Chapter I-IV



Chapter I-IV – Frederica Bernkastel e Lord Voldemort


 


Parte 1


 


- Senhoras e senhores, dentro de cinco minutos, vou pedir a todos que se encaminhem para o estádio de quadribol para assistir à terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo. Os campeões, por favor, queiram acompanhar o Sr. Bagman ao estádio agora.


Harry deu um rápido beijo em Luna e se levantou. Todos os colegas da Grifinória o aplaudiram; os Weasley e Hermione lhe desejaram boa sorte e ele se dirigiu à porta do Salão Principal com Cedrico, Fleur e Krum.


- Está se sentindo bem, Harry? - perguntou Bagman, quando desciam os degraus da entrada para os jardins. - Confiante?


- Estou OK.. - Era um pouco verdade; estava nervoso, mas não parava de repassar mentalmente todas as azarações e feitiços que praticara enquanto andavam, e a idéia de que era capaz de lembrar de todos eles o fazia se sentir melhor.


Os campeões entraram no estádio de quadribol, que estava totalmente irreconhecível. Uma sebe de seis metros corria a toda volta. Havia uma abertura bem diante deles: a entrada para o imenso labirinto. A passagem além parecia escura e sinistra.


Cinco minutos mais tarde, as arquibancadas começaram a se encher; o ar vibrou com as vozes excitadas e o ruído dos pés de centenas de estudantes que ocupavam seus lugares. O céu se tornara azul profundo e límpido, e as primeiras estrelas começavam a surgir. Hagrid, o Prof. Ushiromiya, a Profa Minerva, Beatrice e o Prof. Flitwick entraram no estádio e se aproximaram de Bagman e dos campeões. Usavam grandes estrelas vermelhas e luminosas nos chapéus, todos, exceto Hagrid, que carregava a dele nas costas do colete de pele de toupeira.


- Vamos patrulhar o lado externo do labirinto - disse a professora aos campeões. - Se estiverem em apuros, e quiserem ser socorridos, disparem faíscas vermelhas para o ar e um de nós irá buscá-los, entenderam?


Os campeões confirmaram com um aceno de cabeça.


- Podem começar, então! - disse Bagman, animado, para os quatro patrulheiros.


- Boa sorte, Harry - sussurrou Hagrid, e os quatro saíram em diferentes direções para se postar em torno do labirinto. Bagman, então, apontou a varinha para a garganta e murmurou "Sonorus", e sua voz magicamente amplificada ressoou pelas arquibancadas.


- Senhoras e senhores, a terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo está prestes a começar! Deixe-me lembrar a todos o placar atual! Empatados em primeiro lugar, com oitenta e cinco pontos cada - o Sr. Cedrico e o Sr. Harry Potter, os dois da Escola de Hogwarts! - Os vivas e as palmas fizeram os pássaros sairem voando da Floresta Proibida para o céu crepuscular. - Em segundo lugar, com oitenta pontos - o Sr. Vítor Krum, do Instituto Durmstrang! - Mais aplausos. - E, em terceiro lugar - a Srta. Fleur Delacour, da Academia de Beauxbatons!


Harry conseguiu apenas reconhecer a Sra. Weasley, Guy, Rony, Luna e Hermione aplaudindo Fleur educadamente, mais ou menos no meio das arquibancadas. Ele acenou para os amigos e namorada que retribuiram o aceno, sorrindo.


- Então... quando eu apitar, Harry e Cedrico! - Anunciou Bagman. - Três - dois - um...


O bruxo soprou com força o apito e Harry e Cedrico correram para a entrada do labirinto.


As sebes altaneiras lançavam sombras escuras sobre a trilha e, talvez porque fossem tão altas e densas ou porque fossem encantadas, o barulho dos espectadores que as cercavam silenciou no instante em que os rapazes entraram no labirinto. Harry quase se


sentiu novamente embaixo da água. Puxou a varinha, murmurou:


- Lumus - e ouviu Cedrico fazer o mesmo atrás dele.


