Capitulo III: Hogsmeade



**Lumus. Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.**

Capitulo III: Hogsmeade


 


POV Lily


 


Marlene pulava na minha cama, numa boa tentativa de me acordar.


-Desce já daí! – Reclamei. – Quero dormir.


-A culpa não é minha se ficou acordada pensando no James – ela disse se sentando.


Mordi o lábio.


-Lene, estava pensando...


-No James, eu sei – ela concluiu pondo o cabelo atrás da orelha.


-Sim, no Potter.


-James.


-Potter, eu o chamo de Potter e ponto.


-Fica treinando seu futuro sobrenome, as pessoas vão te achar maluca.


-Eu achei que já me achavam... – Murmurei pensativa.


-Enfim...?


-Ele está tão diferente.


-Eu também achei. Ele quase me chamou para ir para Hogsmeade, mas Peter, o esfomeado chegou lá convidando ele para ir na cozinha.


-Anh? O Potter te chamou para Hogsmeade?


-Não, Lily. O Sirius me chamou. Quer dizer, quase. O que você estava falando?


-Que eu estava pensando em como o Potter havia mudado. – Ela gesticulou para eu continuar. – Talvez, eu possa até ser colega dele...


Ela gritou.


-Lily Evans sendo amiga de James Potter!


-Shh! Fala baixo! – Disse me levantando.


-Então a ruivinha vai ser amiga do Pontas? – Agora Sirius Black estava parado enfrente a porta do quarto.


-Eu não disse isso! – Exaltei.


-Disse sim – falaram Marlene e Black


-Você pode, por favor, não contar para o Potter? – Perguntei ao Black.


-Nam.


-Por favor? – Ele continuou balançando a cabeça. – Eu te chamo de Sirius.


Ele me carregou.


-Me solta! Me solta!


-Só se a loirinha pedir.


-Solta ela Six – disse Marlene corada.


Ele me pôs mo chão.


-Seu cachorro!


-Obrigado. Vamos? Vocês estão atrasadas.


-Não conte nada.


-Ok. Marlene vai?


-Vou – ela respondeu. – Tchau Lily.


Me arrumei rápido, e corri até o Salão Principal. Logo localizei os cabelos louros de Marlene. Ela estava sentada com: Sirius – é estranho chamar ele assim –, Pettigrew, Remus, Alice, Frank, Dorcas e Potter. Suspirei me sentando ao lado de Potter. Apenas este movimento todos ao meu redor virou-se para olhar.


-Bom dia – cumprimentei-os.


-‘Dia – disseram em coro.


Servi-me de suco de morango e pão fresco.


-Evans? – Potter me chamou.


-Sim – encarei-o.


-Agora sou seu amigo? – Foi uma pergunta hesitante.


-Sirius te contou?


-Não.


-Marlene?


-Sim. Então?


-Desde que você seja civilizado – disse bebericando o suco de morango.


Ele me abraçou de supetão me esmagando e sem eu retribuir, fazendo-me derramar o suco na minha capa.


-Mas devagar ok? – Disse pausadamente tentando me controlar.


-Desculpe – ele pegou sua varinha deu um toque na minha capa fazendo o suco evaporar.


-Obrigada.


 


 


Outubro quase no fim trazia o clima muito mais frio, ainda não nevava. Eu e Remus lendo na Sala Comunal da Grifinória, ao lado Marlene, Sirius e Alice conversando e do outro Potter e Frank jogando Snap Explosivo e Peter os observando comendo Feijõezinhos de Todos os Sabores. Marlene se espreme na minha poltrona.


-O que foi?


-O Six me convidou para ir a Hogsmeade.


-Eu achei que o passeio tinha sido cancelado.


Ela fez uma careta.


-Não, é este sábado. – Deu um sorrisinho. – Porque não convida o James?


-Não vou para Hogsmeade sábado, vou fazer deveres.


-Mentirosa, eu vi você adiantando os deveres.


-Ainda falta uns.


-Você mente mal Lily.


Ela se levantou e foi continuar a sua conversa. A Sala Comunal foi se esvaziando e eu ainda lia até Potter se sentar defronte a mim.


-Que foi? – Perguntei abaixando o livro.


-Nada de grave – explicou. – Só queria saber se você gostaria de ir comigo à Hogsmeade. – Arqueei uma sobrancelha. – Como amigos. É claro.


-Tudo bem.


-Sério?


-Porque não seria?


-Porque você sempre recusava – ele disse o obvio.


-Agora é diferente, não é?


-Sim. – Ele sorriu vendo minha perseverança. Se levantou. – Boa noite, Evans.


-Boa noite, Potter.


Ele motejou fraco. E subiu as escadas do seu dormitório.


 


POV James


 


Talvez fosse um sonho meu. Lily Evans era minha amiga e aceitara ir comigo a Hogsmeade. Dormir antes do “sonho” acabar. Almofadinhas me acordara com água na cara, só não matei o pulguento porque fizemos o mesmo com Rabicho e Aluado. Perguntaram-me porque o sorriso estampado. E eu disse que só mais tarde.


