Notas do Autor:esse capitulo conta o que ocorreu em Hogwarts nos 5 dias em que alvo ficou desacordado, será do ponto de vista de Tiago Potter.

Primeiro dia

Tiago e Fred estavam voltando de uma visita que haviam feito a cabana de Hagrid, eles ficaram um bom tempo colocando a conversa em dia, o meio gigante se mostrava amável e gentil como sempre fora, mas se mantinha com a cabeça distante, ficava observando a floresta como se a vigiasse ou esperasse algo sair dela, Fred reparara naquilo pois o velho guarda-caça deixara os biscoitos queimarem, eles ficaram pretos como carvão e duros como pedra, mesmo que isso não fosse novidade, os biscoitos sempre pareceram serem feitos de concreto. Tiago por outro lado não estava ligado na visita, muito menos prestava atenção na conversa do primo com o grandalhão, ele estava tão distante quanto Hagrid, ou mais.
Ele ainda não falara com o seu irmão caçula desde aquele dia em que brigaram antes da travessia do lago, achou que fariam as pazes assim que ele fosse para a Grifinoria e que tudo voltaria a ser como antes como estava enganado... Ele fora para a Sonserina, à casa a qual ele mais odiava, lugar das pessoas que ele mais desprezava... Esse era o lar de seu irmão agora... Ele fizera amizade com o Malfoy, e aquela tarde soube que ele faria teste para o Time de Quadribol, aquilo lhe doía por mais que tivera implicado com seu irmão sobre isso.

Tiago e Fred saíram da Cabana, chovia muito, eles se apressaram para dentro do castelo, mas no caminho encontraram Zach Zambine caído sobre a grama, foram quando ambos ouviram gritos vindos de perto do Salgueiro Lutador, Tiago os reconhecera como sendo de Al, sim eram os gritos de seu irmão, eles correram em direção a arvore, Fred carregava Zambine que se encontrava desacordado, a cena a se seguir pode ser definida como a pior de todas, Alvo era golpeado pelos galhos e troncos, fora quando Alvo caira no chão e um grande tronco semelhante a um porrete estava prestes a esmagá-lo, rapidamente como em um reflexo, algo automático, Tiago pegara sua varinha e lançara um feitiço que o paralisara. Ele correu até seu irmão, Fred gritava por ajuda, Rose, Alice e os outros vinham na direção deles, Tiago implorava para que o irmão despertasse, não queria que ele morresse, ele não podia morrer, não sem antes eles fazerem as pazes, mas ele não acordou.

Haviam se passado varias horas, Tiago pedira permissão a diretora para ficar ali ao lado de seu irmão, ele nunca saira de seu lado, ele estava muito ferido e abatido, a cada hora madame Pomfrey entrava e trocava os curativos e via se as poções faziam efeito, alem de Tiago os outros tambem os visitara, Hagrid chorara feito uma criança, Slughorn desejara melhoras e trouxera uma caixa de abacaxis cristalizados para o garoto, Teddy chegara ao lado de Victorie e ambos ficaram ali por um tempo, Scorpio tentara ficar ali também mas ele e Tiago por pouco não brigaram, então o Sonserino teve que se retirar. Tiago olhara e vira Frank sentado à cama de Molly, a garota ainda não acordara, mas se encontrava fora de risco. Frank lia “Os Contos de Beedle, o Bardo” para a namorada, ele acabara de terminar de ler A Fonte da Sorte, segundo ele, o conto favorito da garota, Frank sorria, um sorriso triste, sem vida, se retirara de cabeça baixa e se despediu de Tiago com uma voz melancólica. Mal Frank se retirou e Fred entrara, ele se sentou em uma cama ao lado da de Al e encarou o primo inconsciente por um tempo e em seguida se virou para Tiago.

_ Sei que esta sofrendo vendo o Al desse jeito Tiago - disse Fred - mas você não pode ficar aqui o tempo todo, você não compareceu no Treino de Quadribol, o Wood sentiu sua falta, mas compreendeu sua situação, também não foi almoçar hoje com a gente, esta sem comer até agora, e isso é perigoso, quer ser colega de seu irmão aqui na enfermaria? Sei que o Al vai ficar bem, sei disso, mas precisamos continuar vivendo, se fosse grave ele já tinha sido transferido para o St. Mungus.

_ eu preciso me desculpar com ele Fred - disse Tiago - eu disse coisas horríveis e ele também disse, ele me odeia Fred.

