2º ano em Hogwarts
Draco estava deitado em seu quarto quando ouve umas batidinhas na janela, era a coruja de Hermione, sorrindo pegou a carta e a coruja saiu voando.
Draco, como estão suas férias? Sei que é o primeiro dia, mas já pode me contar alguma coisa né? Já estou com saudades.
H.G
Ele correu logo responder.
Hermione, meu dia foi um total tédio. Os amigos de meu pai estavam aqui em casa e eles ficaram falando coisas nada a ver e sobre o que aconteceu em Hogwarts com você e os meninos. Minha mãe está um pouco abatida, não sei o que está acontecendo, espero que não seja nada. E as suas? Já fez algo super legal para me contar? Também estou com saudade.
D.M
Hermione não esperava que ele respondesse tão rápido, logo a coruja de Malfoy, Heros, estava entrando pela janela e depositando a carta em sua escrivaninha. Correu logo para ler e responder. Escreviam-se todo dia, depois de duas semanas sem se ver Draco teve uma ideia.
Hermione e seus pais estavam sentados na sala vendo TV, quando a campainha toca, a mãe de Hermione levanta para atender a porta.
-Olá Sra. Granger, Hermione está? – Perguntou o garoto na porta.
-Está sim, quem gostaria?
-Oh, que deselegância. Sou Draco Malfoy, muito prazer – falou estendendo a mão para a mãe de Hermione.
-O prazer é todo meu, meu jovem. Entre, por favor. –Falou dando espaço para ele entrar. – Hermione, seu amigo veio te visitar.
-Que ami... – Hermione parou de falar quando viu a cabeleira loira que tanto conhecia. – Draco, o que você está fazendo aqui? Como você veio?
-Oi Hermione. Vim de vassoura, obvio. E eu vim te ver, estava sem fazer nada em casa e resolvi vir lhe visitar. – falou sorrindo.
Hermione levantou do sofá e deu um abraço no loiro. – Que bom que você veio, mãe, pai, esse é Draco Malfoy, ele estuda comigo em Hogwarts.
-Muito prazer meu caro, todo amigo de minha filha é bem vindo nesta casa. – disse o Sr. Granger sorrindo e entendendo a mão para Draco.
-Vou fazer um bolo para tomarmos café. – disse Sra. Granger indo em direção a cozinha.
Eles se sentaram no sofá e Draco ficou olhando atentamente para as pessoas que se mexiam na televisão. – Como isso é possível? Que quadro é esse?
-Quadro? Não Draco, isso é uma televisão. E passa filmes, novelas, telejornal, tudo. – respondeu Hermione rindo.
-Não consigo entender como é possível, mas tudo bem, deixa pra lá. – respondeu rindo também.
Depois de um tempo a mãe de Hermione entra na sala e dá a ideia deles irem dar uma volta pelo bairro, até a praça para Draco conhecer o bairro. Enquanto eles andavam Draco olhava tudo com muita atenção.
-Os bairros trouxas são diferentes dos bruxos. – falou enquanto observava.
-É? Por quê? – Perguntou confusa.
-Os bairros trouxas são mais bonitos, são claros, com bastantes árvores. Os bruxos são sombrios. Entende? – falou a olhando.
-Acho que sim. – sorriu. – Sua mãe melhorou?
-Não sei, ela continua pálida, mas eu pergunto e ela não fala nada, desconversa. – falou cabisbaixo.
-Draco, posso lhe perguntar uma coisa?
-Claro.
-Seu pai... ele... Mexe com artes das trevas? – perguntou receosa, quando olhou para Draco percebeu que ele estava mais pálido do que o normal.
-Daonde você tirou isso Mione?
-Não sei, é que você nunca fala o que ele faz, e como você falou que é tipo uma máfia, e o que ele pode fazer comigo quando descobrir, que ele não gosta de trouxas e de nascidos trouxas. Então eu tirei essa conclusão. – falou ainda olhando receosa para as reações dele.
-Desde quando você acha isso?
-Pelas aulas de DCAT.
