Constrangimentos seguidos
Nos dias que se seguiram, Hermione evitou Fred com todas as suas forças. Ele parecia decepcionado e fraco todas as vezes que se esbarravam. Hermione se sentia péssima, mas não podia acreditar que o que ele dissera fora verdade, nunca era tão fácil assim para ela. Mas ela não aguentaria por muito tempo, sentia falta dele. Não prestava mais atenção nas aulas como de costume, as conversas com Harry e Rony ficaram tediosas. Uma noite, assim como aquela em que Fred a deixara naquele estado, ela estava sozinha no salão comunal lendo. E, incrivelmente, exatamente como naquela noite, um garoto alto, ruivo, e magro vinha descendo a escada do dormitório masculino.
Hermione, já nervosa, tentou subir para seu dormitório antes que um dos gêmeos, qualquer que fosse, visse-a. Mas, antes de ela pisar no primeiro degrau, uma voz disse:
- Na-não, fique aí onde está.
- Ah, por favor, Fred, me deixe em paz!
- Não sou o Fred, Hermione.
- George? George, o que você quer?
- Hermione, você acha mesmo que eu e Fred não conversamos sobre outras coisas a não ser acabar com as aulas?
- S-sim, mas o que isso tem a ver comigo?
- Ah, Hermione, você é inteligente demais para não saber o que isso tem a ver com você.
- Se você está falando do Fred, desista! Eu sei que ele só disse aquilo para me deixar confusa.
- Mione, ele pode fazer de tudo para arruinar as aulas, mas destruir, hm, você, ele não teria coragem. Você não entende, ele está obcecado, louco por você.
- Mas por quê? Logo eu!
- Isso eu não posso explicar, mas, Hermione, por favor, pelo menos volta a falar com ele.
- E-eu vou fazer o possível, prometo.
- Então tudo bem, ah, e lembre-se, eu nunca te disse nada! – e piscou.
- Ok, bem, vou dormir boa noite.
- Boa noite, Mione.
Ela não dormiu. Ficou pensando naquela conversa peculiar com George. Seria mesmo George? Aquela pergunta a atormentou até o amanhecer. Como sabia que não conseguiria dormir, levantou-se, pôs as vestes e desceu ao vazio salão comunal. Quando deram oito e meia, Harry e Rony desceram de seu dormitório.
- Hermione? Está tudo bem? Parece cansada.
- Bom dia Harry, bom dia Ron. Está tudo bem, Harry, eu só não dormi muito bem.
Hermione ainda não sabia se deveria contar a eles sobre ela e Fred, porque na verdade, ela nem sabia o que havia entre eles. Chegando ao salão principal, os dois gêmeos já estavam comendo na mesa da Grifinória.
Fred deu-lhe um olhar de ‘oi’, e ela retribuiu com um sorrisinho.
- E então Harry, como vai com a segunda tarefa?
- Ótimo, ótimo – Harry falou num tom de voz que Hermione tinha certeza absoluta que ele não fizera progresso algum com aquele ovo agourento. Mas aquilo não importava no momento, ela sabia que tinha de ter uma conversa final e esclarecedora sobre o que estava acontecendo entre ela e Fred.
Harry, Rony, Fred e George já iam saindo quando Hermione teve uma brilhante ideia – como as que na maioria das vezes ela tinha.
- Fred, George, vocês podem ficar aqui comigo? Ainda não terminei o café e sei que Rony e Harry querem falar com Snuffles.
- Snuffles? Ah, sim. – disseram os gêmeos
- Obrigado Hermione, nos encontramos na sala da McGonagall? – disse Rony.
- Sim, sim.
E os dois saíram, deixando apenas Hermione e os gêmeos.
- Certo, Mione, o que você quer?
- Fred?
- Sim.
-Certo, eu preciso, hm, que você me siga, e George, pode nos dar cobertura?
- É claro, se for sobre o que eu estou pensando.
- É, exatamente. Fred, podemos ir?
- Sim, eu acho.
Pelo visto Fred não tinha nem ideia do que estava – ou não – para acontecer. Então George realmente levou a sério aquela história de ‘nunca tivemos esta conversa’. Ótimo.
Eles dois iam seguindo pelo salão principal, na direção de uma masmorra que pudessem ficar a sós. Acharam uma. Fred entrou, e então Hermione fechou a porta e virou-se para ele. Parecia confuso.
- Herm...
- Fred, eu preciso que me explique tudo. Sobre o que você falou naquela noite no salão comunal. Eu sei que você sabe do que estou falando. – E lançou-lhe um olhar que só ela sabia dar para falar-lhe a verdade.
Fred coçou a cabeça, abaixou os olhos e falou, trêmulo:
- É, foi o que você entendeu, Mione. Eu gosto de você. Desde o começo deste ano, desde que você foi à Toca. Desde a Copa Mundial de Quadribol. Hermione, acredite em mim. Eu sei que para você não importa, mas eu gosto mesmo de você. E tudo o que eu queria era que você gostasse de mim também. – E parou. Pelo visto foi o fim da conversa, porque logo depois, Draco Malfoy abriu a porta e disse com sua voz arrastada:
- Ora, ora, a sangue-ruim e o Weasley. – Ele falou Weasley de um modo tão repugnante, que Hermione explodiu:
- Ora, Malfoy! Qual o problema de ser um Weasley? Porque eles não têm tanto dinheiro quanto a sua família? Ou é porque eles não são Comensais da Morte? Eu teria muito mais orgulho de ser uma Weasley do que ser uma Malfoy!
Ouvindo isso Malfoy olhou para ela e apenas disse antes de sair:
- Espere até meu pai saber disso, Granger.
Fred olhou-a, pasmo:
- Você se orgulharia de ser uma Weasley?
E fez-se um silêncio constrangedor na masmorra.
Comentários (3)
eei, desculpem ter demorado tanto, vou postar o próximo capítulo agora mesmo e recomeçar o 4, ok?Vick Siebra, obrigada pelas dicas! Vou levar em consideração!
2012-04-05Suuuper legal a fanfic, só acho que deveria detalhar mais um pouco. Porque do nada, passam horas, dias, semanas, meses... Tem que narrar mais. E que tal fazxer Pov's? Explicar como a Mione e o Fred se sentiam? Porque, ta meio confusa a fanfic. Do nada o malfoy entra nas masmorras, mais, eles não estavam em uma sala com o George dando cobertura? kkk, pensa nessas coisas, mais ta muuuito boa! posta mais logo (:
2012-03-22poxa, nao acredito q nao tem outro cap....
2012-03-18