Proteção



 


Estella e Fenrir se olhavam enquanto Aleto, Amico, Avery e Mulciber fitavam os prisioneiros. Harry e Rony se contorciam e Rony destilava todos os palavrões conhecidos de seu vocabulário contra Draco Malfoy.


 


- Nós confiamos em você, peste - Rony gritava com a força que ainda existia em seus pulmões - Traidor. Como pôde nos trair depois de tudo o que fizemos por você? Vai entregar nossa família de mãos beijadas. Você não merece respeito nem confiança... É um traidor. Não sabe o que é ser amigo.


- Calado Weasley - Estella proferiu novamente a Imperius - Será que não pode ficar em silêncio sem magia?


- Eu estou sendo franco - Draco continuou, voltando o olhar para Estella.


- Tudo bem, Draco - Estella começou - Pode pegar seu filho. E caso eu descubra que você está tentando me enganar, saiba que eu te encontro onde quer que seja e te mato. Você, sua mulherzinha e seu filho.


- Não vou trair os meus Estella. Pode acreditar.


- Certo. Me trazer esses dois já foi uma boa prova. Entregarei seu filho.


 


Estella fez um floreio com a varinha. De repente, do alto da escada da casa abandonada Draco pode ver um embrulho verde flutuando em sua direção. Ele sentiu um alívio ao ver àquele pacote e seu coração disparou quando ele conseguiu segurar seu filho em seus braços.


Draco suspirou. Olhou nos olhos de Rony e Harry e sentiu o desagrado dos dois, o temor e o desejo de matá-lo ali mesmo. Respirou profundamente e virou-se seguro para Estella, sem se preocupar com o que poderia acontecer.


 


- Certo. Podemos ir quando vocês quiserem - Draco finalizou.


- Perfeito. Aleto, você vai com o Malfoy.


 


Draco sentia o coração arder. Precisava salvar a sua família a qualquer custo. Sua cabeça fervilhava, não sabia como agir, mas precisava agir de forma rápida e objetiva.


 


- Precisamos nos distanciar até certo ponto para aparatar - Draco quebrou o silêncio - Depois precisaremos caminhar até o local do segredo.


- Certo, Malfoy. Vá na frente. Apenas de as instruções. Estou na sua cola.


- Perfeito.


 


Draco inspirava profundamente. Seu filho dormia. Ele já havia se certificado que ele estava bem. Sim, não havia nada de errado com ele. Mesmo diante de todos os perigos que ele passou, sua pureza e inocência o faziam dormir tranquilamente, como se nada acontecesse.


Continuou caminhando na escuridão do local enquanto vigiava o pequeno em seus braços e enfrentava um turbilhão de sentimentos estranhos dentro de si. Sentia medo e desespero, mas precisava fazer o que planejou, pelo bem de sua família.


 


- Certo, Aleto. Podemos aparatar aqui.


- Ótimo, Draquinho. Pode me guiar.


- Preciso me certificar que meu filho está bem antes. É perigoso tanta magia na idade dele.


- Ah, Malfoy, dá um tempo. Sem frescura. Vamos logo.


 


Aleto segurou no braço de Malfoy. Ele sentiu-se encurralado, mas resolveu seguir os planos que maquinava em sua mente. Sentiu o puxão normal da aparatação e guiou a Aleto para os terrenos da Toca, onde estavam a esposa e a família de Harry e Rony. Sentiu o peito afundar ao estar tão perto delas. Se não agisse rapidamente, poderia matar a todos.


 


- Mas que palhaçada é essa Malfoy? Esse aqui é o terreno da Toca. Está tentando me enganar?


- Claro que não, Aleto. Estão todos aqui.


- Na Toca? Está me achando com cara de idiota Malfoy? Me leva para o lugar certo.


- Mas é aqui.


- Aqui seria o último lugar que eles se esconderiam Malfoy.


 



 


Draco foi rápido. Aproveitou que Aleto virou-se para fitar o local e puxou a varinha das mãos da comensal. Em seguida a petrificou e correu em direção à barraca onde as outras estavam.


 


- Draco - Astoria gritou ao fitar o marido adentrar na cabana - Scorpius. Meu filho.


- Onde está o Rony? - Hermione precipitou-se aflita.


- Cadê o Harry, Draco? - Gina continuou nervosa.


- Me escutem. Preciso ser rápido. O Harry e o Rony estão presos na Escócia com a Estella. Eu consegui trazer o Scorpius, mas tenho que voltar pra ajudá-los...


- Por favor, Draco...


- Astoria, me escuta. Gina, Hermione, preciso que vocês mandem patronos o mais rápido possível para a maior quantidade de aurores que puderem reunir. O Greyback está vivo.


- O que? - Hermione assustou-se.


