Discussões



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Hogwarts – Sala do Diretor - Noite


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A gritaria entre os três durou várias horas.


Verdades foram ditas e palavras pesadas foram expressadas. Por fim, tinham chegado num acordo. Minerva passaria a dar mais atenção aos Grifinórios. Snape iria pegar mais pesado com seus Sonserinos e deixar Potter em paz. E Dumbledore iria tentar manter-se quieto e não interferir tanto na vida de Harry. E contratar bons professores!!! E que iriam dar tempo para Harry se recuperar. Nada de loucuras. Nada de nada. Ele deveria ser deixado sozinho e em paz. E lentamente iriam tentar reconstruir a confiança dele de volta.


Iriam pegar Harry durante as férias e mostrar o Mundo Mágico para ele. Pois era óbvio que a política de mantê-lo distante de tudo se tornara impraticável. Ele não tinha nada no mundo mágico que o segurasse. Nem mesmo seus supostos amigos. Ele estava sozinho. E ele precisava de raízes no mundo mágico.  Planos foram feitos. Ele iria para a casa de seus parentes no verão por um mês, mas depois ele deveria ir para os Weasleys. Ficar com uma família mágica deveria fazer ele se recuperar. E cimentar em definitivo alguns planos de Dumbledore com relação à Gina Weasley.


Mas todos sentiam que era uma questão de tempo, até que algo acontecesse e fizesse tudo ir pelos ares.


Um dos quadros acabara de contar que ouvira os Grifinórios jurando vingança contra os Sonserinos.


Uma rebelião era iminente entre os alunos.


Outro quadro contara que havia Sonserinos parabenizando Draco e seus amigos pelo ataque a Harry Potter. E eles desprezando abertamente suas punições.


O clima na escola era, na melhor das hipóteses, volátil.


Ainda dever-se-ia levar em conta os Corvinais, que estavam planejando juntar-se aos Lufa-Lufa para apoiar a Grifinória em caso de briga com a Sonserina.


“Vocês estão sentados em um barril de pólvora” foi o que um dos quadros afirmou. Nas aulas daquele dia, nenhum dos Grifinórios apareceu nas aulas de Snape.


Ele, claro, retirou pontos de todos os alunos faltantes e lhes atribuiu detenções.


Nenhum dos alunos compareceu às detenções atribuídas naquela noite também.


Minerva tentou estabelecer a ordem na Grifinória, mas as palavras de Harry a detiveram.


Ela percebeu que ele estava certo.


Ela era uma péssima Chefa de Casa. Os Grifinórios a odiavam. Eles preferiam Snape a ela.


Isso a deteve. Ela saiu da sala comum, sem nem mesmo falar nada.


Havia um “clima estranho” rondando Hogwarts.


Todos podiam sentir que era iminente que algo grave iria acontecer.


 


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Hogwarts – Dia seguinte. 9:00hs


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Harry caminhava de cabeça baixa ao salão principal para tomar café.


Ele fora praticamente expulso da Enfermaria por Dumbledore, apesar dos protestos de Pomfrey.


Dumbledore sabia que Harry tinha que sair para ir junto com o resto dos alunos.


Harry tinha que ser visto.


Havia rumores que ele estava às portas da morte.


E o clima de vingança aumentava sem parar.


As pessoas comentavam que ele não estava mais normal. Que ele tinha sido ferido na cabeça e tinha ficado cego. Ou mudo. Ou mais uma dezena de boatos.


Dumbledore sabia que Harry tinha que aparecer e se comportar bem para que os boatos parassem e as coisas entrassem em seu eixo novamente. Ele tentara conversar com Harry por vários minutos para animá-lo, mas Harry apenas respondera de forma monótona e com respostas monossilábicas.


Antes de sair da Enfermaria, Harry abraçou madame Pomfrey por quase 30 segundos. A agradeceu por toda sua ajuda e pediu desculpas por todo o incômodo que causara para ela.