_ não Tiago - disse Fred - ele não te odeia, ele sabe que você não faz por mal, esse é seu jeito, ele vai te perdoar. Agora venha, acho que se nos apressarmos conseguimos pegar o jantar.

_ Jantar?

Disse Tiago que encarou o céu pela janela, ele já se encontrava escuro, encoberto pela penumbra da noite, como as horas haviam passado rápido ali? Tiago não percebeu o tempo passar...
Ao chegarem ao Salão Principal, a Professora Macgonagall dava um anuncio sobre algo que fora interrompido pela chegada de ambos. Todos no salão os encararam quando entraram e Fred dissera:

_ Sei que somos os caras mais bonitos, gostosos, símbolos sexuais, cheios de charme e o supra-sumo de Hogwarts - disse Fred - mas ai a nos encararam, por Merlin, estou ficando encabulado, vocês praticamente estão nos despindo com os olhos, mas fazer o que? É isso que dá sermos uns Deuses Gregos, símbolos da perfeição tanto física como intelectual.

Os alunos riram, realmente Fred não existia, até Tiago rira fracamente, até na mesa dos professores, Teddy, Neville e Slughorn se encontravam as gargalhadas, a Professora Minerva segurara o riso, e se manteve seria, realmente ela era muito boa em fingir isso quando queria.

_ Será que posso continuar senhor Weasley? - disse a Diretora - ou o senhor e o senhor Potter tem mais alguma coisa tão informativa desse jeito.

_ Manda brasa Mimi - disse Fred - e se alguém mais te interromper chame minha pessoa e terei o prazer e azará-lo, alias nem precisa, eu estarei ali e poderei ver, até mais baby, e não se esqueça que te amo muito, Mimi você vive no meu coração e por mais que negue sei que vivo no seu.

_ pois se engana senhor Weasley - disse Minerva - eu não sinto amor por você, e dispenso seu amor.

_ ai isso magoa sabia - disse Fred que fizera um gesto como se seu peito tivesse sido ferido - meu coração esta em migalhas agora.

_ uma pena realmente - disse Minerva - agora queira se sentar.

Mais uma vez o salão principal se enchera de gargalhadas, Tiago fora puxado por Fred para a mesa da Grifinoria e os dois se sentaram.

_ como ia dizendo - disse Minerva - antes de ser interrompida, nossa escola recebe uma aluna transferida, vinda da Academia Beauxbatons, Narcisa Malfoy...

Tiago ficara extático, ele entendera direito o nome pronunciado? Ele que até então encarava em sua frente o prato vazio, erguera a cabeça e encara a diretora surpreso, da porta da sala de troféus saiu à mesma garota que ele conhecera aquele dia no beco diagonal, sim era ela...

_ como se precisássemos de mais uma Malfoy aqui em Hogwarts - disse Fred - não concorda Tiago?

_ bem... - disse Tiago - para que tirar conclusões precipitadas? Ela pode ser bem legal...

Fred encara o primo sem entender, Tiago sempre odiara os Malfoys tanto como ele, geralmente batia boca com
Luciana Malfoy, e odiara quando soube da escolha de Draco para ser o novo professor, assim como a amizade de seu irmão com o Scorpio, era estranho aquilo...

_ você tem andado estranho ultimamente - disse Fred

_ ela será selecionada para sua casa nesse momento - disse Minerva - agora ela será selecionada para sua casa.

O chapéu seletor foi colocado na cabeça da bela loira, levara poucos segundos até o chapéu dar seu veredicto, mas para Tiago levaram séculos e durante todo esse tempo não desviara o olhar da bela garota. Nesse momento ele percebera que não era o único a observá-la, vários garotos da garotos da Sonserina cochichavam uns com os outros fazendo até mesmo comentários maldosos e inconvenientes o mesmo se via na mesa da Grifinoria, um garoto do mesmo ano que Tiago, Matthew McLarren parecia bem interessado na garota, pois a olhava com um olhar predador.

Fora quando o chapéu anunciara em alto e bom som a casa que aquela garota pertencia...