Entrei no Salão Principal, como sempre estava cheio. Muitas garotas se atirando em cima de mim, e eu – para elas – inacreditavelmente recusei-as. Com caretas elas se afastaram. Localizei a minha ruiva na mesa da Grifinória, rindo com as amigas a cara de Sirius. Seus cabelos ruivos caindo em seus ombros. Usava um sobretudo branco e calça preta e botas cor creme. Estava tão linda. Sorrindo me sentei ao seu lado.


-Bom dia – cumprimentei todos.


-Bom dia – eles cumprimentaram.


-Então, você não desistiu, não é? – Perguntei a Lily.


-Claro que não.


Abri outro sorriso.


-Desistir do que? – Marlene perguntou na minha frente se curvando sobre a mesa.


-Curiosa – disse.


-Aulas de Trato das Criaturas Mágicas.


-Porque vocês não desistem? – Marlene perguntou. – Eles adoram mostrar animais estranhos.


-Eu acabei me acostumando – respondi.


-É bom sair do colégio em plena aula. É como você ficar assistindo aulas com o Binns durante um mês.


-Credo – Marlene exclamou.


Concordei me servindo de ovos e bacons.


-Sabe Lírio, até que você tem razão – comentei.


Lily ficou vermelha.


-Ah! Desculpe. Evans, Evans, Evans.


Ela voltou atenção ao seu prato.


Droga! Porque eu tive que acostumar com esse apelido?


Acabamos de tomar café quando a maioria dos alunos já tinham ido.


-É melhor a gente correr – comentei.


E então corremos até uma das ultimas carruagens. Ofegantes, sentamos na carruagem que ia até Hogsmeade.


-Você está bem? – Perguntei arfando.


Ela estendeu a mão com o sinal de espera.


-Agora sim. A culpa foi sua! – Ela me deu um soco no peito.


-Minha? Porque minha?


-Você acordou tarde.


-Como você sabe?


-Sirius me contou.


-Posso te fazer uma pergunta? – Ela assentiu. – Por favor, eu não estou te forçando, é para deixar bem claro. Porque você chama Almofadinhas de Sirius e ele te chama de Lily, e você não me chama de James e eu não te chamo de Lily?


-Ah!... Por que... Eu não sei.


Eu estendi a mão para ela.


-Prazer, sou James.


-Pare com isso Potter – ela resmungou. Olhou para minha mão vendo que eu continuava ali.


-Sou Lily – ela apertou a minha mão rolando os olhos. Um choque fraco percorreu o meu corpo, ela ficara vermelha e soltara minha mão.


-Viu? Nem é tão difícil.


Ela sorriu.


-Aonde vamos?


-Você que escolhe.


-Madame Puddifoot – ela respondeu simplesmente.


-Sério? Por quê?


-Nunca fui lá.


-Por quê?


-Porque sempre que alguém me convidava, sumia de manhã e só aparecia no outro dia. E estou vendo o responsável na minha frente, então você tem quase obrigação de me levar na Puddifoot.


-É bem coerente seu discurso.


-É claro que é coerente.


-Eu não sou o único que me acho – murmurei.


Ela riu.


-Eu não me acho James. – A frase ficou tão linda quando ela falou meu nome.


-O quê?


-Eu não me acho James.


-De novo.


-Pára – ela reclamou rindo.


-Não é difícil conviver comigo.


Ela não falou nada, apenas me observou. Chegamos em Hogsmeade indo em direção a Madame Puddifoot. Lily, coitada, mesmo com o casaco tremia.


-Anda mais rápido se não você congela – eu disse.


-Está difícil enxergar com o cabelo no rosto.


Segurei-a pelos ombros.


-Ou você prende o cabelo ou eu te carrego.


Ela fez um coque mal feito. Sorrindo vitoriosa andou mais rápido ao pub.


Sentamos em uma das mesas circulares e pedimos café com leite.


-Melhorou – ela disse. – Aqui está tão quentinho. – Ela abriu alguns botões do casaco mostrando sua blusa lilás.


-Eu já disse que você está linda?


Ela riu de vergonha, com as bochechas coradas.


-Achei que não teria isso.


-Eu disse que não desistiria.


-Esqueci que você era persistente.


-Eu sou. Mas, não vou fazer nada que você não queira – eu sorri torto.


-Que bom.


Chegou o pedido.


-Aqui é legalzinho – ela comentou.


-A decoração fica especial no Dia dos Namorados.


-Você já veio aqui no Dia dos Namorados?


-Já. – Eu pausei. – A última vez foi no quinto ano.


Acho que ela entendera minha indireta. Foi no quinto ano que eu percebi minha paixão por ela. O ódio e o amor nasceram do mesmo local, ok? Um dia quem sabe o ódio dela diminua mais e gere o amor. To sonhando de novo... Veja bem, eu sonhava que eu e Lily algum dia das nossas vidas viríamos juntos para Hogsmeade. E olha! Estamos nós dois sentados numa mesa do Café da Madame Puddifoot.