Madame Pomfrey sorriu, mas intimamente sabia que um suicida estava saindo da enfermaria.


Harry saiu da enfermaria apenas para ser parado por Dumbledore que lhe disse que ele havia deixado sua varinha para trás. Com indecisão óbvia, Harry finalmente pegou sua varinha e a olhou. Depois, com um suspiro frustrado, ele a colocou no bolso de seu manto, como se estivesse tentando se manter longe de algo desagradável. Seus gestos e indecisão deixaram claro para Dumbledore que ele não se sentia confortável perante sua magia ou mesmo sua varinha.


Dumbledore olhava para aquilo e via que Harry havia literalmente desmoronado emocionalmente. Intimamente ele xingou a si mesmo. O garoto não tinha mais ânimo para nada. Nem mesmo para lutar por sua vida.


 Harry realmente não se importava. Ele só precisava de mais 3 dias. Dobby tinha vindo de madrugada e informara que o Mestre de poções que Harry pedira já tinha começado a poção. Mas ele precisava de mais 2 dias antes de terminá-la.


Dobby tinha feito outras tarefas para Harry, com a maior rapidez possível e partira logo a seguir para cumprir outras ordens.


Mas certas coisas não podiam ser apressadas.


Tudo tinha que levar seu tempo.


Ele precisava resistir ao seu desejo insano de matar duas dezenas de alunos por mais 3 dias.


Ele entrou no salão principal em silêncio.


Recuou três passos assustado ao se ver de frente com Cedric Digory.


Cedric viu o pavor no rosto de Harry e ficou assustado ao ver o menino o contornar em silêncio o mais longe possível dele, antes de continuar a caminhar pelo salão principal.


Hermione já tinha tido sua petrificação revertida e lhe deu um abraço. Rony veio a seguir para abraçá-lo e contar que Perebas havia sumido enquanto ele estava na enfermaria.


Harry teve que resistir ao seu desejo de matar os dois ali mesmo. Tudo era uma questão de tempo. Foi notado por todos que ele não retornara os abraços.


Manteve seus olhos baixos e caminhou até a ponta da mesa. O mais distante dos professores. Pegou alguns alimentos leves e comeu lentamente, de cabeça baixa, sem olhar para ninguém. Nem mesmo seus... “amigos”.


Ele sabia que Dumbledore, Minerva e Snape estava mantendo um olho afiado sobre ele.


Ele só tinha que agüentar mais 3 dias sem matar ninguém.


Ele não prestou atenção ao seu redor. Isso foi um erro lamentável.


Ele perdeu o primeiro insulto que Draco lhe dirigiu.


E o segundo.


Para ser honesto, ele estava tão concentrado em seus pensamentos que nem percebeu que a hora que ele se levantou, Draco estava à sua frente.


Harry apenas desviou-se dele para ir para seu dormitório. Se ele ficasse longe de todos, ele não iria matar ninguém.


Foi quando ele ouviu o terceiro insulto.


- ... filho de uma prostituta sangue ruim! – falou Draco no silêncio do grande salão.


Ele se concentrou em continuar a caminhar.


Em silêncio.


Prestou atenção apenas ao que havia à sua frente. Mais nada.


Ele não iria reagir, pois isso atrapalharia seus planos.


Manteve-se de cabeça baixa e saiu sem falar nada.


Ele não viu ou ouviu que Neville levantou-se e pulou por sobre a mesa, atacando Draco e seus amigos a socos. Ou que o resto da mesa da Sonserina se levantou e veio para a briga.


Ele também não ouviu a mesa da Corvinal e da Lufa-Lufa sacarem suas varinhas e partirem para a briga. Ou os professores gritando para pararem a briga lançando feitiços de imobilização nos alunos.


Quando conseguiram retirar Neville de cima de Draco e seus amigos, Draco já tinha perdido alguns dentes e seu nariz estava quebrado. O rosto dele era um festival de sangue.


