Manipulações
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Hogwarts – Sala do Diretor
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- Explique por que decidiu sair ontem do seu dormitório sem avisar ninguém! – fala Minerva com a voz dura.
- Eu não me senti bem e fui até a enfermaria. – fala Harry em voz monótona mantendo-se calmo e não dando vazão à sua vontade de matar os três naquele mesmo instante.
- E por que não acordou ninguém? – pergunta Dumbledore com um tom de voz firme.
- Era tarde. Eu não quis incomodar ninguém. – fala Harry dando de ombros ainda de cabeça baixa. – Não é como se tivéssemos alguém a quem pedir ajuda.
- Você tem noção de que quase tivemos uma tragédia hoje de manhã, Potter? – pergunta Snape friamente vendo que Minerva se encolheu com o comentário.
- Não. – fala Harry dando de ombros.
- Por que havia sangue em seus lençóis? –pergunta Minerva tentando manter sua voz firme.
- Não sei. – fala Harry dando de ombros.
- Oh, mas eu acho que você sabe muito bem. – fala Snape se aproximando de Harry com raiva na voz. – Olhe para mim, Sr. Potter!
- Não. - fala Harry mantendo sua cabeça baixa. – Você não tem esse direito. Meus pensamentos são apenas meus.
- Escute aqui, seu piralho arrogante eu vou... – fala Snape pegando na camisa de Harry, mas parando ao sentir uma varinha ser colocada embaixo do seu pescoço. A intenção era óbvia.
- Isso é suficiente, Severo. Solte Harry, imediatamente. – fala Pomfrey com a voz gelada. – Solte-o, ou eu juro que vamos precisar de um novo mestre de poções hoje mesmo.
- Muito bem. – fala Snape soltando a roupa de Harry que ficou ainda de cabeça baixa. – Agora afaste sua varinha, Pomfrey.
- Harry... – fala Pomfrey séria mantendo sua varinha no lugar. – Vá até a enfermaria e me espere lá, tudo bem? Se alguém o atacar, reaja com a maior força que você tiver. O resto eu resolvo depois. Se for atacado, ataque!
- Sim, senhora. – fala Harry saindo da sala rapidamente.
- Pomfrey... é o suficiente. – fala Dumbledore com a voz forte. – Libere Severus. Imediatamente.
- Não. – fala Pomfrey empurrando sua varinha ainda mais no pescoço de Snape forçando ele erguer a cabeça ainda mais. – Você quer saber o que aconteceu, Severus? Quer? Muito bem, eu vou te contar o que aconteceu. Harry Potter tentou o suicídio ontem á noite. Ele cortou os pulsos. Eu não sei se foi sua magia que impediu que ele morresse ou outra coisa. Mas ele cortou os pulsos. Só que ele achou que não estava dando certo. Que ele não iria morrer. Em seguida, ele foi até a enfermaria, á procura de alguma poção que o matasse, ou talvez várias poções ao mesmo tempo. Como é final de aulas, eu já tinha retirado todas as poções para o depósito e o bloqueei para ninguém entrar lá a não ser eu. Ele finalmente se sentiu fraco da perda de sangue e deitou-se numa cama, esperando a morte. Sua magia o salvou, cicatrizando seu pulso. Eu o encontrei hoje pela manhã, anêmico, fraco e completamente envergonhado. Eu lhe dei algumas poções para que ele se recuperasse e o levei até o salão para tomar café! Foi isso que aconteceu! Então, “meu caro comensal da morte residente”, se você ousar fazer ou falar qualquer merda a mais, você vai se encontrar na ponta da minha varinha! E eu garanto que sei muitos feitiços que ninguém iria pensar. Você morre e nem sequer fica uma pista! Esse abuso com o filho de James e Lily acaba agora! Eu me fiz clara??? – pergunta Pomfrey séria empurrando sua varinha ainda mais forte contra o pescoço de Snape o obrigando a ficar na ponta dos pés.
- Muito clara. – responde Snape com a voz estrangulada.
- Ele não pode ter... – fala Minerva chocada. –... Tentado se matar?
- Ele tem cicatrizes recentes nos pulsos, onde ele se cortou. Havia sangue escorrendo na cama. – fala Pomfrey séria. – O que mais você deduz a partir disso, “vice-diretora”??
- Eu... devia ter...percebido... – fala Minerva e pára de falar com um bolo na garganta.
- Devia mesmo. – fala Pomfrey de modo frio. – Você como chefe de casa tem sido uma negação completa este ano. Não ter percebido que Gina Weasley estava sendo dominada por um diário?? Com todas as alterações de personalidade dela? Não ter tomado medidas de segurança para o Sr. Potter, depois de tudo o que eu já tinha avisado? O que você está fazendo como Chefe da Grifinória, afinal de contas??? – pergunta Pomfrey afastando-se deles e saindo da sala caminhando em direção à enfermaria. – Acho que é a hora de você decidir se quer ser Professora, Chefe de Casa ou Vice-Diretora. Os três ao mesmo tempo não dá certo!
- E agora? – pergunta Snape esfregando o pescoço assim que Pomfrey saiu da sala.
- Chame Weasley e Granger. – fala Dumbledore sério. – É hora daqueles dois começarem a merecer o pagamento que eles recebem. Um mês nos parentes trouxas e Potter vai voltar correndo para o mundo bruxo.
