Rony ciumento
BOM GENTE, COMO PROMETIDO A FIC COMEÇOU A TOMAR UM RUMO E CRIAR CONFUSÕES ! KKK . ACHEI MELHOR QUE AS CRIANÇAS ESTEJAM MAIORES PORQUE AÍ SÃO MAIS PERSONAGENS PRA CRIAR CONFUSÃO ! KKKK. ESPERO QUE GOSTEM, BEIJOS *-*
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Hermione lia um livro sentada na varanda. Adorava ler no fim da tarde, o sol estava mais fraco e ela adorava o vento fraco batendo em seus cabelos. As vezes esse era o único tempo que ela tinha para descansar. Sua casa ficava sempre uma bagunça o dia inteiro. E só piorava mais tarde com algumas brigas de Rony com as meninas, principalmente com Rose. Pegar no pé de Rose já tinha virado rotina. Ela agora tinha 13 anos e estava começando a criar corpo. Os cabelos ruivos e longos quase na cintura, com as pontas cacheadas, os olhos azuis brilhantes. Isso deixava Rony maluco. Ela havia crescido e se tornado uma menina maravilhosa, e com certeza os outros garotos reparavam isso também. Ele levava Rose para a escola e notava os olhares dos garotos para ela. Mas ela não ligava, ela tinha uma paixonite de adolescente. O nome dele era Bryan, loiro, olhos verdes, todas as meninas eram loucas com ele, mas ele era muito popular para olhar para Rose. Ela havia conversado sobre isso algumas vezes com Hermione, mas Rony a proibiu de tocar no nome desse garoto em sua casa ou na sua presença. Quando as gêmeas nasceram Hermione achou que ele deixaria Rose em paz e se preocuparia mais com elas, mas ela estava errada.
- Paaaaaaara Emily, deixa eu brincar com ele um pouquinho ! – Uma voz angelical chamou a atenção de Hermione e ela sabia que seu tempo de paz havia acabado. Mas no fundo ela adorava ver essas coisas, era sua família, e ela adorava.
- O que tá acontecendo aqui? – Hermione entrou em casa com a voz meiga mas autoritária.
- Mãe, a Emily não quer deixar eu brincar com o bichento, e é a minha vez. – Ninna falava em um tom de voz normal e calmo.
- Não é nada. É a minha vez. Mãe ela brincou com ele a tarde toda ! – Emily batia o pé.
- Se eu soubesse que vocês brigariam tanto eu não tinha convencido o pai de vocês a comprar um gato. Brinquem com ele as duas. E Hugo abaixa essa televisão. – Ela se virou para Hugo que jogava vídeo game no ultimo volume.
- Ah mãe qual é, não da pra jogar ouvindo essas duas malucas gritando. – Hugo falou sem tirar o olho da televisão.
- Não somos malucas. – As gêmeas falaram juntas.
- Tudo bem. Agora é melhor vocês pararem de brigar porque o pai de vocês já está chegando, e vocês não querem ver ele bravo depois de um dia de trabalho não é?! – As meninas negaram com a cabeça.
- Ei da pra falarem mais baixo? To tentando estudar. – Rose colocou a mão na cintura.
- Estudando nada mãe, ela fica escrevendo cartinhas de amor pro Bryan. – Hugo riu e Rose tacou uma almofada nele. – EI!
- Cala a boca Hugo você não sabe de nada! – Rose retrucou e todos começaram a falar ao mesmo tempo.
Hermione desistiu de tentar acalmar a situação e foi para a cozinha fazer o jantar. Deixaria isso com Rony.
- Ei o que tá acontecendo aqui? – Rony abriu a porta.
- Paaai! – As gêmeas correram para abraçar ele.
- Oi minhas gatinhas. – Ele abraçou as duas ao mesmo tempo. – Podem me contar por que essa falação toda?
- Ah pai é que a Ninna quer brincar com o bichento mas é a minha vez.
- É nada Emy, é minha vez.
