Fuga
NA: Olá gente, devido aos muitos comentários anteriores relacionados a fic e a Lavander, venho informar que não a acho má, não a vejo como uma vilã e tão pouco a farei aparecer dessa maneira na fic.
Acredito que ela foi apaixonada pelo Rony em seu momento de assenção, mas que jamais ameaçaria a vida dele com a Mione, até porque, ela deve sua vida a Hermione.
Portanto, acredito que existem muitos vilões de verdade que podem ser usados para dar um up na fic... A Lavander é apenas um parenteses na vida dos dois...
Vamos a Fic e uma ótima semana a todos!
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Harry, Rony e Artur aparataram na Toca e foram recebidos com desespero pelas três mulheres que os esperavam. Apresentavam cortes recém curados e tinham o ar abatido e cansado. As roupas estavam com cortes e rasgões e eles se olhavam em segredo, como quem esconde o pior.
- Gina - Harry tentava controlar a mulher - Eu estou bem, não está vendo? Tudo inteiro.
- Mas não custa checar - Gina falou enquanto averiguava cada centímetro do corpo de Harry.
- Rony - Hermione adiantou-se - O que houve?
- Nada demais Mione - Rony respondeu forçando um sorriso - Está tudo sob controle agora...
- Rony, Harry... Artur - ela continuou apreensiva - Vocês sabem que o que quer que tenha acontecido, nós saberemos mais cedo ou mais tarde.
- Só não achamos que seja motivo para vocês se preocuparem - Artur completou.
- Não é normal uma rebelião em Askabam - Gina falou certeira para Harry enquanto cruzava os braços - Na verdade, eu não lembro de nenhuma desde que você e o Kingsley assumiram o Ministério e a prisão.
- Não foi nada demais - Rony repetiu - Vocês não tem com o que se preocupar. Estamos bem e tudo está sob controle, já falei...
- Não, não está - Hermione falou levantando-se e calando o marido - Vocês até podem tentar, mas não conseguem nos esconder nada. Conheço você muito bem Harry Potter, e a você também Ronald Weasley. Então parem de nos tratar como crianças porque nós não somos.
- Mas Mione - Harry tentou.
- Não - ela continuou - Enfrentamos batalhas iguais a vocês e somos tão fortes o quanto vocês são, então falem de uma vez o que está acontecendo ou escrevo agora mesmo para o Ministério e pergunto o que houve. Afinal, como funcionária e esposa de auror, eu tenho todo o direito de saber do que se tratou a rebelião.
- Certo. Você tem razão - Rony suspirou vencido - Mas se acalme. Pode fazer mal a nossa filha.
Hermione sentou-se ao lado de Gina e cruzou a perna impaciente. Ambas tinham barrigas pontudas e aparentes, e ambas compartilhavam os braços cruzados sobre as barrigas juntamente com olhares aflitos e apreensivos.
Molly tinha os olhos arregaçados e até o momento não tinha falado quase nada, apenas ouvia. As três os olharam com angústia, esperando para ver qual deles iniciaria a conversa.
- Tudo bem - Artur deu-se por vencido - Vocês saberão pelos jornais de qualquer jeito. Tivemos uma tentativa de fuga e alguns prisioneiros conseguiram escapar.
- Merlin amado - Gina sussurrou colocando uma das mãos contra a boca.
- Quais fugiram Artur? - Molly perguntou apreensiva, fazendo sua voz ser ouvida depois de um bom tempo em silêncio.
Artur abaixou a cabeça e respirou profundamente. Sentia-se desgostoso. Fez-se um silencio perturbador na sala onde os três casais estavam sentados.
Os homens se olhavam numa tentativa muda de entrar em acordo. Estavam aflitos pela segurança da família e por mais que tentassem demonstrar sobriedade, estavam abatidos.
- Ron... - Hermione fitou o marido depois de um período em silêncio, ela temia pelo que ouviria, mas era necessário saber o que estava acontecendo.
