Cap único – Simplesmente nós

Cap único – Simplesmente nós



Ok! É, ela admitia... Estava errada sobre não existir o par perfeito, Graças a Merlin!

Ela tinha seu par perfeito, o cúmplice ideal, o homem exato (e eu, Hermione Granger Potter, nunca teria imaginado que iriam agradecer a Carmem de... Não me interessa, não ter conseguido agüentar a situação. Nossa... Eu realmente me sinto satisfeita por falar isso!)...

Não é apenas aos olhos dela, céus! Todos já haviam reparado. Mas Harry e Mione estavam alheios, lá, andando de mãos dadas como simples e castos e bons amigos, conversando sobre qualquer banalidade (só pra não ficar longe), com longos abraços e caricias inocentes...



Oh! Como conseguiram ser tão... Tão... tão?!

Tão o que? Ora! Tão cegos, tão ingênuos, tão infantis, sim! Infantis, agiram precavidos, pareceria que haviam posto um muro ao redor dos seus olhos, um muro que não interferia na relação platônica deles, só impediam que, vamos dizer assim, ‘fluísse’, que crescesse para o que era pra ser.



A cegueira proposital deles chegava a incomodar as outras pessoas ao seu redor. Mas em verdade, era simples, para eles, ignorar as constantes quedas de pressão e a elevação, as súbitas rápidas batidas do coração, o corar, as mãos que repentina e freqüentemente se encontravam, sem atenção. Para que enxergar o que temiam? Para que se esforças para ver o que não queriam?



*Suspiro*



Bem, só se arrependiam de não terem sentido isto antes, mas... Agora, bem, agora... eles aproveitam para ‘repor’ o tempo perdido...



-Está me enrolando – brigaram em uníssono.



-Me conte a tal ‘coisa’ e eu te conto a minha – Harry pediu.



-Não é justo, você terá que saber de todo jeito o que tenho pra contar.



-Também terá que saber o meu.



-Você venceu – ela esfregou a testa. – É melhor assim. Bem, o assunto é, é que... Bom, é... – gaguejou. - Estou grávida – disse fracamente. Não acreditava que fora tão inconseqüente, com tantos métodos e...



Harry arregalou os olhos. Hermione gelou. Então ele deu um largo sorriso. – Você esta tentando dizer que... Que? – Nossa, ele estava abobado.



-Sim. – ela engoliu audível. - Mas se não...



Hermione sentiu o cheiro dele novamente invadi-la, e se viu pressa nos braços forte do moreno. E depois, de um arrepio, também se tocou que ele estava beijando-lhe o pescoço.



-Harry...



-Você arrasou meu coração – disse antes de seus lábios tocarem os dela. – Era isso que vim lhe dizer – As bocas se encontram, e apreciaram e saborearam e... - Xeque mate*...



Como pôde se privar dos lábios dele por todo esse tempo? Das suas mãos ágeis?Do carinho peculiar, da afinidade tão ampla que era quando os corpos se encontravam e se uniam em um só? Como não percebeu o verdadeiro amante e amor que era Harry Potter? Como não percebeu antes que ele era todo seu e que ela sempre, sempre... fora dele?

Ela só tinha uma pequena noção que estava sendo carregada, mas não se importava, onde quer que seu amigo a levasse, seria perfeito para ela, pois ele estaria lá...

Harry Potter sempre pensou que ‘felicidade’ não era algo que combinasse bem consigo, não até encontrar Hermione, não, até tornar-se seu amigo, seu melhor amigo, talvez um pouco seu aprendiz. Ele não entendia o que significava, mas foi só aflorar a amizade que de repente tornou-se ‘expert’ em ‘felicidade’... Como doía imaginar estar longe, parecia uma mistura de uma sede inacabável, insaciável e medo, medo, medo...



As emoções tomaram suas mentes naquele momento, ela não conseguia pensar em nada, só no quando era bom estar ali, principalmente por estar com ele... Tremeu involuntariamente por perceber o quão forte e duradouro era o seu sentimento, e como era verdadeiro... Ele estava tão leve, tão sereno, céus... Era ela [u], tinha certeza, era ela, a mulher da sua vida, a pessoa que queria sempre perto de si, que queria proteger e dar todo seu amor, o que ele achava ter e todo o resto que ele ainda descobriria... E que desenvolveria.