- E quanto a Malfoy? – pergunta Minerva séria.
- Ele não pode ir pelo Expresso. – fala Snape seco. – Ele será morto se for pego pelos outros estudantes. Mesmo os Sonserinos o querem morto.
- Leve-o para sua casa e expresse a Lucio a... Insatisfação de todos nós com seu filho. – fala Dumbledore seco. – Diga que se seu filho não se comportar corretamente, eu vou deixar que outros alunos tenham corda livre com ele. Não haverá mais proteção para o Herdeiro dos Malfoys.
- E onde você vai estar neste tempo? – pergunta Minerva séria.
- Reunião da ICW. Parto em uma ou duas semanas. – fala Dumbledore. – Fiquem longe de Harry por enquanto. Deixem-no ficar com seus parentes. Deixe-o achar que pode viver como trouxa. Depois eu vou fazer valer meus direitos como seu guardião legal e o trazer de volta para cá. À força, se preciso for.
- Você é o guardião legal dele? – pergunta Minerva.
- Não. – fala Dumbledore dando um sorriso. – Mas ele não sabe disso, sabe??
- Como espera convencê-lo a ficar? – pergunta Minerva seca.
- Existem opções. – fala Dumbledore em voz baixa. – Deixem isso comigo.
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Rua dos Alfeneiros, 4 – Surrey – Inglaterra 12:00 hs
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- Tudo resolvido então? – pergunta Vernon Dursley terminando de assinar os documentos.
- Sim. Tudo resolvido. Agradeço a cooperação, assim como meu cliente também agradece. Tenham um bom dia. – fala o advogado guardando os documentos assinados em uma maleta e saindo da casa em seguida.
Ele tinha sido contratado por um menino que queria ser emancipado judicialmente. Seus parentes concordavam em emancipá-lo, desde que ele nunca mais voltasse a casa deles. Secretamente esse era o maior desejo do menino.
Com os papéis devidamente assinados, tudo o que faltava era protocolar os documentos na justiça e Harry James Potter seria considerado um “adulto legal” no mundo. O trabalho não era exatamente incomum. Acontecia regularmente. Emancipação de Menor.
Uma hora depois, tudo estava devidamente legalizado. Seguindo as instruções da carta que recebera, ele colocou uma cópia dos documentos em um envelope e os levou até uma caixa do correio central de Londres, onde os deixou para serem pegos pelo menino quando ele voltasse da Escola.
Todo o trabalho lhe custara 6 horas.
Simples.
Prático.
Eficiente.
Ele ganhara 500 libras para fazer tudo.
Voltando ao seu escritório, ele começou outro caso.
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Hogwarts – Câmara Secreta
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Harry passara o dia todo caminhando a esmo pela escola, parcialmente evitando todos os alunos. Fora mais ou menos bem sucedido. Mas falara muito pouco. Rony e Hermione ficavam o tempo todo querendo conversar com ele, até que ele perdeu a paciência e mandou-os ficarem longe dele. Afastou-se um pouco e numa curva do corredor ele usou um feitiço “não-me-note”. Daí ele teve um pouco de paz.
Dobby ficara de olho em Dumbledore e no momento em que ele saiu de sua sala para dormir, Dobby agiu.
Invisível para todos os quadros da sala do diretor, Dobby pegou cada um dos objetos encantados que serviam de rastreador para a saúde, posição, alas de segurança na casa de Petúnia. Cada um deles foi substituído por um item igual. Funcionavam da mesma maneira. Mas nunca mudariam. Nem mesmo quando Harry se livrasse da Horcrux em sua cabeça, ou quando ele renegasse as proteções da casa de seus tios.
Dobby, a seguir, pegou os objetos originais e os destruiu. Uma pesquisa por todo o castelo revelara que havia sangue de Harry armazenado na sala de Snape, bem como cabelo e pele. Dobby destruiu as amostras e substituiu por amostras tiradas de Rony Weasley.
Trabalho rápido, limpo e discreto. Não fora notado e não seria percebido.
Levaria muitos dias para Dumbledore perceber que Harry Potter estava fora de seu controle. E quando ele percebesse, já seria tarde demais.
Quando Dobby aparecera com a poção, naquela noite, eles imediatamente desceram até a Câmara.
Depois de tirar todas as suas roupas, Harry sentou-se no meio do círculo de Runas e bebeu a poção num único gole, resistindo à vontade de vomitar tudo. Apertou seus lábios e forçou tudo a descer novamente. Respirou profundamente antes de dizer “Ativar”. Ele viu quando as runas se ativaram uma após a outra.
Foi apenas devido aos anos de vida em Azkaban que Harry foi capaz de abster-se de gritar de dor. Primeiro começou em seu estômago, onde a poção estava, o catalisador e, lenta e dolorosamente se espalhou de lá, do estômago para o resto do sistema digestivo, então ele pareceu bater em seu coração antes de ter sido espalhados por todo o resto de sua corpo através da corrente sanguínea, onde foi capaz de encontrar caminho para cada célula de seu corpo.
Quando finalmente atingiu sua cabeça, ele pensou que iria explodir de dor profana e, embora ele não percebesse, um alcatrão negro como o sangue foi fortemente empurrado para fora de sua cicatriz de raio e um grito agudo foi misturado com o seu. Dobby deu um grito de medo, ao ver um fantasma se dissipar no ar gritando horrivelmente. Mesmo avisado por seu mestre, ele sentiu medo.
