New Girl In The Town...

Into Your Arms
(Capítulo Único)

-Quem é ela? –Me vi perguntando a Lily, a pessoa mais próxima de mim, e ela riu.

-Marlene McKinnon, aluna nova... –Olhei novamente para a garota.

Ela era alta, tinha a pele levemente bronzeada, cabelos castanhos escuros, que lhe caiam até o meio das costas, enrolados e meio bagunçados, que estavam soltos.  Usava uma calça jeans meio surrada, a camiseta do uniforme e um All Star vermelho meio desbotado e surrado.

Estava procurando algo dentro de uma mochila 775 vermelha que deveria ser dela, segurando um livro consideravelmente grande em uma das mãos.

-Por que você riu? –Voltei minha atenção para a ruiva ao meu lado.

-Nada... Ela só comentou que te achou bonito! –Ela deu de ombros, mas vi um sorriso de canto aparecer em seu rosto pálido. Revirei os olhos.

-Sei que você inventou isso! Não vou chamá-la pra sair ou ir conversar com ela! Nem adianta tentar joga-la pra cima de mim!

-Só acho que já passou da hora de esquecer a idiota da Vance! –Suspirei e olhei além da ruiva, vendo Emmeline rindo junto das amigas.

Ela era alta, com lindos cabelos loiros, sedosos, lisos e macios, que hoje estavam soltos. A pele branca, quase pálida, e encantadores olhos azuis claros, que lhe davam um ar de boneca perfeito, juntamente com os lábios rosados. Usava o uniforme da escola, uma versão mais curta e uma sandália de salta alto rosa.

Ela era popular e perfeita, e eu era apenas um garoto normal, e um pouco tímido com outras pessoas se não meus amigos. Ela não era pro meu bico, sabia disso, mas não pude evitar não me apaixonar por ela.

-Olha o James ali! –Apontei.

-JAAAAAAAAAAAAAAAAAAMES! –Lily berrou e acenou. Só que o surdo e cego do meu melhor amigo não viu e nem ouviu. Imagina se aquela coisa não usasse óculos? –Eu vo lá! Espera aqui, porque eu não quero perder a minha carona! –Eu ri.

-Pode deixar!

Ela sumiu no tumulto de alunos que estavam saindo da escola, me deixando na calçada da pracinha em frente ao prédio da nossa escola Hogwarts. Felizmente ou infelizmente, a escolha é sua, estávamos no nosso ultimo ano...

Senti alguém trombar em mim e cair.

-Auch! –Olhei para a mais nova criatura cega. E fiquei meio paralisado ao ver que era a garota nova. Ok, ela ‘ta me olhando, melhor falar algo!

-Eu... Se machucou? –Me abaixei, a ajudando a pegar algumas coisas que haviam caído.

-Não... Já estou acostumada com encontrões! –Ela levantou o rosto e sorriu. Tinha olhos castanhos escuros, com um brilho incomum e seu sorriso era contagiante e belo de se apreciar. Não pude deixar de sorrir.

-Você é nova aqui... Certo? –Perguntei quando nos levantamos.

-Sou e eu acho que perdi meu livro de física... Segura isso rapidão? –Ela me estendeu o livro e eu segurei, logo em seguida, ela enfiou a cabeça dentro da bolsa. –É, eu perdi! Valeu por segurar! –Reparei em seu sotaque.

-Que isso, não foi nada... Você é daqui?

-Não, meu pai teve que se mudar pra cá por causa do trabalho e cá estou eu totalmente perdida! –Eu ri.

-Logo você se acostuma!

-Ah, não tenho tanta certeza...

-Lembra a rua da sua casa? –Ela assentiu. –Então, você não esta mais perdida! –Ela riu.

-Ainda bem! Fiquei aliviada! –Ela disse, ironicamente. –Bom, eu vou indo! Ah, eu sou Marlene... Lene!

-Sirius Black! –Ela sorriu, aquele mesmo sorriso contagiante e eu retribui o gesto.

-Até mais, Sirius!

-Até! –Virei pra trás e vi um Lily quase tendo um treco.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Não vou chamá-la pra sair ou ir conversar com ela! –Ela imitou minha voz. –OMG! E então? Ela é legal? Gostou dela? Eu gostei! Achou ela bonita?  Quando vai chamá-la pra sai? Quero ser madrinha de casamento e dos filhos de vocês! Posso ajudar a escolher o nome de um deles? Que tal Jaison? Eu gosto... James, fala pra ele que ela é... –Dorcas colocou a mão na boca de uma Lily que agora dava pulinhos e batia palmas.

-Na boa, não entendi metade do que você falou!

-Ignora ela! Mas, então... –Dorcas começou.

-O que?

-O que você achou dela! –Ela disse como se fosse óbvio.

-Ela é legal... Esbarrou em mim e a gente conversou um pouco... –Dei de ombros!

-Arght, Lily, que nojo! –Dorcas esfregou a mão na calça. –Você babou na minha mão!

