– Ala Hospitalar



Capítulo 5 – Ala Hospitalar


Imagens retorcidas e clarões eram o que Hermione via ao abrir lentamente os olhos, sua cabeça doía, provavelmente pelo tombo que levara, logo reconheceu o local, a ala hospitalar, ultimamente a freqüentava bastante. Na cama ao lado, um loiro com o rosto inchado adormecia, ela estava confusa e sem entender, tudo que lembrava era da discussão com Malfoy e do tombo que levara.

A menina inclinou o rosto para o lado olhando diretamente para Draco, seu rosto estava virado da direção da garota, nem percebeu que o loiro de cara inchada a sua frente despertava e a mirava.

- O que foi Granger? Admirando a minha beleza? - a menina voltou a si e o fitou.
- Há! Não sei como você ficou assim, mas caso você anda não tenha visto, o seu rosto ta todo roxo e inchado.
- É, sei, mas isso vai passar daqui a algum tempo e se já estando desse jeito você não tira os olhos de mim, imagina quando voltar ao normal.
- Ai garoto como você consegue ser tão insuportavelmente chato e irritante! – gritou ela.

- Realista.
- Convencido.
- Sincero.
- Você se acha!
- Eu posso.
- Ai! Sai daqui! – ela gritou super irritada enquanto ele simplesmente ria.

Madame Pomfrey entra neste momento.

- Bem, vocês já acordaram! – falou ela com um tom de voz doce.
- Já sim – retorquiu Hermione – agora já posso ir embora?
- Lógico que não! Amanhã vocês terão alta.
- Han? Passar a noite na ala hospitalar ainda é aceitável, mas com ele, é pedir pra acontecer um suicídio!

- Vamos Granger, já passamos uma noite aqui e você superou muito bem, deve até ta querendo repetir a dose.

- Aaaaaaiiiiiiii! Não me lembra disso!
- Fala a verdade, bem que você gostou.
- Não gostei!
- Amou!
- Odiei!
- Vamos parem já de brigar vocês dois! – disse Madame Pomfrey enfiando sem dó nem piedade uma colher cheia de remédio na boca de Draco e depois na de Hermione.

Os dois fizeram caretas, pois o remédio tinha gosto de espinafre.

- Odeio espinafre – falaram os dois juntos. Entreolharam-se.
- Vou ter que resolver uns problemas com Alvo, tomem essas ampulhetas, elas irão apitar de 6 em 6 horas e vocês deverão tomar seus remédios sem falta!

Quando ela estava saindo, Harry, Rony e Gina entraram.
- Oi Mione – falaram em coro.

Harry fitou Draco sem disfarçar.

- O que foi Potter? Quer se declarar?
- Na verdade te socar!
- Hahaha – Rony rio – Harry você fé um belo estrago no rosto dele.

- Cala a boca Weasley!
- Vem calar!
- Gente! Nós viemos aqui ver a Mione – interrompeu Gina.
- Será que algum de vocês poderia me explicar como eu vim parar aqui?

- É uma boa hora pro Malfoy explicar o que fez com você! – falou Harry.

- Ela simplesmente escorregou e desmaiou! – gritou Draco.
- É mentira sua! – retorquiu Harry.
- Não, é verdade – concluiu Hermione – disso eu lembro.
Harry contou-lhe todo o ocorrido, Gina havia entregado a Hermione uma muda de roupas e um livro. Conversavam amigavelmente até Draco fazer alguma gracinha e eles começavam a discutir. Tiveram que ir embora para assistir as aulas do dia.

Para felicidade de Hermione, ela adormeceu uma boa parte do dia, só acordou quando a ampulheta soou para tomar seu remédio. Sem ao menos olhar para o lado, pegou seu livro e começou a lê-lo.

- Cuidado hein! Um dia um desses livros vai te abduzir! Não que alguém vá sentir sua falta, mas...

- Bem, você deveria ficar feliz se isso acontecesse, a menos que você não consiga viver sem mim... Nossa essa sua modéstia pega.
- Logo vi, mas, por favor, não se iluda e... Será que da pra largar esse livro idiota? – gritou ele.

- Você está ficando maluco é Malfoy? Não que você nunca tenha sido – e levantou-se para ir ao banheiro.

“Como? Como ela consegue me ignorar? Qualquer menina de Hogwarts daria tudo para estar no lugar dela e ela simplesmente me ignora não me olha, e prefere ficar lendo uma porcaria de livro, será que estou perdendo a minha beleza? Meu charme? Não! (ele começou a murmurar sem perceber) será que meus cabelos estão escurecendo?”.

- Agora deu de ficar falando sozinho é? O que você ta murmurando aí?