-Hm... Sim Hermione, meu pau praticava ou pratica, não sei, artes das trevas. Ele era um dos comensais da morte de Você-Sabe-Quem. E quando ele morreu meu pai não foi julgado pelo Ministério porque não sabiam que ele era um dos que ajudaram na morte de tantos trouxas e nascidos trouxas. Eu temo a volta de Você-Sabe-Quem porque se ele voltar, meu pai vai servir a ele novamente e vai querer que eu faça parte de tudo com ele. – Draco olhou para Hermione que tinha uma feição de assustada – Eu não me orgulho de meu pai ser quem é, e muito menos minha mãe. Eu desconfio que ela ainda esteja com ele por minha causa. Para me proteger caso tudo volte à tona.
Silêncio. Hermione estava tentando entender tudo que ele havia dito, mas era difícil acreditar, mesmo que ela já tenha desconfiado antes. –Hermione, fala alguma coisa. Pelo amor de Merlin – implorou Draco.
-Eu... Eu... não sei o que dizer. Eu desconfiava, mas ouvir de você isso, é diferente, é assustador.
-Vou entender se você não quiser mais falar comigo – falou com um tom de tristeza na voz.
-Não, claro que não. Não vou te julgar pelos atos de seu pai. Mas como alguém pode ser tão ruim a ponto de matar as pessoas só por não serem bruxos de puro sangue? – perguntou incrédula.
-Pois é. Mas como já disse não me orgulho do que meu pai fez.
-Tudo bem, não vou parar de falar com você Draco, fica tranquilo. Vamos voltar? Esta ficando tarde já, e eu estou com fome. – falou a morena se levantando.
-Vamos – falou sorrindo aliviado.
Draco e Hermione seguiram até a casa da morena, comeram o bolo de cenoura da Sra. Granger, e Draco achou que estava muito tarde e já poderiam ter sentido sua falta, então resolveu voltar para casa. Despediu-se de Hermione e seus pais e voltou para casa.
-Draco, até que enfim meu filho, por onde você andou? – Perguntou Narcisa quando Draco entrou na biblioteca.
-Fui visitar uma amiga mãe. – Respondeu e deu um beijo na bochecha de sua mãe.
-Que amiga? De Hogwarts? É aquela tal de Parkinson?
-Não mãe, essa você não conhece. Ela mora na Londres trouxa. – respondeu receoso.
-Londres trouxa? Ela é nascida trouxa?
-Sim mãe. – Draco começou a ficar preocupado em qual seria a reação da mãe.
-Ah filho... – Abraçou Draco. – Fico muito feliz em saber que não será igual seu pai, com essa bobiça de puro sangue.
-Você não está chateada de eu ter amizade com nascidos trouxa? – Perguntou, estranhando a reação da mãe.
-Mas é claro que não filho. Você se socializar com nascidos trouxas só mostra o quanto você é diferente de seu pai, e isso é muito bom. – falou sorrindo.
-Ai mãe, eu não contei nada antes para a senhora porque achei que ficaria braba assim como o papai ficará se ele descobrir, ele pode fazer algum mal a ela se souber. – falou abraçando a mãe.
-Ele não vai fazer nada filho, não se preocupe. – falou aninhando o filho. – Ela é muito especial para você, não é?
-Sim, acho que ela é a única amizade verdadeira que eu tenho.
-Então valorize filho.
-Vou sim. – e então Draco subiu ao seu quarto e contou tudo para Hermione em carta. Os dias foram se passando e as férias cada vez mais perto de acabarem. Hermione acordou cedo no dia 25 de agosto porque iria ao Beco Diagonal comprar suas coisas para o 2º ano letivo de Hogwarts e estava super animada. Narcisa acordou Draco cedo porque queria levar ele ao Beco para suas comoras anuais para Hogwarts. Draco estava na loja de roupas vendo suas vestes, pois estava crescendo e suas roupas cada vez menores. Hermione estava na Farmácia Mullpeppers comprando seus ingredientes para as poções desse ano. Quando Hermione saiu da loja esbarrou em alguém.
-Mionee... – Gritou Draco vendo em quem batera, abraçou a morena.
-Oi Draco, tudo bem? – perguntou a garota envergonhada com as pessoas os olhando.
-Tudo sim e com você? – perguntou sorrindo.
-Tudo bem.
-Hermione, essa é minha mãe, Narcisa. – Falou apontando a mulher loira que estava ao seu lado.