- Aleto e Amico Carrow - Harry começou engolindo em seco - Jugson, Dolohov, Yaxley, Avery, Mulciber, Macnair e... Estella Greyback.
Hermione respirou fundo. O impacto que aquela descoberta causou em seu interior a tirou de tempo. Gina chorou. Levou as mãos aos olhos como uma tentativa frustrada de se controlar e culpou àquele ataque de nervos à gravidez e seus hormônios desproporcionais, mas o temor ficou expressivo nas três mulheres.
- Quando conseguimos controlar a rebelião muitos deles já haviam fugido - Harry continuou - Alguns dementadores usaram o beijo com os que tentavam escapar e outros foram mortos.
- Mortos? - Molly assustou-se - Merlin amado.
- Sim, mortos - Rony continuou - Acreditamos que alguns dos prisioneiros se opuseram a fuga e tentaram deter os que se revoltaram, talvez em uma tentativa de ficarem bem vistos diante o Ministério e reduzirem a pena...
- Mas, infelizmente, os que se opuseram foram estuporados e mortos - Artur pesarou - Encontramos Lucio Malfoy desacordado junto com Gregório Goyle, Emilia Bulstrode e Teodorio Nott.
- Ainda não sabemos como eles conseguiram duas varinhas - Rony continuou - Mas o fato é que as conseguiram e além de estuporar esses que o papai falou, ainda mataram Tracey Davis, Kevin Entwhistle e Stephen Cornfoot.
- Droga - Gina indagou - Por que isso tudo tem que acontecer agora? Estávamos todos tão bem. Que droga. Maldito Voldemort. Tudo é culpa dele.
- Não adianta nos desesperarmos meu amor - Harry foi consolar a esposa.
- Hermione - Rony adiantou-se, ajoelhando-se diante da mulher - Não vai acontecer nada, meu amor, você vai ver. Tudo vai ficar bem. Logo os capturaremos novamente.
Hermione não falava. A respiração estava acelerada e ela sentiu dores nas laterais da barriga. Temeu por sua filha. Por seu marido. Por sua família. Por sua própria vida. Entrou em um transe profundo. Ouvia ao longe as vozes de Harry e Artur conversando com Molly. Ouvia também a voz de Rony e o choro desmedido de Gina.
Achou que havia saído de seu próprio corpo. Sentiu uma nova pontada na lateral da barriga. Não sabia o que era aquilo, mas não deveria ser nada demais. Olhou no profundo mar azul que eram os olhos de Rony e o abraçou. Permaneceu assim um bom tempo, em silêncio, apenas captando para si o aroma delicioso que exalava do seu marido. Seu Ron.
- Eu preciso... De um chá. - Foi à primeira frase que ela soltou após a revelação.
- Tudo bem minha querida - Molly adiantou-se, levantando-se - Acho que todos nós precisamos de um chá.
- Hermione - Rony continuou - Tudo vai ficar bem.
- Não, Rony, não vai. E você sabe que não vai. Ela vai vir atrás da gente de novo. Ela vai tentar te matar de novo. Como vou defender nossa filha sozinha?
- Hermione, eu estou aqui com você. Não vai acontecer nada nem comigo, nem com você, muito menos com nossa filha. Temos uma patrulha de aurores no encalço deles. Vamos capturar todos eles, você verá.
Hermione queria acreditar que tudo ficaria bem, mas não conseguia. Ela tentava com todas as forças acreditar que Rony tinha razão, mas talvez o choro agora contido de Gina ou a expressão aflita de Molly a fizesse ter certeza que nada ficaria bem.
Ela acordou dos devaneios ao sentir a mão de Rony pesar sobre o seu ventre. Ele sorria. Ela sabia que ele tentava lhe passar uma segurança que ela não tinha no momento. Olhou-o nos olhos e sentiu uma lágrima de angústia se formar.
Ambos olharam encantados para a barriga saliente. A criança mexia. Finalmente mexia e ela percebeu que as pontadas sentidas antes eram a filha mexendo. Hermione sentiu o coração encher de alegria. Finalmente sentira sua filha se mover. Ela estava ali, era o motivo de permanecerem vivos...