- Tudo bem. Vamos fazer o seguinte. Agora vocês vão curtir o super papai aqui e deixar esse gato feio de lado, depois as duas brincam com ele.
- Ebaa ! – Elas pularam em seu pescoço e ele carregou elas rindo. – E os projetos de adolescentes aí não vão me dar um oi não?!
- Oi pai. – Rose falou com o caderno na mão sem tirar o olho dele.
- E aí pai. – Hugo falou sem tirar os olhos da televisão.
- Ok! Vocês dois querem fazer o favor de me cumprimentarem direito. Eu fico o dia inteiro fora e quando eu chego em casa quero curtir a minha família, sem vídeo games e sem... o que você tá fazendo Rose?
- Ela tá escrevendo um bilhete de amor pro Bryan. – Hugo falou desligando a televisão.
- MENTIRA ! – Rose gritou de volta.
- É verdade Rose? – Rony perguntou ficando vermelho. – Já falei pra não falar mais com esse garoto.
- É mentira pai! Eu to estudando.
- Não me responda assim Rose. – Ele falou em tom autoritário mas baixo.
- Que gritaria é essa ? – Hermione chegou na sala.
- Sua filha tá escrevendo uma cartinha de amor, você sabia? – Hermione negou com a cabeça.
- Eu não to escrevendo nada pai! Por que você sempre acredita nas coisas que o Hugo fala?! – Ela levantou e encarou o pai.
- Já disse pra não me responder moçinha. – Ele continuou com o tom normal.
- Mas é sempre assim ! Eu to cansada! Você me trata como uma criança pai! – Ela aumentou a voz.
- Mas é isso que você é, uma criança! – Ele também aumentou o tom de voz.
- Rony ... – Hermione tentou parar a briga.
- Não sou não! Se você não reparou vários garotos já quiseram me namorar, e sabe por que eu não aceitei ? Porque eu tenho um pai autoritário que não me deixa nem ir até o jardim sozinha!
- É claro que não! Você acabou de falar o motivo! Eu não quero nenhum garoto em cima de você, nenhum você tá me ouvindo? E não quero você escrevendo bilhete pra esse tal de Bryan tambem.
- Mas eu não to ! Pai... as vezes você me irrita sabia? – Ela bateu o pé e foi em direção ao quarto.
- Rose volta aqui agora ! – Ele gritou mas ela já tinha batido a porta do quarto. – Essa menina é o motivo dos meus cabelos brancos. – Rony falou irritado e Hermione riu. Não tinha um fio de cabelo branco em sua cabeça.
- Emily por favor, para de brincar com a comida e come direito. – Hermione falou em tom baixo e Emily não escutou e continuou brincando com a comida. Ninna lhe deu um cutucão para ela olhar para a mãe.
- Ai, que foi?! – Ela olhou em volta.
- Você não ouviu o que sua mãe disse ? – Rony perguntou frio e Hermione o olhou negativamente. – Desculpe. – Ele abaixou a cabeça e depois olhou para o lugar de Rose, vazio.
- Pai... eu sei que eu implico muito com a Rose e tudo mais, mas ela tá um pouco certa sabe. – Hugo era o único dos filhos que tinha coragem de enfrentar o pai e ser sincero. Rose normalmente só discutia com ele, mas ele não dava ouvidos para ela. Como o único filho Rony sempre o escutava.
- Como assim ? – Todos olharam para Hugo esperando uma explicação.
- É que as vezes você pega muito no pé dela. Eu vigio ela na escola como você manda, mas ela nunca faz nada de errado. Os garotos ficam dando em cima dela, até os meus amigos dão em cima dela, mas ela ignora. Essa coisa que ela tem pelo Bryan é só porque ele é o mais popular da escola, mas ele nem liga pra ela. Apesar das nossas brigas a gente conversa bastante, e ela sempre fica triste quando você briga com ela. Ela diz que ela não é sua princesa mais. – Hugo falou sincero e Hermione sorriu para o filho com orgulho.