Olhando em seus olhos... Era certo, era certo. Simplesmente era. Inimaginável, inexplicável, incoerente para expressar em palavras, era só, simples, complexo, atemorizante, terno, verdadeiro, frio, quente, lindo, carinhoso, era... Era amor, unicamente correndo entre eles, dentro deles, ao redor. Eram dois que se transformavam em um, sempre, sempre, sempre... Era medo e aflição, era fogo e paixão, era carne, era alma, era sublime, era fascinante, era prazeroso, era estranho sentir tudo junto como num conjunto, num embrulho.



-E é isso que eu vim dizer... Que não agüentaria ficar mais como apenas um amigo, não quando senti tudo aquilo...



Ela fechou os olhos, eram doces aquelas palavras. E eram [u] pra ela . As mãos lentamente tocaram o rosto do amigo, do amante... Acariciando-o. Como expressaria a infinidade de emoções que lhe faziam jus agora? E Hermione só pôde sorrir...



*-* *-* *-*



É... Agora sim: felicidade, amor, companheirismo e, não poderia esquecer, ela tinha ao seu lado o [i]Homem Perfeito.

O que ela queria mais? Céus! Estava sentindo-se tão completa... Estava tão arrebatada pelo seu amor, tão eufórica!

Um mês depois da descoberta mais que maravilhosa de Harry:



-Olá, sou Ginevra Weasley, mais conhecida como Gina, e sou amiga, segunda melhor amiga da noiva, Perdendo apenas para o noivo... – se apresentou a uma mulher que chorava emocionada pelo fim da cerimônia.



-Olá... Eu, eu sou Alicia Nerf, uma prima de Hermione... – ela limpou o nariz. – ela estava tão linda não?! Oh! Que lindo par eles fazem!



“Estava escrito antes de se encontrarem, não... Era apenas pra ser”.



-Não sou dessas mulheres românticas, mas é bonita a histórias deles... E é claro, eu presenciei tudo. Eles eram tão confusos, não percebiam como era tão óbvia a situação onde se encontravam (de amor, cego, que não queria ser admitido, que não enxergava, que temia o que sempre foi e seria). De certa forma nunca foram só amigos...



-Como? – um homem loiro ao seu lado perguntou.



-É isso mesmo que quis dizer, soa louco, e é... Porque, sejamos francos Draco, aquela amizade era forte demais, - Gina balançou a cabeça. – para ficar só daquele jeito ‘de amiga cautelosa’ e ‘garoto preocupado’...

“Dizem que homem e mulher não ficam amigos, que sempre há um interesse de uma das partes (se não de ambas...), uma outra intenção, mesmo que imperceptível aos nossos olhos. No entanto com eles foi diferente, eram até ‘inocentes’ quando se tratava diretamente deles. Percebo agora, que nunca viram realmente o que há tempo era óbvio. Mesmo quando Hermione estava com Krum ou em todo o tempo em que Harry esteve noivo, eles já se amavam, e eu posso afirmar sinceramente que algumas vezes sentia um resquício de ciúmes nas diversas e freqüentes conversas brincalhonas ou não, deles. Certamente que eles nunca chegaram a imaginar ou sonhar que um dia estariam casados, talvez se beijando sim, mas cansados... Seria um exagero.”



A boca de Draco estava um pouco aberta até ele falar -Você deveria se tornar psicóloga sabe... – o homem falou irônico.



-Haha... Engraçadinho – Gina lhe deu um beijinho.



Draco olhou para a mulher e sorriu enviesado, era tão linda... Sua noiva, sua amante, sua companheira... – Com licença, Srta. – e tratou de levar Gina para longe dos olhos alheios. – Sinceramente Gina! Só você para me trazer aqui.



-Você pensa que engana a quem? – Gina disse erguendo uma de suas sobrancelhas. – Eu sei que você e Harry, estranhamente, se tornaram, como dizer? – ela fingiu pensar – suportáveis um aos olhos do outro – ele deu um muxoxo. Fazendo a ruivinha abrir um largo sorriso e enlaçar o pescoço do loiro. – Ah... Malfoy – ela sussurrou em seu ouvido – Você não quer a recompensa por se portar bem? – lhe beijou o pescoço.