Não. Harry continuou a caminhar até seu dormitório. Encontrou no caminho uma pessoa que ele conhecia, de outra vida. Ela estava parada, no meio do corredor, o esperando.


- Você não está bem. – fala Luna calma.


- Vou ficar melhor. – fala Harry calmo. – Obrigado por se preocupar, Luna.


- Eu vejo coisas, você sabe. – fala Luna sorrindo. – É uma segunda chance, Harry. Eu presumo que você vai aproveitá-la adequadamente?


- Você sabe, então? – pergunta Harry preparando-se para usar um obliviate.


- Sei.  Vou estar sempre aqui, se precisar, Harry. – fala ela dando um sorriso para ele.


- Vou lembrar disso, Luna. – fala Harry abraçando ela com carinho. – Obrigado... por tudo.


- Desculpe se não te ajudei o suficiente antes. Mas eu... vou estar sempre aqui, para você, Harry. Em qualquer lugar ou tempo. Os Nargles me pediram para cuidar de você. – fala Luna com carinho lhe dando um beijo na bochecha antes de partir.


- Luna? – chama Harry e ela olha para ele com carinho. – Lamento se... falhei com você antes. Se... eu não estava lá quando você precisou de mim. Não vou falhar de novo. Não vou te deixar desprotegida. Não mais.


- Você nunca falhou comigo, Harry. – fala Luna sorrindo.


- Eu sempre serei seu... você sabe. – fala Harry sorrindo e desistindo do Obliviate. Ele jamais poderia fazer isso. Não com Luna e Neville. O resto dos alunos... que se dane. – Vou estar de olho em você, mocinha.


- Como um bom amigo sempre faz. – fala Luna sorrindo e se afastando em definitivo.


Harry apenas continuou até seu dormitório.


Ele viu, que na sua cama, haviam muitos pacotes.


Ele estava sozinho no quarto. Com um movimento de sua mão, os pacotes foram enviados para um canto do dormitório.


Com um olhar curioso, ele viu que a gaiola e o rato de Rony tinham desaparecido mesmo.


Ele sorriu.


Dobby já tinha feito metade do que ele pedira.


Ele só precisava agüentar mais três dias sem matar ninguém.


Ele poderia fazer isso.


Fechou as cortinas ao redor de sua cama e dormiu o resto do dia.


Não se importou em ir para as aulas. Ou com provas. Ou com tarefas.


Ele não estava preocupado com nada.


O tempo nunca demorou tanto para passar.


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Hogwarts – mesma noite


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Dobby aparecera de novo com uma mochila preta que tinha feitiços de expansão interna. Dobby informou que quase tudo estava pronto.


O material que Harry lhe pedira tinha sido comprado. Todas as ordens dadas foram fielmente cumpridas.


Harry sorriu e elogiou o elfo. Deu-lhe um abraço forte e disse que em breve tudo ficaria pronto. Que assim que saíssem de Hogwarts, eles estariam livres.


A poção ficaria pronta no dia seguinte. O tempo tinha sido bem gasto. Mas o Mestre de poções precisava de um pouco de sangue de Harry para adicionar a poção.


Em silêncio, Harry cortou seu pulso e deixou o sangue escorrer dento de um frasco.


Dobby ouviu atentamente que aquele frasco de sangue deveria ser usado única e exclusivamente para a poção e que qualquer resto de sangue deveria ser eliminado. Até mesmo o frasco deveria ser eliminado depois de ser usado.


Dobby entendeu muito bem.


Por descuido de Harry, um pouco de sangue caiu por sobre os lençóis. Alguns pingos, nada sério. Com um feitiço meio desleixado, Harry curou seu corte, mas deixou uma cicatriz.


Verdade seja dita, ele nem percebeu a cicatriz em seu pulso.


Naquela noite, em silêncio, Harry saiu da sala comum e foi até a sala Precisa. Com Dobby ao seu lado, ele pegou a Tiara da Corvinal e a colocou numa caixa de aço que Dobby tinha trazido. Fechou a caixa e Dobby a bloqueou com magia, antes de colocar na mochila.