Rony ficou parado e largou o garfo no prato. Hugo tinha razão, estava exagerando muito com Rose. Ele olhou para Hermione e ela lhe deu um sorriso como se soubesse o que ele estava pensando. Ele se levantou e beijou seu rosto e foi para o quarto de Rose.
*toc toc*
- Eu não quero brincar agora Emily. – Rose respondeu com uma voz chorosa e Rony abriu a porta.
- Posso entrar ?
- Pode... – ela respondeu deitando o rosto no travesseiro. Seu rosto estava vermelho de tanto chorar. Ele se sentou na cama e passou a mão em seus cabelos.
- Eu não gosto quando você chora. – Ele disse sincero.
- É inevitável. – Ela olhou pra ele.
Rony não conseguia ficar chateado com Rose, desde que ela aprendeu a falar. Ela nunca foi de fazer mal criações então Rony não precisava brigar com ela por nenhum motivo. Mas quando ela fez 13 anos tudo mudou. Eles estavam sempre discutindo, mesmo que um pouco, e sempre pelo mesmo motivo. Garotos. Mas era só Rony olhar para os olhos de Rose que seu coração amolecia. Os olhos azuis iguaizinhos os seus, o sorriso idêntico ao de Hermione. Era impossível não se apaixonar por essa menina. Ele não queria magoar as outras filhas, mas Rose sempre seria sua princesa e sua protegida.
- Rose, me desculpe se as vezes eu sou um pai um pouquinho chato. – Ela levantou as sobrancelhas pra ele. – Ok, muito chato. Mas é que você tem que entender. Você é minha princesinha, não posso permitir que ninguém te tire de mim. – Ele deitou ao lado dela e ficou olhando pra ela.
- Pensei que eu não era mais sua princesinha.- Ela sorriu.
- Você sempre será. – Ele beijou sua testa. – Mas o que falei do Bryan é sério Rose. Hugo me contou dele. Eu não quero que ele te magoe, e eu sei que esse tipo de garoto gosta de fazer essas coisas.
- Relaxa pai, ele nem sabe que eu existo. – Ela riu.
- Pois ele é um idiota por isso. Você é a menina mais linda do mundo. – Ela riu.
- Pensei que era a mamãe. – Ela falou rindo.
- Sua mãe é a mulher mais linda do mundo. E suas irmãs as garotinhas mais lindas do mundo. – Ele sorriu.
- E o Hugo? – Ela segurou o riso.
- Bom o Hugo... tem saúde né, é isso que importa. – Ele riu e Rose deu uma gargalhada gostosa. – É assim que eu gosto de te ver, feliz e com esse sorriso lindo no rosto. – Ele sorriu pra ela e ela sorriu de volta.
- Eu te amo pai. – Ela o abraçou.
- Eu também te amo princesa. – Ele beijou seu rosto.
Hermione lavava as vasilhas e não percebeu quando Rony chegou de mansinho e a abraçou.
- Ai Rony que susto. – Ela riu e ele beijou seu pescoço abraçado a ela.
- Você tá tão cheirosa. – Ele disse beijando seu pescoço.
- É ... um de nós tem que tomar banho né. – Ela falou rindo.
- Ei, eu acabei de tomar tá?! Nem vem..
- Brincadeira. Você também tá cheiroso. – Ela riu e terminou de lavar as vasilhas. Rony a virou para ele e lhe lascou um beijo. – Nossa, isso tudo é saudade ? – Ela riu.
- Você não faz idéia. – Ele beijou seu pescoço. – Do seu cheiro. – Outro beijo. – Do seu corpo. – Outro beijo. – Da sua voz.
- Engraçadinho. – Ela riu.
- Eu já disse que te amo hoje ? – Ele sorriu.
- Não me lembro. – Ela sorriu de volta.
- Eu te amo. Muito. Muito. Muito.
- Eu também te amo. – Ela o beijou.
- Argh! Da pra fazer isso em outro lugar? Eu preciso beber água. – Hugo chegou e pegou um copo de água.