Ele sorriu maliciosamente.



*-* *-* *-*

-Meus amigos! – Ronald Weasley chamou com os braços aberto e sempre com um sorriso grande no rosto. – Que saudade! Estou muito feliz por terem me convidado para ser um dos padrinhos. Fico muito satisfeito!



-É claro que sim, Rony, seu bobo! – Hermione sorriu beijando seu rosto e dando espaço para Harry, agora seu marido, poder abraçar o amigo.



-Nunca esqueceríamos de você! – Harry sorriu agora abraçado a Mione. – Realmente faz tempo... Não tanto que possa nos afastar, mas sim que choque um pouco a gente. Vê como em seis meses tudo mudou?



-Não Harry... Tudo se acertou – Rony respondeu sabiamente. – Ainda bem que perceberam... Não gostaria de ser Mione com o Krum – a mulher fez uma careta.



-Sabe que nem eu mesma Rony... Nem eu... – ela contestou, estalando um beijinho no rosto de Harry e enlaçando suas mãos as dele.



Como conseguiu se enganar por tanto tempo?

Ela não conseguia entender, se sentia mal de pensar que poderia não estar com Harry, se sentia mal por não enxergar o que todos já viam, se sentia irritada por ter perdido tempo, por ter se privado do amor daquele homem tão carinhoso, companheiro, amigo, confidente seu. Com tanta inteligente não pôde nem decifrar o que sentia?

Não... Ela só não queria, não queria ver o que estava ali, pra si, para sempre, cravado como um feitiço permanente, como sua sanidade eloqüente.



*-* *-* *-*

Um homem e uma mulher encontravam-se sentados, atônitos, de frente para um mulher que continuava com aquele irritante sorriso matreiro no rosto.



-Desculpe?



-Trigêmeos – ela abriu mais o sorriso, se é, claro, que é possível...



Eles se olharam, piscaram, e então sorriram bobos e orgulhosos. Três, três bebês!!!



-Mas...?

-Dois meninos e uma menina – a doutora respondeu prontamente antes que pudessem perguntar.



Suas bocas estavam meio abertas, estão tão contentes!



***

-Sim Gina, trigêmeos – Hermione repetiu pela qüinquagésima vez.



-Oh! Hermione! Que fofo! – ela pulou de joelhos na cama da amiga. – Eu, você já sabe! Quero ser madrinha! De todos!



-Mas Gina...



-Tudo bem, pode ser de só um – ela falou com uma voz de dar pena.



Hermione a olhou com um sorriso, suspirou e afirmou. – É claro Gina.



-Oh Merlin! Oh Merlin! – exclamava feliz. – obrigado Mione! – Sorriu radiante. -Mas então como está o quarto dos bebês? Só falta um mês, né? – disse olhando a barriga da amiga.



-Lanchinho! – um homem entrou com uma bandeja repleta de comidas e alguns doces e salgados.



-Ah. Harry não precisava... Assim eu vou ficar mais que uma bola – Hermione olhou tristemente para ele.



Este só ergueu a sobrancelha. – Ah! Querida. Você não está uma bola. Está tão linda! E mais linda e mais linda... – falou flertando e acariciando a barriga da esposa.



-Ele não mente bem? – perguntou sorrindo com as mãos no rosto de Harry e olhando para a amiga. Gina apenas ficou quieta, sorrindo.



A casa era majestosamente grande, num bairro trouxa elegante, de um bom gosto irrefutável. Haviam escolhido tudo juntos e parecia que fora a dedo... Às vezes Gina se perguntava se eles eram o casal perfeito, se aquela coisa de se entender tão bem vinha com o tempo ou se aquele amor era apenas pra ser, que já estava escrito, que já estava previsto...

Não era difícil ver a transparência que era a felicidade deles. Estava na casa há algumas horas, e Harry e Hermione pouco de separavam, e parecia que nenhum dos dois percebia isso.



-Aqui Gina, coma comigo. O Harry pôs para gente. – este balançou a cabeça confirmando.