- Não façam perguntas. O Harry e o Rony estão correndo perigo. Enviem os patronos agora. Eu consegui despistar Aleto, mas não sei quanto tempo essa magia vai durar porque a varinha é dela. Eu preciso voltar antes que ela volte e conte tudo para Estella.


 


Os cavalos e lontras prateadas rompiam pelas paredes e portas da cabana enquanto Draco explicava todos os detalhes do que havia planejado. As mulheres estavam extremamente impressionadas, mas seguiriam os planos de acordo com o combinado.


 


- Draco, por favor, tenha cuidado.


- Astoria, eu preciso de você bem. Cuide do nosso filho. Eu vou voltar. Farei de tudo para voltar.


- Draco, não fale assim.


- Preciso ir.


- Boa sorte, Draco.


 


Draco correu. Saiu rapidamente da barraca e desesperou-se em procura de Aleto, que não estava mais onde ele a deixara. Certamente a magia que proferira da sua própria varinha não teria um bom efeito sobre ela.


Aparatou na casa abandonada. Percebeu que nada acontecia e preferiu entrar de forma discreta. Seguiu em silêncio para a entrada da casa e assustou-se ao ouvir o grito de Estella romper a noite.


 


- O que está fazendo aqui Aleto? Onde está o Malfoy?


- Àquele infeliz me petrificou. Ele me roubou minha varinha e me petrificou. Mas não durou muito tempo. Sorte que roubei uma varinha a pouco tempo e a tinha no bolso...


- Ele me traiu - Estella gritou interrompendo a outra - Àquele Malfoy traidor. O que vocês estão aprontando eim?


 


Ela virou-se para Harry e Rony que se olhavam sem compreender absolutamente nada. Não podiam falar. Estavam sob feitiço. Não falavam, mas os olhos diziam muito. Estavam felizes.


 


- O que você está aprontando ruivo - ela puxou os cabelos de Rony fazendo com que ele a olhasse nos olhos - Me diga o que estão aprontando?


- Ele está sob feitiço irmã. Esqueceu. - Grayback falou.


- Fale agora o que estão aprontando - ela apontou a varinha e Rony sentiu a língua se desprender.


- Não sei de nada que o Malfoy quer - Rony respondeu seco.


- Você sabe sim. Me diga agora ou vou procurar a sua filha e torturar ela até a morte.


- Eu já disse que não sei - ele gritou.


- Você está mentindo, seu traidor nojento. CRUCIO!


 


Harry tinha a língua ainda presa. Não conseguia falar, mas tentava se soltar para ajudar o amigo que ele apenas ouvia gritar e via se contorcer sobre o chão ao seu lado. Sentia-se nervoso agora. A varinha estava a tão poucos metros, mas ele se via impossibiitado de chegar até ela.


 


- Me diga.


- Eu não sei! - a voz saiu falha, mas o grito foi alto e forte.


- Crucio!


- Precisamos sair daqui Estella - Amico adiantou-se.


- Cale a boca, idiota. Me conte, traidor. Crucio.


 


Rony se contorcia no chão ao sentir as investidas do crucio de Estella. A dor era alucinante. Ele sentia como se seus ossos se partissem e estivessem esmagando os músculos do corpo. Pensou em Hermione, lembrou-se então do quanto o corpo tão frágil dela havia sofrido.


- Estou aqui Estella - ouviu-se a voz de Draco.


- Seu traidorzinho. Como pode renegar seu sangue?


- Não reneguei nada.


- Seu idiota - ela gritava histérica - Crucio.


 


Draco caiu no chão ao ser atingido. Nesse momento ouve um grande estrondo na antiga casa. Vários aurores começaram a adentrar por todos os lados. Estella e Fenrir se viram apreendidos.


Os lampejos rompiam das varinhas. Harry jogou-se deitado no chão e tentou empurrar Rony para longe da linha de feitiços. Amico e Aleto lançavam feitiços juntos e já haviam estuporado dois aurores.


Estavam possessos de raiva. Estella lançava feitiços e maldições para todos os lados. Artur conseguiu aproximar-se de Harry e o libertou das cordas que ainda o amarravam. Harry precipitou-se em ajudar Rony a sair de onde estava.


Estella percebeu o movimento dos dois e virou-se decidida. Não conseguiu lançar o feitiço que planejou. Foi atingida por Draco e virou-se ainda mais irritada.


 


- Como se atreve a me enfeitiçar, seu muleque?


- Você não vai machucar mais ninguém Estella - Draco ameaçou.


 


Draco foi atingido por um feitiço nas costas e caiu de peito no chão. Ainda mantinha a consciência, mas viu quando Estella e Mulciber foram encurralados por três aurores. Neste momento, ele viu Rony levantar-se do chão. Ele e Harry haviam recuperado as suas varinhas e entravam na luta.


