Capítulo Quatro
Passado
- Isso nunca vai dar certo.
- É claro que vai, apenas deixe de ser estúpida e me dê logo a poção.
Madrugada de 1970, num beco escuro qualquer em Hogsmeade, duas pessoas falavam, de sexos opostos. A mulher era loira e tinha uma pele pálida, quase como um fantasma, seus olhos cinzas profundos eram indescritíveis e suas vestes eram todas pretas, dando-a um ar malvado. O outro era moreno de pele clara, seus olhos azuis claríssimos chegavam a poder ler a alma de qualquer um que os olhasse, e seu olhar penetrante lhe dava um ar maligno e sombrio.
- Que seja, mas não quero me envolver nisso, caso algo dê errado.
- Você já está envolvida, e quero lembrar-lhe que não usei feitiço algum em você para que fosse idiota o suficiente ao ponto de me ajudar, mas diga-me, cara Scarllet, o que você tem a perder?
A loira respirou fundo, entregando ao homem a poção de cor roxa, apesar de inconformada. As pessoas tinham medo de Scarllet, mas a própria tinha medo do homem a sua frente, Carter Cooperfield, mais conhecido como Carter Fields, um jovem rapaz adorado por todos, com a pose de bom garoto, Carter sempre conseguia o que queria, e quando queria; O que poucas pessoas sabiam é que Carter não passava de um ser maligno que queria poder e vingança acima de tudo, por mais que Scarllet Mason tivesse medo dele, ela ainda tinha esperanças de que a máscara dele caísse um dia, mas acima de tudo, queria não ter se envolvido com ele, queria poder voltar no tempo e nunca ter aceitado ajuda dele.
- Muito bem, sabe o que ganharemos com isso Scar? Ganharemos poder ! Algo que sempre desejamos – Disse Carter.
- O que você sempre desejou.
- Quieta. Sabe que precisa disso tanto quanto eu. Há pessoas atrás de nós, pessoas que querem nos matar.
- Mesmo? – Scarllet disse num tom debochado - Você não é Carter Fields? O bonzinho? Se liga, Coop.
- Agora você me chama de Coop né, tudo bem, Scarzinha, seu deboche irá passar quando retornarmos dos mortos em alguns anos.
- Nós? Esse não foi o acordo. Eu concordei em fazer você viver
- Não posso deixar você aqui – Olhou dentro dos olhos da loira, colocou o frasco numa caixa que ali havia e acariciou o cabelo da mulher a sua frente – Você sabe que por mais que eu odeie você, preciso de você comigo, é minha, melhor amiga – Disse tão baixo, que a menina se esforçou para ouvir.
Carter não passava de um menino assustado, e ela sabia disso.
- Promete que viveremos? Que eles irão mudar de tempo?
- Você fez a poção, eu deveria estar lhe perguntando isso.
Revirando os olhos, a menina tirou da bolsa que carregava - e que Carter não havia notado – dois copos e após colocar um pouco da poção em ambos os copos, entregou um a Carter.
- Cheers.
Brindaram e beberam o líquido, não havia um gosto nada bom, mas era preciso.
A maldição estava começando, uma poção esquecida estava de volta, uma poção que ia de geração a geração, uma poção que traria poder a quem matasse os filhos dos heróis.
Mas quem eram eles? Quem eram os heróis? Quem eram os filhos dos heróis? Perguntas que não nenhum ser humano sabia responder, mas o tempo, sim o tempo, ele responderia, deixaria claro quem eram eles, e deixaria claro que toda magia tem seu preço.
Futuro
– Eu ainda acho melhor pintarmos os cabelos e mudarmos de rosto
– Luna, não dá para a gente ficar bebendo Polissuco toda hora, tem gosto de xixi de duende ! – Ron exclamava – Eu to com fome
– Ronald, fique quieto.
O dia chegava ao fim, e eles estavam na Sala Precisa novamente enquanto os mais novos estavam na última aula do dia. Ronald não parava de reclamar que estava com fome, Draco e Harry tentavam arquitetar um plano melhor – sem sucesso. – Astoria conversava animadamente com Luna sobre zonzóbulos, Gina desenhava algo num pergaminho e Hermione lia num canto com algumas estantes repletas de livros.
– Acha que vão trazer algo para comermos?
– Provavelmente irão nos apresentar durante o jantar - Draco caminhou até uma das estantes e pegou um livro, Ron já havia contado todos os livros que havia naquele cômodo – e não eram poucos – tamanho o tédio.
Quando o ruivo ia abrir a boca para reclamar, alguém entrou.
– Sigam-me.
Minerva.
Calmamente todos ajeitaram o que estavam vestindo – e era nessa hora que Gina agradecia a Merlin por não estar usando um dos vestidos floridos que usava em casa – e seguiram a diretora.
– Acha que vai dar certo? E onde estão os outros? – Hermione perguntou.
