O sonho



    Nessa noite Rose teve um sonho horrível. Não era um sonho, era mais uma porção de memórias.
  Ela suspirou de novo. Porque é que ela gostava tanto de se esconder nas masmorras para ver Scorpius passar. E o pior de tudo era que Albus a acompanhava nessas expedições e não parava de dizer que era idiota ficar escondida atrás de portas, numa masmorra fria só para ver um Malfoy.
  - Não é só um Malfoy. - Costumava dizer-lhe quando ele se queixava. - Ele é O Malfoy. - Dizia sempre. Pronto, não fazia qualquer sentido. E tinha de admitir que era idiota discutir com Albus qual era a parte mais atraente dos olhos de Scorpius. O misterioso ou o brilhante.
  - Rose, ele já passou. Podemos ir? - Perguntou Albus um dia.
  - Não, ele vai para o Salão Principal a qualquer momento. E eu não quero perder isso. - Respondeu Rose.
  - Notícia de última hora. Scorpius Malfoy NÃO é o último homem da terra. Esta notícia era desconhecida no cérebro da Rose. - Ironizou Albus.
  - Mas o Scorpius é o mais interessante de todos. - Protestou Rose.
  - Não há nada mais interessante do que um homem que vê a manteiga das torradas a derreter. - Voltou a ironizar Albus rodando os olhos nas órbitas.
  - Mas ele também ajuda a limpar Hogwarts. - Defendeu Rose.
  - Ele estava a atirar latas há Madame Norris. - Disse Albus como quem explica uma coisa óbvia. Rose fungou e voltou a olhar para o corredor. Albus deu-lhe a mão e ela corou excessivamente.
  - Albus, a mão. - Repreendeu-o. Albus sorriu e disse.
  - Sabes que essa obcessão pelo Scorpius não vai acabar bem? Devias procurar alguém. Alguém que já goste de ti. - Sussurrou Albus colocando uma mecha de cabelo de Rose atrás da orelha.
  - Essa é a tentativa mais desesperada de declaração que já vi. Ouve, nós somos só amigos. Logo a resposta é não. - Suspirou Rose. Sabia que o ia magoar muito.
  - Acabas-te de dizer de modo indirecto que não me achas digno de ti. - Grunhiu Albus visivelmente enervado.
  - Não. Acabei de te dizer que já estou apaixonada. - Disse Rose antes de se ir embora.
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  - Sabes Rose, a Primavera substituí sempre o Inverno. - Disse Scorpius enquanto caminhavam. Estava uma tarde agradável de príncipio de Verão e um casal caminhava pela margem do lago.
  - Claro que sei. Tal como sei que este amor que nutrimos um pelo outro vai durar para sempre. - Riu Rose dando a mão a Scorpius.
  - Ouve, tu és o meu Inverno. - Explicou Scorpius. Rose arqueou uma sobrancelha.
  - Que queres dizer? - Perguntou desconfiada Rose enquanto lhe largava a mão.
  - Que estás a ser substituída. - Riu maldosamente Scorpius. - Nunca ia funcionar. Logo quero apresentar-te alguém. - Disse fazendo um gesto e apareceu uma rapariga atrás de uma árvore. Era loira e tinha olhos azuis.
  - Scorpius? Quem é ela? - Pergumtou Rose começando a chorar.
  - A minha Primavera. Deves conhecer a Tiana Skeeter, da Sonserina e puro-sangue. Cara Invero, tu és meio-sangue e da Grifinória. Não serves para mim. - Disse Scorpius abraçando a rapariga.
  - Então tu...?
  - Sim Rosie. Adeusinho. - Disse o loiro e saindo com Tiana. Rose chorou muito e correu para o castelo. Lembrou-se dos avisos de Albus. Como fora burra ao ponto de lhe dar uma tampa. Enxugou as lágrimas e procurou-o toda a tarde até a noite cair.
   
 Rose acordou agitada. Ia arranjar razões. Era uma promessa. Ergueu a varinha e fez um encantamento que fazia uma promessa tornar-se inquebrável.
  - Eu juro encontrar pelo menos uma razão. 

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