9º Dia

Aviso: Queridos chapolindos... em alguns casos no meio da fic, irei usar palavras um pouco impróprias e etc, então se acharem que devo mudar a censura da fic para maiores de 16/17 anos, por favor me avisem. Não quero criar motivos para denunciarem a fic e correr o risco de ser excluída de novo, rs. Beijinhos, e obrigada.





            O dia amanheceu ensolarado e lindo. Rony por um milagre acordou primeiro que Hermione. Ele olhou para ela dormindo tranquilamente. Sentia falta de acordar todos os dias assim, com Hermione em seus braços. Sentia falta de acordar com o som de sua voz em seu ouvido dizendo: “Rony, acorda amor, está na hora de trabalhar.” Era muito melhor do que sua mãe lhe acordando: “RONALD WEASLEY, EU NÃO VOU CHAMAR DE NOVO. SE NÃO LEVANTAR DESSA CAMA EM UM MINUTO EU COLOCO ELA NO TELHADO!”. Dava até gosto de acordar com Hermione, ele acordava mais alegre, mais disposto. Hermione se mexeu na cama e Rony percebeu que ela estava despertando.

- Bom dia meu amor. – Ele falou olhando para ela sorrindo.

- Bom dia Ron. – Ela respondeu e ele lhe deu um selinho. – Você deve ter desacostumado a acordar assim, com uma descabelada do seu lado. – Ela riu.

- Sim, desacostumei, mas senti falta de ter uma linda, maravilhosa, e MINHA descabelada do meu lado. – Ele riu e a abraçou, fazendo os dois rolarem pela cama. Hermione deu um pequeno grito enquanto eles riam.

- Bom diaaaaaaaaa. – Harry escorou na porta fazendo os dois se assustarem e caírem da cama.

- Mas que droga Harry! – Rony levantou do chão apressado ajudando Hermione a se levantar.

- Adoro fazer isso. – Harry começou a rir. – Você fica tão irritado quando se assusta.

- Vá pro inferno Harry! – Rony falou com raiva. – Onde está Gina?

- Está descansando no quarto. Ainda tem que ficar um pouco de repouso, mas a médica disse que mais tarde ela já pode sair.

- Que bom! Pensei que não iríamos aproveitar esse dia lindo! – Hermione sorriu.

- E bota lindo nisso. – Rony falou olhando pra ela e a abraçou.

- Nossa gente, eu ainda estou aqui. – Harry falou fingindo estar irritado.

- Então saia daqui! Vai cuidar da sua mulher e do seu filho! – Rony jogou um travesseiro nele e Harry desviou.

- Tudo bem, já que insistem, vou cuidar da minha ruivinha. E vocês dois, juízo... apesar que Molly ficaria muito feliz se tivesse dois netos de uma vez. – Ele piscou e saiu do quarto. Hermione e Rony ficaram se olhando por um tempo.

- Er... isso foi constrangedor. – Rony falou sorrindo.

- Com certeza. – Hermione sorriu de volta.

- Mas não seria má ideia, mamãe ficaria realmente feliz.

- É Ron... eu também... mas temos que resolver isso de uma vez sabe?!

- Eu sei, eu sei. Não se preocupe Mione, dessa vez nós nos entendemos. – Ele a abraçou. – E não pense que estou te pressionando.

- Eu sei Rony. Eu já te perdoei, mas não estamos prontos ainda pra voltarmos a nossa vida de casados, ainda é muito recente, pode ser que um de nós estrague tudo de novo.

- É, você tá certa. Vamos aproveitar. – Ele se jogou na cama, fazendo Hermione cair por cima dele. Os dois começaram a rir e se beijaram.

- Ron... eu acabei de acordar. Deixa eu me arrumar, escovar meus dentes...

- Hermione eu não ligo pra isso. Só quero que fique aqui comigo, pra sempre. – Ele sorriu e a beijou de novo. Eles rolaram na cama e Rony ficou por cima dela, acariciando seu rosto em meio aos beijos. Hermione não queria fazer nada de mais com ele, mas seu corpo mostrava o contrário. Por mais que tentasse resistir as tentações, ela sabia que não conseguiria dizer não. Rony passou a mão em sua coxa, e foi subindo. Quando Hermione estava quase implorando para que ele fizesse amor com ela, ouviram barulhos na janela.

- O que foi isso? – Rony perguntou olhando pra janela.

- Nada. – Hermione segurou em seu pescoço. – Continue Ron... – Ela sorriu maliciosa e Rony retribuiu o sorriso, beijando seu pescoço e acariciando-a. Novamente o barulho na janela, mas dessa vez mais forte e constante.