_ Grifinoria

O silencio no Salão se mostrou inquebrável, ninguém se atreveu a dizer nada, não houve gritos em sinal de protesto, muito menos atraso, a garota se levantou do pequeno banco de madeira e caminhou em direção a mesa. Draco se levantara da mesa dos professores, Neville o encarou esperando que ele fizesse algo, disse algo inconveniente, mas tudo que fez foi olhar para a filha reprovador, quando essa lhe dirigiu os olhos piedosa como se lamentasse a decisão do chapéu, e em seguida deixou o salão principal, Narcisa sentou em seu lugar de cabeça abaixa, ela escolhera um lugar próximo a Tiago mas infelizmente não o encarou, ainda se mostrava ressentida do comentário que ele fizera aquele dia no Beco Diagonal, mas ao seu lado um garoto se mostrava bem falante e interessado.

_ Então você estudava na França? - disse Matthew - era legal lá?

_ sim muito - disse Narcisa - mas meu pai pediu para que eu fosse transferida para cá.

_ tenho que lembrar de agradecê-lo mais tarde - disse o garoto - não temos garotas assim como você aqui em Hogwarts, talvez mais tarde possamos dar uma volta?

_ vou pensar - disse Narcisa ao perceber que Tiago a encarava - então você gosta daqui?
Tiago estreitara os olhos, ela o estava desprezando o ignorando, fazendo ciúmes nele com Matthew McLarren, ou vai ver que ela nunca gostou dele, vai ver esteja interessada naquele idiota de verdade, ele se mostrava calmo por fora mais por dentro almejava arrancar a cabeça do McLarren e dar para a lula gigante praticar polo aquático, e para piorar seu ódio Fred ainda fez um comentário desnecessário.

_ Esse é o McLarren - disse Fred - mesmo ela sendo uma Malfoy tenho pena dela, vai ser como as outras, ele vai usá-la e depois tratar feito lixo.

_ eu não permitirei isso - disse Tiago baixinho - ele não fará isso com a minha garota.

_ o que você disse? - disse Fred

_ nada - disse Tiago - e ai como foi o treino?

O resto do jantar passara normal, com de vez em quando Tiago olhando para McLarren com ódio e desejando poder usar uma das maldiçoes imperdoáveis nele ali, e de certa forma queria isso, mas como ele mesmo disse a si.

_ Sou jovem demais para ir para Azkaban - disse baixinho - principalmente por conta de um monte de merda como ele.

_ O que você disse? - disse Fred

_ Nada - disse Tiago - cala a boca e come.

_ que Stress - disse Fred - não sabia que sem o Alvo você iria ficar assim de tão mal humor.

Depois do Jantar, eles retornaram ao Salão comunal e de lá para seus dormitórios. Tiago tivera sonhos maravilhosos que envolviam McLarren, ele e um bando de Dementadores, onde seu rival lhe implorava para ajudá-lo e ele ria de sua situação.

Tiago acordou no meio da noite após simplesmente ter ouvido barulhos vindos do salão comunal, olhou para os lados e viu Fred que dormia a babar em sua cama e Frank estava coberto até a cabeça certamente estaria dormindo, pela cabeça de Tiago chegou a passar a idéia de Frank e Molly estarem se divertindo no andar de baixo, fora quando lembrou que Molly ainda estava na enfermaria.

Tiago desceu pé ante pé até o salão comunal e ficou parada a encarar Narcisa Malfoy a garota pela qual ele nutria uma paixão, ela estava sentada frente a lareira e conversava com alguém que se encontrava a seu lado, o garoto não pode ver o rosto do homem mais reconhecera a voz, era a voz de Draco Malfoy.

_ eu poderia vir aqui - disse Draco - e dizer o quanto estou envergonhado de você Narcisa por ter entrado na Grifinoria, mas meus motivos são outros.

_ diga meu pai - disse Narcisa e Tiago pode perceber lagrimas brotarem nos olhos da garota - o que o senhor quer comigo?

_ quero que saiba que lhe trouxe para Hogwarts para que pudesse ficar do seu lado - disse Draco - têm acontecido coisas Narcisa que ameaçam nossa família e eu não deixarei que nada aconteça, tome cuidado pois para protegê-la lhe trouxe para o que parece o centro da guerra, os ataques, por favor não se descuide pois temo por sua segurança, posso não demonstrar Narcisa mas eu te amo.

_ eu também te amo pai - disse Narcisa que erguia os olhos para fitar o homem a sua frente.

Draco se curvara da poltrona que se encontrava sentado e beijara a testa da filha lhe fazendo um carinho na face, a garota sorriu fracamente e beijou as mãos do pai.Draco rencostara na poltrona e sua voz voltou para um tom serio.