- Até parece... – Rony riu e Hermione lhe deu um tapa. Ela esperou Hugo sair pra perguntar.
- Como foi a conversa com Rose ?
- Foi bem. Nós fizemos as pazes.
- Rony... você tem que parar de ficar fazendo isso. Rose está entrando na adolescência e você não quer que sua filha cresça revoltada e fuja de casa não é ?!
- Hermione nem brinque com isso...
- Então você tem que parar de fazer isso com ela. Deixe ela um pouco livre Rony, uma hora ou outra ela vai arrumar um namorado, você querendo ou não. – Hermione beijou seu rosto e saiu da cozinha.
Rony ficou parado olhando pro nada. Como assim querendo ou não ? Rose não ia ter um namorado e ponto final.
Hermione já tinha mandado todo mundo pra cama. A casa finalmente ficou silenciosa. Rony não conseguia dormir. Pensava no que Hugo tinha falado mais cedo, e não pegou no sono até ir olhar se era verdade. O caderno de Rose tinha ficado no sofá, e Rony ficou observando ele por um tempo. Será que era verdade que Rose tava escrevendo uma carta de amor?! Bom, a ultima coisa que ele queria ver era isso, mas tinha que acabar logo com isso, e ele rasgaria a carta. Ele pegou o caderno de olhos fechados como uma criança para abrir um presente, quando ele virou o caderno só haviam contas de matemática, ele o folheou e não tinha nenhuma carta. Ele sorriu aliviado e voltou para o quarto.
- Rony, o que foi ? – Hermione resmungou da cama.
- Nada... só... tive um pesadelo. Mas já passou. – Ele beijou seu rosto e deitou sorrindo, e assim pegou no sono, aliviado.
- Anda logo Ninna, nós vamos nos atrasar ! – Rony gritava para a filha enquanto ela terminava de guardar o material na mochila.
- Pai, eu sou a Emily. – Ela respondeu já acostumada com o pai se confundido. Normalmente ele não confundia as duas, mas quando estava nervoso ou com pressa sim.
- Ah tá, certo. Hermione, vou chegar mais cedo hoje. Prepara uma coisa bem legal pra mim. – Ele piscou pra ela que entendeu o recado e sorriu.
- Tá ok amor, mas você já está atrasado. – Ela sorriu lhe dando um beijo.
- Eu sei. É a Ninna que não anda logo.
- Emily. – Hermione riu e Ninna virou os olhos para o pai.
- Ah tá, desculpa.
- Pai. Não se esqueça de nos buscar mais cedo hoje por causa da excursão. – Rose falou entrando no carro.
- Tá certo filha, não vou esquecer. Ninna anda logo ! – Ele gritou para a filha fechando a mochila.
- Emily! – Hermione, Ninna e Emily falaram juntas.
- Tá tá bom ! Anda logo filha o papai já tá atrasado. – Ele pegou Emily e Ninna no colo como se fossem dois bebes e colocou elas no carro. Hermione riu e acenou para eles e logo depois Rony saiu com o carro.
Hermione ficou um tempo parada na porta olhando pro nada e pensando em sua vida. Tinha uma família maravilhosa. Rony sempre era carinhoso com eles, apesar de discutir muito com Rose, ele sempre pedia desculpas depois. Hugo já tinha 11 anos com corpo de 15. Sempre protegia Rose junto com o pai, mas apesar das brigas ele amava a irmã, e eles eram muito juntos. As gêmeas só tinham cara de anjinhas. Ao contrário dos irmãos elas sempre aprontavam. Ninna era mais quieta, na maioria das vezes fazia as coisas para ajudar a irmã. Emily lembrava muito Rony quando era menor. Agitada, briguenta e Ninna era parecida com Hermione, quieta, calada. Mas apesar das diferenças as duas eram muito unidas. E apesar de serem idênticas, os pais e os irmãos sabiam a diferença. As duas tinham cabelos castanhos e olhos azuis, pareciam muito com Rose quando era pequena, exceto pelos cabelos. Se juntasse a foto das três poderia dizer que eram trigêmeas. A diferença era que os olhos de Ninna eram mais escuros do que de Emily, parecia misturado com o azul do Rony e o castanho de Hermione. Os cabelos eram castanho, mas o de Emily era um pouco mais avermelhado. Mas o sorriso das três garotas eram o mesmo. Iguaizinhos o sorriso de Hermione. Isso fazia com que Rony ficasse com mais ciúmes das filhas. Hugo era mais parecido com Hermione do que com Rony. Tinha cabelos castanhos e lisos e os olhos castanhos. Mas o jeito era igualzinho de Rony. Ele era um garoto muito bonito, e não aparentava a idade que tinha. Os cabelos contra a vontade de Hermione eram bagunçados.