Movendo-se de forma cautelosa, Harry levantou-se e caminhou lentamente. Todo o seu corpo doía, mas sua cabeça era o pior. Um espelho que Dobby lhe entregou, mostrou que sua cicatriz tinha quase desaparecido. Ele também descobriu que seus processos de pensamentos eram muito mais ágeis e eficientes. Ele ainda sentia sua magia bloqueada, mas isso seria resolvido mais tarde, de acordo com o plano.
Colocando novamente as roupas de colégio, Harry foi obrigado a andar um pouco curvado e de cabeça baixa.
Ele ainda seria prisioneiro por mais um dia.
Ele só precisava aguentar mais um dia sem matar ninguém.
Ele poderia fazer isso.
Depois que ele estivesse fora dos olhos de Dumbledore... ele iria fazer sua jogada.
Agora ele só precisava dormir.
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Expresso de Hogwarts – dia seguinte - Saída de Hogsmeade
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Harry teve que se esconder de praticamente todos. A única pessoa que ele fez questão de se despedir foi Madame Pomfrey. Ele realmente gostava dela. Ela sempre tratara dele, mesmo depois da batalha final contra Voldemort. Despedira-se dela com um abraço e falou que sentiria saudades dela.
Pomfrey lhe dera um forte abraço.
Ela sabia que Harry não iria voltar.
Ela ia sentir saudades dele.
Antes de chegar ao trem, Harry teve que se esconder em sua capa de Invisibilidade.
Snape e Minerva estavam procurando por ele.
Mas ele era especialista em se esconder.
Ainda ouviu Minerva dando ordens a Hermione e Rony, dizendo que deveriam mostrar o lado bom do mundo dos bruxos para Harry.
E que eles iriam pegá-lo na casa de seus parentes, dentro de quatro semanas.
Mas que agora, eles deveriam entrar no trem e encontrar com Harry.
Ao entrar no trem, Harry deliberadamente escolheu um compartimento vazio.
Criou uma pequena ala de segurança na porta, sem varinha, para evitar que qualquer Weasley ou Granger o visse, ou o ouvisse.
Não tinha sido fácil para ele ficar longe de Rony e Hermione. Ele sabia, graças a sua legimência, que ambos foram chamados várias vezes na sala do Diretor, para que eles ficassem de olho em Harry.
Espionagem, basicamente.
Mas Harry simplesmente ficara fora do alcance deles.
Sentado em seu compartimento do trem, Harry relaxou pela primeira vez desde que chegara a este tempo.
Pegando uma pena escolar, ele transferiu para a pena todos os encantos de rastreamento que haviam colocado nele e em seus objetos. Trinta e cinco encantos!!!. Dobby iria levar a pena até o armário embaixo da escada e a deixaria lá. Qualquer pesquisa por ele indicaria que ele estava com seus parentes.
Em cinco horas ele estaria livre de tudo isso.
Seus planos corriam maravilhosamente bem.
Tudo estava perfeito no mundo.
Dobby lhe trouxera as cópias de sua emancipação.
Ele estava livre dos Dursleys. Para sempre.
Exceto que Dobby queria vingança contra eles.
Quando ele estava quase dormindo, a porta do compartimento fora aberta.
Ele tinha visitas.
- Podemos entrar? – pergunta uma voz suave.
- Claro. Fique á vontade. – responde Harry calmo enquanto observava os alunos entrando no compartimento. Tentou lembrar de tudo o que sabia sobre eles de sua antiga vida.
Susan Bones. Lufa-Lufa. Era sobrinha de Amélia Bones. Ela tinha sido morta na batalha em Hogwarts. E levou junto com ela, 11 comensais da morte.
Hanna. Lufa-Lufa. Casou-se com um trouxa depois da guerra. Teve dois filhos. Foi renegada por sua família. Tinha sido feliz, principalmente depois que emigrou para a Espanha. Vinda de uma família antiga, com muito prestígio, mas pouco dinheiro.
Blaise Zabini. Sonserina. Conseguiu sair da guerra sem ferimentos graves. Lutou ao seu lado na batalha de Hogwarts. Não era um guerreiro, mas fez um trabalho maravilhoso cuidando dos feridos. Um rapaz quieto, muito inteligente e leal. Assumiu os negócios da família depois da guerra. Manteve-se geralmente afastado de Malfoy e seu grupo. Morava na Itália. Família antiga. Sua mãe matou sete maridos. Venenos indetectáveis. Blaise é leal a quem é leal a ele. Após a guerra, jamais voltou à Inglaterra.
Terry Boot. Corvinal. Seus pais foram mortos durante a guerra. Ele, durante a batalha final, sozinho, tinha matado 6 comensais da morte. Tornou-se um Caçador de Recompensas depois da guerra. Um bom Caçador de Recompensas. Morava na França, onde se casou com uma bruxa Marroquina. Inteligente. Pais bruxos severos, mas não violentos. Família antiga. Dedicada à busca do conhecimento.