_ eu lhe trouxe também pelo motivo que queria alguém que me ajudasse a proteger seu irmão - disse Draco - não confio no idiota do Longbottom nem naquele moleque punk, o Potter pode considerar-los capazes mas eu não.

_ do que está falando pai? - disse Narcisa - o que o senhor Potter e os professores Longbottom e Lupin tem haver com isso?

_ nada que você precise saber - disse Draco - você está com sono, acho que deveria ir dormir, mas não se esqueça do que te disse: tenha cuidado e proteja seu irmão.

_ farei isso pai - disse Narcisa - confiarei em você mesmo que não confie em mim.

Narcisa subira as escadas para o dormitório feminino, Draco se erguera da poltrona que estava sentado e encarara a filha subir quando ia embora Tiago teve a impressão do professor o encarar por alguns segundos, e depois atravessar a passagem da mulher gorda. Tiago estava começando a suspeitar que havia mais no ataque de Molly do que aparentava.

Segundo Dia

Tiago acordara aquele dia com a entrada de Frank no quarto deles, o garoto se mostrava feliz, sua namorada Molly sairia da enfermaria aquele dia, por mais que se mostrasse feliz pelo amigo não podia deixar de se sentir um tanto triste, por conta de dos rumos que sua vida havia tomado naquele meio tempo, Alvo e ele haviam brigado, Alvo estava inconsciente, havia se apaixonado por uma garota maravilhosa, e a chateado profundamente. Como ele queria ter um Vira-Tempo, para poder voltar naquele maldito dia no Beco Diagonal, talvez se ele não tivesse dito aquelas coisas, ele e Narcisa poderiam estar saindo.

_ Hei - disse Fred - acorda Bela Adormecida - disse acordando Tiago de seus pensamentos - não quer chegar atrasado na primeira aula com o Malfoy ? Quer?

_ estou indo - disse Tiago - que horas são?

_ 7h: 15 min. - disse Fred - é melhor se apressar.

_ 7h: 15 min.?! - disse Tiago - estamos atrasados.

_ correção meu caro - disse Fred já descendo as escadas em direção ao Salão Comunal - você está, eu já fui.

_ Maldito - disse Tiago

Ele se arrumara rapidamente, vestira as vestes, não dava tempo nem para tomar banho direito, então só escovara os dentes e lavara o rosto, desceu as escadas com a mochila aberta com livros transbordando e ainda amarrando os cadarços do sapato, quando tropeçara e rolara escada abaixo se chocando com alguém que ali estava.

_ me desculpe - disse Tiago sem jeito - eu meio que estou atrasado...

_ tudo bem - disse uma voz que ele já conhecia

Seus olhos castanhos esverdeados encontraram com os olhos azuis cinzentos da garota loira a sua frente, esta havia caido e deixado seus livros se espalharem pelo chão. Tiago teve uma bela visão das pernas da garota.

_ Narcisa?! - disse Tiago meio vermelho ao perceber que olhava para as pernas dela .

_ Tiago?! - disse Narcisa surpresa, ela não o havia reconhecido - Quero dizer Potter, não sabe olhar por onde anda?

Ela se levantou, Tiago se ofereceu para pegar seus livros no chão, mas ela disse que não precisava. Recolheu-os sozinha e saiu pela passagem da mulher gorda como se tivesse visto um dementador, o garoto notara que ela havia esquecido um livro e foi atrás dela, e devolvera, e mesmo contra a vontade de Narcisa a acompanhou.

_ Então... - disse Tiago - pensei que nunca fosse vir para cá, quero dizer você disse...

_ eu sei o que disse Potter - disse Narcisa fria - não sou tão idiota a ponto de esquecer o que digo, a menos que tenha ouvido isso de nos Malfoys, logo você que naquele dia disse que um nome não é nada, logo mostrou que um nome faz diferença né? Você deve ter pensado, espera um pouco, aquela garota é muito gata, acho que vou me pagar de galã para ela para ver se consigo me dar bem hoje, não sou o tipo de garota que você costuma sair Tiago Potter.

_eu sei que você não é como as garotas que eu costumo sair - disse Tiago - sei que cometi um erro aquele dia, mas quero me desculpar.

_ não posso te perdoar - disse Narcisa - aquelas palavras me magoaram muito, outras palavras não vão mudar isso, sinto muito.

Ela vira as costas e seguira pelo corredor, ele correra atrás dela, mas não conseguiu alcançá-la.