-Prazer Sra. Malfoy – Falou estendendo a mão para Narcisa.
-Oh querida, me chame de Narcisa. E o prazer é todo meu, Draco fala muito de você. – Falou sorrindo e repetindo o gesto da garota.
-Não exagera mãe – falou Draco encabulado.
-Não estou exagerando meu filho. – falou sorrindo.
-Bom, tenho que ir, estou atrasada já. – falou Hermione envergonhada. – Meus pais estão me esperando em casa.
-Está bem querida, mande lembranças aos seus pais. – falou Narcisa abraçando a garota.
-Tchau Mione, a gente se vê em Hogwarts. – Falou Draco a abraçando.
-Tchau. – Então Hermione saiu andando envergonhada de ter conhecido a mãe de Draco.
Os dias continuaram passando e finalmente chegou o grande dia de voltar para Hogwarts, todos os alunos estavam animados com a volta, porém, duas pessoas estavam mais animadas que o normal, e nenhum deles sabia o porquê de tanta ansiedade de ver um ao outro. Chegando em Hogwarts Draco manda uma coruja para Hermione.
Sala Precisa em 10 minutos.
D.M
Hermione ficou animada em vê-lo logo no primeiro dia, deu uma ajeitada em seus cabelos e foi até a sala precisa se encontrar com Draco. Quando Hermione entrou, a sala estava com algumas coisas diferentes. Draco havia colocado no jardim o chafariz que tinha no bairro de Hermione, e também tinha uma mesinha com duas cadeiras e alguns doces em cima.
-Oi Mione. Espero que você não se importe de eu ter colocado algumas coisas a mais aqui. – falou ele a abraçando.
-Oi Draco. – falou retribuindo o abraço. – É claro que não, ficou lindo e me lembra um pouco de casa, e isso é bom. – falou sorrindo.
-Estava com saudade Mione.
-Eu também, estava muito ansiosa para chegar até Hogwarts e te ver novamente.
Draco sorriu e a dirigiu até a mesa onde estavam os doces, passaram o dia conversando e comendo doces. Cinco dias depois que as aulas haviam começado Hermione estava em seu dormitório quando a coruja de Draco entra pela janela.
Hermione, tenho novidades. Entrei para o time de quadribol. Não é maravilhoso? Queria que você tivesse visto meu teste. Bem, é isso, você deve estar estudando não é?
D.M
Hermione sorriu ao ler que ele sabia exatamente o que ela estava fazendo.
Dracooo... Parabéns, queria muito ter visto seu teste. Sei que você vai se dar bem como apanhador. Sim, estou estudando. Como adivinhou? HAHA
H.G.
Draco logo envia outra carta
Ué, você só sabe estudar morena, é assim que eu sei tudo que está fazendo. Vou deixar você estudar. Nos vemos nos intervalos.
D.M
Hermione continuou fazendo seu relatório para o Snape sobre a poção para cura de furúnculos. No outro dia havia treino de quadribol de Harry e ela e Rony iriam assistir. Quando chegam no campo o time da sonserina está treinando.
-Esse é nosso horário de treino – disse Wood, capitão do time da grifinória.
-Oras, nós temos liberação para treinar nesse horário – falou o capitão da sonserina.
-Quem deu essa liberação?
-Professor Snape, é claro. – zombou o sonserino. – E é melhor saírem logo do campo, se não vou avisar o diretor que estavam interrompendo nosso treino e perderão pontos no campeonato e mal começou.
-Virou apanhador Malfoy? – perguntou Harry Zombeteiro.
-Sim, e vamos acabar com a grifinória no campeonato. – respondeu o loiro.
-Ah, claro... só nos seus melhores sonhos Malfoy. – revidou Rony.
-É melhor ficar quieto cabeça de cenoura – falou Draco.
-Chega de discussão. – falou Hermione irritada.
-E você acha que vamos obedecer a uma sangue ruim que tem você? – falou o capitão da sonserina.
-Cala a boca, não chame ela assim – Falou Draco, no que todos o olharam.
-Que foi Draco? Está virando um traidor do sangue igual o Weasley? Seu pai não vai gostar nada de saber disso. – falou o capitão.
-Cala a boca. Não to defendendo ninguém, vamos treinar. – e saiu em direção ao campo, onde todos o seguiram.