Daphne Grengrass. Sonserina. Codinome: Princesa de Gelo. Tornou-se uma Inominável depois da guerra por 10 anos antes de abandonar a Inglaterra. Morava no Brasil. Única sobrevivente de sua família. Depois do casamento de Draco e Astoria, seus pais morreram num “acidente”. Ela imediatamente mudou-se para o Brasil. Astoria morreu duas semanas depois que ela fora embora. Havia uma rixa de sangue entre ela e Draco. Atualmente sua família é o topo da Pirâmide Social Bruxa. São Sangue Puros, mas não extremistas. Seu pai é advogado e sua mãe é curador particular. Dinheiro a rodo e prestígio também. Perigosa até o tutano dos ossos. Ou uma aliada fenomenal. E, claro, absolutamente linda.
Su Li. Corvinal. Chinesa de nascimento. Inteligente. Rápida. Mortal. Tornara-se duelista profissional depois da guerra. Foi a primeira mulher a vencer 5 anos consecutivos. Solteirona. Lésbica. Séria. Fatiou lentamente e com muito prazer, um adversário que durante o duelo, tocou nos seios dela. Morava em Hong Kong. Com certeza não é alguém que você gostaria de ter como inimiga.
Um grupo de independentes. Nenhum deles era Apoiante da Ideologia da superioridade dos Puro Sangue. Um grupo que sempre estudava junto, desde a primeira semana de Hogwarts.
- Desculpe, o que disse? – pergunta Harry tendo perdido o que Greengrass tinha falado.
- Eu perguntei se você odeia os Sonserinos? – pergunta Daphne séria.
- Coloque-se no meu lugar, Greengrass. – fala Harry com a voz calma. – Voldemort foi da Sonserina. Ele matou meus pais e tentou me matar. Lucio Malfoy foi da Sonserina. Ele apoiou Voldemort e tentou me matar. Severus Snape foi da Sonserina. Ele me odeia, assim como odiou meus pais. Ele é um Comensal da Morte e sim, já tentou me matar. Draco Malfoy é da Sonserina. Ele comanda um grupo de colegas que tentou me matar. Você nota certo padrão nisso?? Parece que os Sonserinos me odeiam e não eu odeio eles, não é mesmo?
- Nem todos os Sonserinos te odeiam, Potter. – fala Zabini calmo. – Muitos de nós te admiramos. E você?
- Eu realmente não odeio todos da Sonserina. – fala Harry calmo. – Apenas alguns indivíduos da casa. A começar pelo chefe dela. Fora isso, eu nunca fui de pensar muito sobre um estereótipo idiota.
- Nós ouvimos muitos boatos, nos últimos dias. – fala Terry calmo. – Poderia esclarecer alguns deles para nós?
- Se eu puder. – fala Harry calmo.
- Monstro da Câmara? – pergunta Susan Bones.
- Basilisco. 30 metros. Eu o matei usando a espada de Grinfindor, após a Fênix de Dumbledore o deixar cego. – fala Harry calmo.
- Você matou um basilisco de 30 metros? – pergunta Hanna surpresa. – E sobreviveu sem nenhum arranhão?
- Não exatamente. – fala Harry puxando a manga da camisa e mostrando a cicatriz recente. – Ele me mordeu. Doeu horrivelmente. Fawkes, a Fênix de Dumbledore chorou sobre a ferida e eu sobrevivi.
- Ouvi dizer que você está desanimado com a magia. – fala Su li. – Isso é verdade?
- Sim. – responde Harry.
- Por que? – pergunta Blaise.
- É meio complicado de explicar. – fala Harry sério. – E eu acho que vocês jamais vão realmente entender.
- Tente. – pede Hanna.
- Esse... mundo da magia... não é para mim. – fala Harry com a voz calma. – Eu não pertenço a ele. Nunca pertenci. Nunca vou pertencer. Não conheço nada dela, a não ser Hogwarts.
- É claro que pertence! – protesta Terry. – Pelo amor de Merlin... Você é Harry Potter!!
- Essa é a parte mais interessante de todas. – fala Harry sorrindo cansado. – Vocês foram criados ouvindo sobre mim desde que tinham o que? Seis anos? Sete?
- Quatro, na verdade. – fala Susan sorrindo. – Eu tinha o seu boneco, inclusive. – admite ela sorrindo assim como os outros
- Eu só fui descobrir que meu nome era Harry Potter quando fui para a escola aos seis anos. – fala Harry sério. – Até então eu era chamado de Aberração, ou maluco, ou... qualquer xingamento que meus parentes trouxas me deram. Eu morei, até meus 11 anos de idade, dentro de um armário com menos de 3 metros quadrados, embaixo da escada. Eu aprendi a cozinhar com quatro anos e desde então sempre cozinhei para meus parentes. Limpei a casa, cuidei do jardim, fiz todas as tarefas... tudo.
- Como um elfo doméstico? – pergunta Daphne com os olhos arregalados.
- Fui tratado pior do que um elfo doméstico. – fala Harry sério. – Sempre fui considerado um monstro. Toda noite eu era trancado no armário, com cadeados, como um animal selvagem. Quando eu comecei a escola, eu descobri que era inteligente. Mais do que meu primo. Infelizmente, ser melhor do que meu primo... causou surras adicionais e uma menor quantidade de alimento. Assim, eu estava na escolha entre estudar muito, ou ter o que comer. Não foi uma escolha difícil. A fome... geralmente dobra uma pessoa.