Minerva não respondeu, apenas continuou andando até parar em frente a grande porta, onde os outros estavam.
– Quando as portas abrirem quero que entrem...
– Dos maiores para os menores? Foi mal aí, afilhado, pra trás – Sirius zombou interrompendo a diretora.
– Senhor Black, a menos que queira dormir com o Salgueiro é melhor ficar quieto – Remo segurou uma risada, assim como os outros. – Quero que os mais novos entrem e sentem-se em suas devidas casas, vocês – Apontou para os mais velhos – Me acompanharão e sentarão-se à mesa.
– Sério? Sempre quis sentar naquela mesa – Os olhos de Luna brilhavam.
– Luna, diga com elegância. Isso é serio? Eu sempre quis sentar-me naquela mesa – Gina disse sorrindo triunfante.
As portas se abriram e Minerva entrou, com alguns a seguindo.
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– Silêncio, por favor.
Minerva exclamava tentando acalmar os jovens que falavam extremamente alto não a deixando iniciar o discurso.
– Silêncio ! – Pigarreou – Ocorreu um erro no ministério, e para a segurança de todos os alunos, o ministro enviou algumas pessoas para proteger o castelo. Apesar disso, quero que continuem com suas vidas, não os parem no corredor e em qualquer outro lugar, e quero ressaltar que eles funcionaram como monitores, não quero violência nos corredores. – Muitos aplaudiram, a mesa da Sonserina olhava para Draco que estava sentado ao lado de Harry, e que se sentia desconfortável.
– Antes que comecem a falar novamente. Quero dar as boas vindas para os alunos de intercâmbio, tratem-nos igualmente. – Os portões se abriram novamente e eles entraram, andavam acanhados, menos Sirius e James, que pareciam mais estar desfilando numa passarela do que andando para a mesa da Grifinória, até fizeram corações com as mãos para as garotas.
...
- Então, como era no país de vocês?- As pessoas perguntavam, por mais que Alvo e Rose tentassem pará-las.
– Era, hm, sabe tinha casas, plantas... – James mordeu o lábio inferior
– Tinha água também ! – Sirius disse, repetindo o ato do amigo.
– É, e tinha... Tinha ar ! – Os dois bateram as mãos com um sorriso idiota no rosto.
– Idiotas, tsc. – Lílian resmungava enquanto bebia o suco de abóbora.
...
O jantar havia se passado, e a hora de dormir também. Todos estavam na sala de Minerva, alguns de pijama e outros ainda usavam as vestes. A diretora havia chamado-os para dizer algo que aparentava ser importante. E que de fato era.
– Devo dizer que sei de uma parte do que está acontecendo. – Disse Minerva após um longo tempoem silêncio. Todasas cabeças se viraram para ela. – Quando... Quando Dumbledore morreu, ele me deixou um pergaminho, um bilhete.
– E o que exatamente falava?
– O que exatamente aconteceu? – Disse Rose após Hermione.
Minerva suspirou.
Foi um dia antes da morte dele. Lembro-me perfeitamente. Eu havia acabado de entrar nesta sala, estava vazia, apenas com um bilhete em sua... Minha mesa.
A carta mencionava uma viagem, não especificamente o tipo de viagem. Dizia a data, a hora, e dizia que haviam mais pessoas envolvidas.
Respirou antes de se levantar.
– Isso já ia acontecer, é o destino. Mas de qualquer jeito, terão que voltar para seus tempos, ou ficarão presos aqui.
Retirou da gaveta um livro grosso e empoeirado, o colocou delicadamente na mesa e abriu-o. Foram várias páginas folheadas até que Minerva parou, e olhou fixamente para uma frase.
O Beijo do Despertar.
– Estava folheando o livro da Branca de Neve? Uau. – Minerva se assustou. Alvo estava praticamente encima dela olhando o livro.
– Alvo ! – Gina o puxou o cabelo do garoto que fez uma cara de dor.
– Pára, mãe ! Achei que quando viesse para cá estaria livre da mamãe – Falou mais baixo a última frase.
James Sirius riu.
– Professora McGonagall, pode continuar e o ignorar, por favor? – Rose implorou,
– O Beijo do Despertar, é uma lenda muito antiga, não há tempo para contar a vocês, mas, uma garota foi amaldiçoada. Jane Russell foi amaldiçoada por um beijo.
– Já ouvi falar dessa história, o namorado dela foi enfeitiçado e foi forçado a beijar uma bruxa, uma bruxa que definitivamente não gostava de Jane, e depois ele beijou Jane, e então a maldição foi lançada.
– E ela acabou de contar a história. – Johnny que estava calado até agora, disse num tom risonho.
– E o que essa Jane teria feito de tão ruim para ser amaldiçoada? – Lily perguntou.
– O que ela tem haver conosco? – Lílian perguntou logo após.