Sentia uma dor forte nas costas, mas não deixaria de ajudar. Lutaria até o fim de suas forças e ergueu-se, seguindo o exemplo de Rony.  Harry foi perseguido por Fenrir, e Rony o viu.


 


- Vai ajudar o Harry - Draco gritou para Rony e o viu correr, ainda cambaleante ao socorro do amigo.


 


Amico estava caído no chão. Havia sido estuporado e estava fora do combate. Havia mais aurores caídos no chão e ele viu Estella aproveitando-se que alguns aurores tentavam encurralar Aleto e Avery para fugir. Draco a seguiu. Com varinha em punho a seguiu e ela viu.


 


- O que você quer, Draquinho? Não pode me vencer.


- Não vou permitir que você fuja.


- Como Draquinho está corajoso. Jura que você vai me prender?


- Bombarda - Draco lançou contra Estella e ela foi pega de surpresa.


- Como se atreve a tentar me atingir, garoto. Imperius...


 


Draco lançou-se para o lado e conseguiu desviar o feitiço. Lançou em silêncio sobre si e onde estava um Conjurius Army tentando proteger-se de maiores feitiços.


 


- Não se esconda de mim, seu moleque. Vou fazer você sentir muita dor antes de matar você. Onde você está?


 


[...]


 


- Mas olha quem eu encontro novamente - Fenrir gracejou - Mas veja se não é o ruivo traidor do sangue e o super Potter.


- Dessa vez eu vou me certificar de não deixar você vivo, Greyback - Rony adiantou-se ainda cambaleante.


- Olha, olha... - o lobo gargalhou - O ruivo me ameaçando. Será que você consegue me pegar?


 


Greyback usou de sua agilidade de lobo para atingir Rony. De um salto ele atacou o ruivo que caiu no chão com o impacto sentindo fortes dores em todo o corpo. Harry tentou o estuporar, e nesse momento foi atingido da mesma forma por Greyback.


 


- Parece que a agilidade de vocês está acabando. Assim vai ser muito fácil destroçar os dois.


 


Os olhos vermelhos saltaram ainda mais. As garras e dentes de Greyback cresceram de uma maneira assustadora. Ele fitava Harry e Rony, como se decidisse a qual dos dois atacar primeiro.


 


- Estupefaça! - Harry lançou, mas Fenrir apenas pulou e sorriu ainda mais alto.


- Tantos anos e ainda usa as mesmas magias Potter. Precisa melhorar.


- Nem todas as pessoas são assassinas como você.


- Ah é Potter. Não tenho problema algum em matar pessoas. É até divertido sabe? - Greyback tinha um olhar assustador - E quanto mais a pessoa foge e se esquiva assim como você, mais divertido.


- Como você pode ter satisfação em matar pessoas?


- Você já vai saber Potter.


 


Ele preparou-se para atacar Harry. Rony, que ainda estava caído no chão apanhou discretamente a varinha que estava jogada ao seu lado e quando Greyback pulou sobre sua cabeça, ele lançou na barriga do lobo o feitiço que havia prometido que jamais usaria.


Harry viu o lampejo verde que rompeu da varinha do amigo. Sentiu em seguida o lobo cair sobre seu corpo com um estrondo devido ao impulso que ele havia dado para romper o ataque. Rony levantou-se rapidamente e lançou, mesmo que sem necessidade, o petrificus totalus sobre o lobo.


 


- Está morto Rony - Harry falou ao se desvencilhar do corpo imóvel sobre o seu assustando-se com as próprias palavras. Em todos esses anos, nunca haviam matando ninguém.


- Eu o matei? - Rony olhava incrédulo o corpo estendido no chão. Estava assustado.


- Acho que sim - Harry concordou.


- Eu o matei? - ele tentava se convencer de algo. Sentia uma aflição inexplicável no peito.


- Você salvou a minha vida, Rony - Harry adiantou-se percebendo a aflição do amigo - Você salvou a minha vida.


 


Os amigos se abraçaram. Por um momento, sentiram como se nada mais estivesse acontecendo. O abraço foi o necessário para acalmar os ânimos dos dois naquele momento. Rony fitava o corpo do homem lobo estendido sobre o chão e sentia-se mal por ter sido o responsável por aquilo, mesmo que a intenção fosse proteger um amigo.


 


- Cara, obrigado! Você salvou minha vida - Harry falou sorrindo e batendo no ombro do amigo - Eu sei que não foi da melhor forma, mas você mostrou mais uma vez que é um herói. Obrigado meu amigo. Muito obrigado.


- Só preciso agora me convencer que fiz o certo.


- Você fez. Já deveríamos ter feito há muito tempo, e não se sinta mal, eu faria o mesmo se fosse pra te ajudar, meu amigo.


