A Visita
(Narrado pela autora)
Marlene e Lily tinham acabado de se arrumar quando Elisa, mãe da Marlene, veio até o quarto onde as duas estavam e bateu na porta.
- Pode entrar. – falou Marlene com preguiça.
- Meninas, por que vocês não descem. O Chalus, a Dorea, o James e o Sirius chegaram. – disse Elisa.
- Obrigada, mãe. Nós já vamos descer.
Elisa fechou a porta e Marlene olhou para a Lily que estava com o rosto vermelho de raiva.
- O que foi Lily? – perguntou Lene.
- O que o Potter está fazendo aqui?
- Lembrar-se da ultima carta do Sirius? – Lily assentiu – Então, ele falou que eles viriam visitar nós e já que os meus pais vão sair, eles não queriam nos deixar sozinha.
- Ah, eu não vou descer. – falou ela.
- É claro que vai! Nem que eu tenha que arrastar a senhorita. – disse Lene.
-Mas... – Lily tentou protestar.
- Mas nada, ruiva. Vamos descer agora. – falou Marlene arrastando a Lily.
Juntas saíram do quarto e desceram a escada para chegar até a sala de estar. Ao chegar lá, Sirius atacou Lene com um abraço esmagador.
- Sirius, assim eu vou morrer asfixiada. – murmurou ela.
- Ah, desculpa, É que eu senti saudade de você. – falou Sirius olhando preocupado para Marlene.
- Eu também senti sua falta. E não me olhe desse jeito, Black. Eu já estou melhor. – Lene deu um pequeno sorriso para ele.
- Eu fiquei preocupado com você. Mas vamos mudar de assunto. Não é bom voltar a assuntos tristes. Sabe por quê? Porque eu estou aqui. – falou Sirius de um modo convencido.
- Como você é modesto, hein. – Sirius riu com o comentário da Marlene.
- Oi Sirius. – Lily disse depois de descer a escada com relutância.
- Hey ruiva. Como você está? Você cresceu, mulher. – falou Sirius abraçando Lily.
- Oi Sirius. Estou bem e com você?
- Bem.
- Oi pessoas do meu coração. – James se pronunciou. Ele começou a fazer cocegas na Lene.
- PARA COM ISSO POTTER. PARE AGORA. – gritou Marlene tentando fugir dele.
- Okay. Você pode fugir agora, mas depois eu te pego na saída. – sussurro ele com uma voz rouca lançando um olhar do mal.
Mas James logo parou com a brincadeira quando viu Sirius com o braço envolto da cintura de Lily.
- Hey! Tira a mão dela. – disse James vermelho de raiva.
- Ah, não estou com vontade. – brincou Sirius.
- Você não quer que eu te cape, cachorro.
- Você... – Sirius tentou falar, mas a Lily entrou no meio da briga.
- Potter, você para com isso, porque você não é nada meu para falar se algum pode me abraçar ou não. E o Sirius é meu amigo. Então, baixa bola ai.
- É viado, baixa a bola ai. – brincou Sirius.
- Ah, cala boca, cachorro. – falou James emburrado.
- Oi Tio. Oi tia. Como vocês estão? – Lene cumprimentou Chalus e Dorea.
- Olá Marlene. Nós estamos bem e com você? – Chalus falou abraçando ela.
- Estou bem. Fico feliz por vocês virem aqui em casa. – Lene disse.
- Que bom que você está melhor, querida. – falou Dorea.
- A Lily ajudou a me animar um pouco esses dias.
- Olá Lily, como você está? – Dorea cumprimentou Lily.
- Oi. Estou bem e com vocês? – a ruiva perguntou para o casal Potter.
- Muito bem, Lily. Obrigado. – agradeceu Charlus.
- Vamos tomar café da manhã. Ai nós podemos colocar o papo em dia. – falou Elisa.
Após concordarem, todos se sentaram à mesa a qual Hunters colocou pães, frutas e sucos. Depois que todos se acomodaram, o primeiro a se pronunciar foi John, pai de Marlene:
- Então, vocês já receberam a carta de Hogwarts para comprar os novos materiais?
- Ainda não, pai. Deve chegar esses dias. - respondeu Marlene e continuou - Por quê?
- Eu não quero que vocês duas vão sozinhas no Beco Diagonal. Então, quando chegar a carta quero que me avisem. E Dorea, se você quiser levar os meninos conosco para ter mais segurança, não tem problema.