- Está vendo? Nossa bonequinha está confirmando pra mãe dela que tudo ficará bem.
- Eu queria acreditar Ron, mas eu não consigo.
- Eu vou proteger vocês. Tudo ficará bem, certo?
Ela apenas confirmou com a cabeça. A criança agora mexia muito em sua barriga e com força. Eles se abraçaram. Hermione chorou.
[...]
Os dias estavam corridos agora. A notícia da fuga em massa de Askabam era assunto constante nos jornais bruxos. Kingsley já havia entrado em contato com o primeiro ministro trouxa e explicado a seriedade dos fatos acontecidos no mundo bruxo.
- Olá Ministro Kingsley - saudou animado o Ministro trouxa apertando a mão de Kingsley e indicando a cadeira diante a mesa para que sentasse - Há tempos não o vejo. Acredito que desde que assumi meu cargo.
- Preferiria que as coisas continuassem assim Ministro, mas infelizmente, precisamos conversar seriamente.
- Em que posso servi-lo?
- É um assunto muito complicado Ministro, e precisamos entrar em acordo sobre a melhor forma para solucionarmos - falou Kingsley, sentando-se e encarando o outro Ministro - Estamos tendo graves problemas no mundo bruxo.
- Os dias tem sido difíceis por aqui também... Tivemos alguns assassinatos estranhos, pessoas em estado catatônico, outros enlouquecidos, algumas confusões inexplicáveis...
- Temo que os acontecidos do mundo bruxo estejam ligados diretamente aos ocorridos aqui.
- Então vamos direto ao ponto, Ministro.
- Certo. É um caso muito sério. Temos a fuga de bruxos muito perigosos.
- Como vocês permitiram a fuga de pessoas tão perigosas?
- Não é uma questão de permitir ou não, Ministro. É uma questão de segurança. Nossa prisão é muito bem guardada e vigiada, mas infelizmente, como todos os sistemas de cárcere, ainda temos as nossas falhas, e acreditamos que uma dessas falhas foi descoberta pelos fugitivos.
- E o que faremos agora, então?
- O mesmo que fizemos há alguns anos atrás, quando Voldemort era motivo de angústia.
- Sim, o senhor já me falou anteriormente desse tal Voldemort.
- É. Foram tempos difíceis, e não queremos que retornem.
- O que posso fazer então?
- Precisamos que o senhor alerte os trouxas sobre o perigo desses fugitivos. Estou com fotografias deles aqui. Vocês precisam manter distância deles, e caso os encontrem, nos avisem. Temos aurores espalhados em missão para recapturar a todos.
- Mas que perigos enfrentamos finalmente?
- Tememos que esses fugitivos estejam tentando vingar-se pela morte de Voldemort.
- Esse Voldemort realmente era muito mal...
- O senhor jamais conseguirá conhecer alguém tão mal. E muitos dos seus seguidores ainda acreditam que ele era uma espécie de deus. O veneravam, e tememos o que esta fuga possa acarretar.
- Certo ministro. Faremos isto. Divulgarei na imprensa a fuga desses foragidos. E espero realmente que seu mundo consiga controlar essa catástrofe o mais rapidamente possível.
- É isso o que realmente queremos. Esperamos contar com a ajuda de seu mundo para que continuemos todos em paz.
- Assim será feito.
- Manterei o senhor informado dos acontecimento, Primeiro-Ministro.
Selaram a conversa com um aperto de mão. Kingsley logo em seguida aparatou de volta ao Ministério bruxo com a sensação que essa nova situação não seria nada fácil de ser resolvida.
Observou o Profeta Vespertino deixado em sua mesa pela coruja oficial, e logo na primeira página se reconheceu em uma foto que estampava a matéria do Jornal.
Estamos realmente seguros?
Ministro Kingsley Shacklebolt foi encontrar-se com o Primeiro Ministro Trouxa. Estaremos voltando ao período de trevas no mundo bruxo?
