Entre tapas e beijos





"Não nos deixar cair em tentação, é o mesmo que dizer: Não nos deixar ver quem realmente somos". (Artur Schopenhauer)

Narrado por: 
Marlene Mckinnon


 Era tão bom fazer aniversário! Minha festa foi incrível, linda, tudo de bom.

Até a hora do Sirius chegar e estragar tudo.


Por quê ele tinha que trazer Mia Simpson na minha festa?


Claro que sou uma mulher forte, não demonstrei nenhum sentimento de revolta perto dele, agi como se nada tivesse acontecido.


Pelo jeito ele não gostou de me ver beijando o Mark, depois disso ele foi embora, levando uma Mia revoltada junto com ele. Sorri vitoriosa naquele momento.


Pena que o que é ‘’bom dura pouco’’. Festas de aniversários deveriam durar mais!


Deixei que a água escorresse pelo meu corpo, enquanto pensava em Sirius Idiota Black.


Há muito tempo desisti de negar meus sentimentos por ele. Tentar mentir pra mim mesma nunca foi meu forte.


Mesmo sabendo que amo aquele insuportável, não posso me permitir ter esperanças. Sirius Black nunca vai mudar. Sempre vai ser aquele galinha, cafajeste, lindo, gostoso...


Controle-se Marlene Mckinnon!


Enrolei-me na toalha e segui pro meu quarto para me vestir...


- Sirius! – exclamei chocada.


Lá estava ele, deitado na minha cama.


- Olá Lene.


Apoiei-me na porta do banheiro, meu coração batia descontrolado com o susto que tomei.


Vê se pode, Sirius Black deitado na minha cama!


- O quê faz aqui? – perguntei, depois que estava um pouco mais calma.


- Te desejar feliz aniversário. – ele me olhava diferente.


Foi aí que minha ficha caiu, eu estava só de toalha. NA FRENTE DE SIRIUS BLACK!


Fiquei da cor dos cabelos da Lily.


- Seu idiota! – exclamei. Enquanto Sirius ria da minha vergonha.


Imediatamente tranquei a porta do quarto. Meus pais não precisam saber da minha inconveniente visita noturna.


- Se meus pais te pegam aqui! – chinguei-o. – Como você entrou aqui, afinal de contas?


– Pela janela. – percebi que ele ainda me olhava malicioso.


- Olhe pra lá! – exclamei ainda envergonhada. – Ou melhor, fica aí. – peguei minha camisola e segui pro closet. Vesti-me o mais rápido possível, meu coração batia descontrolado em meu peito. ‘’Que bobagem’’ pensei, ‘’É só Sirius Black.’’


- O que você está fazendo aqui? – perguntei voltando pro quarto, devidamente vestida.


- Já falei, te desejar um feliz aniversário.


- Que eu saiba, você já me deu feliz aniversário mais cedo, lembra? – minha voz saía mais ríspida do que eu pretendia. – Você e aquela Mia Simpson.


- Não precisa ser grossa, Mckinnon. – percebi que ele estava mais sério. – E você também estava se divertindo com o irmão dela não é?


- Sim, me diverti muito. Mark é muito legal.


- Que ótimo! – ele exclamou, levantando-se da minha cama. – Mas não foi pra falar dele que eu vim aqui.


- Ah não?


- Vim te pedir desculpas.


- Desculpas?


-Sim, desculpas.


Confesso que eu não estava entendendo nada.


- Me desculpa, Lene, por te fazer sofrer todo esse tempo. Por ser um cafajeste, um galinha, um estúpido! Me desculpa por não perceber a garota incrível que estava do meu lado.


Eu mal podia acreditar...


- Você é Sirius Black? – perguntei hesitante.


Ele deu aquele sorriso torto que eu tanto amava.


- Sim, sou eu.


- E porque você está me dizendo isso agora? - Mantive-me séria, lutando contra as lágrimas. – Já não me fez sofrer o suficiente, Black? Já não me humilhou demais todos esses anos, me beijando do nada e no outro dia na escola estar com outra garota, como se nada estivesse acontecido! – percebi que meus olhos transbordaram, entregando-me.


- Me perdoa, Lene. – percebi que ele falava desesperado. – Eu errei, sou a pior pessoa do mundo, sou um completo idiota.


– Por quê você trouxe aquela garota na minha festa? – perguntei de repente.


- Pra te fazer ciúmes. Por quê tenho ciúmes de você! – confessou envergonhado.


Gargalhei por dentro. Mas mantive a expressão séria.


- Ciúmes, Black? De mim?


- Sim, Mckinnon, ciúmes de você. CIÚMES!