- Não é possível! – Rony saiu de cima de Hermione e foi até a janela. – Ah... é uma coruja. – Ele abriu a janela e pegou o bilhete que estava com a coruja de cor acinzentada. – Rony olhou para o bilhete e de repente sua feição bem humorada se transformou em raiva.

- O que foi Ron? – Hermione perguntou sentando-se na cama.

- Nada. – Ele virou de costas embolando o bilhete.

- Como nada? Sua cara ficou péssima. – Hermione se levantou e foi até ele. – Deixe-me ver o bilhete.

- Não. – Ele falou rapidamente.

- Como não?

- Eu não quero deixar você ver Hermione! – Ele falou se virando para ela.

- Rony me dê esse bilhete... – Hermione começou a ficar nervosa.

- Não, eu não vou te entregar esse bilhete, não importa o que você diga.

- RONY!  - Hermione tentou pegar o bilhete de sua mão mas Rony levantou o braço, e Hermione não conseguiu alcançá-lo. Nesse momento Hermione teve ódio por Rony ser mais alto do que ela. – RONY ME DÊ ESSE BILHETE OU EU VOU GRITAR!

- Mais do que está gritando?

- É!

- Ótimo! Toma essa droga de bilhete! – Rony entregou o bilhete com raiva e virou de costas para ela.

- Obrigada. – Hermione se recompôs e abriu o bilhete todo amassado:

“Querida Hermione, sei que está de férias, e sinto muito por atrapalhar. Mas preciso de você, urgente. Estamos com alguns problemas aqui, que só você pode resolver. Estou sendo muito indelicado, e sei disso, mas só você pode nos salvar. Com carinho, Victor Krum.”

- Ron... – Hermione segurou em seu braço mas Rony saiu de perto.

- Vai Hermione! Eu sei que você está louca pra ir para os braços do seu querido Victor.

- Rony, está sendo infantil. Isso é trabalho...

- Não interessa! Se ele tem a audácia de atrapalhar as NOSSAS férias, é por que não se trata apenas de trabalho.

- Você leu o bilhete Rony... você viu que ele precisa de mim para resolver PROBLEMAS.

- PROBLEMAS RELACIONADOS A ELE VOCE QUER DIZER! POR MÉRLIN HERMIONE ELE NÃO AGUENTA FICAR UMA SEMANA SEM VOCÊ!

- Rony não é assim! Está falando como se fossemos nos divertir.

- E eu sei lá se fazem isso. Não estou lá para saber!

- Eu não acredito! Acabo de te perdoar por me ofender, e já vai começar tudo de novo?

- Eu pensei que eu era o errado da história, mas vejo que é você!

- EU?

- SIM, VOCE! – Rony se aproximou com raiva e por um segundo Hermione pensou que ele ia agredi-la. Se sentiu péssima por pensar isso. Rony poderia ser um trasgo idiota e ciumento, mas nunca agressivo, nunca levantou a mão para ela. – Eu aqui me sentindo culpado por ter pensado isso de você... mas é tudo verdade.

- ESTÁ ME OFENDENDO DE NOVO!

- MAS É ISSO QUE VOCÊ É! VOCÊ ME TRAI COM SEU PRÓPRIO CHEFE!

- ISSO É O QUE VOCÊ DIZ! NÃO PODE SABER!

- É o que parece... vocês devem se divertir muito pelas minhas costas.

- Vai começar a dizer que Rose não é sua filha também?

- Não... sei que Rose é minha filha, mas não sei se os próximos serão.

- Não acredito Ronald! Isso é um insulto! Está me desrespeitando!

- Você não se dá o respeito, encontrando-se com seu chefe no meio das férias.

- Percebe o que está dizendo? Eu nem mesmo respondi se vou ou não, e se eu não quiser ir?

- Nada aqui te impede de ir.

- Talvez o fato do meu marido estar morrendo de ciúmes e achar que eu o traio, me impeça.

- Não sou seu marido.

- AH... então agora não é? Até ontem você era meu marido quando aquele homem deu em cima de mim.

- Mas hoje não sou mais!
- Então é assim?! Vai deixar seu ciúmes doentio acabar com nossa relação de novo?

- Não tenho culpa se você é uma...

- UMA O QUE ? – Hermione se aproximou com raiva prestes a soltar faíscas.

- UMA PROMÍSCUA! – Rony gritou e as palavras atingiram Hermione mais do que se ele tivesse lhe dado um tapa na cara.

- RETIRE ISSO! – Hermione pegou sua varinha e apontou para Rony.