-Não! Eu apenas a lambi... Eca! –Ela passou a manga da jaqueta na língua. –Enfim! O que vocês conversaram? –Os olhos das duas brilhavam. Meu Deus, como eu saio daqui?

-Ei! Deixem o Pads! Olha a cara de assustado dele! –James riu.

-Tadinho dele! –Remus apertou minha bochecha e eu revirei os olhos.

-Vamos embora logo?

-Vamos! ‘To morrendo de fome! –Lily reclamou.

-Você esta sempre com fome, criatura! –Dorcas disse, indignada.

-Não tenho culpa! –Entramos no carro em que meu pai dirigia e fomos embora.

...

-Anda logo, Black! –James berrou da sala.

-Cala a boca, viado! Nem sei por que a gente ‘ta indo naquela pizzaria!

-Pra nos divertir, talvez? Anda logo, cara! –Não tinha outro jeito! Era tarde demais pra inventar que estava doente ou algo do tipo...

Mas, um pressentimento ruim me assombrava desde manhã e tinha sido horrível! Emmeline esta namorando o cara mais popular do colégio e a estrela do futebol do time da nossa escola, tirei nota baixa em física, James brigou com um cara que estava falando com a Lily...

-ANDA LOGO, SIRIUS BLACK, ANTES QUE EU EXPLODA ESSA CASA E VOCÊ TENHA QUE SAIR DESSE QUARTO A FORÇA! –Ouvi a voz doce da Lily... Mas, se ela explodir a casa, eu morro, certo?  Sai do quarto e os quatro estavam na sala.

-Nem eu demoro tanto assim pra me arrumar... –Dorcas comentou.

-Vamos ou não? –Perguntou, já irritado.

-Desconto, gente! Ele ‘ta assim o dia todo por causa da Van-Van! –Esse era o apelido do James para a Emmeline. Revirei os olhos e saímos de casa.

Chegar até lá foi fácil, já que a pizzaria fica a poucas quadras da casa do James. Eles escolheram uma mesa qualquer e eu os segui. Estava realmente sem saco pra ficar ali segurando vela.

-Sirius, se anima, vai! –Dorcas me deu um empurrãozinho e eu sorri. Ela fez sinal positivo, sorrindo. 

Olhei ao redor. O lugar já estava cheio, principalmente de casais. Mas, meu olhar caiu em uma garota sentada algumas mesas a frente da nossa, de costas.

Ela estava sozinha e conversava com alguém no telefone. Pouco depois ela o desligou. Ela balançou as mãos na frente do rosto, se levantou e quando andou rapidamente pra fora do lugar, eu me levantei.

-Já volto! –Disse e corri atrás da garota que me pareceu familiar.

A encontrei parada a frente da pizzaria. Seus cabelos, que pela iluminação da rua e da pizzaria me pareceram castanhos escuros, estavam enrolados e brilhantes. Usava um short jeans com o final dobrado e levemente rasgado no bolso de trás e um All Star vermelho desbotado e meio surrado.

-Ei! –A chamei. Ela se virou e eu reconheci os olhos castanhos escuros, que trasbordavam lágrimas, manchado seu rosto.

-Ah, oi, Sirius! –Ela passou as mãos pelo rosto e deu aquele sorriso contagiante. –O que esta fazendo aqui?

-Ah, uns amigos meus estão aqui... –Dei de ombros. –Aconteceu alguma coisa? –Eu a vi morder o lábio inferior e balançar a cabeça negativamente.

-Só estou perdida, pra variar um pouco...

-Você estava falando no celular e depois saiu correndo... –Dei um passo em sua direção. –E agora estava chorando... O que aconteceu? –Ela cruzou os braços e deu de ombros, olhando o chão.

-Nada de novo... Meu pai só preferiu o trabalho a vir jantar comigo!

-Não quer jantar com a gente? –Perguntei, sentindo uma estranha preocupação com a garota...

-Não... Não quero atrapalhar e também já estou indo... –Ela disse, se afastando.

-Vejamos... Você esta perdida... Sem companhia para jantar... Sozinha... –Ela ergueu as mãos em sinal de redenção.

-OK! Você ganhou! Fico cm vocês! –Eu sorri e ofereci meu braço a ela.

-Senhorita... –Ela riu.

-Meu nobre cavaleiro... –Entramos na pizzaria. –Mas, eu só conheço a Lily dali! –Ela parecia levemente apavorada.

-Um é o namorado dela e os outros dois são a melhor amiga dela e o namorado da garota! Relaxa! –Sorri e ela deu um sorriso meio nervoso. Paramos em frente à mesa. –Olha quem eu achei Lily! –A ruiva pulou da cadeira e se jogou no pescoço da Lene.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Lene! Não acredito! Você vai comer pizza com a gente? –Ela a soltou e Lene me encarou.

-Bom... O Sirius me chamou, mas se for um problema...

-Claro que não é! –Acho que falei rápido demais, porque o James, o Remus e a Dorcas estão me olhando maliciosamente.