A seguir eles passearam pela Sala Precisa recolhendo alguns itens que seriam muito úteis. Algumas dezenas de livros. Um certo armário sumidouro, e outros itens interessantes. Todos os itens acharam seu destino dentro da mochila,  antes de partirem dali em direção à Câmara Secreta.


Com extremo cuidado, Harry retirou uma das presas do Basilisco e a colocou em outra caixa, junto com dois frascos de memória. Essa caixa também foi para dentro da mochila.


Em seguida, com extremo cuidado, Harry desenhou 72 runas no chão da Câmara Secreta com seu sangue.


Deixou tudo preparado para o ritual.


No dia seguinte, assim que tivesse a poção, Harry iria se livrar da Horcrux em sua testa, para sempre.


Dobby veio com um pouco de comida para ele. Afinal ele precisava se manter forte para o ritual.


Ao invés de voltar ao seu dormitório, e ter que enfrentar um quadro provavelmente irritado, Harry foi até a enfermaria.


Ela estava deserta. Abriu um armário de poções á procura de uma poção para dormir sem sonhos, mas não encontrou, então Harry subiu numa cama e fechou as cortinas.


Em seguida, dormiu.


Ele não percebeu que seu corte no pulso tinha voltado a sangrar por alguns minutos antes de parar sozinho. E ele havia espalhado seu sangue pela enfermaria e um pouco caiu no chão ao redor de sua cama.


 


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Hogwarts – Sala do Diretor – Mesma Noite


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A situação atingira o limite do aceitável.


Os professores gritavam entre eles mesmos.


Exigiam atitudes. Queriam que algo fosse feito urgentemente.


Neville perdera 200 pontos e deveria cumprir detenções pesadas com Snape.


Neville não foi para a detenção e quando abordado por Minerva na sala comum, recusou-se a cumprir qualquer detenção enquanto Draco Malfoy não fosse expulso de Hogwarts.


Minerva tentou argumentar, mas todos os alunos da Grifinória, com exceção de Hermione e Rony ficaram ao lado dele.


Quando Minerva tentou forçar uma decisão com os Prefeitos, os Prefeitos entregaram seus Crachás. E Wood demitiu-se da equipe de Quadribol, junto com todos os membros da equipe.


Minerva tentou argumentar, mas os gêmeos Weasley falaram que eles poderiam não ser Lufa-Lufa, mas que defendiam seus colegas, mesmo que ela não fizesse isso.


Minerva saiu da sala comunal chorando.


Seus alunos nem sequer lhe dirigiam um olhar, a menos que fosse de desprezo.


A Rebelião tornara-se aberta e declarada.


Pela primeira vez na história, a Grifinória não tinha mais nenhum Prefeito ou mesmo um time de Quadribol.


Não.


A Grifinória não se importava mais com isso.


A Grifinória queria outra coisa. Mais importante.


A Grifinória queria sangue.


De Draco Malfoy.


A situação da escola era a de que haveria mortes em breve.


Draco Malfoy fora jurado por metade da escola. Só a pronta intervenção dos professores conseguira salvá-lo dos Grifinórios durante o incidente no café da manhã.


Não tinha sido fácil, mas fora conseguido. Madame Pomfrey tratara seus ferimentos, indiferente aos gritos e choros simulados dele. Por fim, o enviara para a Sonserina, acompanhado por Snape que estava carrancudo.


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Hogwarts – Masmorras.


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- ... E neste momento, mais do que nunca, os Sonserinos devem se manter unidos. – fala Snape para todos os Sonserinos em sua sala comum.


- Perdoe-me, Professor, mas tenho que lhe perguntar. – fala Dapnhe Grengrass séria. – Por que devemos nos unir em torno de algo que os idiotas provocaram??


- Como? – pergunta Snape com sua voz gélida.


- Quais os principais atributos da Sonserina? – pergunta Daphne séria. – O que nos torna Sonserinos?