Na hora do almoço Hermione recebe uma carta, reconheceu a coruja de Draco.
Sala Precisa. 13:00 hrs.
D.M
A morena sorriu, queria ver ele e lhe agradecer por tê-la defendido no campo naquela manhã. Faltando 15 minutos pras 13 hrs Hermione seguiu em direção ao 7º andar e entrou na sala. Estava do mesmo jeito que da ultima vez, o banco, a mesa, o chafariz, e o lago com a árvore, obvio.
-Draco, eu queria lhe agradecer por hoje. – falou a morena chegando perto.
-Não tem o que agradecer Hermione, to cansado de ficarem te chamando de sangue ruim. Isso é ridículo – falou a abraçando. – Estava com saudade.
-Eu também. Como foi sua semana? – perguntou sorrindo.
-Boa, cheia de tarefas, e a sua?
-Cansativa também. Os professores estão abusando nos deveres. – falou olhando o lago.
-Concordo. – falou sorrindo. Draco a observava. Cada centímetro de seu rosto, ele a conhecia mais que todos. Seus sorrisos, seus rubores, suas irritações. Tudo era perfeito.
-O que ta olhando Draco? – perguntou Hermione envergonhada?
-Você.
-Por quê?
-Porque você é bonita. – respondeu corando.
-Você me deixa envergonhada assim. – falou desviando o olhar.
Draco apenas riu baixinho e passou a observar o lago. Hermione ficara pensando em porque Draco falara aquilo, será que ele gosta dela? Será que ela gosta dele? O que é aquilo que cresce a cada segundo dentro dela? Será que ele sente a mesma coisa? Será... Será... Será... essa dúvida que maltratava Hermione a algum tempo. Um dia ela tomaria coragem e lhe falaria o que pensa, e o que acha que sente, enquanto isso, ela fica como a boa e velha amiga de sempre. Como toda vez que se encontravam na Sala Precisa, ficaram um tempão conversando sobre diversas coisas e nem se preocuparam com a hora, quando viram já passara da hora de recolher, Hermione e Draco seguiram seu caminho até suas respectivas salas comunais.
Hermione, Harry e Rony estavam andando por um dos corredores da escola e Harry começou a escutar voses “Rasgar... Romper... Matar... Sinto cheio de sangue... Tanta fome... Tanto tempo...” e Harry começou a seguir a voz quando viram no chão um poça, quando olharam para cima viram Madame Nor-r-ra com os dizeres:
A CAMARA SECRETA FOI ABERTA
INIMIGOS DO HERDEIRO CUIDADO
Como era festa de aniversário de morte do Nick Quase sem Cabeça, todos estavam subindo as escadas e podia-se ouvir vários pés vindo em direção ao local onde estavam.
Filch chegou perto.
-Minha gata, o que vocês fizeram com a minha gata? Vocês vão pagar pelo que fizeram com ela, seus garotos medíocres. – Falava Filch apontando os dedos para os três que os olhavam assustados. Com a chegada de Dumbledore ao local a multidão foi diminuindo até que só sobrassem os três e os professores. Ninguém estava entendendo mais nada. Apenas quem vivenciara a 50 anos a ultima abertura da camara secreta que sabia o que estava acontecendo. Os três garotos não faziam nem ideia do que havia acontecido e porque estavam todos amedrontados olhando as palavras que continuavam fortes nas paredes. Mal sabiam eles que isto estava apenas começando.
Os ataques continuaram, Colin, Justino, Nick Quase sem Cabeça, a monitora da Corvinal. Todos petrificados. Hermione estava na biblioteca pesquisando sobre basiliscos, que era o que ela achava que estava causando todas as petrificações, quando olhou em seu espelho e viu seus olhos cor de fogo a olhando, Hermione petrificou na hora. Foi encontrada pela bibliotecária e levada a ala hospitalar. Harry e Rony ficaram muito tempo ao lado da amiga, quando encontraram um papel e a morena segurava que dizia:
Das muitas feras e monstros medonhos que vagam pela nossa terra não há nenhum mais curioso ou mortal do que o basilisco, também conhecido como rei das serpentes.