-Eeeeeeh! Você vai ficar! Essa é a Dorcas, minha melhor amiga... O cara do lado dela é o Remus, namorado dela e aquele é  James, meu namorado! Gente, essa aqui é aquela Lene!

-Como assim? –Ela perguntou olhando da Lily pra mim, confusa.

-Nada não! Senta aqui! –Puxei uma cadeira ao meu lado e ela se sentou.

Em menos de trinta minutos, ela já era uma de nós. Os comentários audaciosos, a risada diferente e os sorrisos contagiantes, as piadas sem sentidos, as brincadeiras, o jeito como falava gírias, o sotaque engraçado...

Por mais que ela fosse à garota de consumo de qualquer cara, a minha entrou na pizzaria quando estávamos indo embora, conversando e rindo com o cara que era seu namorado...

...

Faltava pouco mais de um mês semana para terminarmos a escola e uns dois meses para a formatura. Eu e Lene éramos inseparáveis. Ela era a melhor amiga que eu tive, e até teria, na minha vida. Ganhava até mesmo do James, já que com ela eu podia falar de qualquer assunto...

-Novidades quentíssimas! –Ela disse, entrando em casa.

-É, pode entrar, meus pais não estão em casa! –Ela riu e se jogou no sofá.

-Vance terminou o namoro!  Esta solteira E sem par pro baile!

-E dai?

-Como ‘e dai’? Você gosta dela e vai convida-la para ir ao baile da formatura e se candidatar a novo namorado dela, oras! –Ela disse como se fosse a coisa mais fácil que existisse no mundo.

-Piro é?! Parece até que não me conhece! –Me joguei no sofá, a seu lado.

-Quem não te conhece é ela! Vamos fazê-la ver a coisa linda e fofa que esta perdendo!  -Ela apertou minha bochecha e riu quando torci o nariz.

-Claro que não!

-Pretende ficar com essa paixão platônica por ela até quando?

-Até eu ir pra faculdade e esquece-la? –Ela revirou os olhos.

-Anda! Vou te ensinar algumas coisas básicas... –Ela levantou e subiu as escadas. –SIRIUS BLACK!

-‘To indo... –Subi as escadas, derrotado.  Ela estava tirando minhas roupas do guarda roupa e jogando na minha cama. –Ei!  O que você pensa que esta fazendo?

-Cala a boca, se não nem te ajudo!  -A obedeci e me sentei em uma parte da cama que não estava coberta pelas roupas. –Hum... Essa calça... Mais essa camiseta... –Ela colocou sobre a cama uma calça jeans escura, uma camiseta branca e uma xadrez azul. –E esse tênis... –Ela colocou um All Star preto no chão, ao lado da cadeira.

-Pra que isso? –Apontei a cadeira.

-Nesse momento, ela esta dando uma festa na casa dela e a escola inteira vai estar lá! Você vai lá e vai conquista-la! –Eu ri e parei, quando ela me olhou com a sobrancelha levantada.

-Sério?

-Claro! Vai tomar banho que eu vou terminar de ver umas coisas aqui...

-Você é louca, garota! –Disse, me levantando.

-Anda logo! –Ela jogou um tênis em mim e eu desviei, entrando no banheiro, rindo.

Tomei um banho rápido e voltei pro quarto.

-Cadê a minha roupa?

-SIRIUS! Eu não precisava ver essas suas banhas horrendas! –Olhei para meu abdômen completamente definido e a toalha amarrada na minha cintura.

-Banhas?

-Cala a boca e veste aquela calça e camiseta xadrez! NO BANHEIRO! –Eu ri e vesti a roupa que ela mandou no banheiro.

-Pronto! –Sentei na cadeira, onde antes estavam as minhas roupas. Ela se aproximou com uma escova de cabelo, pente e alguns cremes.

-Não a chame de ‘gata’, ‘linda’, ‘fofa’, ‘querida’ e qualquer coisa ridícula do gênero! Diga ‘oi’ e a convide para uma dança... Não de um modo muito formal e nem de um modo muito informal... –Ela penteou meus cabelos enquanto falava. –Depois, puxe um papo... Nada muito sério, algo que ela goste... E pelo amor de Deus, não concorde com tudo o que ela diz! Isso irrita! Puxe-a pela cintura e fale perto do seu ouvido... Faça-a rir... Elogie algo que você tenha certeza que nunca a elogiaram, mas não infle muito o ego dela... Por fim, a convide para sair amanhã, e provavelmente, ela aceitara!

-Da um papel pra eu escrever isso? –Ela riu.

-Exagerado... Pronto! –Me levantei e olhei no espelho. Meus cabelos caiam levemente sobre meus olhos e estavam charmosamente bagunçados.

-Wow...

-A propósito! A chame para um passeio no parque ou pra tomar um sorvete... Vá com essa roupa –Ela apontou para uma roupa dobrada sobre minha cômoda. -E depois eu falo o que você tem que fazer com mais detalhes... Agora, vamos!