- Mas... sempre nos foi dito que você morava numa mansão e... – fala Hanna com lágrimas nos olhos.
- Vocês comemoram no Halloween a morte de Voldemort. Soltam fogos. Comem. Divertem-se. Agora me digam... algum de vocês já se perguntou como eu me sinto nesse dia? No dia em que perdi meus pais? No dia em que fui enviado para a versão trouxa de Azkaban?? Humm??
- Nós sempre assumimos que... você estava sendo cuidado adequadamente. – fala Terry em voz baixa.
- Adequadamente. – fala Harry com desprezo. – Não, Terry. Um animal de estimação é tratado adequadamente. Uma aberração como eu? Minha vida entre os trouxas foi uma merda completa, pessoal. Nunca melhorou. Só saí do armário depois que a carta de Hogwarts chegou. Daí me concederam o uso do segundo quarto de meu primo.
- Daí você veio para Hogwarts. – fala Susan em voz baixa.
- Eu nem sabia que existia a magia até que Hagrid foi me buscar. – fala Harry cansado. – E se eu soubesse naquele dia, o que sei hoje, eu teria me negado a vir.
- Certamente as coisas aqui são muito melhores do que entre seus parentes trouxas? – pergunta Blaise curioso.
- Não Blaise. Não são. São muito piores. – fala Harry sério. – Tanto são que eu não pretendo voltar ano que vem.
- COMO É QUE É? – pergunta Hanna surpresa. – Não vai voltar a Hogwarts?
- Não. – fala Harry calmo. – Vou aproveitar o verão para estudar tudo o que eu perdi na escola do mundo dos trouxas. Tentar recuperar o tempo. Depois vou tentar arrumar um emprego.
- Vai abandonar sua magia? – pergunta Terry surpreso. – Está louco, Potter??
- Vocês nasceram no mundo da magia, Terry. – fala Harry dando um sorriso cansado. – Para vocês, a magia faz parte do dia a dia. De tudo em sua vida. Para mim é diferente. É como se eu tivesse um braço extra, mas somente isso. Eu nunca precisei da magia antes, em minha vida. Posso ficar sem ela.
- O Ministério não vai permitir que você abandone o mundo da magia. – fala Daphne. – Eles vão te levar de volta.
- Por que? – pergunta Harry.
- Você é um símbolo, Harry. – fala Susan calma. – Goste ou não disso, você é um símbolo.
- Eu era um símbolo para o mundo mágico quando eu estava passando fome? Quando eu estava sendo espancado? Quando eu fui tratado como um animal?? – pergunta Harry calmo. – Se ninguém veio em meu socorro antes QUANDO EU QUERIA, por que viriam agora, quando EU NÃO QUERO socorro?? Só quero ser deixado em paz. Longe de tudo isso.
- Seus desejos serão indiferentes, Potter. – fala Blaise sério. – Eles vão te levar de volta, você gostando disso ou não.
- Então eu vou para outro país. – fala Harry dando de ombros. – Não me importo realmente com a Inglaterra. Posso me mudar para outro país. Ouvi falar que a França é realmente linda.
- E você acha que pode simplesmente aparatar até um outro lugar? – pergunta Suj Li curiosa.
-Su... fui criado no mundo dos trouxas, lembra? – pergunta Harry sorrindo. – Existem dezenas de maneiras de sair da Inglaterra pelo mundo dos trouxas. Eu jamais seria impedido. Basta eu querer. Se vierem atrás de mim... se tentarem me arrastar de volta a essa loucura que é Hogwarts... eu vou embora. Para sempre.
- E se tentarem te obrigar a força a estudar em Hogwarts? – pergunta Susan.
- Para o bem de todos... é melhor que isso não aconteça. – fala Harry sério. – Eu já matei antes. Posso fazer de novo.
- Refere-se ao Basilisco? – pergunta Susan.
- Não. Digam-me... vocês se lembram de Quirel? – pergunta Harry sorrindo. – Sabem o que aconteceu com ele?
- Ele abandonou a escola ano passado. – fala Daphne calma dando de ombros. – Não foi uma grande perda.
- Ele nunca abandonou a escola. – fala Harry sorrindo. – Eu o peguei tentando roubar um artefato muito poderoso. Nós lutamos. Ele morreu.
- Como... como ele morreu? – pergunta Blaise sério.
- Ele tentou me sufocar. Só que suas mãos começaram a pegar fogo. – fala Harry sério em voz baixa. – Magia acidental, eu acho. Quando ele recuou com suas mãos em chamas, eu o agarrei no pescoço. Ele morreu logo depois, numa bola de fogo.
Isso conseguiu implantar o silêncio por vários segundos.
- Por que não ficar e tentar descobrir o mundo bruxo? – pergunta Hanna triste.
- Eu não tenho nada que me ligue ao seu mundo. – fala Harry sorrindo cansado. – Nada, nem ninguém. Sou um solitário por natureza e sou, também, alguém que sobrevive a tudo.
- Um sobrevivente? – pergunta Susan curiosa.
- Sim. Se houvesse uma guerra nuclear mundial, restariam vivas apenas duas coisas. – fala Harry sorrindo. – Eu e as baratas!
- Vai voltar para seus parentes trouxas, então? – pergunta Terry curioso.