- Mas como é que eles descobrem essas coisas - Kingsley irritou-se, pegando o jornal e rumando para a página onde leria a matéria completa.
Estamos realmente seguros?
Ministro Kingsley Shacklebolt foi encontrar-se com o Primeiro Ministro Trouxa. Estaremos voltando ao período de trevas no mundo bruxo?
Depois de quase oito anos vivendo em paz, temos a notícia de uma fuga em massa das selas tão bem protegidas de Askabam.
Soubemos por fonte confiável que no início desta tarde, o nosso Ministro esteve em reunião de extrema importância com o I Ministro Trouxa, Jack Thomas Harvey, para tratar de assuntos de extrema importância para ambos os mundos.
Temos o conhecimento que a última vez em que o Ministro bruxo precisou se comunicar com extrema urgência com o Ministro trouxa, foi quando houve a fuga em massa de Askabam há oito anos, dos quais encontraram-se foragidos, entre outros, os irmãos Carrow e Belatrix Lestrange.
Desta vez, nada foi muito diferente. Além dos irmãos Carrow, fugiram ainda, Jugson, Antonio Dolohov, Yaxley, Avery, Mulciber, Walden Macnair e Estella Greyback.
Temos o conhecimento que os irmãos Carrow foram condenados, além das babáries feitas, por ameaçarem e enfeitiçarem os alunos de Hogwarts nos dias de trevas passados.
Antonio Dolohov é um dos que matou Gideão Prewett e Fábio Prewett, ambos membros da Ordem da Fênix e irmãos de Molly Weasley, mãe de Ronald Weasley, durante a primeira Guerra Bruxa.
Ele também foi acusado pela tortura de inúmeros trouxas e não-seguidores de Você-Sabe-Quem durante as Primeira e Segunda Guerras.
Na batalha do Departamento de Mistérios, ele foi responsável por um ferimento gravíssimo em Hermione Granger Weasley, com um feitiço desconhecido até hoje. Foi Dolohov também, o responsável pela morte do Auror Remo Lupin na batalha de Hogwarts.
Yaxley, além das demais atrocidades, foi o responsável por manter o ex-ministro Pio Ticknesse sob o feitiço Imperius durante a assenção de Você-Sabe-Quem.
Jugson, Avery, Mulciber e Walden Macnair, não menos perigosos, foram presos acusados de torturas e feitiços imperdoáveis, lembrando que o último citado era o carrasco da Comissão Para Eliminação de Criaturas Perigosas e trabalhou por um grande período infiltrado no Ministério da Magia.
Sem nos esquecermos de Estela Greyback, irmã do conhecido Fenrir Lobo Greyback, foi condenada, entre outras acusações, por uso de maldição imperdoável Imperius contra o Auror Ronald Abílio Weasley e a tenativa de assassinato do mesmo, de sua esposa grávida Hermione Granger Weasley e de Harry Potter, o menino que sobreviveu e derrotou àquele que não se deve nomear.
Diante dos fatos e da periculosidade que volta a rondar o nosso querido mundo bruxo, sugerimos que nossos leitores reforcem os feitiços de proteção em suas casas, não tentem enfrentar ninguém em batalhas onde esteja só e estejam em vigilância constante, como diria nosso saudoso Alastor Moode.
Na página 12 você encontra mais sobre o nosso Ministro, o Ministro trouxa e sobre os atuais fugitivos de Askabam.
[...]
- Mas que droga - Rony jogou furioso o jornal sobre a escrivaninha.
- Ron - Hermione tentava consolá-lo - Temos que ter paciência. É normal que os jornais falem sobre os acontecimentos.
- Mas Mione. Como eles sabiam que o Kin iria ver o Ministro trouxa hoje?
- Realmente, isto eu não sei, Ron, mas eu vou ter uma conversinha com a Skeeter a respeito.
- Não, Hermione. Não quero você ainda mais envolvida nisso. Quero que você descanse e se acalme o quanto puder.