-Perai... Aonde você conseguiu esse vestido? –Aquela cor me lembrava muito minha camiseta social azul clara.

-Mágica! Usei sua camiseta! Agora vamos!

...

A musica alta podia ser ouvida de três ruas acima da casa. Havia muitas pessoas na frente da casa, na rua, sobre alguns carros, algumas ficando em um canto mais escuro, outras apostando quem bebia mais...

-Certeza que é aqui? –Olhei pra Lene.

-Acabei de sair daqui, otário! Anda! Ela estava dançando quando e sai daqui! –Ela me puxou para dentro da casa. Havia muito mais pessoas ali e pude sentir o cheiro de bebida alcoólica predominando o ar. –Ela esta ali no bar! Lembra de alguma coisa que eu falei? –Ela perguntou mais alto do que em uma conversa normal.

-Não!

-Você vai se sair bem! –A encarei incrédulo. Ela ouviu o que eu disse? –Agora, vai la! –Engoli em seco e segui até bar.

Ela estava de costas, os lindos fios de ouro caindo por suas costas, o corpo destacado por um vestido preto, que do modo como ela estava com as pernas cruzadas, me pareceu bem curto.  Me sentei ao seu lado.

-Uma coca, por favor! –Me senti meu ridículo em pedir uma coca numa festa onde todos pareciam estar completamente bêbados.

-Duas! –Ouvi sua voz angelical ao meu lado e me virei. Ela me olhava, com aqueles belos olhos azuis claros, e os lábios em um lindo sorriso. Não pude evitar sorrir também.

-Oi! –Uma segurança sobrenatural me invadiu.

-Olá...

-Você não me parece o tipo de garota que toma coca... –Eu posso me matar depois dessa?

-Você não parece ser do tipo de garoto que toma coca... –Ela sorriu de canto, tomando um gole da coca que havia acabado de chegar.

-E que tipo de garoto eu pareço?

-Hum... Conquistador... Inteligente... Festeiro... E um ótimo dançarino! –Tomei um gole da minha coca.

-Errou em todas!

-Ah, sério? –Ela perguntou incrédula.

-Sério... Posso te mostrar como sou um péssimo dançarino se aceitar dançar comigo, por exemplo! –Ela sorriu, divertida.

-Adoraria! –Nos levantamos e eu a levei até o meio da sala.

-Atendendo a um pedido especial... –Olhamos para o DJ e eu vi a Lene pulando e acenando pra mim ao lado dele. –Uma musica mais calma para os casais... –Uma musica bem calma começou a tocar e eu coloquei minhas mãos em sua cintura e senti suas mãos quentes e macias na minha nuca.

-Desculpa se eu pisar no seu pé! –Disse, com os lábios bem rente a seu ouvido e a ouvi rir.

-Tudo bem... Mas, só se você me desculpar por pisar no céu pé! –Ela se aproximou de mim, colando nossos corpos e dizendo próximo ao meu pescoço, enquanto nos balançávamos no ritmo da musica.

-Ai meu Deus, dois péssimos dançarinos juntos! Salve nossos pés e os demais a nosso redor! –Ela gargalhou em meu pescoço e me arrepiei involuntariamente.

-Você estuda em Hogwarts? –Ela perguntou.

-Estamos em turmas diferentes!

-Ah! –Ela soltou uma exclamação de entendimento. –Isso explica nunca ter te visto antes... Você é um cara legal...

-Não quero te assustar, então... É! Sou um cara legal e ótimo dançarino! –Ela riu e uma musica agitada começou a tocar. –Preciso ir!

-Mas, já? –Ela parecia... Desapontada?

-É... Nós podíamos ir tomar um sorvete amanhã... Que tal? Ou, se você preferi outro lugar...

-Passa aqui em casa as cinco e a gente vai tomar um sorvete! –Ela beijou minha bochecha e eu senti não senti nada. Estranho... –Até lá!

-Até! –Ela foi até as amigas e eu sai de sua casa. Quase sai pulando. Não fiz aquilo ali porque tinha muita gente. Fiquei pulando e fazendo dançinhas da vitória na rua de baixo. Peguei o telefone e liguei para a Lene.

-Fala! –Ela disse meio alta por causa do barulho da musica alta.

-Vem aqui na rua debaixo da festa!

-Aff... Perai, então! –Ela desligou o celular e logo vinha descendo a rua. –E então...? –Eu a abracei e a girei no ar, a fazendo ir. –ME SOLTA, SEU LOUCO!

-Você é um gênio! Vamos tomar sorvete amanhã às seis!

-Olha só! Não é que os meus conselhos dão certo?

-O que eu tenho que fazer amanhã? –Ignorei seu ultimo comentário.

-Basicamente a mesma coisa de agora... Inventar papos que a faça rir, mostrar que você sabe ser um cavaleiro... E pedi-la pra ir ao baile com você! É simples!

-Você falando desse jeito é... Ah! Eu ‘to indo embora já...

