Prólogo
Teddy’s POV
Eu estava apenas tentando suportar tudo aquilo... Já fazia um ano desde a morte da minha avó e eu insistia em ficar fantasiando na minha cabeça que ela estava em uma loooonga viajem e logo iria voltar. Mas uma parte de mim insiste em me fazer enxergar a realidade. E não só a realidade mas também toma conta de mim e eu me torno completamente diferente, rude, grosso e dizendo coisas que ninguém quer ouvir... Nem eu mesmo.
Eu tenho que tentar ao máximo controlar toda a minha raiva porque tenho um “pequeno problema hereditário”. Meu pai era um lobisomem. E muitas pessoas não fazem ideia do que acontece quando um lobisomem tem um filho porque nunca tiveram a boa vontade de colocar isso nos livros ou ao menos nos ensinar isso. O que sempre aumentou a dúvida das pessoas em relação a mim. Mas, no inicio, eu nunca demonstrei nenhuma anormalidade, mas o problema começou por volta dos meus 9, 10 anos... Quando eu tive uma “pequena” briga com minha avó e eu estava tão consumido pelo ódio que me transformei em um lobisomem, ou um lobo, no meu quarto quando me tranquei. Eu fiquei tão assustado com o que tinha acontecido comigo que voltei ao normal, minutos depois e me pus a chorar no chão nas próximas duas horas. Quando minha avó entrou no quarto e me viu chorando tentou se desculpar achando que a culpa era dela mas quando a contei o que houve. Foi a vez dela ficar assustada e chorar...
Nesse exato momento eu estava em meu quarto arrumando as malas. No dia seguinte partiríamos todos para a estação King’s Cross para a escola. Finalmente eu iria para um lugar que eu chamaria de lar (não que eu não gostasse de morar com meu padrinho: Harry Potter, mas eu não me sentia em casa aqui em Godric’s Hollow). Esse seria meu sexto ano na escola e minha casa era a Grifinória, como meu pai, os marotos, os Weasleys e Harry.
Harry... Ele era um pai para mim, mas não era o meu pai. Já havia discutido com ele centenas de vezes isso, o que me fazia sentir muito mal. De todas as “brigas” eu havia me transformado uma vez apenas. E foi no ano passado... Foi a pior sensação do mundo porque o Harry era bom demais para mim. Ele era casado com Gina, ela era um tipo de amiga para mim. Vivia me perguntando coisas sobre garotas, como eu me sentia, como eu estava, porque minhas notas caiam, todas essas coisas. E da forma mais casual de todas. Gina era para o mim o que os trouxas chamavam de psi... psicótica... Não! PSICÓLOGA! (por que esses trouxas inventam palavras tão estranhas?!)
-Teddy o jantar já saiu... Harry está pondo a mesa. – disse Gina na porta. Eu estava pensando nela dois segundos atrás!
- Ah, tudo bem. Só vou juntar os livros e desço. – disse olhando para a confusão de livros no chão.
Gina sorriu e saiu. De novo era apenas eu e essa bagunça que eu tinha que arrumar até amanhã de manhã quando teríamos viajar para Londres, que era para mim, a cidade mais perfeita do mundo.
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