3 de Setembro de 1971
3 de Setembro de 1971
Lily,
Hoje recebemos a carta que você mandou. Aquela sua coruja estúpida quase matou a mamãe do coração e ainda soltou um monte de penas em cima do purê de cenoura. Mas, pelo menos, agora estamos a par dos acontecimentos. Dos seus professores esquisitos, das suas aulas esquisitas, dos seus novos amigos esquisitos. Não que eu me importe.
Minhas aulas começam amanhã. Imagino a cara da Irmã Clementine se ela soubesse aonde você se meteu. Provavelmente teria uma síncope.
Pergunto-me como vai ser olhar para o pessoal da quinta série e imaginar que você poderia estar ali. Também não sei se estou muito ansiosa pra ir pra sétima série. Com quem vou fofocar sobre as minhas colegas metidas agora?
Mamãe e papai não param de falar de você um minuto. É “Lily isso” e “Lily aquilo” e “Temos tanto orgulho da nossa Lily”. Por isso vou arrumar o meu material agora e deixar o uniforme dobradinho, prontinho pra amanhã. Já que você não está aqui, alguém precisa ser responsável e perfeitinha, não é?
Beijos,
Tuney.
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