- ABAIXA ISSO HERMIONE! – Rony falou se afastando mas só conseguiu ver uma luz vindo em sua direção. Por sorte ele era o segundo melhor auror do mundo bruxo, graças a isso ele pegou sua varinha em questão de segundos e se protegeu. Hermione não parava de lançar feitiços contra ele, e ele apenas se protegia. Apesar da raiva e do ciúmes, ele sabia que qualquer feitiço que lançasse nela poderia ser fatal, e ele nunca se perdoaria por isso.

- VOCÊS QUEREM PARAR COM ISSO? – Harry apareceu e tomou a varinha dos dois em um feitiço rápido e silencioso. – PERDERAM A CABEÇA FOI? – Ele gritava mais assustado do que com raiva.

- ELE COMEÇOU! – Hermione estava vermelha e as lágrimas escorriam em seu rosto.

- EU NÃO COMEÇEI NADA! – Rony gritou com raiva.

- ESTÃO PARECENDO DUAS CRIANÇAS! – Harry gritou mais alto se colocando entre os dois. – NEM CRIANÇAS FARIAM ISSO QUE ESTÃO FAZENDO! – Os dois abaixaram a cabeça envergonhados. – Se não conseguem conviver em harmonia, pelo menos discutam isso civilizadamente.

- Não dá pra conversar civilizadamente com esse trasgo.

- E nem com essa traidora.

- Está me ofendendo de novo.

- CHEGA! – Harry gritou e os dois se calaram. – Eu vou sair, trancar a porta, e vocês dois só irão sair quando conversarem direito. – Os dois iam começar a argumentar quando Harry saiu e trancou a porta.

- Ótimo. Vamos morrer aqui. – Hermione falou sentando-se na cama.

- Tomara que eu morra mesmo, assim não preciso ficar levando chifres.

- Nossa Rony você é idiota assim naturalmente ou faz algum esforço?

- Devo ser mesmo...

- Quer saber? Eu é que não vou ficar aqui ouvindo desaforos. Não admito ser acusada de uma coisa que eu não fiz. – Hermione se levantou e foi até a porta. - Harry, eu sei que está ouvindo atrás da porta. Se não me deixar sair eu arrumo um outro jeito e é melhor que você não apareça na minha frente, porque se não eu vou deixa-lo pendurado de cabeça para baixo em um dos galhos do salgueiro lutador e você não vai sobreviver para o nascimento do seu filho. – Hermione falou como se estivessem conversando sobre quadribol. Harry sabia que Hermione cumpria o que falava, e achou melhor destrancar a porta.

- Só pra constar... você é uma bruxa. Poderia ter aparatado. – Harry falou abrindo espaço para ela sair. Hermione se amaldiçoou por não ter lembrado que podia aparatar. Ela saiu com raiva e foi até a lareira. Pegou o pó de flu e desapareceu entre a fumaça escurecida.

- Aonde ela foi? – Gina perguntou olhando para Rony.

- Foi para os braços do amor da vida dela. – Rony falou com raiva e bateu a porta do quarto.

 

 

 

 

- Harry, estou ficando preocupada. Já faz mais de três horas que Hermione saiu. – Gina falou enquanto andava de um lado para o outro na sala.

- Calma amor. Hermione sabe o que está fazendo, não cometeria nenhuma loucura. Talvez tenha ido embora. Foi uma briga feia, e acho que não vão se entender por um bom tempo.

- Não, ela não foi embora. Suas coisas ainda estão aqui. Hermione pode ser uma das melhores bruxas que existe, mas ainda não inventou nenhum feitiço que suas malas apareçam em sua casa quando ela quiser. Ela foi pra outro lugar.

- Ela já voltou? – Rony perguntou aparecendo na sala.

- Ainda não. – Harry respondeu. – Está preocupado?

- Eu não! Não me interessa o que ela faz ou deixa de fazer. Eu já sei aonde ela está.

- Como sabe? Você colocou um radar na aliança dela por acaso? Por que do jeito que você é só falta fazer isso...

- Gina... – Harry tentou interrompê-la.

- É verdade Harry! Rony só falta amarrar Hermione em uma coleira e ainda colocar detectores no pingente dela. Para um marido tão desconfiado não sei por que ele não havia pensado nisso antes.

- Gina, está sendo exagerada. – Rony falou.

- Exagerada? Eu? Acho que o único exagerado aqui é você. Hermione dá a sua alma por esse emprego, para fazer você e Rose felizes.

- Parece que a alma não é a única coisa que ela dá... – Rony falou com raiva.

