.) GANHEI!


Mas então aconteceu algo que Harry não esperava.


Uma forte dor nauseante, concentrada, como sempre, em sua cicatriz. Arfei e me dobrei, mas não havia jeito. A visão me consumiu.


Era eu.


Eu estava em frente a um espelho.


Eu me encarava fixamente, como se me visse pela primeira vez.


Mas espera ae.


Aquele não era eu.


Era Voldemort.


 


Por incrível que pareça eu não me assustei. Continuei imóvel, apenas encarando meu arqui-inimigo sem nariz.


Aliás, antes de mata-lo, eu tenho que perguntar por que ele não tem nariz.


É estranho cara.


Minha boca se abriu, mas não foi minha voz que eu ouvi.


Foi uma voz arrastada e cruel:


-- Olá, Harry.


-- Eae, Voldy. Tudo bem com você?


Oras, eu tenho dezesseis anos u.u vamos fazer o Voldy ficar confuso com gírias? Já disse que adoro irritar as pessoas quando eu to com raiva? Pois é. EU ADORO.


Minha cabeça se mexeu lentamente, negando.


-- Tsc, tsc. Tão tolo. Tão fraco. Tão iludido.


-- Podemos parar de falar só de você, seu egoísta?


Voldemort não parecia estar com raiva. Muito pelo contrario,estava totalmente indiferente.


Ou melhor, eu estava indiferente.


Não, espera, ele.


Mas eu era ele.


Então era eu...


Mas se eu sou ele com ele sendo eu, comigo estando em frente ao espelho me vendo, mas ele que me meche, então é ele?


Argh, não importa.


-- Posso saber por que atrapalhou minha caminhada?


-- Por que, Harry Potter, eu preciso de você.


-- O.O CÊ TA ME ESTRANHANDO?!Primeiro, eu gosto de nariz, porque é sensual U-U Segundo, eu gosto é de mulher!Terceiro...


-- Cale-se! – rugiu Voldemort. Eu consegui irritar a serpente! —Tolo! Você vai se render a mim, muito breve!


-- Ah, tão breve como o Tio Valter virar modelo de suga?(aarrghhhh, dói até pensar)


Voldemort riu.


ELE RIU!


Minha vida está muito estranha ultimamente mesmo... Primeiro os Dursley são legais (eu ainda tenho que investigar isso), aí o amor da Gina por mim volta do nada (não tão do nada assim, mas...) e agora Voldemort RI?


Uma risada fria, cruel, arrastada, e um pouco fina pro meu gosto. Acho que ele joga pro outro lado da coisa...


-- EM BREVE, HARRY POTTER. Breve!


Abri os olhos, ouvindo passos apressados.


-- Ele não pode ter ido muito longe, não é, Rony? Rony?


-- HARRY!


Pisquei algumas vezes, o frio da floresta me abraçou de vez.


-- AQUI! – Gritei. Chega de solidão pó hoje.


Rony e Hermione apareceram ao meu lado, arfando.


-- Você está legal? – Perguntou Rony.


-- Tô.


Levantei chutando umas folhas. Rony e Mione me encaravam, e eu, como uma doce criança inocente, arquei as sobrancelhas.


-- Já está tarde. – Resmungou Mione. – Vamos dormir, amanhã temos que ir ao Beco Diagonal.


Rony e Harry resmungaram algo inaudível e seguiram Mione. Os três entraram na toca, e rapidamente Gina se meteu na frente deles.


-- ONDE. VOCÊS. ESTAVAM?


-- Numa casa trouxa assistindo Avenida Brasil! OIOIOI!


Rebolei um pouquinho, o que fez os três arregalar tanto os olhos que me assustei.


-- Quê?


-- Ah... Hã... V... Ma... BA...


-- Baah, eu to cansando. Vou deitar, boa noite seus loucos :D


Deixei aqueles três loucos, de olhos arregalados e petrificados (será que os gêmeos fizeram alguma coisa? O.Õ). Subi as escadas cansadamente, ver a cara feia e sem nariz do Tio Voldy não me faz bem. Assim que entrei no quarto, me joguei na cama, e no mesmo instante...


Rony e Mione entraram no quarto fazendo a maior barulheira.


-- AAHHH VÃO NAMORAR NO PORÃO, HMMPUUFMM. – E meti a cara no travesseiro, dormindo logo em seguida.


Como um anjinho. U.U


 


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


 


-- MÃÃÃÃÃÃEEEEEEEEEEE! OLHA SÓ QUE VASSOURA SENSACIONAL! MÃÃE! PAAAAAIIIIIII!


Harry, literalmente, dera um pulo com esse grito. Não viu bem de onde viera, mas foi de realmente muito perto.


-- Harry querido... – Sim, Mama Weasley?


-- Sim, Sra.Weasley?


-- Eu, Gina e Hermione vamos dar uma pequena passada na Madame Malkin – Roupas para todas as ocasiões. Encontramos vocês na loja de Fred e Jorge tudo bem?