Depois de andarem uns cinquenta metros, os garotos chegaram a uma bifurcação. Entreolharam-se.


- Até mais - disse Harry e tomou a trilha da esquerda, enquanto Cedrico tomou a da direita.


Harry ouviu o apito de Bagman uma segunda vez. Krum acabara de entrar no labirinto. Harry se apressou. A trilha que escolhera parecia completamente deserta.


Ele se virou à direita e continuou depressa, mantendo a varinha acima da cabeça, tentando ver o mais longe possível. Mesmo assim, não havia nada à vista.


O apito de Bagman soou ao longe uma terceira vez. Todos os campeões agora estavam no interior do labirinto.


Harry não parava de olhar para trás. Tinha a sensação familiar de que alguém o vigiava. O labirinto foi ficando mais escuro a cada minuto que se passava, porque o céu no alto ia ganhando um matiz azul-marinho. Ele chegou a uma segunda bifurcação.


- Me oriente - sussurrou ele à varinha, segurando-a deitada na palma da mão.


A varinha fez um giro completo e apontou para a direita, para a sebe maciça. Para ali ficava o norte, e ele sabia que precisava seguir para noroeste para chegar ao centro do labirinto. Faria melhor se tomasse a trilha da esquerda e tornasse a seguir para a direita assim que pudesse.


A trilha à frente também estava vazia e quando Harry chegou a uma curva à direita e entrou por ela, encontrou mais uma vez o caminho livre. Harry não sabia o porquê, mas a falta de obstáculos começava a deixá-lo nervoso. Com certeza já deveria ter encontrado algum a essa altura? Tinha a impressão de que o labirinto o estava induzindo a uma falsa sensação de segurança. Então ouviu um movimento bem atrás dele. Ergueu a varinha, pronto a atacar, mas seu facho de luz recaiu sobre Cedrico, que acabara de sair correndo da trilha do lado direito. Cedrico parecia gravemente abalado. A manga de suas vestes fumegava.


- Os explosivins de Hagrid! - sibilou ele. - Estão enormes, escapei por um triz!


Cedrico sacudiu a cabeça e desapareceu de vista por outra trilha. Interessado em guardar uma boa distância entre ele próprio e os explosivins, Harry retomou depressa o seu caminho. Então, ao fazer uma curva ele viu...


Um dementador deslizava em sua direção. Três metros e meio de altura, o rosto oculto pelo capuz, as mãos podres e cobertas de feridas estendidas à frente, ele avançava às cegas, tateando em direção ao garoto. Harry ouviu sua respiração vibrante; sentiu um frio pegajoso se apoderar dele, mas sabia o que precisava fazer...


Chamou à mente a lembrança mais feliz que pôde, se concentrou com todas as forças na lembrança do dia em que ele e Luna começaram a namorar, ergueu a varinha e exclamou:


- Expecto Patronum!


Um veado prateado irrompeu da ponta da varinha de Harry e avançou à galope para o dementador, que recuou e tropeçou na barra das vestes... Harry nunca vira um dementador tropeçar.


- Espere ai! - gritou ele, avançando na cola do seu patrono prateado. - Você é um bicho-papão! Ridikulus!


Ouviu-se um grande estalo e o transformista explodiu, deixando atrás apenas uma fumacinha.


 


Parte 2


 


Cedrico pulou por cima do emaranhado de pernas da aranha para se juntar a Harry, que o encarou. Cedrico falava sério. Estava dando as costas a uma glória que a Casa da Lufa-Lufa não experimentava havia séculos. Glória essa que o fez atacar Harry, deixando um ferimento em seu braço esquerdo


- Anda - disse o rapaz. Dava a perceber que aquela atitude estava lhe custando cada centímetro de determinação que possuía, mas havia firmeza em seu rosto, cruzara os braços, parecia decidido.


- Os dois - disse Harry.


- Quê?