- Não. Claro que não. – fala Harry sorrindo. – Eles me concederam emancipação. Sou considerado um adulto no mundo dos trouxas. Ainda tenho um pouco de dinheiro no gringotes, no meu cofre de confiança. Vou trocar tudo em moeda trouxa e alugar um pequeno apartamento. Vou voltar a estudar e tentar viver em paz. Longe de todo o mundo mágico.
- Não pretende voltar? Nunca mais? – pergunta Susan triste.
- Não tenho nada nem ninguém no mundo mágico, Susan. Somente pessoas que querem me matar. – fala Harry sorrindo cansado. – Estou cansado de ser humilhado, agredido, difamado. Estou cansado de ser odiado pelo mundo de vocês. Eu vou viver em paz comigo mesmo. Longe do mundo mágico. Vou tentar ser feliz.
- E quanto a seus amigos? – pergunta Hanna preocupada.
- Eu tenho amigos? – pergunta Harry sorrindo.
- Weasley e Granger? – pergunta Blaise curioso.
- Ambos contam tudo o que eu penso ou faço diretamente para Dumbledore. – fala Harry sério. – Eles não são meus amigos. São espiões pagos por Dumbledore.
- Você acha que Dumbledore vai permitir que você simplesmente... desapareça? – pergunta Daphne séria.
- Ele nunca vai me achar de novo, se eu não quiser. – fala Harry. – Eu... preciso que vocês me façam um favor, se puderem. Não contem nada sobre isso para ninguém... por uma semana. Em uma semana eu estarei definitivamente fora de qualquer tipo de controle de Dumbledore.
- Uma semana? – pergunta Terry sério.
- Uma semana. – confirma Harry. – É todo o tempo que eu preciso. Depois disso... falem para quem quiserem. Eu só estou levando o essencial comigo. Nem sequer meu tronco eu trouxe.
- Onde estão suas coisas? – pergunta Terry curioso.
- Mochila. – fala Harry apontando para o banco ao seu lado. – Somente coisas essenciais. Meu tronco, meus livros, tudo o que eu não poderia carregar livremente comigo, eu dei a Luna Lovegood. – fala Harry. – Aliás, Terry... quero que me faça outro favor. Cuide da Luna. Ela é uma pessoa maravilhosa e especial. Ela, infelizmente tem problemas com suas colegas da Corvinal. Converse com seu chefe de casa. Peça para cuidar dela. Eu sei que parece que ela... é meio maluca mas ela não é.
- Ela fala de Nargles e ... outros animais imaginários. – fala Terry balançando a cabeça.
- O mundo que vocês conhecem é composto por quatro dimensões. – fala Harry sério. – O mundo que os trouxas conhecem foi teorizado para ter 21 dimensões paralelas umas as outras. O que a Luna vê, os Nargles e... demais seres ditos imaginários... pertencem a essas dimensões. Eles já foram teorizados pelos trouxas e sua existência foi comprovada com o uso da matemática e da Física. Luna vê coisas que ninguém mais vê, por que ela é única.
- Ela vê animais de outras dimensões? – pergunta Daphne curiosa.
-Seres sencientes, não animais. Ela fala com eles e eles falam com ela. Isso é um dom único. Quando Luna for mais velha, ela precisa conversar com cientistas trouxas. As informações que ela tem... vão revolucionar todo o conhecimento que temos. Vocês tem noção de quão especial ela é?? Uma pessoa que vê entre as dimensões? E consegue conversar com tais seres? Todo o conhecimento que podemos adquirir? – pergunta Harry sério. – Ela deve ser protegida, a qualquer custo. Eu peço isso a todos vocês. Mantenham Luna protegida.
- O que você vai fazer quanto a Granger e Weasley? – pergunta Susan curiosa.
- Nada. – fala Harry sorrindo. – São espiões. Foram descobertos. Perderam seu valor para Dumbledore. Eu não estarei mais como seu... objeto de espionagem. Não tenho que me preocupar com eles.
- Importa-se se fizermos algo para eles em Hogwarts? – pergunta Hanna séria.
- Não me importo, desde que me dêem uma semana livre. – fala Harry dando de ombros. – É o tempo que eu preciso para fugir de tudo.
- Uma semana. – fala Susan. – Depois disso, eu vou falar com minha tia. E ela vai querer conversar com você. Eu tenho certeza disso.
- Depois de uma semana livre... ninguém mais me pega, Susan. – fala Harry sorrindo ao abrir sua mochila e pegar algo em sua mão. – Agora... eu ainda tenho alguns pacotes de Feijões de Todos os Sabores. Não vou levar isso para o mundo trouxa. Alguém quer??
- Como é que Granger e Weasley não estão aqui? – pergunta Susan curiosa ao pegar uma das balas. – Eu os vi passando aqui na porta da frente pelo menos 3 vezes.
- Usei feitiço na porta. – fala Harry sorrindo divertido. – Eles não podem me ver, a não ser que eu fale com eles.
- E na plataforma? Como é que você vai fugir deles e de todos os curiosos? – pergunta Hanna preocupada.
- Capa de Invisibilidade do meu pai. – fala Harry sorrindo. – Quando chegarmos... eu vou aparatar fora.... Depois... liberdade.
- E sua coruja? – pergunta Daphne.
- Dei férias para ela por uns meses. – fala Harry divertido. – Acho que ela vai aproveitar para ter alguns filhotes.