-- Tudo bem. – Falaram Rony e Harry.


U.U


Por mim tava tudo ótimo. Só que...


Eu não ia para a Gemialidades Weasley.


Não ia mesmo.


-- Uau! Olha só aquela vassoura Harry!


MUITO OBRIGADO PRODUTORES DE VASSOURAS VOADORA!


Enquanto Rony se aperta contra o vidro da loja, puxei minha capa da invisibilidade e sai de lá, andando em direção ao Olivaras.


Agora você pergunta: o que eu vou fazer no Olivaras? E eu respondo: eu não sei. Mas visitar os idosos mostra que sou educado u.u Não é porque não tenho mais onde ir ok?


O Olivaras não parecia ter mudado nem um pouco diferente de quando Harry o visitara pela primeira vez, com onze anos.


(Acho que é porque ele não quer gastar dinheiro com reforma :@ Pão duro U.U)


Abrindo a porta calmamente, Harry adentrou na estranha loja e retirou a capa.


Talvez tenha notado que de vez em quando eu falo em 3ª pessoa. Bem, eu posso Tá?


Dá emoção para a narrativa u.u


Aliás, porque eu estou narrando minha vida? Vocês não tem mais o que fazer além de bisbilhotar a vida alheia não?


RUUM’ ¬¬


Harry percorreu os olhos por toda loja, e então parou em uma pequenina menininha que estava encostada no balcão. Cabelos loiros, olhos cinza familiares, pele clara e visivelmente macia, de aproximadamente 7 anos.


-- Hã... Oi. – eu disse. Porque sou simpático.


--Olá.


-- Hã... O que você está fazendo aqui? – e direto também.


-- Estou em pé.


Quem diabos era aquela meninazinha? Uma bruxinha perdida? Ela é fofa :3


Ok, isso ficou gay, mas ela é fofa mesmo, parece a Luna.


Lembrando que a Luna é só minha amiga. Seus mente-suja.


Pelo menos até agora né? Ano passado eu peguei a Cho, e tava aqui pensando:


Eu tenho 16 anos.


Eu só beijei uma garota. Com 15 anos.


Meu pai era um pegador.


Meu padrinho era um galinha.


Meu inimigo, Draco Malfoy pra quem não sabe, é o maior pegador de Hogwarts e...


Como eu sei? Unf’ Porque as meninas fazem questão de comentar isso sempre, leia-se: Lilá e Parvati.


E eu concluo: Tá na hora de aproveitar um pouco a vida.


Mas voltando ao meu papo com a  menininha:


-- Disso eu sei. – respondi.


-- Então não me faça perguntas.


Harry riu.


-- Eu quis dizer o que você está fazendo aqui.


-- Ah, estou esperando meu vô.


-- E onde ele está?


-- Ai dentro. – a menina apontou para mais dentro da loja, mas então olhou desconfiada para Harry. – Por quê? O que quer aqui? Quem é você?


-- Hmm, Harry. Harry Potter.


-- Angel Olivaras.


Meus olhos se arregalaram. Olivaras?


Olivaras tinha neta?


ELE TINHA FILHOS?


O.O


POR QUE ESTOU TÃO CHOCADO?!


-- Ahhh... E... Onde estão seus pais?


-- Ah, é uma longa história. – A menininha sentou no pequeno sofá, encarando Harry. – Eles viajaram, sabe? Pro Brasil, já foi lá? Eu sempre quis ir pro Brasil, e meus pais foram, mas eu não pude ir, então eles foram e eu fiquei com meu vô. Ele é legal, mas eu realmente queria estar no Brasil, embora, eu ame muito meu avô.


Ela tagarelou realmente muito rápida, o que era incrível. E depois de terminar, puxou um bom ar para seus pulmões e me encarou novamente, dessa vez sorrindo.


-- Eu... Hã... Nunca fui ao Brasil, mas eu tenho... Um... Hã... Amigo... Que acho que está morando lá.


Ótima hora pra lembrar-se da cobra, né? :D


Será que ela era uma cobra fêmea ou uma cobra macho? O.o


Será que ele/ela chegou ao Brasil? Estranho né? Porque seria preciso pegar navio, ou avião, e eu não acho que cobras tenham passaporte.


-- Você tem um amigo que está morando no Brasil? – Angel estava animado.


-- Hã... Eu acho... Talvez...


-- ISSO É TÃO LINDO! Ele lhe escreve? Diz-lhe como lá é tudo lindo e verde?


- É complicado... – tentei explicar.


Ela ficou emburrada e desatou a falar:


- É sempre assim. Vocês adultos tratam nós, crianças como se não puséssemos entender nada. Vocês se acham só porque conhecem mais coisas. E pensam que a gente não entende nada, mas eu te garanto Sr. Potter que eu sou muito esperta ok? E eu não gosto que me tratem como se eu fosse alguém sem a capacidade de entender nada.


Ela cruzou os braços e fez um biquinho, sim, seria fofa, se não parecesse tão assustadoramente adulta.