 


POV Lily


 


Eu e James estávamos no Café da Madame Puddifoot, conversando – como ele diz: – civilizadamente. Então, a última vez que vira a decoração especial Dia dos Namorados fora no quinto ano. Será que ele realmente gostava de mim?


Seus olhos castanhos esverdeados me observavam. Ele estava pensativo. Ele passou a mão no cabelo, um ato que eu considerava irritante, e agora achava charmoso. É! Isso mesmo! Eu estou dizendo que ele estava charmoso! Encarei seus olhos castanhos por trás dos seus óculos, vi o reflexo dos meus olhos verdes. Talvez, nós dois estivéssemos nos perdido nos pensamentos apenas observando nossos olhos se espelharem. E lá no fundo, eu vi – ou melhor – eu senti, eu não o odiava mais. Entretanto, não sabia que sentimento eu sentia a James Potter.


Com um pigarreado ao fundo, voltei à realidade. Virei-me para encarar a pessoa que me tirara dos meus devaneios. James, por outro lado, continuou a me olhar. Cutuquei-o com o meu pé, ele também se virou. Marlene e Sirius nos encarando com sorrisos de orelha a orelha. Marlene comia um pacote de Feijõezinhos de Todos os Sabores e Sirius segurava mais alguns doces na mão.


-Perderam alguma coisa? – Perguntei irritada.


-Calma ruiva – riu Sirius.


Bufei.


-Eu e Marlene viemos tomar um café, o Três Vassouras está muito cheio – ele explicou.


-Você não ia estudar Lily? – Perguntou-me Marlene.


-Você disse para eu vim. Aqui estou eu.


-E você Pontas? – Indagou Sirius. – Está fazendo o que aqui?


-Convidei a Lily, oras! – Ele respondeu se levantando.


-Lily? – Marlene riu. – Agora a chama de Lily?


-Sim – ele confirmou. – Vamos? – Ele perguntou a mim.


-Vamos – respondi me levantando. – Tchau! – Acenei para eles.


-Você viu a cara deles? – James me perguntou rindo quando chegamos na Dedosdemel.


Eu ri. Imaginei Marlene em cima de mim querendo saber de tudo. Fiz uma careta.


-Que foi?


-Marlene. Ela vai querer saber o que a gente fez hoje.


-Então, ela é que nem o Almofadinhas. Com certeza ele vai fazer questionário.


-Vida de casado com o Sirius não deve ser fácil – comentei.


Ele riu assentindo.


-Vai querer o que?


-James, não precisa.


-O homem que paga. Tudo por minha conta. Sapos de chocolate, varinha de alcaçuz, feijõezinhos de todos os sabores, delicias gasosas...


-E caramelos de mel.


Pedimos uma sacola para a Sra. Flume porque James não conseguia segurar a montanha de doces.


-Urg! – reclamei comendo Feijõezinhos de Todos os Sabores, indo para Zonko’s. – Sabão!


James pegou um feijãozinho e mordeu metade.


-Pipoca amanteigada – ele disse. – Quer? – Ele estendeu a mão até minha boca.


Eu abri devagar, ele colocou a metade do feijãozinho sutilmente. É, era de pipoca amanteigada. Eu fiquei corada.


-Porque vamos à Zonko’s?


-Não tenho Snap Explosivo.


-É claro – murmurei.


Depois da Zonko’s vimos que já estava tarde. Entramos na carruagem em que Marlene e Sirius estavam. Eles estavam com a cara fechada.


-O que aconteceu? – James sussurrou para mim.


-Amanhã eu te conto – murmurei de volta.


Assim que chegamos no castelo Marlene pulou da carruagem e saiu correndo.


-O que você fez com ela? – Perguntei a Sirius.


-Eu não me lembro de ter feito nada.


-O que aconteceu?


-Eu não sei! – Ele levantou as mãos. – Em um instante ela estava toda alegre e no outro, de cara emburrada.


-Você fez alguma coisa. Marlene não ficaria emburrada assim... Do nada.


-Eu juro que eu não sei o que foi!


-Boa noite – disse saindo.


-Lily! – James gritou correndo até mim. – Diga a Marlene que Sirius não fez por mal. É que virou costume dele ser canalha.


Dei um sorriso.


-Você sabe o que é?


-Deve ter passado alguma garota e ele pode ter pedido ela para sair ou ter elogiado.


-Ele é muito insensível!


-É melhor a Marlene não dar mais bola pro pulguento. Ele não a merece.


-Ela vai gostar da sua ajuda – disse ficando na ponta do pé dando um beijo na sua bochecha. – Boa noite James.


-Boa noite Lily.

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Maria Eduarda Granger: Eu também amo os Marotos e a Lily, a Marlene e a Dorcas, a Alice e o Frank também. Hogwarts em 78 é um dos melhores.

Sah Espósito: É que toda vez que eu imagino a Marlene vem a foto dela em a Ordem da Fênix, e a Dorcas nunca vista no filme eu imagino ela morena. Obrigada :)

**Malfeito feito. Nox!** 

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Comentários (2)

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