-Já? –Assenti. –Vamo então!  -Começamos a andar rua abaixo.

-Sabe uma coisa que eu ‘to curioso pra saber?

-Fala!

-Como você transformou a minha camiseta em um vestido? –Ela riu com gosto e não disse nada.

...

O baile seria amanhã e eu iria com a Emmeline... Ela é mais perfeita do que eu imaginava e como eu estou feliz de poder estar saindo com ela, mas...

-Qual é o assunto urgente? –Lene entrou no meu quarto, sem ao menos bater na porta.

-Eu não sei dançar, como vou dançar com ela no baile?

-Depois de tudo o que eu falei, do tanto que você mudou... Esta encanado por causa de uma dança? Sabe, eu estava indo visitar minha avó rica...

-Isso explica bastante coisa...

Ela usava a parte de cima de um terninho claro, dobrado até  cotovelo, uma regata branca e um short mais social um tom mais escuro que o terninho. Nos pés, usava uma moleca cor da pele e aquela roupa tinha ficado perfeita nela, juntamente dos cabelos presos em um rabo de cavalo meio frouxo e apenas um lápis de olho contornando seus grandes olhos castanhos escuros.

-Cala a boca, se não nem te ajudo!

-Agora sim! –Eu disse rindo. –Então você vai me ajudar?

-Vou, né! –Ela foi até meu computador e colocou pra tocar uma musica lenta. –Não vou te ensinar a dançar musica mais agitada, porque nem sonhando você aprenderia! –Ela caminhou em minha direção e pegou as minhas mãos. –Coloque uma mão na cintura dela e a puxe pra perto... –Fiz o que ela mandou, até colar nossos corpos.  –Segure a outra mão dela... –Segurei sua mão livre. –Vou te ensinar como conduzir, mas nunca deixa uma garota conduzir a dança!

-Entendi! –Assenti, mergulhando dentro daquele mar castanho escuro.

Seus grandes olhos brilhantes sempre foram algo indecifrável pra mim, mas agora, eles brilhavam de uma maneira diferente que eu queria mais que tudo saber o que significava...

-É simples! Dois pra lá, dois pra cá! Na direção que você quiser! –Ela dava dois passos pra um lado e me puxava, mais dois e me puxava... Quando me dei conta, a estava guiando. A afastei, a girei e a puxei novamente para mim. Ela riu. –Isso! –Notei nossa proximidade e senti meu coração disparar e meu olhar cair em sua boca cheia e rosada, imaginando seu gosto... –Ao fim da musica, vocês estarão próximos... Você vai se aproximar mais... –Eu me aproximei. –E vai dar um beijo calmo e rápido, que a deixe querendo mais... –Rocei seus lábios com os meus. Ela os entreabriu, mas antes que eu fizesse algo, ela se afastou, balançando a cabeça.

-E depois? –Senti minha respiração falhar, quando ela deu um sorriso maroto e tornou a se aproximar.

-Chame-a para tomar algo... Depois, ela vai te chamar para ir a um lugar mais reservado... Assim que chegar ao corredor deserto, ela colocara as mãos em sua nuca... É o sinal que ela deseja te beijar novamente... –Ela passou os braços pelo meu pescoço. Suas mãos geladas fizeram ondas elétricas passarem por todo o meu corpo, e eu sabia que nada tinha a ver com a temperatura delas... Nunca tinha sentindo aquilo antes...

-E... E depois? –Perguntei. Respirei fundo e logo percebi que foi a decisão errada a tomar. Seu perfume doce e marcante me atingiu, embaralhando meu cérebro.

-Você deve deixa-la com vontade de te beijar, faze-la pedir por isso...

-Assim? –Sem pensa nem a menos uma vez, prensei-a contra a parede mais próxima e comecei a beijar seu pescoço calmamente, segurando firmemente sua cintura, de um modo possessivo.

-É-É... –Eu a ouvi suspirar quando beijei atrás de sua orelha.

 O que diabos estava havendo comigo? Eu sou apaixonado pela Emmeline, mas o que eu estou sentindo pela Lene é algo maior... E não é desejo... É algo que eu não senti nenhuma vez com a Emmeline... É...

Comecei a subir os beijos, até chegar a seu queixo e olhar dentro de seus olhos. Eles novamente tinham aquele brilho e eu me vi perdido naquele mar castanho escuro, que era uma tonalidade mais clara do que eu imaginava...

Meu olhar caiu para seus lábios avermelhados. Vi-a mordendo seu lábio inferior, e sem perceber, prensei mais o corpo dela contra a parede, colando ainda mais nossos corpos e aproximando meu rosto do seu.

Ela entreabriu os lábios, e soltou um suspiro. Seu hálito quente se misturou com o meu, seu cheiro me inebriando, suas mãos em meus cabelos, seus olhos fechados... Sua boca tão convidativa...

Rocei meus lábios nos seus, sentindo aquelas malditas ondas elétricas passarem por todo  meu corpo. Eu precisava sentir o gosto dos lábios dela! Caba célula do meu corpo implorava por isso... Quando, finalmente encaixei meus lábios nos dela...