Ai Merlin... Acabei de levar um discurso por uma garotinha de sete anos. É nessas horas que você vê que a coisa tá ferrada pro seu lado.


- Olha... Eu não sou adulto. Tenho só 16 anos... E eu só tava com preguiça de contar essa história ok? Mas eu te conto e.e


Os olhinhos acinzentados brilharam em expectativa para mim. Por onde começar? Ok...


- Quando eu tinha 10 anos fui ao zoológico com meus tios, lá tinha uma cobra, ou ‘conversei’ com ela, e ajudei-a a escapar, e ela queria voltar ao Brasil, então eu não sei se ela chegou lá...


- Vocês é ofidioglota? - :@ uma menina de sete anos sabe mais do que eu sabia com 12? Lindo isso. – Mas a cobra nunca escreveu pra você?


- Acho que ela não consegue sabe... Não tem mãos...


- Mas sempre tem um jeito para fazermos algo... É só querer. – ela disse com olhar sonhador. Será que é parente distante da Luna?


- Bem... Talvez não é?


- Que tal nós escrevermos uma carta pra ela? Era fêmea?


- Eu não sei... ESCREVER UMA CARTA?


- É... Será que cobras sabem ler cartas da nossa língua?


- Não sei... Mas podemos tentar, não é? – eu gostei dessa menininha.


- Claro! – ela correu para dentro de uma salinha atrás do balcão e voltou num momento depois com pergaminho, tinta e uma pena rosa. – Aqui está, bom vejamos, eu dito e você escreve ok?


- Er... Claro.


Eu não vou narrar isso, mas a carta ficou assim:


“Cara cobra que eu não lembro o sexo,


Tudo bem? Como tem passado os anos? Espero que bem, pode não se lembrar de mim, mas eu sou o garoto de te libertou uns cinco anos atrás no zoológico.


Você chegou ao Brasil? Encontrou a família? Espero que sim! Desculpe ter demorado a escrever para você, mas uma amiga me convenceu a escrever, esperamos que você entenda e que possa responder.


Com carinho,


“Harry Potter e Angie Olivaras”


 


Olhamos a carta, botamos num envelope e saímos em direção ao correio, espero que o Sr. Olivaras não pense que sequestrei a neta dele.


Depois que despachamos uma coruja das torres, eu comprei um sorvete para cada um, e voltamos à loja de varinhas. O Sr. Olivaras estava atendendo um garoto, que parecia ter 11 anos.


- Angie! – Olivaras abraçou a neta, mas ele não parecia preocupado – venha cá eu achei uma coisa sua... Só um minuto Sr. Swyer. – acrescentou para o menino.


Eu me aproximei dele também, acho que vou fazer uma creche sabe? Levo jeito com pirralhos, digo, crianças.


- Oi.


- Oi.


- Tudo bem?


- O que você quer?


‘O’ oia o tipo da criatura! Eu aqui bem de boa fui falar com ele e ele age assim? Ç.Ç Ok...


- Conversar?


- hum... – eu não gostei desse olhar desconfiado.


- Então... Vai entrar para Hogwarts esse ano?


- Não... Apenas estou comprando minha varinha para enfeitar meu quarto.


Ok. Essa pergunta foi idiota.


- Er... Eu sou Harry Potter e você?


- Como se eu não soubesse quem você é. – ele desdenhou – Me chamo Ben Swyer.


- Er... Prazer... Então... Em qual casa você pretende ficar?


- Não sei... Meu pai foi Corvinal, minha mãe Sonserina... Dizem que eu vou para uma das duas.


- Interessante...


- Nem tanto.


¬¬’ eu quero assunto. Mas os Olivaras voltaram nesse momento. Angie analisou Ben  de cima a baixo com um olhar curioso. E disse:


- Oi (:


- Oi... – ele respondeu desconfiado de novo.


E os dois começaram a conversar. E o Sr. Olivaras virou-se na minha direção.


- Deseja algo Sr. Potter?


- Er... Na verdade não Sr. Olivaras, só vim aqui dar uma passadinha... E conheci sua neta.


- Oh... Ela é meu tesouro. Muito esperta.


- Sim, imagino... Mas creio que eu tenha que ir. Os Weasley devem estar a minha procura. Até outra hora. – eu disse apertando a mão dele.


- Nos vemos por aí Sr. Potter – respondeu ele.


- Nos vemos em Hogwarts Ben, posso te chamar de Ben certo?


- Claro Harry – disse ele com um sorriso desafiador. – Até mais. -  e ele apertou minha mão.


- Tchau Angie.


- Tchau Harry – e ela me abraçou =3 awn.


Sai em direção ao caldeirão furado, já que não fazia ideia da onde estavam os Weasleys. 

*-*-*-*-*-*~~
N/A: GENTE! eu esqueci de postar aqui :x desculpem mesmo!
bom, eu já tenho o outro capítulo pronto, outra hora eu posto, bjos

comentários apressam isso x3 skopaksopaks 

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