- Há. Há. – debochei. Aquilo não podia estar acontecendo.


- Você não acredita em mim? – ele perguntou, depois de alguns segundos me encarando.


- Não. – respondi sincera.


- Por quê?


- Você nunca me deu motivos, Black.


- Pare de me chamar de Black, desde quando essas formalidades existem entre a gente?


- Foi você que escolheu assim.


- O que posso fazer pra você acreditar em mim?


- Acreditar em quê? – perguntei revoltada. Onde aquela conversa ia chegar afinal?


- Acreditar que sou completamente louco por você, Mckinnon.


Aquilo me pegou de surpresa.


 - O quê? Onde estão as câmeras? – debochei – Só pode ser alguma pegadinha! Sirius Black louco por alguém!


HÁ. HÁ.


O problema é que ele não estava rindo junto comigo. Ele me olhava com uma expressão séria.


- Você não acredita em mim, não é? – perguntou decepcionado.


- Não. – respondi outra vez, sincera.


- Me dá uma chance pra te provar o quanto sou apaixonado por você?


Ok. Essa frase derreteria o coração de qualquer garota. Menos o de Marlene Mckinnon.


- Só uma chance? – ele me perguntou, chegando mais perto de mim.


Coloquei uma mão em seu peito, protegendo-me do perigo.


- Com medo de mim, Lene? – droga! Outra vez aquele sorriso torto que eu amo.


- Claro que não, Black. – menti.


Nos encaramos por um momento. Azul no azul. Não precisei pensar muito pra dar sua resposta.


- Tente me conquistar, Sirius Black. – só espero não me arrepender depois.


E então ele sorriu. Um sorriso que eu nunca tinha visto em seu rosto. Um sorriso lindo, iluminado.


- Você não vai se arrepender, meu amor. – e me abraçou. Um abraço apertado, diferente, um abraço cheio de saudades. Depois do que me pareceu um longo tempo ele se afastou. Deu um beijo demorado em minha bochecha e falou:


- Durma bem minha linda.


E desapareceu pela janela aberta.


Fiquei ainda alguns minutos olhando pra frente sem nada ver. Chocada. Tocando no lugar em que ele acabara de beijar. 


Narrado por:
Lily Evans 



 

Todas as luzes de casa estavam apagadas, tirei as sandálias e caminhei devagar, evitando cair.


Quando achei o interruptor para acender a luz da sala, alguém tapou minha boca.


Fiquei apavorada. ‘’Vou ser seqüestrada’’ pensei desesperada.


- A noite foi boa, ruivinha?


Era James, suspirei aliviada.


Mas ao mesmo tempo me revoltei.


Dei um chute pra trás, com toda minha força.


- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÍ – James gritou.


Sorri vitoriosa. Acertei bem ‘’aquelas’’ partes.


- O quê você está pensando, James Potter? – perguntei revoltada, enquanto ele agachava-se no chão, fazendo uma careta de dor.


- Eu estava te esperando, não posso?


Que cara de pau!


- Não, não pode. – fui curta e grossa.


- Por quê?


Senti todo meu sangue subir a cabeça.


- COMO ASSIM POR QUÊ? VOCÊ PASSA SEMANAS SEM FALAR COMIGO JAMES POTTER! SEMANAS! MORAMOS NA MESMA CASA E VOCÊ NEM OLHA NA MINHA CARA! E AGORA VEM COM ESSE PAPINHO FURADO DE QUE ESTAVA ME ESPERANDO? E SEUS AMIGOS? SIRIUS BLACK E REMO LUPIN, LEMBRA DELES?? – pausa pra respirar. – AINDA COMO SE NÃO BASTASSE, APARECE NAMORANDO AQUELA LOIRA INSUPORTÁVEL! – indignei-me.


- Com ciúmes, ruivinha? – James já havia se levantado e me encarava com um sorriso divertido. Se possível fiquei com mais raiva ainda.


- É EVANS PRA VOCÊ POTTER! – agora a merda ficou séria.


- Desde quando nos tratamos pelo sobrenome? – James levantou uma sobrancelha.


- Desde quando eu fiquei invisível pra você. – falei ríspida.


- Você nunca foi invisível pra mim, Evans. – percebi que ele achou engraçado falar meu sobrenome, bufei.


- Olha aqui, James Potter... – comecei, apontando um dedo em sua cara.


Mas no momento seguinte não vi mais nada. James me puxou pela cintura e pressionou com força seus lábios nos meus. Senti as tão esperadas borboletas no estômago. Foi um beijo rude, parecia que estávamos nos xingando pelo beijo.  Eu queria me soltar e falar tudo que estava entalado na minha garganta há semanas. Mas eu não tinha forças. Ele me segurava com firmeza. Minhas pernas ficaram moles, tive que me apoiar em seu pescoço pra não cair.