-Lene! Seu pai chegou! –Ouvi a voz da minha mãe e as batidas na porta. Ela me empurrou levemente e caminhou silenciosamente até a porta.

-Vai ao baile? –Perguntei, sem pensar, apenas queria que ela ficasse mais um pouco. Ela se virou, com a mão na maçaneta e sorriu, aquele sorriso contagiante.

-Não... Vou passar o Natal com a minha mãe... E também, ninguém me convidou! –Ela deu de ombros. –Tchau, Six! –E saiu.

Me joguei na cama.

-Sabe... Eu gostaria de uma nora idêntica a Lene... –Minha mãe comentou, encostada a porta do meu quarto.

-Mãe! –A repreendi, sem conter o riso.

-O que é?! É verdade! –Ela saiu do quarto.

E sem perceber, comecei a imaginar Marlene McKinnon sendo minha namorada e a nora perfeita da minha mãe.

...

Estava no baile, mais precisamente, dançando, na pista de dança (?), com a Emmeline.

Encarei seus olhos azuis.

Por estranho que pareça, não senti absolutamente nada. Nem quando ela colocou as mãos em minha nuca e encostou a cabeça em meu ombro. A única coisa em que pensei foi na dança com a Lene... Em como havia sido perfeita... Em todas as sensações...

Desde a minha primeira conversa com Lene, meus sentimentos pela Emmeline mudaram... Foram ‘enfraquecendo’... Mas, quando Emmeline me encarou novamente e se aproximou eu finalmente entendi.

Eu havia mudado por ela. Ela não me conhecia e nem poderia gostar de mim pelo o que eu sou, apenas do cara perfeito que a Lene me ajudou a criar... Enquanto a Lene me conhecia, sabia de todos s meus defeitos, era meu porto seguro e... Era por ela que estava apaixonado. O ano todo.

-Emy, me desculpa, mas não da! –Me desvencilhei dela e corri pra fora do salão. Disquei seu numero e senti meu coração quase explodir no peito. –Atende, por favor... –Mas, ele tocou até dar caixa postal.

-Ei, Sirius! –Lily e James saíram do salão.

-Lily, me ajuda, eu...

-É! Eu sei! E tenho uma ideia! Vocês vão se apresentar, certo? –Nós dois assentimos. Nossa banda iria tocar algumas musicas... –Eu liguei pra Lene e disse que mandaria algumas partes do show... Ela disse que tudo bem, já que vai ter de esperar bastante tempo até o voo dela sair... Então, você só tem de...

Ah! Como eu amo essa ruiva...

...

Estava sentada, quase deitada, em um banco qualquer, esperando meu voo sair.

Não era pra mim estar aqui. Não eram esses meus planos.

 Na verdade, nenhum deles era me apaixonar por um idiota, virar amiga dele e ter que ajuda-lo a conquistar a garota dos seus sonhos, para depois fugir.

Fugir. Era exatamente isso que estava fazendo. Eu deveria passar o Natal e Ano Novo com meu pai e a família da parte dele e depois as férias na casa da minha mãe. Mas, eu não conseguiria. Não depois do que aconteceu depois que eu tentei ensina-lo a dançar...

Meu celular começou a tocar e eu olhei o visor. Six. Deixei-o tocar e depois de uma eternidade, ele finalmente parou. Voltei a ouvir minhas musicas, tentando esquecer aquele ser, quando decidi mexer no meu note.

Lily estava me mandando o vídeo da apresentação dos garotos. Apertei o play.

-LENE! ASSISTA ATÉ O FINAL! –Vi o rosto da ruiva e ela voltou a câmera para o palco, onde os garotos se apresentavam.

-Bom... Essa musica não estava nos nossos planos, mas devido a um incidente... –Sirius respirou fundo e olhou diretamente pra câmera. –Essa musica é para uma pessoa muito especial pra mim e eu espero que não sej tarde demais... Então, vamos lá!



A introdução da musica começou e eu rapidamente a reconheci. Ela era linda, perfeita para ele dedicar a Vance... Mas, ele deve ter estragado tudo pelo que disse. Avistei os cabelos loiros dela um pouco a frente.

Ele usava uma camiseta preta e um blazer cinza, meio prateado, a calça social da mesma cor. Os cabelos não estavam do jeito que eu os arrumava para os encontros com a Vance. Estavam bagunçados, do jeito que ele deixava quando não estava com ela. Os olhos azuis acinzentados pareciam brilhar mais e a boca, que sempre me perturbava, parecia mais provocativa...

There was a new girl in town
Tinha uma menina nova na cidade
She had it all figured out (Had it all figured out)
Ela tinha tudo decidido
Well I'll state something rash
Bom, eu vou dizer algo imprudente
She had the most amazing... smile
Ela tinha o mais maravilhoso... sorriso

Ele cantou de olhos fechados, até um verso antes de dizer algo ‘imprudente’.  Ele sorriu de lado e piscou, quando disse que era o sorriso dela, em direção à câmera. Ou a Vance.