- Eu sei que é isso o que você quer Ron, mas infelizmente, não posso ultimamente. E você ouviu a Dra Aurora ontem, estou bem. Mesmo com todos os problemas, estamos bem.
- E eu quero que continue assim...
- Ron...
- Por favor Hermione. Mantenha-se afastada, por nossa família...
- Senhor Weasley - Rachel adentrou a sala de Hermione com o ar assustado.
- O que houve Rachel? - Hermione perguntou levantando-se da cadeira.
- Acabei de ser informada que alguns trouxas estão sendo torturados no sul de Bristol - Rony se levantou rapidamente - Alguns aurores já partiram para lá e o senhor Potter pediu para avisá-lo que está na sala do Ministro Kingsley o esperando para que partam os dois juntos.
- Ok Rachel. Vou agora mesmo. Se eu demorar - virou-se para Hermione...
- Eu vou para a Toca - ela completou aflita - Tenha cuidado.
- Eu terei. Até mais.
Rony saiu da sala deixando Hermione com o coração apreensivo. Sentou-se ao sentir as pernas fraquejarem e foi amparada pelo sorriso nervoso da secretária que lhe trazia um copo de água.
- Tome senhora. Fará bem.
- Obrigada Rachel.
- Desculpe a forma como entrei e informei o acontecido senhora, mas fiquei em nervos. Tenho parentes trouxas em Bristol e não sei o que posso fazer.
- Não se preocupe Rachel. Estou certa que nada aconteceu aos seus parentes e tenho certeza que esta confusão vai acabar logo.
- Ah senhora Hermione. Eu temo tanto. Já se passou quase um mês e nenhum dos fugitivos foi capturado.
- Eu sei Rachel, mas não adianta ficarmos nervosos. Temos que ter fé e esperança que tudo irá se resolver.
- Hermione - ela assustou-se ao ver Gina adentrando sua sala - Onde está o Harry?
- Com licença senhoras - Rachel se retirou.
- Calma Gina...
- Calma, Mione? Como você pode me pedir calma? Acabei de receber uma coruja aqui do Ministério informando que o Harry havia saído em missão urgente para Bristol. Que história é essa?
- Infelizmente, é verdade Gina. Pelo que estou sabendo, alguns trouxas estão sendo torturados no sul de Bristol neste momento e o Harry e o Rony, e mais alguns aurores rumaram para lá na tentativa de capturar alguns desses arruaceiros.
- Hermione, eu não aguento mais isto. Como você consegue ficar tão calma?
- Na verdade, não estou calma Gi, mas não adianta ficar nervosa. Penso em minha filha, em minha família, tenho que ser forte por eles, assim como você também precisa ser.
- Eu sei Mione, mas não aguento mais essa situação.
- Aguenta sim Gina, da mesma forma que aguentou o Tom Riddle naquele diário infernal. Da mesma forma que aguentou aquele ano terrível que passamos em busca das horcruxes sem nenhuma noticia... Aguenta como sempre aguentamos quando eles saem em missões por ai a fora e nunca sabemos como estão... Você aguenta sim, e tem que aguentar, por você, por seus filhos e pelo Harry.
- Ah, Mione - Gina tinha lágrimas nos olhos - Você está certa. Estou tão aflita. Tenho tanto medo.
- Eu também tenho minha amiga. Mas precisamos ser fortes.
Elas se abraçaram, uma consolando a outra. Sabiam que precisavam manter a calma. Sabiam que precisavam ser fortes. A dor e a dificuldade precisavam ser superadas.
Hermione resolveu sair mais cedo aquele dia. Aproveitou que estava com horas extras e saiu logo depois Gina conseguiu controlar as emoções.
- Estou indo para a casa dos Weasley, Rachel. Não volto mais hoje.
- Sim senhora. Descansem.
- Tentaremos Rachel, tentaremos. Assim que der 5h pode ir também. Não precisa ficar o horário inteiro.
- Sim senhora.