- Deixa de ser estúpido Rony! – Gina gritou e Harry se assustou. – Você não sabe quantas vezes Victor quis que Hermione fizesse “desse outras coisas pra ele”. Mas por respeito a VOCE, ela nunca deixou que isso acontecesse. Você nunca se perguntou por quê uma bruxa tão inteligente quanto Hermione nunca subiu de cargo? Pois eu te digo. Por ser fiel a você! Victor várias vezes já ofereceu um cargo maior para Hermione, em troca de alguns carinhos no trabalho. Hermione jamais aceitou isso. Preferiu ficar abaixo de todos os outros ao invés de te trair! Isso não me parece coisa de uma mulher promíscua.

- Eu... – Rony não sabia o que falar. Aquilo lhe doeu mais do que qualquer outra ofensa que Gina já lhe fizera. – Eu não sabia. Ela nunca me contou isso.

- É claro que não! Como ela ia contar isso para um marido ciumento e desconfiado? Hermione poderia ter o que quisesse. Uma casa enorme, um emprego maravilhoso, e um amante milionário. Mas sabe o que ela preferiu? Ficar engolindo suas ofensas e suas desconfianças.

- Ela poderia ter me contado... eu... teria feito alguma coisa. – Ele falou desconcentrado.

- Ah sim. “Rony, Victor está querendo fazer amor comigo, em troca de me dar um ótimo cargo no ministério. O que você acha?”

- Eu...sou...

- UM IDIOTA! – Gina falou vermelha de tanto gritar. – Quando vocês se casaram, Hermione imaginou de tudo. Imaginou que vocês iam discutir por coisas bobas, imaginou que você ia ter ciúmes até do bichento, mas nunca imaginou que isso levaria o divórcio. Eu acho que o único culpado é você.

- Eu? Não sou só eu Gina... Harry! Você não sente ciúmes da Gina?

- Bom... sinto.

- Viu?! Não sou o único homem do mundo a ter ciúmes da minha esposa.

- Mas Harry nunca me ofendeu Rony! Harry nunca desconfiou que eu tinha um caso com o técnico do Harpias só porque eu fiquei treinando depois do horário. Ele nunca me chamou de promíscua só porque sou a única mulher do time e quando comemoramos uma vitória os outros jogadores me colocam no ombro e me jogam pra cima. Lógico que ele tem ciúmes, muitas vezes falou isso pra mim. Mas Harry é civilizado, e bem educado, sabe conversar. Só não sei por que você não é assim, tenho certeza que mamãe te deu muita educação.

- Gina... – Harry segurou seu ombro.

- Ela tem razão, Harry. – Rony colocou as mãos na cabeça. – Eu fui um idiota, ela não merecia ter ouvido tudo isso. Mas agora já era... ela nunca mais vai me perdoar.

- Hermione pode estar com raiva, mas ela te ama. – Gina falou mais calma se aproximando do irmão. – Se quer ela de volta, tem que fazer por merecer Rony. E não estou falando de flores ou de pedidos de desculpa. Estou falando para você demonstrar que mudou, e que confia nela, porque eu tenho certeza que no fundo você sabe que Hermione não ia te trair nem se estivesse sob efeito da maldição imperius.

- Sim... eu sei.

- Então arrume um jeito de fazer ela te perdoar, e ter certeza de que você mudou. – No mesmo instante a lareira acendeu e Hermione saiu dela. Ela estava atordoada, e uma das alças de sua blusa estava arrebentada. Ela estava descabelada, e vermelha, mas o seu rosto parecia aflito e amedrontado.

- Por que em nome de Mérlin você está assim? – Gina perguntou preocupada.

- Hermione aconteceu alguma coisa? – Harry perguntou também preocupado. Ela abriu a boca pra responder mas Rony a interrompeu:

- Claro que aconteceu. Não está vendo o estado dela? Estava com o chefe dela com certeza. – Ele falou com raiva mas Gina o olhou como se mandasse ele calar a boca.

- Sim, eu estava. – Ela respondeu indiferente.

- Hermione, por Mérlin não me diga que você... – Gina colocou as mãos à boca.

- Até você Gina? – Hermione abafou o choro e passou a mão nos cabelos.

- É que você está meio... er... estranha Hermione. – Harry falou.

- Eu não estava fazendo o que estão pensando. Eu fui me encontrar com Victor sim e ...

- VIU?! Eu não falei Gina?! Eu aqui me sentindo arrependido e idiota e ela foi se encontrar com ele, e ainda tem coragem de voltar pra casa nesse estado. – Rony falou com raiva. – Fala Hermione, quero ouvir da sua boca o que você foi fazer no ministério.

- Fui pedir demissão. – Hermione o olhou com rancor. Ninguém teve coragem de dizer nada, nem mesmo Gina.

 

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