- Ambição e Astúcia. – responde Snape sério. – O que isso tem a ver?


- Você realmente diria que Malfoy ou seu bando de babuínos sem cérebros são astuciosos?? – pergunta Daphne séria. – Sejamos sinceros. Atacar Harry Potter como... trouxas? Num grupo de seis contra um? Num lugar público? Com testemunhas diversas?? Você considera isso como... Astúcia???


- Srta. Grengrass... – fala Snape com sua voz fria. – Espero que você siga minhas ordens, sem discussão.


- Suas... ordens? – pergunta Daphne sorrindo. – Você é culpado de metade desses problemas.


- Gostaria de se explicar? – pergunta Snape friamente.


- Você deliberadamente provoca Harry Potter a cada instante. – fala Daphne calma. – Você o agride verbalmente e quando não, sabota seu trabalho de poções. Você é um Mestre de Poções e Professor. Você ataca o Potter sem levar em conta que ele tem mais dinheiro e poder político em seu dedo mínimo da mão esquerda do que você jamais terá em toda sua vida! Você acha que isso é astúcia? Acha?? Eu conheço outro nome para isso. Chama-se estupidez!


- Srta. Greengrass!! – alerta Snape estreitando os olhos e vendo que todos os Sonserinos olham para Daphne de forma avaliativa e a grande maioria concordava com movimentos de cabeça. – Não creio que seja capacitada para analisar corretamente minhas atitudes. E creio que eu terei algumas detenções específicas para você, a partir de hoje.


- Mesmo? – pergunta Daphne sorrindo. – Creia-me, Professor Snape, eu não sou como Malfoy que corre para seu pai a cada instante onde a vida demonstra para ele que o universo não gira ao redor do seu umbigo. Mas eu irei sempre em busca de meu pai, quando as coisas são realmente erradas para mim. Você pode sobreviver a uma disputa com minha família, professor???


- O que você sugere então, Sra. Greengrass? – pergunta Snape sentindo um arrepio em sua espinha.


- Além de enforcarmos Draco Malfoy na torre mais alta do castelo e rezamos para que isso seja suficiente para acalmar os demais alunos? – pergunta Daphne séria. – Eu me recuso a ser intimidada apenas por fazer parte da mesma casa que Draco Malfoy. Se ele é um imbecil mimado que acha que pode se safar com qualquer coisa, por causa do nome de seu pai, acho que é hora dele e você descobrir que Potter pode literalmente queimar essa escola e ser inocentado. É hora de sermos realmente astuciosos aqui, e não ficarmos apenas ouvindo os caprichos de uma criança mimada. Eu me recuso a ser intimidada por causa das atitudes de um bando de imbecis que nem sequer deveriam estar na Sonserina.


- Então sua sugestão é entregarmos Malfoy para acalmar a escola? – pergunta Snape sorrindo.


- Sim. Deveríamos, é claro, torturarmos Malfoy e seu bando de amigos imbecis e sem cérebro antes de enforcá-los. A tortura serviria pelo menos para nos... dar um ar de liberdade definitiva da presença do bando de babuínos. – fala Daphne calma vendo que a grande maioria da Sonserina concordava com ela.


- Eu me recuso a fazer isso. – fala Snape calmo.


- Então o sangue que correr entre os Sonserinos estará em suas mãos. – fala Daphne calma virando-se para caminhar até seu dormitório. – Eu me recuso a ser associada a Draco Malfoy e seu bando de delinqüentes. E vou reagir violentamente se for atacada.


Sua atitude foi seguida por quase todos os alunos da Sonserina. Quando notou, Snape estava sozinho na sala comunal.


Aquilo tinha virado um pesadelo para Severus Snape.


 


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Hogwarts – Masmorras.


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Draco fora confinado por Snape nas masmorras, dentro de seu quarto. Sem varinha. Sem contato com ninguém. E fora informado que seu pai tinha sido informado dos últimos acontecimentos. Snape o ameaçara até mesmo com a expulsão e perda definitiva de sua varinha.