De repente ele me soltou e sorriu.


- A propósito, você beija muito bem, Evans.


Todo meu sangue subiu a cabeça novamente. Mas que cafajeste!


- C-o-m-o-v-o-c-ê-o-u-s-a-m-e-b-e-i-j-a-r-J-a-m-e-s-P-o-t-t-e-r? – falei pausadamente e completamente irritada!


- Me deu vontade. – respondeu simplesmente.


- O quê? – perguntei perplexa.


Ele revirou os olhos.


- Você tem idéia, Lily Evans de como aquela noite em que dormi do seu lado foi incrível? Você tem idéia do quanto sou extremamente feliz em ter você em minha vida? Do quanto essas semanas longe de você tem me machucado? E do quanto fiquei completamente enlouquecido vendo aquele babaca do Eric beijando você?


Fiquei chocada.


Encarei James Potter como se nunca o tivesse visto em toda minha vida.


- QUE MERDA É ESSA? – exaltei-me.


- Você chama meus sentimentos por você de merda? – James perguntou revoltado.


- O que? N-não. – me atrapalhei toda. – Digo, por que diabos você se afastou dos seus amigos? Se afastou de mim? – perguntei com lágrimas nos olhos. – E ainda está namorando aquela insuportável! – exclamei.


- Com ciúmes, Evans?


- Droga, pra onde foi o ruivinha? – deixei escapar. Opa!


Ele riu alto.


- Cala a boca. – falei revoltada. – Você ainda não respondeu minhas perguntas, James Potter. – falei apontando meu dedo na cara dele.


- Simplesmente porque eu estava com medo.


- Medo da Isabelle? – perguntei perplexa.


- Claro que não.


- Então não entendi, Potter.


- Potter?


- Dá pra me responder logo?


- Responder o quê?


Acho que ele viu minha cara nada simpática porque acrescentou rapidamente.


- Eu estava com medo de me apaixonar por você.


Paralisei. Milhões de coisas passavam pela minha cabeça. A primeira vez que o vi no hospital, o primeiro olhar, a primeira conversa, o primeiro sorriso, a primeira discussão, o primeiro beijo...


Tudo fazia sentindo agora, tudo se encaixava tão perfeitamente.


Como fui idiota em não enxergar isso todo esse tempo.


Estava escrito em minha testa: ‘’ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA POR JAMES POTTER!’’


- Medo de se apaixonar? – perguntei hesitante.


- Não preciso dizer que falhei miseravelmente.


- Falhou em que? – me fiz de desentendida.


- Estou completamente apaixonado por você, Lily Evans.


Atirei-me em seus braços, sem pensar nas conseqüências.


*

n/a: Então, mais um.
Confesso que me diverti escrevendo esse capítulo. A parte do James e da Lily foi tão ''James e Lily''. kk 
Eu tenho até o capítulo 14 escrito.
Vou tentar continuar a escrever o mais rápido possível. Depois que acabarem minhas provas.
Mais uma vez, fico feliz que tenham gostado!
Se tiver comentários posto o próximo capítulo ainda hoje.

Mil beijos.

Lily Proongs 


 


Compartilhe!

anúncio

Comentários (4)

  • Lana Silva

    OMGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGTipo assim, a definição desse capitulo pode ser só uma "Perfect" muiiiiiiiiiiito perfeitoooo mesmooooooooooooo. Primeiro o Six, depois o James O.O tô passadissima e feliz é claro *--------------------*beijooooooos! 

    2012-07-16
  • Juhh Potter Black

    Leitora nova *-* To amando esaa fic sérioo!Onw *-* To adorando esses Sirius e James apaixonados pelas meninas .Quero ver o Sirius conquistando a Lene ~.~ Louca para o próximo capituloBjs 

    2012-05-16
  • Dani Evans Potter

    AAAAAAAAAH que lindo capitulo verdade aquela parte fico mesmo tão "James e Lily"  rsrs'e o Siruis falando que esta louco pela Lene *oooo*antes de que esquece obrigada por postar tão rapido !!!!Beeijão , Parabens ate a proxima!  

    2012-05-16
  • Maria _Fernandes_99

    UAU!Superaste-te, eu quando vi na minha conta novo capitulo postado eu pensei ''Eu já não li um capitulo hoje?''Adorei esta demonstração de amor dos meninos, foi muito bom.Então, fica para a próxima espero que seja tão curta como a do capitulo anterior.Bjs

    2012-05-16
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.