A noiva e suas consequências
Notas iniciais do capítulo
O clima em Londres era 5° graus, mas na Toca, o clima esquentava, aumentando a tensão e o descontrole emocional.
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Após Cedric e Hermione terem chegado a Toca, Ginny lhes ofereceu um quarto para se instalarem e permanecerem até o final das festas. Ainda, contou-lhes que Sr. e Sra. Weasley foram passar o natal ao lado de Bill e Fléur, enquanto que Jorge e Fred viajaram em busca de novos produtos para a Gemiliadades Weasley.
– Então o Negócio dos gêmeos, realmente deu certo? - Perguntou Cedric.
– Sim, a loja deixou o Beco Diagonal um lugar mais divertido, não apenas para compra de artefatos escolares ou a trabalho. Ultimamente tem recebidos muitos bruxos e bruxas internacionais, que acham a Gemialidades uma idéia bem interessante. - Respondeu Ginny, oferecendo mais cerveja amanteigada aos visitantes.
– É fantástico na verdade. Mas, e o Harry? Faz tempo que não o vejo! - Afirmou, aceitando a bebida. - Hermione e eu ficamos surpresos quando soubemos que Harry não quis entrar para o time de quadribol.
Os olhares de Ron e Hermione se cruzaram novamente. Parecia um jogo constante, que alimentava os pensamentos e desejos, mas que intrigavam Cedric.
– Harry achou melhor não entrar para o quadribol, preferiu focar no cargo de auror, apesar de ainda estar fazendo apenas um estágio no ministério da magia.
– Interessante - Disse distraído e incomodado pelo jeito de Hermione - Mas e você? - Perguntou a Ron - O que anda fazendo?
– Eu? Bem, acabei de chegar de uma viagem pelo oriente.
– Viagem?
– Sim.
– E acredita? Ele ficou noivo! - Anunciou Ginny, fazendo com que Ron senti-se um certo incomodo, ao olhar para a expressão de Hermione.
– Noivo? - Repetiu Cedric, deixando transparecer seu alívio e entusiasmo. - Meus parabéns.
– Obrigado. - Respondeu, quando um barulho no alto da escada fez todos na sala pararem e olharem. Uma garota descia os degraus e mantinha seu olhar doce, com um sorriso delicado na face.
– Oi, sou Cho Chang. Como vão? - Apresentou-se.
– Ótimos. Cedric Diggory e a minha namorada, Hermione Granger.
– Oi - Disse Hermione. - Você é a noiva do Ron? - Perguntou, deixando Cedric espantado e supreso com a pergunta, ao passo que Ron se engasgou com a torta.
– Sim. Já contou a novidade? Pensei que ia me esperar para darmos a notícia.
– Na verdade, foi a fofoqueira da Ginny, que não conseguiu guardar a língua dentro da boca.
– Me desculpem, não sabia que vocês queriam fazer surpresa.
– Não tudo bem. Ron, não precisa ficar bravo com isso. Cadê o Harry, Ginny?
– Ainda não chegou do Beco Diagonal. Estou começando a ficar preocupada.
– Ele daqui a pouco está aqui. - Ron Tranquilizou-a.
– Então Cedric e Hermione. Já estão pensando em se casar? - Perguntou Cho.
– Bem...- Começou Cedric, até que Hermione interrompeu-o - Na verdade, não. Somos muito jovens para nos casar. Seria uma enorme besteira, se fizessemos. - Cedric fitou-a encabulado, enquanto que o restante ficou impressionado.
– Nossa. Você é bem decidida! - Disse Cho.
– É necessário. - Respondeu. - Não quero cometer um erro. Prefiro esperar.
– Eu entendo, quando Ron me pediu em casamento fiquei insegura também. É normal.
– Não sou insegura. - Respondeu Hermione friamente.
A tensão na sala aumentou rapidamente. Entretanto foi rompida, quando a porta fora aberta.
– Desculpem a demora. Estava uma fila enorme no Gringotes, só pude entrar no cofre a 10 minutos atrás e os aurores tiveram uma emergência, então fiquei por um tempo no lugares deles. - Esclareceu Harry, que notou o clima estranho na sala - Está tudo bem?
– Sim. Por que não estaria? - Respondeu Ron acanhado - Foi outro dia estressante Harry? - Perguntou, mudando de assunto de repente.
– Um pouco... - Falou.
Harry olhava-os desconfiado e ao mesmo tempo com medo de perguntar novamente, o que estaria acontecendo.
– Acho melhor, eu arrumar a mesa. Que tal todos irem se arrumar para a ceia? - Indagou Ginny.
– Você está certa! - Concordou Ron.
Os seis subiram as escadas e foram para os seus respectivos quartos. Hermione abriu a porta e adentrou; Cedric entou no mesmo quarto e fechou a porta.
– O que foi aquilo? - Perguntou furioso.
– Do que você está falando?
– Daquela sua crise de ciúme.
– Ciúme? De quem? De você?
– Por que está sendo cínica?
– Cínica? Cedric eu só...
– Você ficou com ciúme de um cara que acabou de conhecer!
– Como?
– Olha, não me faça de bobo.
– Você está sendo infantil, só respondi as perguntas.
– Então você está me dizendo que aquilo foi apenas respostas, sem nenhum tipo de ciúmes ?
– É claro. - Respondeu cabisbaixa. - Doía muito negar o sentimento que aflorou em seu coração, no entanto era necessário. Como ia explicar isso? Como iria explicar que se apaixonou a 1° vista por Ron? Para Hermione isso era impossível; ela mesma não acreditava nessas coisas. Em sua concepção, o amor tem que ser construído com base na convivência e nas experiências. Ela sabia que não era certo mentir, mas não queria magoá-lo.
– Ok, então. Me desculpe por ter desconfiado, acho que eu que fiquei cego de ciúmes. - Confessou Cedric, que abraçou-a fortemente.
– Não se preocupe com isso, tá? - Pediu Hermione, correspondendo o afeto. Seu pensamento estava longe: mais que o último planeta do universo, mais alto que as estrelas e mais rápido que um asteroíde. Todavia, algo fez Hermione mudar de idéia: colocou como seu principal objetivo esquecer aquele sentimento iludido e confuso.
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