_ o que tenho que fazer para você aceitar minhas desculpas - disse Tiago praticamente gritando no corredor

_ tem que se mostrar arrependido - disse Tiago - ou então fazer algo que tire a má primeira impressão que tive de você.

_ O que está havendo aqui? - disse Draco Malfoy que saira da sua sala de aula - conseguimos ouvir seus gritos do corredor Potter, o que foi? Já não basta bancar o engraçadinho na sala de aula, agora que está atrasado fica me atrapalhado explicar a matéria?

_ Nada - disse Tiago se perguntando como o professor sabia como ele agia em sala de aula, certamente sua fama chegara aos ouvidos do loiro - estava apenas conversando...

_ conversando?! - disse Draco que dirigiu seu olhar para a filha - isso é verdade? Narcisa?

_ Sim senhor - disse Narcisa encarando o chão.

_ entre - disse Draco entre dentes - você também Potter, menos 25 pontos da Grifinoria pelo atraso.

A aula prosseguira, Draco retirara mais 20 pontos da Grifinoria com perguntas que fizera a Tiago e esse não soubera responder por ter chegado depois do horário. Depois da Aula Draco pedira para Tiago ficar, pois precisavam ter uma conversa, ele encarou os seus amigos, Fred lhe dera um olhar do tipo piedoso e Frank, bem esse estava mais interessado que a próxima aula passasse para ele poder ir para a enfermaria. Tiago se se encostou à mesa e Draco na parede, este encarou o teto por um tempo e depois retirou uma pequena garrafa de cerveja amanteigada do bolso e de um só gole lá se fora metade do liquido. Depois encarou um pouco Tiago, seu olhar frio fizera com que o garoto se arrepiasse, Draco caminhou pela sala rodeado o garoto como uma cobra rodeia sua presa.

_ qual sua relação com minha filha? - disse Draco com uma voz rouca e ameaçadora

_ nenhuma senhor - disse Tiago

_ Sei... - disse Draco - está interessado nela, isso dá para ver, mas quero que saiba Potter, nunca minha filha olharia para alguém como você...

_ ela já deixou isso claro senhor - disse Tiago - ela tem me dito isso direto.

_ mas você não vai desistir Potter - disse Draco - sei disso, conheço muito bem seu tipo, persistente, que consegue sempre as coisas que deseja, arrogante, que quer sempre o inalcançável, e quando consegue não dar o valor necessário e ai ver que não era o que pensava e a abandona... Sei como é, pois você e eu somos muito parecidos... E eu não quero que minha filha se case com alguém como eu...

_ casar? - disse Tiago confuso, quem havia falado em casamento? e ele e o Malfoy não eram parecidos, de onde ele tirara algo como aquilo?

_ quero então dizer a você Potter - disse Malfoy - desista... Minha filha nunca vai olhar para você, fique longe dela por seu próprio bem, não sabe como está correndo risco e colocando ela em risco dessa forma, a coisas acontecendo nesse castelo e fora dele que você nem imaginaria que pudessem acontecer, quando ficarem sabendo que você está interessado nela podem usar isso para atingir a todos nos, eu e os outros já estamos com muitos problemas para nos preocuparmos com paixonites infantis, se trouxe minha filha para Hogwarts foi para que eu pudesse vigiá-la e protegê-la, não para que se relacionasse com um ruivinho metido a galã... Fique longe da minha filha, isso já está avisado...

_ está me ameaçado? - disse Tiago - professor - completou com a voz desgostosa.

_ não é apenas um aviso - disse Draco já se preparando para sair da sala- me diga, seu pai disse por que estou aqui?

_ o que meu pai tem haver com isso? - disse Tiago confuso - que eu saiba o senhor foi contratado como novo professor.

_ ora vejam só - disse Draco com tom irônico - o grande Harry Potter escondendo dos filhos assuntos assim tão sérios, lamentável, ele está me saindo pior do que pensava.

_ o que meu pai esconde? - disse Tiago irritado - o que você sabe? Tem haver com o ataque da Molly?

_ a vida de seu pai não é um livro aberto como todos pensam - disse Draco com a voz seria e rancorosa - ele tem segredos, coisas que ele fez, que esconde de todos, e apenas eu consegui desvendá-los, pois só eu ousei invadir sua mente, seu pai não consegue esconder seus pensamentos, pelo menos não de um Legismente tão bom quanto eu, teria logo visto que ele é o causador de tudo que tem acontecido, sempre foi assim.