- Procure saber sobre sua família em Bristol, e qualquer coisa, me mande uma coruja.
- Sim senhora. Obrigada.
- Não é nada, Rachel. Precisamos ser fortes e continuar unidos nesses tempos difíceis.
- Sim, senhora, até amanhã. Até mais senhora Potter.
- Até mais, Rachel.
[...]
- Astoria - Draco tentava acalmar a esposa - Por favor, meu amor. Tente controlar-se.
- Como Draco? - a mulher estava histérica - Como posso me controlar? Você viu as pessoas que fugiram de Askabam?
- Astoria, não devemos acreditar em tudo que o Profeta alega.
- Eu sei Draco, mas eles não iriam inventar nomes.
- Astoria, por favor, controle-se. Não acontecerá nada conosco.
- Draco, eu não consigo. E se algum deles decidir se vingar de você? E se a louca da Estella nos procurar? Ela disse que iria se vingar...
- Eu já reforcei todos os feitiços de proteção aqui em casa. Ninguém vai aparatar aqui e nos fazer algum mal, está bem?
- Mas...
- Psiu. Controle-se. Sei que seus hormônios estão loucos, mas precisa se acalmar. Lembra-se que o medibruxo falou que suas emoções afetam o bebê?
- Ou, Draco. Eu temo tanto por ele, meu amor. Temo pelo bem dele. Se aquela louca nos procurar...
- Tory, ela não vai nos procurar. O Ministério certamente está trabalhando para recapturar cada um desses fugitivos. Independente de qualquer coisa, eu confio na capacidade do Potter e do Weasley. Sei que logo prenderão esses loucos.
- Gostaria de ter essa mesma certeza que você tem.
- Então apenas tenha certeza, e pare de ler esse jornal estúpido. Vem cá.
Draco sentou Astoria ao seu lado no sofá em frente à lareira. A barriga de oito meses e meio da mulher já lhe dificultava grande parte dos movimentos.
Ele acariciou suas orelhas. Sabia que ela se tranquilizava muito com essa caricia, e foi o que aconteceu. Em alguns minutos Astoria estava mais relaxada, mais a vontade.
Draco a deitou no sofá e escorregou para o chão, ficando ao lado da mulher. Beijou delicadamente cada ponto de seu rosto, iniciando pelas sobrancelhas, descendo para os olhos, nariz, queixo e lábios.
Sossegou ao ver que a respiração dela se normalizara. Sorriram um para o outro e se abraçaram. Permaneceram assim um longo tempo, até que ela cochilou. Draco a beijou na testa com carinho e cuidado para não acordá-la, beijou sua barriga exposta pela camisa que subira com o carinho feito a pouco e rumou para a cozinha, a fim de ajudar a ama no jantar.
[...]
- A Hermione está certa, Gina querida - Molly conversava com a filha enquanto tomavam um chocolate quente.
- Eu sei que está mamãe, mas não consigo me controlar. Temo tanto pelo Harry e pelo Rony.
- Vai dar tudo certo, Gina - Hermione falou - Precisamos confiar.
- Mamãe - elas foram surpreendidas ao ver Gui entrar na cozinha com Victorie muito sonolenta nos braços, sendo seguido por Fleur e a pequenina Dominique, que dormia tranquila.
- Olá meu filho. Fleur... Como estão minhas netas?
- Estams bem Molly - Fleur começou - Viems porque recebems um patron do Harry.
- E o que ele disse? - Gina adiantou-se.
- Pediu que viéssemos para a Toca, que seria mais seguro - Gui foi rápido - Percy e Jorge já devem estar chegando também.
- Ou Merlin - Gina levou a cabeça para trás e olhou o teto colocando as mãos sobre a barriga - Por que tem que acontecer tudo isto de novo?
- Gina, nom adianta entrarms em pânico agorra - Fleur falou entregando Dominique a Molly.
- Você diz isso porque seu marido está do seu lado, com seus filhos.