-Não muito obrigada. Não to com fome Mione. Mas me diz, como está o quarto.



^x^x^x^x^x^x^x^



Um ano e quatro meses depois:



-Oh! Gina você está linda! – Hermione abraçava a amiga, grávida.



-Obrigada Mione... – falou suspirando. – Estou tão cansada... Você não sabe o quanto de dor nas costas estou sentindo!



-Venha sente-se! – Hermione disse rapidamente a guiando ao sofá. - Olá Draco.



-Olá.



-O Harry está lá em cima. Com as crianças – Hermione disse antes que Draco perguntasse.



-Vou lá – ele deu um beijinho na testa de Gina e subiu.



***



-Gina queria vir aqui de qualquer modo! Tentei a convencer de ficar em casa, estava com uma dor nas costas terrível, mas veja como ela me escuta... – Draco reclamou.



-É Draco. Você mudou mesmo.



-Não ‘Potter’ – falou erguendo a sobrancelha.



Harry apenas sorriu do sarcasmo do loiro. Querendo ou não, ele estava mais flexível, mas sarcástico. O relacionamento com Gina era complicado, os dois tinham personalidades fortes, nem sempre cediam e tornava o casamento em brigas e reconciliações.



Eles desceram as escadas, Harry segurava dois meninos e Draco uma menina.



Hermione e Gina sorriram.

As crianças eram as coisas mais lindas e fofas que já tiveram noticias... Todos tinham os olhos verdes tão mais intensos quanto os do pai.

A menininha, chamava-se Ingrid, tinhas os cabelos muito negros e o cabelos em definidos cachos (linda). Já os meninos, Thales e Kaio, tinham os cabelos castanhos, como a mãe, e cacheados, pareciam anjinhos.

Eram crianças carinhosas, inteligentes, educadas e muito arteiras. Gina e Draco eram os padrinhos de Ingrid. Rony e Luna de Kaio. E Remo e Tonks de Thales.



-Eu fico imaginando quando o meu bebê chegar...



-Você vai adorar, Ginny... – Harry disse distraidamente, sentado no chão (tapete), enquanto colocava Ingrid em pé em seu colo, a menina sorria brincando com os cabelos rebeldes do pai. Hermione confirmou, esta brincava com os meninos.



-É maravilhoso – disse olhando-a - Não ponha isso na boca Kaio – Hermione disse calmamente ao garotinho, este sorriu sem graça e colocou a peça no mesmo lugar.



Gina e Draco ficaram ali, observando aquela família feliz, esperando que a sua família fosse tão harmoniosa.

*-* *-* *-*



Harry e Hermione estavam no quarto das crianças, era todo em tons claros. Cheios de ursos de pelúcia, bonecos e bonecas, brinquedos. Havia um sofá branco onde Harry e Hermione acalentavam as crianças, havia também uma estante de mármore com livros de historinhas, o armário (branco também) onde guardavam as roupas das crianças. Os berços que se diferenciavam, O de Thales era verde, o de Kaio era azul e o de Ingrid era lilás, que contrastava com a cor branca.

Elas dormiam calmamente e os pais estavam no sofá abraçados, as cabeças juntas, de mãos dadas, sonolentos, sentindo apenas as suas respirações tranqüilas e rasas. Cansados, no entanto felizes com a calmaria... Haviam estado com os filhos o dia inteiro.

E eles sempre estariam justos, sempre, sempre e sempre... Com um beijo selaram a promessa silenciosa que fizeram antes mesmo de saberem que seriam amantes, de serem marido e mulher, de serem um. Quando eram amigos, quando prometeram nunca se distanciar, e eles cumpriram, e o fariam... E nem a morte os separariam...



Fim^^



*-* *-* *-*



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*Pequena correção (^^’), tinha posto errado na outra parte do short...

É eu sei gente, não ficou tão legal como o primeiro, mas eu tentei ^^!

Espero que gostem!

Foi até legal fazer esse ‘bônus’...

Nussa como eu to romântica...¬¬’

Desculpe mesmo pela repetição do ‘sempre’ e das outras (^^’) palavras, mas eu tinha mesmo que usar essas palavras...

Beijinhos e comentem tá, por favor!

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