_ o que o senhor está falando? - disse Tiago - ele é o responsável pelo que aconteceu a Molly?

_ não só a ela, mas por tudo que está a vir - disse Draco - a Tempestade está longe de passar, na verdade está apenas no inicio...

Draco saira deixando Tiago confuso, o seu pai não podia ter nada haver com o ataque a Molly, era estranho aquilo, começara com uma conversa que ele pensou ser de um pai ciumento tentando proteger a filha de alguém que ele julgava um mau elemento, e terminaram falando sobre a presença de Draco Malfoy em Hogwarts e os segredos que Harry Potter esconde.

Molly receberia alta, ainda se encontrava fraca e segundo madame Pomfrey ela só havia acordado por curtos períodos, Frank se mostrava animado, mas queria estar ao lado de sua namorada quando ela recebesse alta, ela sairia de seu leito no horário de aulas para evitar o transtorno no corredor, dessa forma, Fred decidira ajudar o amigo, eles seriam liberados da aula de poções por Slughorn, a forma era que isso poderia causar problemas. Fred chegara atrasado intencionalmente na aula, no meio dá aula, enquanto o professor se mostrava distraído com os alunos que em geral bajulava, como Frank, Fred pegara um pouco de Pó Escurecedor Instantâneo do Peru e misturou aos ingredientes que McLarren usava em sua poção o garoto não percebeu pois estava a dar em cima de Narcisa, quando acrescentara o pó no caldeirão rapidamente uma densa camada de fumaça verde escura e com um cheiro insuportável, cobriu a sala, deixando todos as escuras, o professor retirara todos rapidamente temendo que fosse algo venenoso.
E os garotos aproveitaram para ir a enfermaria, a caminho de lá viram a professora McGonagall e Neville a caminho das masmorras, certamente em direção a sala do professor Slughorn.

_ Por que a fumaça ficou verde e com aquele cheiro? - disse Tiago

_ devem ser os ingredientes da poção que alteraram a composição da fumaça - disse Fred - melhor para nos...

_ em geral não aceitaria isso - disse Frank - sou monitor e devo me comportar como tal, seguir as regras, e não permitir coisas desse tipo. Mas saber que fizeram uma coisa dessas por mim, mostra que somos amigos de verdade.

_ tudo pelo verdadeiro amor - disse Fred fazendo cara de apaixonado - e outra se você terminar com a Molly ela corre o serio risco de ficar encalhada, e você meu amigo corre o risco de ficar solteirão morando com os pais até os trinta anos e ainda virgem.

_ não ria - disse Tiago ao ver Frank rindo - o Fred fala a verdade, isso pode realmente acontecer.

Eles chegaram à enfermaria, Frank correra até o leito de Molly e se pôs ao seu lado lhe segurando a mão e acariciando seu rosto pálido, Fred se sentou em uma maca ao lado de Molly, e Tiago, ele andara até o irmão e lhe beijara a testa e andou até Fred e sentou ao seu lado, mas não desgrudou os olhos de Alvo. Molly despertara, e sorriu fracamente para o namorado se voltou para os primos e olhou Fred que lhe sorriu assim como Tiago, quando seus olhos se bateram no Potter mais velho, sua expressão se alterou, ela ficou seria e assustada.

_ o que ele faz aqui? - disse Molly - quem o deixou entrar?

_ do que você está falando meu amor? - disse Frank - Tiago veio vê-la assim como o Fred e eu, porque está assim tão nervosa?

_ é que estou vendo quem me atacou nesse quarto - disse Molly - e é ele, lembro de quando ele me atacou no ultimo vagão...

Flash Back On:

Molly andava pelo corredor do ultimo vagão, apenas sobre a luz de sua varinha, alguém havia acabado com a luz daquele comboio, quando viu um vulto entrar rapidamente pelo corredor e entrou na ultima cabine. Molly entrara atrás a porta fora trancada pelo ocupante misterioso, o vulto encapuzado, que lhe encarou com um sorriso cínico e retirara o capuz revelando um rosto conhecido.

_ Tiago?! - disse Molly - sabia que estava aprontando algo... Onde está o Fred? Você não está sozinha nisso está?

_ estava - disse Tiago com uma voz estranha - mas agora você está nessa comigo? Não está?

Tiago lhe acariciara a face e tentara rouba-lhe um beijo, mas a garota esquivou, assustada com a atitude do primo recuou andando para trás até dá de costas com a parede, se viu presa em uma armadilha.