- Ai estar o seu engan Gina. O Guilherme estar indo agorra mesma parra o Ministerrio ajudar na caça desses arruaceiros. Gostarria muite que ele ficasse, mas nom posso impedí-lo de fazer o seu tarabalho e lutar pelo bem do nosso munde e o futurre de nossos filhes...
Gina abaixou a cabeça envergonhada. Sabia que Hermione e Fleur estavam certas. Estava nervosa, era verdade, mas não era a única que tinha a segurança da família em jogo.
Estava sendo egoísta e decidiu que bastava. Sabia que os irmão logo chegariam para ajudar os aurores, embora não os fossem. Faziam parte da Ordem da Fênix, e em momentos como estes, sempre eram convocados.
- Desculpe Fleur - Gina começou - Sei que estão aflitas assim como eu. Sei que suas famílias também correm risco assim como a minha e sei que não tenho o direito de descontar meus medos e ansiedades em vocês.
- Estamos todas aflitas Gina - Hermione continuou - E no nosso estado, não podemos ajudar em muita coisa, então, é melhor esperarmos e nos consolarmos, tudo dará certo.
Gina levantou-se de sua cadeira. Os olhos castanhos envoltos em lágrimas. Abraçou Fleur que também chorou temendo pelo marido e se desculparam. Em seguida ela abraçou Hermione e agradeceu por tudo, por ser sua amiga e estar do seu lado.
- Estão chorando porque eu cheguei ou porque o Percy está vindo ai? - Jorge adentrou na cozinha carregando Fred nos braços. Angelina tinha dificuldades em andar tamanha estava a barriga.
- Jorge, meu filho. Como está?
- Bem mamãe, tirando o fato da Angelina está treinando pra virar bola e o fato de eu ter deixado a Loja de Logros nas mãos do Lino, tudo está bem...
- Estou quase rolando porque a sua filha faz o favor de tentar se criar na minha barriga... É tudo sua culpa.
- Ah, Angelina, você reclama agora que está barriguda, mas há uns nove meses atrás, até que você gostou e muito de como a Roxanne foi feita...
- Tudo bem, sem detalhes - Angelina finalizou e risadas dispersas foram ouvidas.
- Mamãe - ouviram a voz de James que acabara de acordar.
- Oi meu amor - Gina adiantou-se pegando o filho de dentro do cercadinho colocado na sala.
- Papai. Cadê?
- Papai foi trabalhar com o tio Ron, mas logo logo ele volta, tudo bem?
- Sim, mas prefiro quando o papai está aqui.
- Eu também, meu amor...
- Olá família - Percy adentrou a cozinha com o ar cansado - Precisamos nos apressar.
- Boa noite a todos - Audrey cumprimentou pegando Molly dos braços de Percy.
Todos se calaram ao perceber o cervo prateado que adentrou na cozinha da Toca. Imponente e brilhante parou no meio de todos, sobre uma pequena mesa de centro e abriu a boca, da qual reconheceram a voz de Harry.
“Estamos bem. Conseguimos capturar dois fugitivos. Conseguimos interceptar os outros, mas precisaremos ir para Carlisle, Gloucester e Livingstone pois eles se separaram. Nos dividiremos para cobrir estes lugares. Artur manda dizer que está bem e Rony manda beijos para Hermione. Gina, eu te amo. Voltamos logo.”
- Acho que precisamos ir então - Gui adiantou-se - Kim deve estar precisando de ajuda.
- Vamos logo então - Jorge adiantou-se.
- Vamos - Percy confirmou aproximando-se da esposa - Volto logo, tudo bem?
- Se cuida Percy, por favor.
- Me cuidarei. E você, se cuide e cuide de nossa boneca.
- Tudo bem.
- Amo você, meu amor.
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- Angelina - Jorge parecia apreensivo - Não sei quanto tempo vou demorar, mas segura a Roxanne até eu voltar, pode ser?
- Tentarei, Jorge. Mas prefiro que você volte logo.
- Qualquer coisa, me manda um patrono, ta bem?
