Capítulo 10
- EU JÁ DISSE QUE NÃO POTTER! – Dominique entrou na sala comunal, mais vermelha que os meus cabelos e com o meu irmão em seu encalço.
- Mas Domi, eu não...
Ela se virou para ele, furiosa:
- EU NÃO É O CARAMBA. EU VI POTTER! EU VI!
- VIU O QUE? – ele perguntou, gritando também.
- EU VI VOCÊ DE CONVERSINHA COM AQUELA TAL DE LAYLA! – ela gritou, nesse momento atingindo o tom de vermelho do tio Rony.
- Mas eu estava só conversando... – Alvo fez cara de riso, ao ver a namorada tão possessa por ciúmes dele.
- SÓ CONVERSANDO? AQUELA MENINA É UM PUTA DE ESQUINA, MAIS RODADA QUE O EXPRESSO DE HOGWARTS!
- E o que tem? – ele ainda estava com cara de riso. Todos na sala pararam para ver a cena.
- O QUE TEM? O QUE TEM QUE ELA TAVA DANDO EM CIMA DE VOCÊ! E O SENHOR NEM PRA TIRAR ELA DALI.
- Você queria que eu fizesse o que exatamente? – ele perguntou, segurando o rosto dela.
- MANDASSE ELA PRA PUTA QUE PARIU! – Dominique se desvencilhou dele e se sentou em uma poltrona. Já estava retomando o tom natural de pele.
- Isso tudo é ciúmes?
Ela o encarou nos olhos.
- Nunca.
Ele riu: - Admita logo, Dominique.
- Admitir o que?
- Que você me ama. E que não vive sem mim. – bom, acho que meu namorado tem ensinado algumas coisas pro Alvo.
- Haha, eu não te amo. – ela bufou, os cabelos loiros estavam bagunçados. – Eu te odeio e...
- DÁ PRA PARAR COM ISSO? SE BEIJEM LOGO, QUE SACO. – Roxanne, que estava atenta a cena, berrou e começou a bater palmas.
E todos da sala começaram a gritar: “Beija, beija, beija!”. E meu irmão, como não era bobo, beijou a Dominique arrancando gritos por toda a sala. Dominique se separou dele, vermelha como um tomate e subiu para o dormitório.
- Lily? – ouvi uma voz me chamar e me virei para ver quem era.
Era Jack. Aquele menino que eu havia ficado, quando ainda estava separada do Escórpio. Argh.
- O que você quer? – perguntei, sem sair do lugar.
Ele riu e se sentou do meu lado.
- Saber como você está.
- Estou bem, obrigada. Agora já pode ir pro seu lugar.
- E se eu não for? – ele me encarou com as sobrancelhas erguidas.
- Argh, garoto. Você vai.
Então ele fez o que eu menos esperava e me deu um beijo no pescoço. E eu arrepiei. Não me levem a mal, mas qualquer garota arrepiaria com um beijo no pescoço. E depois sabe o que ele fez? Saiu dali. Simplesmente isso. Saiu sorrindo pra mim. Argh, que ódio desse garoto.
Foi então que a porta do salão se abriu e entrou o Hugo.
- HUGO WEASLEY! – chamei.
- Eu não fiz nada, não foi culpa minha, eu não quebrei nada dessa vez, eu juro! – ele disse, vindo em minha direção.
Comecei a rir da cara dele. Ele se sentou ao meu lado e eu baguncei os seus cabelos.
- Lily. O que quer hein?
- Conversar, poxa.
- É, você nem liga mais pra mim. – ele fez bico. – Só dá atenção pro seu namorado agora, nem lembra mais que eu existo.
- Putz, que drama hein. – comentei, rindo.
- Drama nada. Você me trata como lixo.
- Para com isso vai. Você sabe que eu te amo.
- Sim, eu sei. E eu também te amo. – ele sorriu. – Mas agora fala o que você quer.
- Quero passear. Vai na festa mais tarde?
- Vou sim... você vai?
- Vou, mas preciso sair mais cedo.
- E?
- Joga com o Alvo, só pra ele não implicar comigo. – eu disse, rindo.
- Ok, Lils. – ele sorriu. – Gayzão!
- Fala, viado. – Alvo gritou.
- Vamos jogar Snap?