Esta cobra, que pode alcançar um tamanho gigantesco e viver centenas de anos, nasce de um ovo de galinha, chocado por uma rã. Seus métodos de matar são os mais espantosos, pois além das presas letais e venenosas, o basilisco tem um olhar mortífero, e todos que são fixados pelos seus olhos sofrem morte instantânea. As aranhas fogem do basilisco, pois é seu inimigo mortal e o basilisco foge apenas do canto do galo, que lhe é fatal.
E, no pé da página, uma única palavra fora escrita numa caligrafia que Harry reconheceu ser de Mione. Canos. Era como se alguém tivesse acabado de acender uma luz em seu cérebro.
— Rony — sussurrou. — É isso. Isso é a resposta. O monstro na Câmara é um basilisco, uma cobra gigantesca! E por isso que andei ouvindo a voz por todo lado, e ninguém mais ouvia. É porque entendo a língua das cobras...
Harry ergueu os olhos para as camas à sua volta.
— O basilisco mata as pessoas com o olhar. Mas ninguém morreu, porque ninguém o encarou. Colin viu o bicho através da lente da máquina fotográfica. O basilisco queimou o filme que havia dentro, mas Colin só ficou petrificado. Justino... Justino deve ter visto o basilisco através do Nick Quase Sem Cabeça! Nick recebeu todo o impacto, mas não podia morrer novamente... E Mione e aquela monitora da Corvinal foram encontradas com um espelho ao lado delas. Mione acabara de perceber que o monstro era um basilisco. Aposto o que você quiser que ela preveniu a primeira pessoa que encontrou para antes de virar um canto, primeiro olhar o outro lado com um espelho! E aquela garota tirou o espelho da mochila... E...
O queixo de Rony caíra.
— E Madame Nor-r-ra? — perguntou, ansioso.
Harry pensou bastante, imaginando a cena na noite da festa das bruxas.
— A água... — disse lentamente. — A inundação do banheiro da Murta Que Geme. Aposto como Madame Nor-r-ra só viu o reflexo...
Harry examinou a página que tinha na mão, pressuroso.
Quanto mais lia, mais ela fazia sentido.
— “O canto do galo... Lhe é letal!"— leu ele em voz alta. — Os galos de Hagrid foram mortos! O herdeiro de Slytherin não queria nenhum perto do castelo quando a Câmara fosse aberta! As aranhas fogem do basilisco! Tudo se encaixa!
— Mas como é que o basilisco anda circulando pelo castelo? — perguntou Rony. — Uma cobra gigantesca... Alguém a teria visto...
Harry, porém, apontou para a palavra que Mione escrevera no pé da página.
— Canos. Canos... Rony, ela está usando os canos. Tenho ouvido aquela voz dentro das paredes...
Rony agarrou de repente o braço de Harry.
— A entrada para a Câmara Secreta! — disse com a voz rouca.
— E se for um banheiro? E se for o...
— Banheiro da Murta Que Geme — completou Harry.
Os dois ficaram sentados ali, a excitação circulando com rapidez pelo corpo, mal conseguindo acreditar.
— Isto significa — disse Harry — que não devo ser o único a falar a língua das cobras na escola. O herdeiro de Slytherin deve ser outro que fala também. É assim que ele controla o basilisco. (N/A: essa parte foi tirada do livro, porque bem... não pudia faltar :B )
Harry e Rony foram atrás de MCgonagal quando ouviram sua voz amplificada pelos corredores:
"Todos os alunos voltem imediatamente aos dormitórios de suas casas”.
“Todos os professores voltem à sala de professores. Imediatamente, por favor”.
Harry virou-se para encarar Rony.
— Não outro ataque! Não agora!
— Que vamos fazer? — disse Rony horrorizado. — Voltar ao dormitório?
— Não — disse Harry, olhando à sua volta. Havia um tipo feio de guarda-roupa à sua esquerda, onde guardavam as capas dos professores. — Ali dentro. Vamos ouvir o que foi. Depois podemos contar o que descobrimos.
Os garotos se esconderam dentro do armário, escutando o barulho de centenas de pessoas andando no andar de cima e a porta da sala de professores se abrir e bater. Do meio das dobras mofadas das capas, observaram os professores chegarem um a um. Alguns pareciam intrigados, outros completamente apavorados. Então chegou a Profª. McGonagall.
