Sem intenção

Para falar a verdade, eu nem iria postar esse texto, mas me sinto tão insignificante pois estou sem criatividade para continuar minhas fics que resolvi postar...


.....................................................................................................................

Olho imóvel para o teto do meu quarto, sentada de um jeito qualquer em minha cama. A luz do cômodo incomoda um pouco minha visão mas não me importo, estou mais concentrada em sentir os batimentos cardíacos e o cheiro do meu próprio perfume fedido. Me faz sentir viva, não falo de sentir meu coração ou meu cheiro, falo de me sentir presa. Insignificante. Se morresse agora, não me importaria comigo mesma. Sozinha. Morta. Mofando.

Não, meu corpo não está em decomposição, pelo menos assim espero. Ouço o tiquetaquear do velho relógio preso à parede em contraste a música alegre de fundo. Quem diria. Eu, que sou tão viva (Viva, esta é a palavra!), entre quatro paredes. Nesse estado. Nem sei mais o que pensar. Minha própria mente é um mistério, enquanto reescrevo tudo isso, e corrijo os erros incorrigíveis de minha vida fictícia-real. Me sinto mais insignificante quando minhas mãos ficam confusas sobre qual tecla apertar. Mundinho imbecil.

Cantarolo a música de fundo, em meu subconsciente, pois minha voz não sai. Nem quero deixar ela sair. Quero poupá-la para algo que valha a pena. Mas será que isso não vale a pena? Esqueço, já se foi a chance. Malditas oportunidades perdidas. Não vejo mais o riso sincero tomar conta de meu rosto. Os outros parecem tão felizes e satisfeitos, e guiada por minha tontura me deixo levar em direção a sabe-se lá o quê. Não se sabe ao certo de onde viemos e para onde vamos, então por que nos importar com o que fazemos? Deixo todos serem livres por este motivo, e também por uma sensação ruim. É como se eu fosse um maço pisado de cigarro jogado na calçada por um alguém qualquer... 

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.