I bet you didn't expect that
Aposto que você não esperava por isso
She made me change my ways (She made me change my ways)
Ela me fez mudar o meu jeito
With eyes like sunsets, baby
Com olhos como por do sol, baby
And legs that went on for days
E pernas que andavam por dias

É, Sirius, ela realmente te mudou. Ela não gosta de você pelo que você é, ao contrai de mim.

I'm falling in love
Estou me apaixonando
But it's falling apart
Mas estou caindo aos pedaços
I need to find my way back to the start
Preciso achar meu caminho de volta ao começo
When we were in love
Quando nós estávamos apaixonados
Things were better than they are
As coisas eram melhores do que são
Let me back into...
Me deixe ir de volta…
Into your arms (X2)
Pros seus braços (X2)

Senti uma lágrima descer pela minha bochecha. Por que a Lily estava me fazendo assistir aquilo? Ela sabia que eu gostava dele! Queria me fazer chorar e despedaçar meu coração?

She made her way to the bar
Ela fez seu caminho até o bar
I tried to talk to her
Tentei falar com ela
But she seemed so far (She seemed so far)
Mas ela parecia tao longe
Outta my league
Longe do meu alcance
I had to find a way to get her next to me
Eu tinha que achar um jeito de fazer ela vir para mim

É, Lily, você conseguiu!

I'm falling in love
Estou me apaixonando
But it's falling apart
Mas estou caindo aos pedaços
I need to find my way back to the start
Preciso achar meu caminho de volta ao começo
When we were in love
Quando nós estávamos apaixonados
Things were better than they are
As coisas eram melhores do que são
Let me back into...
Me deixe ir de volta…
Into your arms (X2)
Pros seus braços (X2)

Estava prestes a desligar aquela merda de vídeo e queimar meu note, quando Sirius chamou alguém e a Lily começou a andar,  eu só sei disso porque a imagem ficou chacoalhando.

Oh she's slipping away
Oh, ela está escorregando
I always freeze when I'm thinking of words to say
Eu sempre congelo quando estou pensando em palavras pra dizer
All the things she does
Oh, as coisas que ela faz
Make it seem like love
Fazem isso parecer amor
If it's just a game (Just a game)
Se é só um jogo (Só um jogo)
Then I like the way that we play
Eu gosto do jeito que nós jogamos

É, ela deu o fora nele!

I'm falling in love
Estou me apaixonando
But it's falling apart
Mas estou caindo aos pedaços
I need to find my way back to the start
Preciso achar meu caminho de volta ao começo

Ok, cansei dessa brincadeira! Estava pra desligar novamente, quando Lily andou até ficar de frente pro palco e o Sirius sentou na beirada do mesmo, olhando para a câmera.

I'm falling in love
Estou me apaixonando
But it's falling apart
Mas estou caindo aos pedaços
I need to find my way back to the start
Preciso achar meu caminho de volta ao começo
When we were in love
Quando nós estávamos apaixonados
Things were better than they are
As coisas eram melhores do que são
Let me back into...
Me deixe ir de volta…
Into your arms (X4)
Pros seus braços (X4)


Ele terminou de cantar e todos bateram palma. Ele pulou do palco e pegou a câmera, mirando para si.

-Lene, por favor, não vá embora ainda! Preciso te dizer algo! –E então, o vídeo acabou.

O que ele queria me dizer? Que iria se casar com a Vance?

Ouvi o chamado do meu vôo.

Adeus, Sirius! Seja feliz com ela!

...

Entrei desesperado naquela merda de aeroporto e ouvi  o chamado para o vôo da Lene.

-Droga! –Corri.

Pouco me importava se eu provavelmente seria preso, que não comprei passagem, que pulei o detector de metais, que derrubei um carrinho cheio de malas, que vários seguranças corriam atrás de mim... Eu só me importava que a garota que eu amava estava escapando de mim!

Novamente o chamado do vôo dela. Finalmente havia alcançado o portão de embarque dela. Pude ver seus cabelos castanhos escuros...

-Ei, garoto! Parado aí! –Dois guardas me seguraram.

-Por favor, vocês não entendem! Eu vou perder a garota que eu amo! Por favor! Me deixem falar com ela! –Eu dizia, enquanto tentava me soltar deles. –LEENEEEE! –Ela não ouviu e estava prestes a entregar a passagem a um funcionário. –Por favor... –Ouvi um deles suspirar cansado.

-Seja rápido! –Corri novamente, quando eles me soltaram. Sabia que a atenção estava voltada pra mim, mas naquele momento, nada me impediria de dizer a Lene que a amava... A menos que ela estivesse prestes a entregar sua passagem ao funcionário.

-LENE! –Ela se virou e eu parei a sua frente, tentando recuperar o fôlego.

-O que você esta fazendo? –Ela perguntou.