Hermione era muito feliz. Tinha a família que sempre sonhou, filhos e marido maravilhosos. Não lhe faltava nada. Ela tinha vontade de ter outros filhos, mas não sabia se Rony concordaria. Principalmente se fossem outras meninas, deixaria Rony maluco. Ela entrou pra casa sem notar que alguém a observava.
- Você jura Alvo? Jura que ele falou isso com você? – Rose sentava ao lado do primo no ônibus da excursão.
- Juro Rose.. Bryan me disse que quer conversar com você assim que chegarmos ao museu. – Alvo disse animado para Rose.
- Ai que sonho! – Rose disse sorrindo. – Mas não conta nada para o Hugo, ele vai contar tudo pro papai e você já sabe né...
- Sei... seu pai é o maior careta hein. Quem diria que o tio Rony fosse ficar assim. Nem o papai é assim com Lílian.
- Mas isso é porque eu não tenho como nem respirar direito sem que o Tiago esteja atrás de mim. – Lilían disse se apoiando no banco em que os dois estavam sentados.
- Mas o Tiago é um mala sem alça. Ele acha que só porque tem 16 anos ele pode ficar mandando na gente. – Ele disse cruzando os braços.
- Mas eu sei que a tia Gina já brigou com ele varias vezes por isso.
- É mas o meu pai sempre fica do lado dele. Apesar dele não vigiar Lili ele manda o Tiago vigiar. – Alvo falou e Lilian concordou com a cabeça.
Harry não era ciumento como Rony. Apesar de que ele sempre ficava vigiando Lilian em silencio, ele não era tão neurótico. Tiago já estava com 16 anos e tinha se tornado praticamente um homem. Desde criança ele se espelhava em Harry, e cresceu sendo como ele. Não era rebelde, era um menino certo, e era sempre rodeado pelos amigos. Como era muito bonito as meninas o rodeavam mais. Tiago era popular apesar de não fazer nenhum esforço pra isso.
Lílian também era muito bonita. Cabelos ruivos como os da mãe, e lisos até um pouco abaixo do ombro, os olhos verdes como os de Harry. Tinha só onze anos então não estava em uma época que preocupasse com garotos. Isso deixava Harry aliviado. Ela, Rose, Hugo e Alvo eram muito unidos. Estudavam na mesma escola e sempre andavam juntos.
Alvo não era tão quieto como Tiago. Gostava de aprontar algumas coisas de vez em quando, mas era sempre protegido pelo pai. Ele e Tiago se pareciam muito um com o outro e os dois eram a cara de Harry.
- Ai Lili eu to tão nervosa. – Rose falava enquanto penteava os cabelos no banheiro do museu.
- Calma Rose, você tá linda. Ele vai ser muito bobo se não quiser namorar você. – Lilian sorriu encorajando a prima.
As duas saíram do banheiro e Bryan segurou o braço de Rose.
- Posso falar com você ? – Ele sorriu galanteador e Lilian saiu de perto dos dois indo se encontrar com Alvo.
- Distraia Hugo pra ele não ver. – Lilian cochichou para Alvo e ele correu até o primo puxando assunto com ele.
- Claro que pode. – Rose sorriu e os dois foram para um canto.