- Claro. Assim eu fico mais segura. Não é Chalus? – falou a Sra. Potter.
- Sim, o John está certo. Eu vou junto também.
- Então, Lily. O que você pretende fazer depois de sair da escola? – perguntou Dorea.
- Eu queria seguir a profissão de auror. – respondeu Lily.
- Que bom. Tenho certeza que vai ser uma ótima aurora. Do jeito que o Jay diz o quanto você é inteligente, tenho certeza que vai conseguir entrar para o quartel general. – disse Dorea.
-Mãe! – falou um James vermelho.
- O que?! Estou falando a verdade. Você não acha que ela vai conseguir entrar, Charlus?
- Mas é claro. Nunca tinha visto um currículo escolar tão completo e limpo de detenções quanto o seu. - concordou Chalus.
- Você... você viu o meu currículo? – perguntou Lily desconcertada.
- Sim. Não só o seu como o do James, Sirius, Marlene e todos os outros que querem se tornar auror. Naturalmente, você deve se lembrar de que os diretores de cada casa fizeram uma entrevista de profissões com os alunos. Não se lembra?
- Lembro sim. – respondeu Lily ainda não entendendo a parte em que o Sr. Potter entra nesta entrevista.
- Então, quando eles terminam as entrevistas, Dumbledore me chama para ver os currículos dos alunos que querem se tornar auror. Assim, eu já vou fazendo uma pré-seleção. – disse Charlus.
- Ah! Entendi. É difícil fazer essa pré-seleção? – perguntou a ruiva.
- Não. Mas algumas vezes eu fico com dúvida quando o aluno tem as melhores notas do colégio e tem varias detenções. – Chalus falou olhando para Sirius e para James.
- Hey pai, porque você está nos olhando. Somos um poço educação. – Sirius disse com cara de cachorro molhado enfiando um pedaço de pão inteiro na boca fazendo todos rirem.
- É pai, somos um poço de educação. E além do mais, você não pode falar nada, porque você era pior que nós. Não é mãe? – falou James
- Isso é verdade. Eu não posso mentir diante dos fatos, Charlus. Sinto muito. – Dorea disse com um ar intelectual.
- Oh! Eu sabia que você iria ficar ao lado deles. Era só questão de tempo, não é? Tenham cuidado, farei vingança. – Chalus falou num sussurro ameaçador.
- Nossa, vocês seriam ótimos atores. – brincou Marlene.
- Pois é, Lene. Nós queríamos entrar para a Broadway. Mas sabe, os holofotes iriam apagar nossa verdadeira beleza. – James disse com “pouca” modéstia e continuou – Mas a parte de meu pai ser pior que eu, é verdade.
- Sério, Tia Dorea. É verdade? – Marlene perguntou desconfiando do moreno.
- Verdade, querida. – falou entre risos – O seu tio era fogo em pessoa... – mas Sra. Potter não conseguiu continuar, porque James e Sirius estavam gargalhando.
- O que foi? Porque os senhores estão rindo?
- Mãe, o pai era fogo em pessoa? – perguntou James.
- Sim. – respondeu Dorea ainda não entendendo o que estava acontecendo.
- Então você sentia um calor pelo pai quando brigavam? – Sirius perguntou maliciosamente.
- Ah, menino! Vai comer seu café da manhã que você ganha mais. – Dorea disse brava fazendo todos rirem até mesmo Lily.
- Ora mãe, há vários sentidos figurados para fogo. – brincou Black.
- Ele tem razão, ruiva. – concordou Sr. Potter. Dorea lançou um olhar do tipo: “você quer dormir no sofá hoje à noite.”
- Okay, parei. – Charlus disse levantou as mãos em sinal de rendição.
- Me lembro muito bem das brigas de vocês dois. Eram como cão e gato. – comentou Elisa.
- Por que... por que vocês brigavam? – perguntou Lily com vergonha.
- Vamos dizer que ele gritava pelos quatro cantos do colégio que ele me amava e eu gritava que odiava ele. –Dorea falou com um brilho nos olhos como se estivesse lembrando-se de algo.
- E eu e os amigos desses dois tínhamos que aguentar o “amor” deles. – disse John.
- Mas no final deu certo. Nós acabamos nos casando. – Charlus falou sorrindo para sua esposa.
- Eu acho que você deu poção de amor para ela, pai. – disse Sirius fazendo com que houvesse um estouro de risadas.