- Levamos a Taça ao mesmo tempo. Ainda é uma vitória Hogwarts. Empatamos.


Cedrico encarou Harry. Descruzou os braços.


- Você... Você tem certeza?


- Tenho. Tenho... Nós nos ajudamos, não foi? Nós dois chegamos aqui. Vamos levá-la, juntos.


Por um instante, Cedrico pareceu que não conseguia acreditar no que estava ouvindo; então seu rosto se abriu num sorriso.


- Negócio fechado. Venha até aqui.


Sem esperar que ele o chamasse uma segunda vez, Harry andou até Cedrico, e ambos foram até a Taça. Quando a alcançaram, os dois estenderam a mão para cada uma das asas.


- Quando eu disser três, certo? - disse Harry - Um... Dois... Três...


Ele e Cedrico apertaram as asas.


Instantaneamente, Harry sentiu um solavanco dentro do umbigo. Seus pés deixaram o chão. Ele não conseguiu soltar a mão da Taça Tribruxo; ela o puxava para diante, num vendaval colorido, Cedrico ao seu lado.


Harry sentiu seus pés baterem no chão; a perna machucada cedeu e ele caiu para a frente; por fim, sua mão soltou a Taça Tribruxo. Ele ergueu a cabeça.


- Onde estamos? – perguntou.


Cedrico sacudiu a cabeça. Levantou-se, ajudou Harry a ficar de pé e os dois olharam a toda volta.


Estavam inteiramente fora dos terrenos de Hogwarts; era óbvio que tinham viajado quilômetros - talvez centenas de quilômetros - porque até as montanhas que rodeavam o castelo haviam desaparecido. Em lugar de Hogwarts, os garotos se viam parados em um cemitério escuro e cheio de mato; para além de um grande teixo à direita podiam ver os contornos escuros de uma igrejinha. Um morro se erguia à esquerda. Muito mal, Harry conseguia discernir a silhueta escura de uma bela casa antiga na encosta do morro.


Cedrico olhou para a Taça Tribruxo e depois para Harry.


- Alguém lhe disse que a Taça era uma Chave de Portal? - perguntou.


- Não. - Harry examinou o cemitério. Estava profundamente silencioso e meio fantasmagórico. - Será que isto faz parte da tarefa?


- Não sei - respondeu Cedrico. Sua voz revelava um certo nervosismo. – Varinhas em punho, não acha melhor?


- É - disse Harry, satisfeito de que Cedrico tivesse sugerido isso por ele.


Os dois puxaram as varinhas. Harry não parava de olhar para todo lado. Tinha, mais uma vez, a estranha sensação de que estavam sendo observados.


- Vem alguém aí - disse de repente.


Apertando os olhos para enxergar na escuridão, eles divisaram um vulto que se aproximava, andando entre os túmulos sempre em sua direção. Antes que eles pudessem fazer qualquer coisa, um jato de luz roxa atingiu Harry, o derrubando. Durante alguns instantes, o vulto foi iluminado e Harry pode ver uma cascata de cabelos azuis.


De muito longe, acima de sua cabeça, ele ouviu uma voz fria e aguda dizer: "Mate o outro."


Um zunido, e uma segunda voz que arranhou o ar da noite:


- Avada Kedavra!


Harry ouviu alguma coisa pesada cair no chão ao seu lado.


Cedrico estava estatelado no chão ao seu lado, os braços e pernas abertos. Morto.


Por um segundo que continha toda a eternidade, Harry fitou o rosto do colega, seus olhos cinzentos abertos, vidrados e inexpressivos como as janelas de uma casa deserta, a boca entreaberta num esgar de surpresa. Então, antes que a mente de Harry pudesse aceitar o que seus olhos viam, antes que pudesse sentir alguma coisa além de atônita incredulidade, ele sentiu que alguém o levantava.


Agora haviam duas pessoas alem de Harry e o cadáver de Cedrico naquele cemitério, quando uma delas acendeu a varinha, Harry pode reconhece-los.