- Sabia que eu sempre te achei muito linda? – Ele se aproximou de Rose e seu coração acelerou.
- Sério?!- Rose sorriu sem graça.
- Pode crer. – Ele sorriu. – Será que eu posso tentar uma coisa? – Ele sorriu e ela fez que sim com a cabeça. Ele se aproximou e a beijou.
Finalmente Rose estava tendo o seu primeiro beijo, e o melhor, com o garoto que ela queria. Seu coração estava a mil e ela não sabia direito se estava fazendo tudo certo, mas torcia para que sim. Depois de alguns segundos eles pararam o beijo e ela sorriu para ele.
- Uau, que beijo bom. – Ele falou sorrindo.
- Serio? – Ela ficou vermelha.
- Seríssimo. – Ele sorriu. – Agora vamos voltar para lá antes que alguém sinta nossa falta. – Ele acariciou seu rosto e os dois voltaram para o grupo.
- E aíii, me conta. – Lilian puxou Rose para uma conversa particular.
- Foi perfeito Lili. Ele me beijou e disse que o meu beijo é bom. – Rose sorriu e Lilian começou a pular com ela.
- Ei, porque essa felicidade? – Hugo chegou junto com Alvo.
- Nada. – Rose sorriu e piscou para Alvo.
- Sei... – Hugo olhou sério para a irmã e depois os quatro voltaram para onde o grupo estava.
Rose várias vezes trocou olhares com Bryan e ele retribuía. Depois da excursão eles voltaram para a escola, e no caminho inteiro eles se olhavam e sorriam um para o outro. Chegando na escola todos já estavam indo embora e Hugo disse para Rose que ia para a casa de Pedro, o vizinho deles, mas que voltaria para o almoço. Rose ficou esperando seu pai buscá-la e Bryan aproveitou e foi até lá conversar com ela. Lilian e Tiago se afastaram um pouco mas mesmo assim ainda ouviam a conversa.
- Hoje foi muito bom. – Ele sorriu.
- Foi mesmo. – Ela sorriu de volta.
- Quem sabe um dia possa acontecer de novo..
- Como assim? – Rose olhou seria para ele. – Eu... pensei que você gostasse de mim.
- Ei Rose, não é bem assim... foi legal o que aconteceu, mas a gente não tem nada sabe... e não vamos ter. Esse negócio de namoro não é comigo, aquilo foi só... diversão. – Ele tentou não parecer tão rude.
- Diversão? – Ela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas. – Eu pensei que ...
- Rose. Você é linda, qualquer cara teria sorte de namorar você. Mas nós somos diferentes... o pessoal da escola ia comentar e pegaria mal.
- Sei, você só se preocupa com sua reputação. – Ela disse fria.
- Não é bem assim. Olha Rose, me desculpe. Não queria causar esse mal entendido. Só espero que sejamos amigos. Tenho que ir agora. – Ele beijou seu rosto e entrou no carro.
Rose não pôde segurar as lagrimas. Não ligava se ainda tinha alguns colegas perto dela e seus primos estavam ali, ela chorava, e só queria o seu quarto e a sua cama, para chorar mais ainda. Lilian a abraçou mas não conseguiu dizer nada, Alvo olhava para ela e tinha raiva de Bryan, ele iria pagar por isso. Eles se despediram dela, entraram no ônibus escolar e foram embora. Rose viu o carro do seu pai parando em sua frente e se apressou em limpar as lagrimas. Ela se levantou e entrou no carro.
- Oi pai. – Ela disse baixo.
- Oi princesa. Cadê seu irmão?
- Foi pra casa do Pedro, ele disse que volta pro almoço.
- Sei... não gosto desse tal de Pedro. – Rony se lembrava exatamente porque. – Você tava chorando? – Ele perguntou passando a mão no cabelo da filha.
- Não... é que deu um vento forte e entrou alguma coisa no meu olho, só isso. – Ela sorriu pra ele e colocou o cinto. Rony sabia que era mentira, ela era igual Hermione. Rony foi na escola das gêmeas e buscou elas e depois foram pra casa.