- Tá - ela confirmou também com a cabeça - Por favor, Jorge, tenha cuidado.
- Terei, e prometo trazer lembrancinhas de lá pra você.
- Jorge, você não vai a passeio.
- Eu sei, mas quero que você fique tranquila.
- Vou ficar. Prometo.
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- Por favor, Gui... Avise sobre tudo o que puder, mon amour - Fleur abraçava-se ao marido. - Vai ficar tudo bem, minha flor. Estou certo.
- Mesmo assim... Poromete?
- Prometo.
- Amo você, Guilherme.
- Também amo você, mas preciso ir. Cuide-se.
- Você tambam...
Deram um abraço apertado os três na mãe em um mesmo momento. Beijaram o rosto da matriarca, despediram-se de Gina e Hermione e apressaram-se para o quintal, onde depois de um tempo foi possível ouvir o som de aparatação dos homens indo em caminho ao Ministério.
To be continued... ________________________________________
Comentários...
Ah... E você sabe que eu adoro saber que você gosta da fic, não sabe? Beijos e tudo de bom.
Ah... Obrigada pela nota, mas o que realmente importa é que você passe por aqui e que esteja gostando de tudo... Críticas e elogios sempre são bem vindos!
✬Eliana de Albuquerque Lima
Como disse lá em cima, não vejo a Lilá como vilã, pelo contrário, até gosto dela às vezes... Espero que esteja gostando. Abraços!
Não, não. Nada de Lilá por aqui... Ela vai até aparecer, mas não como vilã. E sim, todos sofrerão um pouco mais... Espero que encontre o seu Ron rapidinho!
Sofrerão sim, mas só um pouquinho... O sofrimento será dividido entre muitas pessoas agora =P
Concordo com você. Por mais fútil que ela seja, ela deve a vida a Mione, então, seria estranho que ela se metesse entre os dois. A Rose também não vai chegar antes do tempo, estou deixando a Mione bem calma...
Beijão e boa semana pra todo mundo que passar por aqui!
Comentários (6)
Você está deixando a Hermione calma?! Como assim, se até eu estou nervosa? Brincadeira, rsrs.O capítulo está ótimo, como sempre, movimentado e cheio de suspense. Só não demore a postar, quero ver como tudo isso vai acabar.Ah! Gostei de saber que a Lilá não vai tentar se interpor entre o casal HG/RW. Bjs
2012-06-20Não acredito que voce parou na melhor parte! Mas agora está de jeito que eu gosto, voce sabe que eu gosto de fortes emoções! hahahaha Mal posso esperar pelo resto! Está muito bom!Acho que voce já me achou no facebook né, voce me aceitou...Beeijos!
2012-06-19Capítlo emocionante, espero que aquela louca da Estella seja presa logo.Bjs!
2012-06-18oi oi ..acho que estou um pouco atrasada kk ,mas antes tarde...como o Harry e o Rony estão sobrevivendo sem a Mione?não consigo imaginar,kkk.Não sei se estou imaginando coisas mas porém entretanto, achei a Rachel muito suspeita não sei se estou vendo pêlo em ovo kkktenho que correr agora mas eu volto. espero!!!!
2012-06-18Quem nao gosta né? UASHAUHSUAHSAHUS mais cara, eu nao tenho muito comentario mesmo... Mas é sacanagem nao comentar, sei lá. Mas cara, eu estou com medo do que pdoe acontecer agora que mó galera fugiu... Por favor nao demora para postar ta? Coitada da mulherada, tudo aflita AHSUHAUSHAUHSAUHSUAHSUAHUHS beeijos stra cheia de pernas xD
2012-06-18Não foi isso o que eu disse. Eu falei que esperava que você não fizesse isto, porque essa história da Lilá entre os dois já virou glichê. Pois achou você bastante criativa e capaz de criar personagens muito interessantes como a Estella Greyback. Quanto a este capitulo foi maravilhoso e muito empolgante me deixou com gosto de quero mais, por isso não demore muito a postar. Bjos
2012-06-18