Rabicho, e aquela que havia colocado seu nome no cálice de fogo, Bernkastel.


Olhando com mais atenção, Harry percebeu que Rabicho carregava alguma coisa que ele não conseguiu identificar, talvez por ela estar embrulhada, ou por Bernkastel estar o levitando até uma lapide de marmore, o amarrando na mesma.


- Eu selei 80% do poder dele, se for fazer isso, então faça logo. – Disse Bernkastel a Rabicho antes de desaparecer.


O corpo de Cedrico se encontrava a uns seis metros de distância. Mais adiante, refulgindo à luz das estrelas, jazia a Taça Tribruxo. A varinha de Harry ficara caída no chão aos pés do rapaz. O fardo de roupas que Harry imaginara que fosse um bebê continuava ali perto, junto à lápide. Parecia estar se mexendo incomodado.


O garoto observou-o e sua cicatriz queimou de dor... e, de repente, ele concluiu que não queria ver o que estava naquelas roupas... Não queria que o fardo se abrisse... Harry ouviu, então, um ruído aos seus pés. Baixou os olhos e viu uma cobra gigantesca deslizando pelo capim, circulando em torno da lápide a que ele fora amarrado. A respiração asmática e rápida de Rabicho estava se tornando mais ruidosa agora. Parecia que arrastava alguma coisa pesada pelo chão. Então ele tornou a entrar no campo de visão de Harry e o garoto pôde ver que o bruxo empurrava um caldeirão de pedra para perto do túmulo. Continha alguma coisa que parecia água - Harry a ouviu sacudir - e era maior do que qualquer outro caldeirão que Harry já tivesse usado; sua circunferência era suficientemente grande para caber um adulto sentado.


A coisa embrulhada no fardo de vestes no chão se mexeu com mais insistência, como se estivesse tentando se desvencilhar. Agora Rabicho estava mexendo com uma varinha no fundo externo do caldeirão. De repente surgiram chamas sob a vasilha. A enorme cobra deslizou para longe mergulhando nas sombras.


O líquido no caldeirão parecia estar esquentando bem rápido. Sua superfície começou não somente a borbulhar, mas também a atirar para o alto faíscas incandescentes, como se estivesse em chamas. O vapor se adensou e borrou a silhueta de Rabicho que cuidava do fogo. Seus movimentos sob a capa se tornaram mais agitados. E Harry ouviu mais uma vez a voz aguda e fria.


- Ande depressa!


Toda a superfície da água estava iluminada pelas faíscas. Parecia cravejada de diamantes.


- Está pronta, meu amo.


- Agora... - disse a voz fria.


Rabicho abriu o fardo de vestes no chão, revelando o que havia nele, e Harry deixou escapar um grito.


Era como se Rabicho tivesse virado uma pedra e deixado à mostra algo feio, pegajoso e cego - mas pior, cem vezes pior. A coisa que Rabicho andara carregando tinha a forma de uma criança humana encolhida, só que Harry nunca vira nada que se parecesse menos com uma criança. Era pelada, de aparência escamosa, de uma cor preta avermelhada e crua. Os braços e pernas eram finos e fracos e o rosto – nenhuma criança viva jamais tivera um rosto daqueles - era plano e lembrava o de uma cobra, com olhos vermelhos e brilhantes.


A coisa tinha uma aparência quase desamparada; ela ergueu os braços magros e passou-os pelo pescoço de Rabicho e este a ergueu, Ao fazer isso, seu capuz caiu para trás e Harry viu, à claridade do fogo, a expressão de repugnância em seu rosto fraco e pálido, enquanto transportava a criatura para a borda do caldeirão.


Por um instante o garoto viu o rosto plano e maligno iluminar-se com as faíscas que dançavam na superfície da poção. Então Rabicho a depositou dentro do caldeirão; ouviu-se um silvo, e ela submergiu;


Harry escutou aquele corpinho frágil bater no fundo do caldeirão com um baque suave.


