O Segundo Lar de Rosa
Prólogo
Rosa Jane Granger Weasley era uma garota exemplar. Delicada, como seu próprio nome já indica. Muito inteligente, sempre tirava as melhores notas. E educada, educadíssima. Porém, Rosa não era uma garota comum. Era uma bruxa.
Filha de dois bruxos muito conhecidos, Hermione e Rony Weasley, Rosa tinha um irmão mais novo, Hugo Weasley. Seus olhos eram muito, muito parecidos com os de sua mãe, assim como o sorriso. Aliás, Rosa era parecida com Mione em muitos aspectos. Principalmente no quesito personalidade.
As duas eram grandes amigas. Nas férias, sempre saíam juntas para fazer compras. Ron também não era só um simples pai, era um super pai, um verdadeiro amigo. Assim como Hugo (apesar de que, como todos os irmãos do mundo, Rosa e Hugo discutiam pelo menos uma vez por mês).
Eles formavam uma linda família.
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Era outono. Dia primeiro de setembro. No momento, Rosa estava em seu primeiro dia do quarto ano em Hogwarts. A noite já havia caído, e ela se deliciava com o banquete que acabara de ser servido. O purê com salsichas estava divino. E o suco de abóbora, hummm... Melhor do que nunca. Minerva McGonagall, atual diretora da escola, tinha acabado de se pronunciar.
Rosa adorava, realmente adorava Hogwarts. Era seu segundo lar. E o primeiro dia do ano letivo em Hogwarts é sempre especial.
As conversas do primeiro dia são as melhores, pois todos estão cheios de novidades para contar. No momento, Sarah, uma menina do quinto ano que estava sentada ao lado de Rosa, estava comentando sobre o novo disco da banda “As Esquisitonas”, ao mesmo tempo em que devorava um pedaço de torta de rins. A comida estava realmente maravilhosa naquele dia.
O clima que reinava no castelo atualmente era de paz e alegria. Há um bom tempo, houve uma enorme batalha em Hogwarts. Grande parte do local foi danificado. Porém, depois de mais ou menos um ano, o castelo já estava deslumbrante novamente. Todos os professores e alunos sobreviventes fizeram um esforço imenso para restaurar os lugares prejudicados. Hogwarts definitivamente não era um lugar comum. E tanto os antigos, quanto os atuais alunos, tinham a escola como um verdadeiro lar, um lar absolutamente aconchegante e, ao mesmo tempo, extraordinário.
No primeiro dia, o banquete sempre durava mais tempo do que nos dias normais, justamente para os alunos (e professores também, por que não?) poderem matar as saudades um dos outros.
Ro estava se divertindo muito. Ela já ia se servir de mais purê, quando um menino loiro e gordinho do primeiro ano, que tinha sido selecionado para a Grifinória meia hora atrás, a interrompeu: “Desculpe a intromissão, Rosa. É Rosa, não é, o seu nome? Perguntei para o professor Neville e ele disse que é Rosa! Desculpe se não for!” “Sim, meu nome é Rosa.” “Ah... Pois bem, Rosa. É verdade que você já conheceu Harry Potter?” Ela deu um quase inaudível suspiro e, logo depois, respondeu: “Sim, já conheci Harry. Ele é uma ótima pessoa. Gina, minha tia, é um amor também.”
Ah, como ela estava cansada de responder a esta pergunta... Todos queriam saber se Rosa já havia conhecido Harry Potter. Não é atoa, certo? Harry provavelmente é o bruxo mais famoso de todos os tempos, e com certeza um dos mais talentosos e corajosos. Harry Potter era um fenômeno. Um grande ídolo no mundo bruxo. E também era o melhor amigo de Rony e Hermione. Os três se encontravam pelo menos uma vez por semana. Mione e Gina (que, como já foi dito, é irmã de Rony) eram grandes amigas também, saiam frequentemente para fazer compras ou tomar um café. Rosa e Hugo adoravam a convivência com Harry e Gina, e também, claro, com os filhos do casal, Alvo Severo, Lílian Luna e Tiago Sirius. A família Potter era realmente adorável.
O menino calouro ficou eufórico de repente. Começou a dar pulinhos no meio do Salão Principal; Todos o observavam, mas ele não deu à mínima. “Que ótimo, que ótimo! Se você puder, depois, arrumar um autógrafo de Potter pra mim... Sabe... Bom, eu ia amar! Obrigado!” e o menino saiu, saltitando, em direção a seu assento na enorme mesa da Grifinória. Rosa deu uma risadinha e então pode, finalmente, se servir de mais purê.
Depois que o sublime banquete foi encerrado, já era hora de dormir. Ro e suas amigas estavam indo para a Sala Comunal da Grifinória, colocando a conversa em dia, quando ela avistou, saindo da mesa da Sonserina, Scorpius. Scorpius Malfoy. Ele não era, digamos, o menino mais carismático do ano. Seu pai, Draco, fora um Comensal da Morte, e isso fazia com que muitos temessem o garoto.
Rosa não conseguia ter medo, ou não gostar dele. Ela mesma não entendia o porquê, já que, apesar de estudarem juntos há quatro anos, eles haviam se falado pouquíssimas vezes. Algo em Scorpius sempre fazia o coração de Rosa acelerar e suas bochechas corarem. Desde a primeira vez que o viu, ela percebeu que ele tinha algo especial. O olhar dele era tão lindo... Tão único... Tão impactante...
“Ei! Rosa! Rosa! Por que você está parada olhando para a mesa da Sonserina?” – Chamou Gabrielle, sua melhor amiga, também da Grifinória.
Ro pareceu acordar de um bom sonho. Gabrielle a encarou, desconfiada.
“Desculpe-me... Eu... Eu estava vendo... Bom... Nada. Nada importante.”
“Vamos então?”
“Vamos.”
Ah, que mentira... Scorpius era sim, importante para Rosa. Por mais que, para ela, isso seja difícil de admitir. Ele definitivamente tinha algo especial.
E foi pensando nesse algo, nesse olhar, que Rosa adormeceu, lenta e profundamente.
Nota: Alguns dizem que Scorpius Malfoy foi selecionado para a Grifinória. Aqui na história, ele é da Sonserina. Mas como vocês verão, ele também tem características de um grifinório.
Nota²: Em várias fanfics, o nome da filha de Rony e Hermione não é “Rosa”, e sim “Rose”. Aqui, eu a chamarei de “Rosa”, de acordo com o epílogo de “Harry Potter e as Relíquias da Morte”.
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