V – Na Arte e Guerra



Hogwarts fora invadida na ausência de Alvo Dumbledore, ele e Harry tinham partido em busca de uma Horcrúxes deixada num lugar distante, pelo Lorde das Trevas.
Havia medo. O Medo pulsava numa taquicardia, preocupante. Gritos. 
“Onde estava o garoto”, perguntavam os invasores aos alunos temerosos. Mas havia outros que queriam Dumbledore morto, sem saber, é claro, que este nunca morreria...
“...Guarde isso com zelo, e coma isso - Alvo pegou a sacola de pano das mãos de Clio e pôs nas costas, depois pegou o manjar oferecido e o comeu, sem questionar se* deveria fazê-lo.”

Dumbledore comera ambrosia, por duas vezes. 
Mas antes que o comesse pela segunda vez, teria de morrer em sua época.

Snape fitou Dumbledore por um momento, e havia repugnância e ódio gravados nas linhas duras do seu rosto.
- Severo... por favor...
Snape ergueu a varinha e apontou diretamente para Dumbledore.
- Avada Kedavra!
Um jorro de luz verde disparou da ponta de sua varinha e atingiu Dumbledore no meio do peito. O grito de horror de Harry jamais saiu; silencioso e paralisado, ele foi obrigado a presenciar Dumbledore explodir no ar: por uma fração de segundo, ele pareceu pairar suspenso sob a caveira brilhante e, em seguida, foi caindo lentamente de costas, como uma grande boneca de trapos, por cima das ameias, e desapareceu de vista.
(Harry Potter e o enigma do príncipe, páginas 430-431)

Morreu numa morte ensaiada, num teatro que apenas ele sabia o final: que não havia um...


Seu túmulo, pela segunda vez, foi violado. A expressão serena, de um velho, não mais cansado, dormia em paz... Para sempre? Ah, O manjar dos Deuses!
Dumbledore despertou. Olhou ao redor, viu aquele jardim... Hipocrene e Aganipe, as águas jorravam a saldá-lo, nelas viu seu reflexo. O rosto despido de rugas. O tempo parecia não ter passado, era o mesmo garoto diferente, mesmo corpo, porémcom a mente madura.
- Está pronto, bravo soldado?
- Clio! – sorriu Alvo ao reencontrá-la depois de tanto, tanto tempo.
- Sim está, vejo isso – afirmou. - Venha, temos uma guerra pela frente.

As nuvens eram disformes, escuras. Tempo fechado. Trajado como os soldados gregos, Alvo, com o peito estufado, caminhava sem temor ou pesar. Fawkes sobrevoava sua cabeça, como que, a coroá-lo com magnificência divina.
A relva parecia sentir que uma luta entre imortais aconteceria em breve, pois, à medida que o tempo corria, rareava progressivamente. O vento soprava fraco, Alvo mal sentia o cheiro de fumaça que circulava lentamente, proveniente do oeste. Fawkes parou de sobrevoar sua cabeça e se dirigiu para aquela direção...
O cheiro do fumo se tornava forte... Ah, os anéis de fumaça a voar com Fawkes, a rodear Fawkes, a aprisionar...!
A ave piou ruidosamente.

 As nuvens eram disformes, escuras. Tempo fechado. Trajado como os soldados gregos, Alvo, com o peito estufado, caminhava sem temor ou pesar. Fawkes sobrevoava sua cabeça, como que, a coroá-lo com magnificência divina.     
A relva parecia sentir que uma luta entre imortais aconteceria em breve, pois, à medida que o tempo corria, rareava progressivamente. O vento soprava fraco, Alvo mal sentia o cheiro de fumaça que circulava lentamente, proveniente do oeste. Fawkes parou de sobrevoar sua cabeça e se dirigiu para aquela direção...     
O cheiro do fumo se tornava forte... Ah, os anéis de fumaça a voar com Fawkes, a rodear Fawkes, a aprisioná-la?   
A ave piou ruidosamente.   
 - FAWKES – gritou Alvo, várias vezes enquanto olhava aos arredores, de repente o viu. Sorria com aqueles dentes amarelado e tão conhecidos. – Oh, bardo, ajude. O sorriso do bardo alargou-se, e o sol surgiu escaldante. Fawkes debatia-se para se soltar, em vão.   
- Finalmente – começou o bardo a falar – que aquele quem ousou provar da imortalidade morra, hoje, e pelas minhas mãos.   
Então de velho confiável surgiu a face do deus maldoso. Seus traços eram tão delicados!, mas o espírito ardia feito chamas infernais, intensas.   
- Você?! – Alvo tremia de fúria, como poderia ter se enganado e por tanto tempo? As histórias, os conselhos... como acreditara tanto naquele velhinho simpático! Como tinha sido tolo... – você me traiu!      
- Vamos nos poupar da desilusão - impacientou-se o deus. – não tinha a sua vida no meu script, mas você se pôs em meu caminho agora terá de sofrer. Sofra, Alvo Dumbledore.     
Um clarão prateado saiu das mãos do deus, rápido, teria atingido o peito de Dumbledore não tivesse se esquivado, bem em tempo.     
Apolo enfureceu-se.   

- Saiba que não contará sempre com a sorte.  
- Sorte? Sou Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.  
Varinha alguma seria capaz de reproduzir tal feitiço, se fosse um bruxo certamente tombaria, mas era Apolo. O deus desferiu um outro golpe de luz para repelir a magia de Dumbledore, ambas as forças chocoram-se furiosas, famintas. O chão tremia, e tempo se fechou outra vez. Chovia torrencialmente. E a fumaça que prendia Fawkes se desfez. A ave voou e desapareceu de vista, lentamente. 
 