– Bem, algum de vocês será amaldiçoado.
– Hey ! Muita calma nessa hora, professora – Johnny, Scorpius e Alvo seguraram a risada, e Rose fechou o punho, tentando controlar a vontade de bater neles – Nós? Amaldiçoados? Já sofri muito com Voldemort e seus Voldsoldados, não agüento mais, estou velho para lutas. – Ron exclamava enquanto balançava os braços.
– Acalme-se, Ron ! – Hermione tentava acalmar o marido – Não podemos ser amaldiçoados, e como assim ficar presos ?
Minerva se levantou e parou na frente deles.
– Acho melhor irem descansar, há muito tempo para pensarmos nisso.
– Há? – Perguntaram em uníssono.
– Sim, há, apenas ajam como o planejado e eu arranjarei um jeito de se salvarem. Vão.
Respirando fundo, todos se retiraram da sala e foram para o dormitório, Minerva havia arranjado um para a primeira e a segunda geração, era provisório, ela disse que depois ficariam juntos – meninos e meninas separados, deixou bem claro.
Teriam que fingir que não se conheciam.
...
No meio da noite, Rose acordou com fome, quase não havia comido no jantar.
Rose caminhava calmamente pelos corredores naquela madrugada fria, claro, tremendo um pouco, e amaldiçoando a si mesma por ter esquecido o casaco no dormitório. Chegou a Torre de Astronomia por engano, com o frio todo, acabou por trocar o caminho.
– O que faz aqui, Weasley? – A garota deu um pulo tamanho o susto e se virou, ao reconhecer a voz rouca mais conhecida de Hogwarts.
– Eu... – A garota não sabia se falava ou se mentia – Eu me perdi.
Optou por falar logo a verdade, já estava perdida mesmo. Lá vem as piadinhas – Pensou a garota
– Venha – Scorpius segurou o braço dela e andou calmamente, até entrarem na Torre – Por que fica aqui? Seus primos podem achar que eu a seqüestrei.
A garota deu uma risada fraca – Nem tudo gira ao seu redor, Malfoy.
Scorpius olhou para a ruiva e tirou o casaco, colocando em volta dela – Está melhor?
Rose assentiu, sorrindo um pouco e se sentando no chão da torre.
– Mas e você Malfoy? Por que ficar aqui? Suas fãs devem estar atrás de você, não acha?
– Por mais que eu goste delas, não são meu tipo – Se sentou ao lado dela e olhou para as estrelas
– E qual seria o seu tipo? Poderia me dizer?
– Gosto um pouco das que não se importam totalmente com a aparência, daquelas que dizem não, mas que também dizem sim, gosto das duronas, são um desafio.
– Claro, tudo para você é um desafio Malfoy, mas, nem todas as garotas vão ficar sempre atrás de você, lembre-se disso. – A ruiva se virou para o loiro o encarando nos olhos – Eu gosto dos seus olhos, são cinzas, misteriosos
– Eu gosto dos seus, azuis, bem inocentes – Sussurravam, não percebendo a aproximação dos rostos, o garoto colocou a mão na nuca de Rose, e foram fechando os olhos aos poucos, até que os lábios se encostaram, e Rose, por fim, teve certeza de que foi o melhor beijo de sua vida. E Scorpius, bem, ele queria continuar ali, para sempre, e sempre.
...
Enquanto isso, Minerva folheava o mesmo livro, após a frase, as páginas estavam sem nada escrito.
Murmurou vários feitiços, mas somente quando desistiu, uma frase apareceu, suspirou derrotada após ler.
Amor Verdadeiro
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(N/A) : Heey ! I'm back, bitches ! Eu demorei muito pra postar, eu sei, mas tipo, eu fiquei sem net depois do meu niver - dia 25/09 - agora já tenho onze anos ! Yey ! Mas, tipo, eu to começando a escrever o próximo capítulo, e vai começar o romance e as fugidinhas de noite para o beijo de boa noite. E bem, espero que tenham gostado ao menos um pouco do capítulo, tava indecisa se usava ou não o prologo, mas, como eu queria usar logo a cena romântica Rosius, eu usei. E vou colocar o tumblr no próximo capítulo, ele vai ser apenas para falar mais da história, dos personagens, e eu vou postar algumas cenas extras.
xoxo.
Comentários (2)
Ah meu Deus!! A rose vai ser amaldiçoada por esse beijo que deu no scops ne isso?? Caramba... Quero saber logo o resto da historia!! Kkkk bj
2013-01-15*----------------------------------------------------* ameiiii o capitulo. Tá muito boa a fanfic, legal que você está conseguindo escrever todos eles juntos sem perder o foco, amei a cena do prólogo aqui *---------* e logo vai coemçar o romance já tõ amando *--------------------------------* bem, feliz aniversario atrasado *-* espero por mais logo, porque tô amando memo *-*bjoos!
2012-10-12