- Escute, Potter. – fala Su Li preocupada com o rumo da conversa. – Eles vão te pegar. Dumbledore... o ministério... eles vão te pegar.
- Eu já me livrei de todos os feitiços de rastreamento que haviam colocado em mim, e em minhas coisas, Su. – fala Harry sorrindo. – A única maneira de eles me acharem é se eu fizer magia com minha varinha e... isso me lembra. Susan... sua tia é chefe de policia, não é mesmo?
- Chefe do Departamento de Execuções de Leis Mágicas, Harry. – corrige Susan suavemente. – Chefe dos Aurores. Não policia.
- Oh, bem, desculpe. – fala Harry com um sorriso amarelo pegando sua varinha e conjurando um buque de flores para cada menina no compartimento. Em seguida, entregou sua varinha a Susan que a pegou surpresa.
- O que... está fazendo, Harry? – pergunta Susan preocupada.
- Fique com minha varinha. – fala Harry calmo. – Quando contar minha história para ela, diga para ela guardar minha varinha em algum lugar seguro. Dessa forma, eles não podem me pegar pela minha varinha. Todos os outros itens mágicos que eu tenho, vão para meu cofre no Gringotes. No futuro... se houver algum Potter, ele pode reclamar estes itens. Se puderem me fazer mais um favor?
- O que você precisa, Harry? – pergunta Susan preocupada.
- Provavelmente Granger e os Weasleys estarão na plataforma. – fala Harry sorrindo. – Se alguém perguntar por mim... digam que me viram saindo com meus parentes, ok?
- Não há maneiras de você reconsiderar, Potter? – pergunta Greengrass séria.
- Não tenho ninguém neste mundo, Daphne. Ninguém mesmo. – fala Harry sorrindo cansado.
- E no mundo trouxa, você tem alguém? – pergunta Hanna triste.
- Não. Mas no mundo trouxa eu sou só mais um qualquer. Não sou conhecido. Nem famoso. Nem tem ninguém tentando me matar ou qualquer coisa parecida. – fala Harry sorrindo. – Lá eu não sou ninguém.
Foi quando Cedric abriu a porta do compartimento.
- Desculpe, Potter, mas podemos conversar por um instante? – pergunta ele preocupado ainda na porta.
- Sim. – responde Harry recuando um pouco no banco onde estava sentado. – Entre, por favor.
- Eu notei que você parece assustado comigo, e eu não sei de nada que eu fiz para causar isso. – fala Cedric sério.
- Você... não fez nada, Cedric. – fala Harry engolindo um bolo em sua garganta. – É outro motivo.
- Que motivo? – pergunta Cedric sem entender.
- Eu... quando eu estava na Ala hospitalar eu tive um sonho. – fala Harry tentando montar um plano de improviso.
- Sonho comigo? – pergunta Cedric sorrindo assim como os demais componentes do compartimento. – Harry, eu estou lisonjeado, mas eu realmente gosto de meninas.
- No meu sonho, houve um torneio. Entre três escolas. – fala Harry sério. – Tri... qualquer coisa.
- Tri-Bruxo? – pergunta Terry surpreso. – Ele não é realizado a séculos.
- No torneio... você foi escolhido como representante de Hogwarts. – fala Harry sério olhando para Cedric sem piscar. – Meu nome foi incluído por alguém que me desejava... morto. Havia três provas. Na prova final, eu e você estávamos empatados. Você tinha a habilidade. Eu tinha a sorte.
- E? – pergunta Cedric ouvindo atentamente assim como os outros.
- É muito confuso. Não lembro de tudo. Sei que dividimos o troféu. Depois, eu lembro de pavor. Dor. Medo. Dor. Horror. Dor. Sei que fui torturado. Havia gritos. Eu chorava. Muita... muita dor. Medo. Eu estava... duelando com alguém muito mais velho e experiente. Ele... cruciatus. Ele... havia muita dor. Eu quase fiquei louco de dor. E por fim, eu estava de volta em Hogwarts. Trazendo seu corpo... morto. – fala Harry seco e vê que Cedric recua um passo assustado.
- Isso... foi só um sonho, Harry. – fala Cedric com um bolo na garganta.
- Meus sonhos têm a triste tendência de se tornar realidade. – fala Harry em voz baixa, mas alto o suficiente para todos ouvirem. – Eu vi o desespero de sua mãe. Vi seu pai abraçar teu corpo morto. Vi... a tia de Susan olhando para os feitiços da minha varinha. Vi o diretor falar que não tinha sido eu a causar sua morte. Vi... Fudge dizer que eu mentia. Que eu estava louco... Vi... eu vi... eu... não lembro de tudo o que vi. Mas lembro que a morte veio para nós dois naquele dia. Ela te buscou, Cedric. Naquele dia. Eu... ela me buscou mais tarde.
- Eu... eu... – fala Cedric no silêncio opressivo que ficou no compartimento. Sentiu suas pernas moles e sentou no sofá. – Não sei o que lhe dizer.
- Vá para seus pais. – fala Harry em voz baixa com suas mãos tremendo levemente. – Abrace sua mãe. Diga a ela quanto você a ama. Converse com seu pai. Diga que você compreende o que ele faz. Diga que está orgulhoso deles. Fique com eles cada minuto que puder. Mostre o quanto você os ama. E se a porcaria do torneio vier a acontecer... não se inscreva. Ele é a morte para quem se inscrever.