 


XXX

 
 
 
Mil cântaros das águas de Aganipe e Hipocrene foram levadas até ele. Pediram ao não tão negro homem que delas bebessem. 
- Beba, Acace. – com desconfiança, mas, acima de tudo, obediência ele o fez. 
Começou então o espetáculo. A voz de Calíope ditava o ritmo, as outras sete musas a seguiam, e dançavam aquela, que futuramente, seria conhecida como A musa de Acace, a Canção Redentora. 
Clio, por outro lado, estava a postos, pois a qualquer momento teria de tocar a trombeta aos quatro ventos, e depois, escrever o desfecho da história de D’gris no pergaminho. 
A esperança era imensa, acreditavam que águas das fontes pudessem trazer o que Acace tinha adormecido em seu peito de volta, a inspiração, a devoção, sua arte.

Mas os tempos eram de guerras, Fawkes foi até Clio dizer-lhe o que acontecia naquela outra parte do mundo. Confiava em Alvo, na sua capacidade de combate, mas Apolo era filho de Zeus, e o deus nunca faltaria a ele. Clio teria então de recorrer a Hera por precaução, apenas.


XXX



Crateras se abriram no chão, tufos de terra eram arremessados no Monte Helicon, árvores mui grossas se desprendiam do solo, com uma facilidade espantosa. 
Alvo mantinha-se firme, bravio. Cumpria seu destino, com louvor na história, que agora pertence a ele também.
Entretidos não ouviram o canto da fênix. A ave tentou se aproximar, mas uma película mágica, a impedia. Então, algo muito raro se sucedeu. Todos os deuses gregos estavam lá, Clio também, assistindo o duelo, prontos para intervirem a qualquer momento, pois, se a luta entre poderosos chegasse ao fim, desencadearia o drama iminente do fim dos tempos.
Fawkes, então, piou bem, bem alto, estridente, avisando-os sobre a presença dos deuses. Alvo e Apolo os viram. Era questão de tempo para que alguém lhes dissessem para parar; no entanto, caprichoso que só, Apolo simplesmente deu as costas a Dumbledore e partiu, antes que alguém lhe dissesse o que fazer. 

A guerra terminou assim, sem feridos nem vitória, não ainda, pois a Musa de Acace ainda é cantada pelas musas... 
Eis a verdade guerra! E nessa, Apolo ainda não desistiu, pois tinha influência entre os homens e sol, conseguia dos mortais o queria, colocava loucuras em suas cabeças, fazia-os escalar montanhas longínquas, sentirem sede, e contar segredos que não deveriam. Clio sequer suspeitava de tais feitos, pois quando o deus julgava pertinente só quem ele queria via-o. Mas a abordagem era a mesma, abraçava a vítima para apunhalá-la nas costas. Eis Apolo, o deus. Mas não se deve temê-lo... pois Alvo Dumbledore não o teme, e a cada dia o mortal que tornou-se grande ganha o respeito dos demais deuses do Olimpo, e diferente de Clio, Alvo Dumbledore conhecia as artimanhas do deus, que este tenha peito para enfrentá-lo uma vez mais, deseja assim Alvo, pois a sede de vingança pela desgraça dos Dumbledore nunca seria esquecida. Apolo que se cuide. 



  
  
    
    
    
    
    
    
    
    
    


Fim/


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Notas do capítulo:

1 - * lá atrás eu usei "porque", mas como tá errado, mudei, agora, para "se" :p

2 - Ambrosia: o manjar dos deuses do Olimpo, era um doce com divinal sabor, alguns diziam que tinha o poder de cura e se um humano tomasse ele morreria e outros dizem que segundo a mitologia grega era tão poderoso que se um mortal a quem era vetado, a comesse, ganharia a imortalidade. Conta a história que, quando os deuses o ofereciam a algum humano, este, ao experimentá-lo, sentia uma sensação de extrema felicidade. O nome Ambrósio, que vem da mesma raiz, significa divino e imortal. Conforme a mitologia grega, esse manjar era tão poderoso ao ponto de ressuscitar qualquer um, bastava apenas que alguém pusesse em sua boca. (wikipédia)

Notas Gerais:

1 - Há alternância entre pronomes na fic, tentei atribuir a linguagem, principlamente nos vocativos, à época que as personagens viviam, ou seja, Acace viveu numa época deiferente de Alvo, por isso ele trata por "tu", mas quando sabe que Apolo e Calíope são divindades ele passa a tratá-los por vós. É claro que eu fude com a conjugação dos verbos, mas é o que tem pra hoje.

2 - Há, também, a mudança de tempo e espaço, e o congelamento do mesmo. No entanto, quando Alvo estava na Grécia, o tempo real, em Hogwarts, não corria; no entanto, quando Alvo retorna pra "seu tempo", quando jovem, após ter se recuperado da quase-queda lá nas montanhas, Clio achou melhor que o garoto ficasse em segurança a ter de levá-lo às montanhas...

3 - Acace, aos olhos da sociedade, era casado, mas deixei claro que era apenas um acordo, Noelle e ele viviam como irmãos, espero que isso seja relevado, porque Acace é bem gay. Talvez Alvo queira o corpo dele/pensa

4 - Sei lá que dizer, foi muito esforço pra terminar isso aqui, meses( mais de cinco!), mudanças gigantescas de plot. Ah, se achar erros corrige mentalmente ae ou passe canetinha no monitor, ok ;)


Comenta ae, larga de preguiça ou timidez :p

bjs! 


 

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