Tomara que se afogue, pensou o garoto, por favor... Tomara que se afogue...


Rabicho estava falando. Sua voz tremia, ele parecia assustadíssímo. Ergueu a varinha, fechou os olhos e falou para a noite.


- Osso do pai, dado sem saber, renove filho!


A superficie do túmulo aos pés do garoto rachou. Horrorizado, Harry observou um fiapo de poeira se erguer no ar à ordem de Rabicho, e cair suavemente no caldeirão.


A superfície diamantífera da água se dividiu e chiou; disparou faíscas para todo o lado e ficou um azul vivido e peçonhento.


Rabicho choramingou. Tirou um punhal longo, fino e brilhante de dentro das vestes.


Sua voz quebrou em soluços petrificados.


- Carne... do servo... da-da de bom grado... reanime... o seu amo.


Ele esticou a mão direita à frente - a mão em que faltava um dedo. Segurou o punhal com firmeza na mão esquerda e ergueu-o.


Harry percebeu o que Rabicho ia fazer um segundo antes acontecer - fechou os olhos com toda força que pôde, mas não conseguiu bloquear o grito que cortou a noite, e que o atravesso como se ele tivesse sido apunhalado também. Ouviu alguma coisa cair ao chão, ouviu a respiração ofegante e aflita de Rabicho, depois o ruído nauseante de alguma coisa tombar dentro do caldeirão. Harry não suportou olhar... mas a poção ficou vermelho-vivo e sua claridade atravessou suas pálpebras fechadas...


Rabicho ofegava e gemia de agonia. Somente quando Harry sentiu sua respiração aflita no próprio rosto é que percebeu que o bruxo estava bem diante dele.


- S-sangue do inimigo... Tirado à força... Ressuscite... Seu adversário.


Harry nada pôde fazer para impedir isso, estava muito bem amarrado... Procurando ver mais embaixo, lutando inutilmente contra as cordas que o prendiam, ele viu Rabicho, ainda ofegando de dor, apalpar o bolso à procura de um frasquinho que ele aproximou do ferimento de Harry para recolher o sangue.


O bruxo cambaleou de volta ao caldeirão com o sangue do garoto.


Despejou-o ali. O líquido no caldeirão ficou instantaneamente branco ofuscante. Concluída a tarefa, Rabicho se ajoelhou ao lado do caldeirão, depois deixou-se cair de lado e ficou deitado no chão, aninhando o toco sangrento de braço, arquejando e soluçando.


O caldeirão foi cozinhando, disparando faíscas em todas as direções, um branco tão branco que transformava todo o resto num negrume aveludado. Nada aconteceu...


Tomara que tenha se afogado - pensou Harry, tomara que tenha dado errado...


E então, de repente, as faíscas que subiam do caldeirão se extinguiram. Uma nuvem de vapor branco se ergueu, repolhuda e densa, tampando tudo que havia na frente de Harry, impedindo-o de continuar a ver Rabicho, Cedrico ou qualquer outra coisa exceto o vapor pairando no ar... Melou, pensou... se afogou... tomara... tomara que tenha morrido...


Mas, através da névoa à sua frente, ele viu, com um assomo gelado de terror, a silhueta escura de um homem, alto e esquelético, emergindo do caldeirão.


- Vista-me - disse a voz aguda e fria por trás do vapor, e Rabicho, soluçando e gemendo, ainda aninhando o braço mutilado, correu a apanhar as vestes negras no chão, levantou-se, ergueu o braço e colocou-as apenas com a mão existente por cima da cabeça do seu amo.


O homem magro saiu do caldeirão, com o olhar fixo em Harry... e o garoto mirou aquele rosto que assombrava seus pesadelos havia três anos. Mais branco do que um crânio, com olhos grandes e vermelhos, um nariz chato como o das cobras e fendas no lugar das narinas...


Lord Voldemort acabara de ressurgir.

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