— Aconteceu — disse ela na sala silenciosa. — Uma aluna foi levada pelo monstro. Para a Câmara.
O Profº. Flitwick deixou escapar um grito fino. A Profª. Sprout tampou a boca com as mãos. Snape agarrou com muita força o espaldar de uma cadeira e perguntou:
— Como você pode ter certeza?
— O herdeiro de Slytherin — disse a professora muito pálida — deixou outra mensagem. Logo abaixo da primeira.
"O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre.”
O Profº. Flitwick rompeu em lágrimas.
— Quem foi? — perguntou Madame Hooch, que afundara, com os joelhos bambos, numa cadeira. — Que aluna?
— Gina Weasley — respondeu McGonagall.
Harry sentiu Rony escorregar silenciosamente para o chão do armário do lado dele.
— Teremos que mandar todos os alunos para casa amanhã — continuou ela. — Isto é o fim de Hogwarts. Dumbledore sempre disse...
Harry e Rony voltaram para seus dormitórios, Rony não conseguia pronunciar nenhuma palavra, estava “pretificado”, não conseguia pensar, estava desesperado, com medo, como seria se acontecesse algo com sua irmã caçula? Seus pais nunca o perdoariam.
Draco aproveitou toda essa bagunça para ir ficar com Hermione na ala hospitalar. Segurou suas mãos. Uma lágrima solitária escorreu em seu rosto até se esconder na gola de suas vestes. Draco não poderia acreditar no que estava acontecendo, poderia ser qualquer um, menos Hermione. Porque não foi ele? Ele preferia mil vezes estar naquele lugar do que ela. Não poderia deixar nada acontecer com ela, ele não poderia. Mas afinal, o que ele poderia contra um ser tão forte quanto um basilisco?
Os dias se passaram e Harry e Rony não sabiam o que fazer, então decidiram ir até o banheiro da Murta verificar se era a entrada da camara. Quando chegaram no banheiro a Murta estava fazendo escândalo, como sempre.
-Vai Harry, fala pra ela abrir. – falou Rony o olhando esperançoso.
-“Abra” – disse Harry, mas ao invés da palavra saiu um assovio, e o conjunto de pias se abriu e nele se mostrou um poço fundo e escuro.
-Vou descer – disse Harry.
-Você ta maluco? – falou Rony desesperado.
-Tenho que pegar a Gina, e eu sou o único que consigo falar com cobras. Eu preciso salvar a Gina. – repetiu.
-Eu vou com você. – Falou Rony. Os dois então desceram pela camara secreta. Encontraram obstáculos, mas nada muito difícil de se vencer. Rony ficou com o professor Lockhart que descera junto. Harry seguiu caminho, encontrando a entrada de um cano. – “Abra” – disse novamente. Então a passagem se abriu e Harry entrou em um lugar enorme, molhado e com canos por todos os lados. Foi então que Harry avistou um corpo no chão. – Gina! – Gritou e saiu correndo. – Gina, acorda. Por favor, acorda. – Falava. A garota estava com os lábios roxos e estava fria. Quando sai uma pessoa por um cano, Harry não o reconhece. – Quem é você? Porque você abriu a camara novamente? Porque pegou a Gina? – Perguntou Harry com Gina ainda em seus braços.
-Calma garoto, vou me apresentar. – O garoto pegou uma varinha e escreveu seu nome no ar “TOM MARVOLO RIDDLE” e com um aceno de varinha as letras se misturaram “LORD VOLDEMORT”. Harry não acreditava no que estava vendo. – Agora sabe quem eu sou, menino-que-sobreviveu? – Perguntou ironicamente. – Voldemort pronunciou algumas palavras em língua de cobra e um basilisco enorme saiu de um cano em direção a Harry, ele saiu correndo e escorregou em uma poça, quando ouviu um pio de pássaro, era Falkes, a fênix de Dumbledore, trazendo o chapéu seletor. Jogou o chapéu em frente a Harry e foi para cima do basilisco o cegando.
-É isso que seu querido diretor lhe manda? Uma ave com um chapéu ridículo? – risos – Esperava mais de Dumbledore.