Foi quando Draco sentiu medo.


Snape lhe disse claramente que ele fora longe demais e que haveria repercussões severas para todos os Sonserinos. Que sua atitude tinha provocado uma rebelião e que era provável que trouxesse dor e ferimento para todos na casa Sonserina. Especialmente se seu nome fosse Malfoy!!


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Hogwarts – Masmorras – Quarto de Snape


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Aquele dia foi muito complicado, para todos.


Snape estava extremamente preocupado.


As aulas foram canceladas.


Os alunos foram praticamente confinados em seus dormitórios.


A casa Sonserina em si estava andando em grupos não inferiores a 10 pessoas o tempo todo. Ao término do horário de recolher, uma contagem fora feita pelos prefeitos. Todos estavam em segurança.


A porta fora bloqueada por segurança. Com vários feitiços de bloqueio.


Todos tinham ouvido os boatos dos demais alunos da escola.


Que haveria uma invasão naquela noite, nas masmorras. Que havia muitos alunos querendo o sangue dos Sonserinos.


E que iriam enforcar Draco Malfoy no salão principal. E quaisquer Sonserinos que tentassem defendê-lo, seriam enforcados também.


Uma guerra fora declarada.


Com 75% dos alunos contra eles, os Sonserinos sabiam muito bem que iriam ser massacrados.


Verdade seja dita, 95% da Sonserina queria pessoalmente enforcar Draco Malfoy, por vários motivos diferentes.


Mas a presença de Snape e o isolamento de Draco impediram isso.


Por fim, os prefeitos da Sonserina dormiram na sala comum, em turnos, para ficarem de guarda.


Eles temiam um ataque.


 


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Hogwarts – Enfermaria – Dia seguinte


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Harry acordou assim que Madame Pomfrey se aproximou.


- Tudo bem, Harry? – pergunta Pomfrey preocupada ao ver um pouco de sangue no chão, ao lado da cama dele.


- Eu... não me senti bem ontem á noite. – fala Harry com a voz monótona. – Eu vim aqui, mas... daí eu me senti melhor.


- Por que não me acordou, Harry? – pergunta Pomfrey fazendo um feitiço de diagnóstico sobre ele e vendo que ele estava relativamente bem, embora um pouco anêmico. Foi quando olhou para o pulso dele e viu a cicatriz que indicava um corte recente. Olhou para o lado e viu o armário de poções aberto, com manchas de sangue nas portas. Com um movimento da varinha, ela discretamente limpou tudo.


- Eu não quis te incomodar. Achei que você estava muito cansada. – fala Harry em voz baixa. – Eu fiquei tão cansado que dormi aqui mesmo. Desculpe o incômodo.


- Bobagem, meu querido. – fala Pomfrey sorrindo por fora, embora estivesse apavorada. Ela juntou suas deduções e concluiu que ele tinha tentado o suicídio. – Venha, eu vou lhe dar uma poção de reposição de sangue e uma pimenta-up e depois vamos tomar café juntos, tudo bem?


- Eu não quero ser um incômodo. – fala Harry protestando.


- Não é um incômodo, querido. – fala ela sorrindo e lhe entregando as poções. – Como se sentiu ontem?


- As pessoas são estranhas. – fala Harry bebendo as poções num único gole cada. – Elas acham que podem decidir tudo sobre mim. Eles nunca perguntam minha opinião. Eles acham que sabem o que é melhor para mim. Mas elas não entendem que eu só quero ficar sozinho. Só preciso sobreviver mais um dia. Depois eu estou livre.


- Venha Harry. – fala Pomfrey dando um sorriso cansado. – Vamos tomar café.


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Hogwarts – Masmorras


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Fora uma noite muito mal dormida. Os prefeitos Sonserinos ficaram acordados boa parte da noite. Qualquer ruído terminava com eles apontando as varinhas para as portas, com uma maldição nos lábios. Mas, felizmente nada acontecera durante a noite. E agora era hora de irem para o café.