- Não é da sua conta!
Mal ela deitou-se na cama e quem entra na ala hospitalar? Pansy Parkinson.
- Draquinho! – gritou ela com uma voz fina de doer os ouvidos.
Olhou para Hermione com nojo, enquanto a mesma continuava a ler seu livro.

- Ai! O que aconteceu com o seu rostinho?
- Nada.
- Ta todo...
- Eu sei.
- Trouxe uma roupa pra você...
- Deixa aí do lado da cama.
- Você quer que eu pegue algo pra você no jantar?
- Não precisa.
- Ah... Tem comida na mochila.
- Ta.
- Você quer minha companhia?
- Não precisa, pode ir.
- Queria ficar com você...
- Já disse que não precisa.
- O que você tem? – gritou dessa vez que até Hermione que fingia não estar prestando atenção na conversa abaixou o livro.

- Quem te deu o direito de gritar comigo?
- E você Granger o que ta olhando?
- Você se humilhando pra ele.
- E o que você tem haver com isso?
- Nada, além de não conseguir ler.
- Ou será que tem ciúmes?
- O que?
- Isso mesmo! Confessa que você gosta dele!
- Pronto! A menina além de desprezível é louca.
- Escuta aqui sua...
- Pansy! – falou Draco.
- Sim? – respondeu com a voz doce.
- É melhor você ir agora.
- O que? Você ta defendendo ela?

- Não pira menina! Simplesmente os seus gritos e a sua voz irritante está fazendo a minha cabeça doer!
A garota saiu dali superirritada jogando tudo a sua frente e gritando algo que não se entendeu.

Draco estava com uma cara tão linda de irritado...
- Porque você faz isso? – perguntou Hermione.
- Porque faço o que?
- Primeiro fica se agarrando com ela pelos corredores, depois fica a tratando mal, não que eu me importe com ela, mas ela é deprimente, ofende as mulheres.

- Ela é muito chata! Fica atrás de mim toda hora!
- E você nem gosta – zombou.
- Fala sério, já estou acostumado com as mulheres se arrastando aos meus pés, o que posso fazer, esse é o preço pago por ser irresistível.
- E modesto.
- Mas eu sou homem, ela fica se oferecendo pra mim eu... Aproveito.

Dois pratos de comida apareceram em seus criados-mudos. A ampulheta soou, Draco levou um susto e sem querer derrubou as bandejas.
- Isso Malfoy! Parabéns! Agora vamos dormir com fome.
Draco pegou sua varinha e com cara de superioridade, reparou as coisas, porém a comida não voltou bem ao normal.

- Eu não vou comer isso! – disse ela – parece que já foi comido.

- Realmente.
- Pateta!
- Eu não tive culpa!
- Não! Que é isso...
- Não tive!
- Você se assustou tudo com a ampulheta
- Não assustei!
- Assustou!
- Mentira!
- Verdade! Medroso!
- Eu? Lógico que não.
- Ta.
- Você ta duvidando é?
- Não.
- Eu te provo!
- Pára garoto você é paranóico.
- Você que é, vive socada com seus livros.
- O que você tem contra meus livros?
- Eu nada?
- Então cala a boca e não fala mais neles!
- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Cala a boca você!

- Vem calar!
Draco foi com tudo força calar a boca dela, ela ficou tonta, tudo ficou escuro, e ela caiu nos braços dele.

O loiro não sabia o que fazer, ela estava ali, jogada em seus braços, ele a carregou, colocou-a na cama e atirou um copo de água sobre ela. Ela se afogou e despertou.

- Você ta maluco?
- Você não acordava...
- O que ta acontecendo comigo? – exclamou quando não podia conter as lágrimas que saiam de seus olhos.

- É... – ele não sabia o que fazer ou dizer – eu não sei, vai ver é porque você não comeu o dia todo – ele abriu a mochila que Pansy havia trazido, tirou uma das frutas e deu a ela – é melhor você comer.

- Não conhecia seu lado gentil.
- Não quero passar a noite com alguém desmaiando... E muito menos quero que ponham a culpa em mim amanhã.

- Tava demorando... – sussurrou.
- O que você disse?
- Nada.
Ela comeu e se afundou no travesseiro.
- Boa noite.
Hermione se assustou, nossa, ela estava falando com o Malfoy, querendo ou não, ela passou a noite conversando com ele e até lhe desejou boa noite, mas não foi isso o que lhe assustou.

- Boa noite – retorquiu.
Eles adormeceram.

Ai Di-lua, que bom que voce gosto oh.... obrigada pelo comentario! continue lendo a fic, espero que voce goste desse novo cap... e obrigado as pessoas que leem!

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