- Respeito, menino! – Chalus fingiu estar bravo.
Depois de todos se acalmarem, Marlene perguntou para o James:
-Jay, o Remus não viria também?
- Viria sim, Lene. Mas ele teve que dar uma saída urgente, por que uns parentes que Remus não via há muito tempo foi lá na casa dele. – respondeu.
- Ah, lembro que o Remus me disse que tinha parentes que não via a muito tempo. Acho que o sobrenome é Scaff. – comentou Lily.
- É esse nome mesmo, ruiva. – confirmou Sirius.
Em meio a barulho de copos e de talheres, os adultos conversavam sobre os acontecimentos no Ministério e Sirius e James contavam piadas para as meninas. Mas Lily estava muito ocupada imersa em seus pensamentos que nem prestava a atenção nos dois marotos. Ela havia pensado que os pais de James fosse aqueles riquinhos arrogantes, contudo desde o velório dos parentes da Marlene começou a mudar drasticamente de opinião.
- Lily... Lily. – Marlene chamou sacodindo a ruiva.
- O que foi?
- Estou te chamando a horas.
- Desculpa, estava pensando.
- Vamos colocar os biquínis para nadar. Meus pais vão sair agora.
Os pais da Lene iriam sair para resolver uns assuntos e para as garotas não ficarem sozinhas chamaram os Potter para ficar junto com elas.
-Tchau, meninas. Qualquer coisa que precisarem é só pedir para a Dorea e Charlus mandarem um patrono para nós – falou Elisa.
- Está bem, mãe. – Marlene disse.
Eles se despediram e foram embora pela rede flú. Depois de colocarem o biquíni, Lily e Marlene foram para a varanda onde os três Potter e o Black estavam esperando elas.
A ruiva não entrou de imediato na piscina, tinha levado um livro para ler. Já a jovem Mckinnon entrou na água junto com os homens. A Srª. Potter estava passando protetor solar para depois deitar na cadeira para tomar sol.
Depois de algum tempo, Dorea se levantou e foi sentar ao lado de Lily.
- Que livro você está lendo? – perguntou.
- O Senhor dos Anéis. – respondeu sorrindo.
- Legal. Eu já li.
- Sério?! – Lily não estava acreditando que uma sangue-puro como a Srª. Potter lia livros de autores trouxas.
- Sim. Eu tinha comprado para o James e ele adorou. Então eu fui ler. É interessante como os trouxas imaginam sobre o mundo de magia, você não acha?
- É mesmo. Tem vários livros que eu li e algumas coisas que eles, trouxas, pensam sobre a magia são parecidos com o nosso mundo.
- Você gosta de romance bruxo, não gosta? James me falou isso. –Dorea perguntou.
- Sim, adoro. É o meu gênero preferido. – Lily falou com entusiasmo mesmo não entendendo como o Potter sabia disso.
- Um dia desses vai lá em casa. Temos uma biblioteca.
- Você tem uma biblioteca? – Lily perguntou surpresa.
- Sim, querida. Você pode ir lá e pegar quantos livros você quiser. – falou rindo.
- Obrigada.
As duas ruivas ficaram conversando sobre livros até o momento em que James saiu da piscina e foi em direção a mãe dele.
- É seu esse copo, mãe? – o moreno perguntou apontando para um copo com suco de uva.
- Sim, querido pode beber. – respondeu Dorea.
James estava usando somente uma sunga preta fazendo com que a ruiva mais nova olhasse para o seu belo porte físico. Lily, por mais que ela se xingasse mentalmente, não podia mentir que ele tinha um corpo dos deuses. O maroto notou que seu lírio estava o observando, deu uma piscadinha para ela.
Lily não podia fazer nada, não queria gritar para o Potter o quão estupido ele é na presença da mãe dele.
- Obrigada, mãe. – agradeceu James e não falou nada para a Lily, por mais doido que ele estava para ela entrar na piscina. Ele não iria atentar a ruiva hoje, só quando voltasse para Hogwarts.
Era um dia tranquilo para todos, mas também divertido. Esqueceram por algumas horas a guerra que estava iniciando lá fora. Apesar de Lily não ser da família e o James estar presente no momento, ela estava se sentindo tão bem. Era como se estivesse no lugar certo conhecendo as pessoas certas. Os jovens estavam aproveitando bastante o dia, uma vez que depois de uma semana estariam de voltar ao seu lar, Hogwarts.
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