-Eu disse que viria, eu disse pra você me esperar... –Respirei fundo. –Lene, eu finalmente entendi...

-Senhores, o vôo... –O funcionário começou a falar.

-Ah, cala a boca!  Não estava vendo que eu estou prestes a dizer a ela que a amo? –Voltei meu olhar a ela, que sorria, daquele modo contagiante, os olhos brilhando mais que o normal.

-Você o que?

-Ok, eu tinha todo um discurso, mas acho que vou ter que diminuir! –Respirei fundo novamente. –A musica, foi pra você! Eu percebi que a Emmeline nunca gostaria de mim pelo que eu era, mas você... Garota, você chegou do interior e virou minha vida de pernas pro ar! –Ela sorriu ainda mais. –Eu demorei pra perceber, mas... Não era da Emmeline que eu gostava, que fazia meu coração disparar, sentir arrepios, ondas elétricas e essas coisas... Era você! Eu te amo, Lene! –Ela pegou a passagem, colocou na altura do seu nariz e a rasgou ao meio, para depois jogar os pedaços pra cima.

-Também te amo, Six! –Sorri, sentindo que meu peito possivelmente explodiria, tamanha era minha felicidade. Coloquei as mãos em sua cintura, a tirei do chão e finalmente a beijei.

Suas mãos foram parar em meus cabelos e quando aprofundei o beijo, senti milhares de sensações, desde o dedinho do pé até o ultimo fio de cabelo(?). Aos poucos, me viciei em seu gosto doce, em seu perfume perfeito e em sua pele macia e cheirosa. Tudo o que queria era beija-la para sempre, só que precisamos respirar e eu me separei dela, relutante.

Ouvimos as palmas e gritos a minha volta. Ela encostou a testa na minha e sorriu.

-E agora?

-Hum... Um baile nos espera... –Comentei.

-Nunca que eu vou aparecer lá! A Vance vai me matar e comer meus restos mortais! –Eu ri.

-Eu te protejo! –Dei um leve selinho nela. –Vamos! –A coloquei no chão e passei uma mão em sua cintura, enquanto andávamos pra fora do aeroporto, ouvindo as pessoas nos desejar felicidades e dizer que formávamos um belo casal.

-Vamos aonde? –Ela perguntou.

-Em casa primeiro! Você vai fazer sua mágica e criar um vestido com uma camiseta minha! E deixar minha mãe feliz com a noticia que é nora dela! –Ela riu com gosto.

-Já sou nora dela?

-Claro! –Ela riu ainda mais.

-E sobre o vestido... Eu tenho um nas minhas bagagens...

-EI! –Nos viramos e o segurança que me deixara ir falar com ela corria em nossa direção, carregando uma mala. –Creio que esta mala é sua, certo?

-É, sim, obrigada! –Ela pegou a mala, mas eu peguei das mãos dela.

-Muito obrigado por me deixar falar com ela!

-Não por isso! Vocês formam um belo casal...  –Ele disse, se afastando.

-Ele diz isso porque não viu o Sirius e a Vance juntos... –Ela comentou, baixo, enquanto saiamos do aeroporto.

-Ei, esquece a Vance! –Segurei seu rosto entre as minhas mãos. –Eu te amo, e quero ficar com você... Quero voltar pros seus braços! –Ela sorriu e me abraçou. Retribui o abraço fortemente e a levantei no ar. –E você é a nora perfeita! –Ela riu e eu a girei em meus braços.

‘...’

Pequeno Bônus:

-Psiu! –Ela me cutucou, quando estávamos dentro do táxi e eu a encarei, vendo-a se aproximar de mim e sussurrar em meu ouvido. –Depois você me deixa apertar suas banhas horrendas? –Eu ri.

-Mas, se elas são horrendas, por que você quer apertar? 

-Por que elas são minhas! –Ela encostou a cabeça em meu peito, ficando meio deitada no banco. Passei as mãos em seus cabelos.

-Como é?

-Você é meu, então, por direito, suas banhas são minhas! –Eu ri com gosto.

-Eu deixo... Mas, só se você me deixa apertar as suas! –Eu apertei a lateral da sua barriga, vendo-a se contrair e rir. Ela sentia cosquinha ali.

-Nem pensar!

-Então... Nada feito!

Ela se sentou ereta ao meu lado. Encarou do meu rosto para meu tronco, depois pro meu rosto, e meu tronco. Passe a mão levemente na barriga, levantando um pouco a camiseta, mostrando um pedaço das minhas 'banhas horrendas', só para provocá-la. Funcionou, porque ela mordeu o lábio inferior.

-Você ganhou! Aceito suas condições! –Ela deitou de novo e eu voltei a fazer carinho em seus cabelos. Essa noite seria longa...

‘...’

N/a: Nota rápido se não a Juu me mata!
Quem sabe terá uma continuação...
Eu falei quem sabe, não prometi nada! U.U
Valeu por ler e agora num esquece de comenta!
Bjs e ‘Té mais!

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