- Você lembra... de algo mais desse seu sonho? – pergunta Susan tocando de leve o braço de Harry.
- Lembro que Cedric namorava uma Corvinal. – fala Harry pensativo. – Chang, se não me engano. Lembro que a Lufa Lufa me odiava, por pensarem que eu tinha matado Cedric. Lembro que eu nunca superei totalmente sua morte.
- Mesmo assim... foi apenas um sonho, Potter. – fala Greengrass preocupada.
- Não foi um sonho. – fala Harry em voz baixa. – Foi uma visão.
- Do futuro? – pergunta Su.
- Do inferno, eu acho. – fala Harry seco vendo que o trem parava aos poucos. – Eu... não quero falar mais nisso.
- Você vai mesmo? – pergunta Terry ao ver Harry levantar-se assim que o trem parou completamente na estação.
- Preciso. Se não... se eu não for embora... mais gente pode morrer. Preciso fazer isso. – fala Harry pegando a capa de invisibilidade em sua mochila. Colocou a mochila nas costas e pegou sua capa na mão. Com um último olhar para todos no compartimento ele suspirou cansado.
- Harry. – fala Susan com a voz estrangulada. – Não se vá.
- Susan... Se eu ficar... muita gente vai morrer... eu vou morrer. Dumbledore mesmo... ele trama minha morte. Por que acha que eu fui enviado para trouxas que odeiam magia?? Hum?? Ele sempre tramou minha morte. Sempre.
- Escute, Potter... você não acha que está exagerando? – pergunta Cedric com a voz alarmada.
- Fique longe daquela porcaria de torneio, Cedric. – fala Harry sério. – Eu não quero ver seus pais chorando por sobre seu cadáver. Fique longe do torneio! Obrigado... por tentarem me ajudar. Talvez... a gente se veja no futuro... – fala Harry colocando a capa por sobre si. -... ou talvez não. – termina ele aparatando em silêncio deixando para trás vários alunos chocados.
Aparatando em frente ao Gringotes, Harry tirou sua capa de invisibilidade e foi direto até o atendente mais próximo.
Uma rápida viagem pelo trem, e sua capa de invisibilidade estava em seu cofre, assim como todo e qualquer item mágico que possuía.
Pegou 2.000 Galeões e mais 10.000 libras.
Depois trancou o cofre e voltou até a recepção, pedindo que toda e qualquer chave que não fosse a que ele possuísse no momento fosse destruída. O Goblin concordou e Harry voltou ao beco, agora sob um feitiço de disfarce, através do qual ele retornou ao mundo trouxa.
Em uma loja próxima, comprou algumas roupas novas e livrou-se de todas as velhas que foram para uma lata de lixo. Verificou-se novamente e percebeu que não tinha mais nenhum feitiço de rastreamento.
Num beco, aparatou rumo a Grimauld Place, 12.
Era hora de convencer um retrato louco e seu elfo ainda mais louco.
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Kakakakaka!
Já sabem!!!
Sou movido a comentários e votos!
Next Cap sendo betado.
Só no aguardo.
Claudiomir
O Autor + Caçado da Feb!!!
13/06/2012
Comentários (21)
ei claudiomir! fiquei muito efliz quando vi q vc atualizou *--* nunca comentei, mas sepre amei a fic... espero q vc contnue postando! vc faz mt falta aqui, mocinho... bjao!
2012-06-15e ai cara a fica ta pegano fogo to loco pro proximo cap o grupo q tava com o harry e muito loco espero q eles s junte ao harry na sua vingança e naum podemos esquecer do dubby e o sirius aguardando o proximo
2012-06-15nossa q grupo da pesada em... e a biografia d cada um do futuro do harry são radicais... rs ancioso pelos prox caps! é isso aí harry limpou os rastros rs tou curioso pra saber como ele vai recuperar a varinha das varinhas... rs luna+grupo radical+sirius+harry+dobby cara da até arrepios... rs post looogoooo!
2012-06-14ta ficando ótimo, vamos lá, poste mais, essa fic promete muito e está cumprindo XD
2012-06-14Fantástico. Como sempre, aliás. Espero que esse belo grupo continue mais tarde, uma bela vingança e claro, que Madame Pomfrey resolva se... soltar :) Parabéns
2012-06-14mais um cap incrivel como sempre!Mas o que o Harry quer na mansão black?
2012-06-14agora o bicho vai pegar! paskpakpaoposaapoas um grupo muito interessante! vão agir juntos sera? vai ficar loco agora..
2012-06-14Não é por nada não... Mas o Harry tá bem melodramático, ahahahahahaha. Mas é verdade, o Dumbie tá sempre tramando alguma coisa, a morte do Harry foi só mais um ponto brilhante no céu estrelado... ai, ai... Adorei a Pomfrey defendendo o Harry, só queria que ela tivesse amaldiçoado o Snape.. só um feitiçozinho, acho que não é pedir de mais, hahahahahaha. Aguardo ansiosa a atualização. E, num futuro próximo, uma boa e velha vingança, hahahahahaha. Beijos e até lá.
2012-06-14Tá ficando muito foda.....
2012-06-14Namoral, sem palavras muito bem escrito.Parabens
2012-06-13