_ O que deu em você? - disse Molly assustada - você nunca foi de fazer uma coisa dessas?

_ sim, mas por uma garota como você sou capaz de fazer loucuras - disse Tiago segurando os braços de Molly - seja minha Molly, sei que me deseja tanto quanto te desejo, aqui agora, apenas uma vez, depois cada um segue seu caminho...

_ O Frank é seu amigo - disse Molly quase chorando - como você pode ser capaz de querer trair a confiança dele?

_ nem sei o porquê de você ainda está com esse idiota - disse Tiago - ele não é para você, uma princesa como você merece alguém a altura, alguém que saiba te satisfazer como mulher e que te leve ao céu, que te dê prazer e faça você delirar de amor, eu sou esse homem Molly, me de a chance...

Tiago se aproximara mais uma vez para beijá-la quando Molly lhe deu uma joelhada bem entre suas pernas, o garoto caira no chão gemendo de dor, enquanto Molly pegara a varinha e apontara para ele, a ruiva se encontrava furiosa e com a face extremamente vermelha, os olhos cheios de lagrimas.

_ Violenta - disse Tiago se levantando - eu gosto... Torna as coisas mais interessantes, o que foi acha que isso vai me impedir...

Tiago lançou o feitiço expelliarmus, a varinha dá ruiva voou longe, ele se aproximou lhe agarrando fortemente pela cintura, e começou a beijar seu pescoço, ela quisera lhe dar outra joelhada, mas ele segurou sua perna, ele começou a desabotoar sua camiseta, ela chorava desesperada, ele começou a beijá-la na boca com ferocidade como um animal insaciável, ela sentia nojo dele, queria se livrar logo, fora quando o mordeu e ele se separou dela rapidamente, Molly empurrou Tiago que caira sobre os bancos da cabine, ela saiu apavorada pelo corredor, fora quando tentara passar para o outro vagão e notou a porta bloqueada.

_ esse vagão está vazio Molly - disse Tiago risonho - todas as cabines estão vazias, a porta para o outro vagão esta enfeitiçada para que não se abra sem o uso de magia, e adivinha? Sua varinha está comigo... Por que ainda resiste Molly? Sabe que eu não sou de desistir facilmente... Mas já estou cansado, cansei de brincar com você...

Tiago caminhara alguns passos quando se voltou para a prima e pronunciou o feitiço, sua vista foi dominada por um clarão e ela caiu no chão inconsciente.

Flash Back Off

Frank se erguera assim que Molly terminou de narrar o acontecido, ele tinha uma feição seria, e se voltou para Tiago que se mantinha chocado com o que acabara de escutar, e lhe perguntou:

_ Isso é verdade - disse Frank - você foi capaz de fazer isso com a Molly?

_ você está acreditando nesse absurdo?! - disse Tiago - Frank, eu nunca faria uma coisa dessas com a Molly, nem com garota alguma, você me conhece sabe como sou...

_ Molly não é de mentir Tiago - disse Frank com uma voz séria - me diga você realmente fez isso? Você realmente tentou abusar da Molly?

_ não - disse Tiago que buscou reforço do primo - Fred, você está de prova, fiquei na nossa cabine o tempo todo, não fiquei?

_ Bem... - disse Fred receoso - teve um momento em que você e saiu para comprar doces no carrinho pois o que compramos já haviam acabado, quando você voltou a Rose, Alice e aquele garoto já estavam na nossa cabine um bom tempo contando sobre a briga que haviam tido com o Malfoy, você demorou bastante para alguém que foi comprar apenas doces...

_ Fred?! - disse Tiago sem acreditar - você está acreditando nisso? Logo você?

Fred ficou em silencio, encarou o chão no lugar do primo, Tiago olhou a todos, Molly parecia assustada e possuía os olhos a ponto de se explodirem em lagrimas, Frank o encarava acusador e a ponto de atacá-lo caso se quer tentasse se aproximar de sua namorada, a enfermeira Pomfrey, se mostrava calada, acabara de entrar no recinto e visto esse quadro que representava uma situação muito tensa. Tiago saira do quarto sem se pronunciar, como poderiam acusar-lo de ter feito algo desse tipo? Logo ele? Agora teria que mostrar que era inocente, mas como se até mesmo a vitima lhe acusava, como poderia contrariar uma prova tão verdadeira como essa?