- Vamos ué. – e os dois começaram a jogar. Assim que percebi meu irmão compenetrado, sai da sala comunal discretamente.
Me dirigi ao corredor do sétimo andar, a procura da sala precisa. Assim que entrei, achei a pessoa que eu queria.
- Escórpio?
Ele se virou para mim. Estava completamente lindo, mais lindo que o normal, usando uma calça jeans escura e uma camiseta branca, que marcava seus músculos bem torneados.
Ele sorriu: - Oi, Lírio.
Comecei a rir.
- O que foi? – ele perguntou, se aproximando.
- Meu avô chamava minha avó de Lírio quando queria irritá-la.
- Sério? – ele sorriu.
- Sim.
- Te irrita?
- Não. – eu ri. – Muito pelo contrário, acho fofo.
Ele me encarou, rindo.
- Te amo tanto Lily. – ele me enlaçou pela cintura, me fazendo arrepiar.
- Eu também te amo. – falei, bagunçando os cabelos dele. Eu adoro fazer isso. E ele me beijou, calorosamente. E eu retribui. Ele passou as mãos pelas minhas costas, me deixando arrepiada e quente em cada lugar que ele tocava. Nós separamos a procura de ar e ele beijou a minha testa. – Que horas começa a tal festa?
Ele sorriu malicioso.
- Agora
E então, entraram pela porta: Roxanne, Dominique, Alvo, Daniel, Hugo, Rose, Gabriel e alguns outros garotos e garotas da Grifinória e Sonserina. E outros da Corvinal e Lufa-Lufa. Ou seja, praticamente todos os alunos dos 6 e 7 anos da escola.
Todos vestidos para um festa. E eu. Que estava usando um shorts jeans, com uma bota de salto preta até acima dos joelhos e uma blusa branca, caída no ombro.
- Por que não me avisou que era um festa? – perguntei, indignada. – Teria vindo mais bonita!
- Se tivesse vindo mais bonita, seria injustiça com as outras garotas. – Escórpio disse no meu ouvido, ainda abraçando a minha cintura.
Meu irmão veio até nós junto com Dominique, enquanto os outros dançavam na pista de dança. Daniel estava dançando com Roxanne e esta fazia movimentos provocativos para ele.
- Escórpio, caro amigo.
- Alvinho.
- Vei, que gay.
- Ah, viado.
- Cuida da anã, tá?
- Cuido. Cuida da coisinha loira, tá?
- Eu tento.
Escórpio riu: - Eu também, mas elas são mulheres né?
- Sim. E eu que achava minha mãe complicada. Ainda não conhecia minha irmã e a Dominique.
- Sim, são as coisas mais complicadas do mundo.
- EI, VÃO MESMO FALAR DA GENTE, COMO SE FOSSEMOS INVISIVEIS? E POR SINAL, ALVO, EU NÃO SOU ANÃ!
Silêncio.
Ai que triste, todos me achavam baixinha. Só porque a maioria das meninas tinha mais de 1,65 e a maioria dos meninos passava de 1,85. E eu, linda, gostosa, ruiva e modesta, fiquei parada nos meus 1,61. Grande genética.
Começamos a dançar e eu resolvi beber um pouquinho. Poxa, acabamos de voltar de férias.
- Ih, não vai dar certo. – Roxanne disse, rindo.
- O que? – Daniel perguntou.
- Lily bebendo.
- Por que, oras?
- Você verá.
Depois de alguns copos, acho que foram cinco. Talvez seis. Ou sete, não me lembro. Eu já estava bem mais alegre do que o normal. Tanto que cometi um errinho básico.
- VAMOS JOGAR VERDADE OU DESAFIO? – eu disse, subindo na mesa e gritando, com Escórpio tentando me fazer descer. Mas eu não queria ouvi-lo, estava me divertindo muito para isso.
Houve murmúrios de concordância e nós nos sentamos em roda para jogar. Já havia me livrado das botas. Arranjamos a garrafa e Hugo, que estava agarrado com uma garota sonserina, a enfeitiçou para que detectasse mentiras. Ótimo. Eu nem imaginava o que esse jogo poderia resultar...
Comentários (1)
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!! CARAMBA, PAROU NA MELHOR PARTE!!!
2012-10-16