Harry saiu correndo com o basilisco atrás dele. Entrou por canos, e por algum tempo se escondeu. O basilisco passou por Harry e não percebeu onde ele estava, Harry aproveitou e voltou para onde estava Gina. –Acorde ela – falou para Voldemort.
-Ela ficará aqui para sempre, menino tolo. – Falou sorrindo. O basilisco então volta. Harry sem saber o que fazer olha em volta. Sai uma luz do chapéu seletor e ele vê uma espada, corre para pegar. Luta contra o basilisco, Harry consegue fincar a espada na garganta do monstro, mas uma presa fica em seu braço.
-NÃO, O QUE VOCÊ FEZ? VOCÊ PAGARÁ POR ISSO HARRY POTTER! – falou Voldemort. Harry então pega o diário que estava ao lado de Gina e o fura com a presa do basilisco. A imagem de Tom Riddle que estava em sua frente começou a se fragmentar até só sobrar pó. Harry olha para Gina e a vê acordando.
-Graças a Merlin você está bem. – disse Harry a abraçando.
-Harry? Onde estamos? O que estamos fazendo aqui? – disse a ruiva corando.
-Te explico quando sairmos daqui. – Harry a levou para onde estava Rony, os dois saíram da camara secreta e a levaram até a ala hospitalar onde se encontravam os alunos ainda petrificados. Madame Ponfrey cuidou dos ferimentos de Harry e Rony e começou a examinar a caçula Weasley.
Começaram então a despetrificar os alunos, Hermione acordou e encontrou um bilhete ao seu lado.
Sala Precisa quando puder, estarei lá.
D.M
Hermione saiu correndo e foi até a sala. Entrou devagar e encontrou Draco sentado a beira do lago o olhando sem emoção alguma.
-Um beijo pelos seus pensamentos – sussurrou ao seu ouvido. Draco virou assustado.
-Hermione!! Graças a Merlin você está bem. – Falou a abraçando.
-Calma Draco, só fui petrificada, estou bem. JURO! – falou sorrindo.
-Que bom que está bem, não me imaginaria sem você.
Hermione corou. – Tenho que ir Draco, devem estar me esperando na sala comunal. A gente se fala ok? Te mando uma coruja quando me deixarem em paz para a gente se ver e conversar. – falou sorrindo para o loiro.
-Ta bom Hermione, eu só queria saber se você estava bem mesmo. Vai lá, e me mande notícias. – falou a abraçando.
Hermione seguiu até a sala comunal.
-HERMIONE! – falou dois garotos que correram até a morena e lhe abraçaram. – Que bom que você está bem. – disse Harry.
-Sim, estou bem. Então vocês conseguiram derrotar um basilisco. E a Gina tinha sido sequestrada? Quanta coisa aconteceu enquanto eu estive petrificada. – falou abismada.
-Sim Mione, conseguimos... mas não sem a sua ajuda. – falou Rony. – Devo a vida de Gina a você e ao Harry.
-Não precisa agradecer. – falou a morena sorrindo.
Depois que se passaram os boatos o ano seguiu normalmente. Finais de semana Hermione e Draco passavam na sala precisa conversando ou só na presença um do outro, era só o que precisavam. Um dia antes dos fins das aulas eles estavam na mesma sala, com o mesmo aspecto.
-Então, férias. – falou o loiro cabisbaixo.
-Sim, férias, descanso.
-Vou ficar com saudades, Mione. – falou.
-Eu também Draco. – falou a morena o abraçando. – Você vai me escrever não é?
-Claro, todo dia e sempre que possível. Talvez vá te visitar novamente, se minha mãe conseguir me dar cobertura. – falou sorrindo.
-Ok, mas avise para minha mãe preparar bolo.
-Pode deixar. Agora temos que ir, está tarde e o trem parte cedo. Tchau Hermione. – falou a abraçando novamente.
-Tchau Draco, até.
Hermione e Draco seguiram seu caminho.
Mais uma vez se separando para longos 2 meses e meio. Cada um com seus conflitos interiores e com sua saudade acumulando. Mal sabiam eles que essa amizade estava se tornando bem mais que só amizade.
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N/A: mais um cap fresquinho para vocês. Espero que estejam gostando da Fic... esse comecinho ta meio chato... mas a partir do proximo cap as coisas vão melhorar, pode ter certeza. :))
Beeijos, cats! ;**
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