- O Draco Harry - Rony falou como se acordasse de um transe - Precisamos ajudar o Draco. Ele correu... Foi atrás da Estella.


- Sim, vamos logo!


 


Desceram as escadas correndo. Rony ainda estava fraco devido a tortura que sofrera há pouco, mas tentaria ajudar. Na parte de baixo da casa tudo parecia estar controlado.


Viram Artur conjurando cordas para amarrar os dois comensais abatidos enquanto patronos passavam por todos os lados da sala. Saíram da mansão abandonada em busca de Draco e ouviram os gritos distantes que Estella proferia vindo de um canteiro afastado.


 




 


To be continued_______________________________________


 


Então... Está ai mais um capítulo para vocês. Espero que tenham gostado. Quero agradecer a ajuda que me deram para dar um fim na nossa amada vilã e acho que gostarão do desfecho, só não sei se será no próximo capítulo ou no 43.


 


Lillikah Weasley-Potter e Quitxi - sejam bem vindas a FIC


Então, até lá...


 


Aproveitem o fim de semana!!




 


 


*Cenas no próximo capítulo...




"- Ele sempre suspira profundamente - Astoria continuou - Diz que se arrepende de ter se envolvido com as pessoas erradas e por ter ouvido mais o pai que a mãe...




- Sério? - Gina surpreendeu-se.


- Sim - ela comia um biscoito - O Draco não é a pessoa má que todos pensam. Tudo o que ele fez no passado foi para  proteger a própria família, como ele está fazendo agora.


"Ele ficou muito frustrado por ter que seguir as ordens de vocês-sabem-quem, mas era o professor Dumbledore ou sua família. Não sei se teria uma posição diferente da dele ao ser obrigada a escolher entre minha família e outro alguém..."


 


_________________________________________________________


 


 


 


Juliana Aparecida Chudo Marques


E então, o que achou da atitude do Draco? Espero que tenha gostado e não deixe de comentar.


 


Neuzimar de Faria


Gostei muito da sua sugestão para tirarmos a Estella da jogada. Vou dar uma incrementada. Espero que goste.




Júlia rodrigues valente


E ai, gostou? Todos devidamente sãos e salvos. Mas me desculpe, não tenho corajem de fazer mal ao Draco... Acho ele um fofolete! :P




Eliana de Albuquerque Lima


Cólicas sanadas minha linda. Não sei ainda se será a Mione que finalizará a mocreia, mas nos próximos capítulos eu posto. Beijocas.




lumos weasley


Pois é né Lumos. Eu acredito nisso. O Draco no fundo sempre foi uma boa pessoa. Se pararmos para pensar, tudo o que ele fez sempre foi pela família dele, e pra mim isso é louvável.




Priscylla Lorrheyne


Tudo vai começar a se resolver agora. As coisas vão começar a melhorar, prometo. E em breve a felicidade reinará por um tempo... =P




Mariana Arantes


Espero que tenha gostado das atitudes do Draco... E também estou esperando sua ajuda para eliminarmos esta vilã... Alguns já foram, finalmente!




Hogwands - Babi


Que Merlin me proteja e a Estella esteja sempre bem afastada dos meus pés srsrsrsr


E ai, gostou? Me diz o que pensou. Espero que tenha superado as espectativas.


 


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Comentários (4)

  • lumos weasley

    Eu sabia que o Draco tinha um plano. E estou torcendo por ele contra a Estella. O Ron tbm é meu herói enfrentar aquele lobo nojento não é pra qualquer um.Bjs! até o próximo capítulo. 

    2012-07-15
  • Júlia rodrigues valente

    Achei que não ia ter atualização nos finais de semana. Mas graças a Merlin teve, estou amando esse desfecho do capítulo me surpreendeu. Espero que a Estella tenha o mesmo final que o irmão. E que assim seja. Até o proximo capítulo 

    2012-07-14
  • Neuzimar de Faria

    Gostei muito do capítulo, da coragem e lealdade do Draco (quase um grifinório! rsrs).  Ele tinha atitudes equivocadas por causa da educação e exemplos errados recebidos da família, na infância, mas não era mau em sua essência. Não creio que ele, o Harry e o Rony tenham se tornado amigos, quando adultos, mas, mais amadurecidos, se tratassem com respeito quando, por acaso, se encontravam.  

    2012-07-14
  • Juliana Aparecida Chudo Marques

    Adoreii o capitulo.... kk.. gostei da atitude do Draco , nunca o vi como uma pessoa má.. achoo que ele teve que fazer as coisas que fez... bom esperando ansiosa pra ver o final da Estella... kkkk.. naum vejo a hora.. kkk.. Bjoos

    2012-07-14
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