Todos os alunos aguardavam juntos, para irem para o café da manhã.


Todos menos Draco Malfoy que estava bloqueado no seu dormitório, sob ordens de Snape.


Assim que a porta se abriu, os prefeitos viram algo que lhes gelou o sangue.


Diretamente em frente à saída da Sonserina, havia mensagens escritas nas paredes.


“Draco Malfoy deve morrer!” “Matem os Sonserinos!” “Sangues Puros vão morrer!!” “Mate um Sonserino hoje para salvar o dia de amanhã!”


Após lerem algumas das mensagens, os Prefeitos da Sonserina ordenaram que todos voltassem para dentro da Sala comunal.


Nenhum dos Sonserinos apareceu para o café da manhã.


Eles temiam por suas vidas.


Sabiam que o sangue de Draco Malfoy era exigido como pagamento.


Os professores engoliram em seco, quando um Elfo Doméstico apareceu na hora do café e pediu a presença de Snape e Dumbledore nas masmorras. Eles sentiam que algo horrível estava prestes a acontecer.


Quando eles levantaram-se das mesas, Rony Weasley entrou no salão principal, aos berros, dizendo Harry Potter havia desaparecido e que havia muito sangue em sua cama.


Ligar o desaparecimento de Harry, com o sangue em sua cama, e o fato de que os Sonserinos se recusavam a aparecer no salão principal, não foi difícil para os alunos.


Na mente de todos o pensamento foi um só:


“Sonserinos agrediram Harry Potter em seu dormitório e o seqüestraram para sua casa!”.


Aquilo, claro, exigia sangue.


Sangue de Sonserinos.


Seria difícil para os professores manterem os alunos das outras casas de invadirem as masmorras pedindo o sangue dos Sonserinos.


Snape estava na com sua varinha erguida. Mas ele sabia que não seria suficiente quando mais da metade dos alunos do salão principal sacou suas varinhas e começaram a se levantar.


Ele era poderoso, mas não poderia conter todos eles.


Nem mesmo com a ajuda de Dumbledore e Minerva que se colocaram ao seu lado.


Snape, Dumbledore e Minerva sabiam que em caso de luta, por mais poderosos que os três eram, eles cairiam frente a mais de 200 estudantes atacando juntos.


Os alunos apenas estreitaram seus olhos e apertaram as varinhas com raiva.


Aquilo iria terminar num combate aberto.


Seria cruel.


Seria sangrento.


Seria mortal.


Eles só conseguiram acalmar as coisas quando Harry entrou no salão principal junto com Madame Pomfrey. Harry parecia prestes a desmaiar. Era visível que ele estava muito fraco. Pálido como um fantasma e praticamente arrastando os pés ao caminhar. Madame Pomfrey levou-o até a mesa da Grifinória onde ambos sentaram-se e começaram a comer, lado a lado, o tempo todo.


Os alunos baixaram suas varinhas e voltaram a se sentar.


Dumbledore e Minerva respiraram profundamente ao ver os alunos sentando-se novamente.


Snape jamais iria admitir para ninguém, mas ele deu um suspiro de alívio quando viu Harry vivo.


 "Maldito Moleque!!" - pensou ele enquanto baixava sua varinha.
- Harry Potter! - rosna Dumbledore irritado. - Venha comigo. Precisamos conversar! 


*********.************


Kakakakka!


Um pequeno lembrete.


Se você favoritar a história, sempre que eu atualizar o site gera um aviso no seu e-mail.


Agora...


Vocês sabem o esquema.


Next cap já está pronto.


 


Comentem e votem... que eu posto!


 


 


Claudiomir


O Autor + Caçado da Feb!


11/06/2012

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Comentários (11)

  • Nex nexus

    Draco mereçe ser torturado só por ter ofendido a Lily,que é simplesmente uma das maiores inominaveis que ja existiu.(eu acho,eu não lembro se ela era inominavel ou medibruxa)

    2012-06-11
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