Chegando em casa Rose deu um oi rápido para a mãe e foi logo para o quarto e fechou a porta.
- O que aconteceu com ela? – Hermione perguntou para Rony abraçando as filhas menores.
- Não sei. Ela estava chorando quando peguei ela na escola. – Ele disse dando um beijo em Hermione.
Ela deixou o almoço no fogo e aproveitou que Rony foi tomar um banho. Deixou Ninna e Emily assistindo televisão e foi até o quarto de Rose. Bateu na porta mas ninguém respondeu. Ela abriu a porta devagar e viu Rose deitada na cama chorando baixinho. Foi até ela e passou a mão em seus cabelos.
- O que foi meu amor? – Hermione perguntou.
- Foi horrível mãe. – Rose falou soluçando.
- O que foi horrível meu bem?
- Meu primeiro beijo. Foi horrível. – Rose olhou para a mãe.
- E por que foi tão ruim assim?
- Bryan disse que foi bom, mas depois eu pensei que ele queria me namorar e ele disse que não podia porque éramos diferentes. Ele só se preocupa com a reputação dele. – Rose voltou a chorar e Hermione a abraçou.
- Ah filha... mas isso acontece. Nem todo mundo tem o melhor primeiro beijo do mundo. – Hermione fazia carinho em Rose.
- Sério?! Como foi seu primeiro beijo?
- Ah, não foi muito bom. Eu gostava do seu pai na época, mas eu beijei o cara só pra fazer ciúmes nele. Deu certo, mas depois me arrependi. Poderia ter sido melhor se fosse com seu pai.
- Mas... o papai sabe disso?
- Sabe, mas ele não gosta de tocar no assunto, sabe como ele é.
- E como sei. – Rose riu.
- O que você tem que fazer, é mostrar pra esse Bryan o que ele perdeu. Você é linda Rose, e Hugo já me contou que vários garotos ficam atrás de você. Não tem porque você querer alguém que não te merecesse. Olha, não conta para o seu pai, mas amanhã antes de ir pra escola eu vou te arrumar bem bonita, aí você passa perto desse Bryan e nem olha pra cara dele. Tenho certeza que ele vai se arrepender. – Hermione sorriu.
- É... mas eu não quero mais ele. Ele é um idiota. – Rose limpou as lagrimas.
- Mas é isso que você tem que fazer. Tem que dar valor pra quem também te da valor. E quando ele estiver arrependido, você não da mais bola pra ele. – Rose sorriu.
- Você é demais mãe ! – Elas se abraçaram e Hermione sorriu.
Na hora do almoço Rose já não estava mais tão triste assim. Rony não quis perguntar porque ela estava chorando, resolveu deixar isso para mais tarde. Ela estava entretida em uma conversa com as irmãs, sobre bichento.
- Mãe, o Pedro pode ir almoçar com a gente na casa da vó Molly domingo? – Hugo perguntou enquanto comia esfomeado a comida, parecido com Rony.
- Não. – Antes que Hermione respondesse, Rony respondeu por ela.
- E por que não ?
- Porque não gosto desse garoto. – Rony foi curto e grosso.
- Você nem conhece ele.
- Mas eu disse não e acabou.
- Rony, o garoto não tem culpa pelo que aconteceu no passado. Talvez ele seja uma boa pessoa. – Hermione segurou a mão de Rony e ele olhou para ela sabendo que se não concordasse eles iriam discutir.
- Tudo bem então. – Ele falou comendo um grande pedaço de lasanha.
- Pai, nós podemos brincar de balão d’água depois do almoço lá no jardim? – Emily perguntou com os olhos brilhando.
- Podem, mas não vão vestir roupa de banho.
- E por que não? – Ninna perguntou inocente.
- Porque os vizinhos podem ver. Não quero que vejam minhas filhas assim. – Hermione riu. – Que foi ? – Ele sorriu pra ela.
- Nada. – Ela continuou comendo. Ele nunca mudaria.
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