Insuportavelmente Insuportável
Jessica Evans tem a vida que qualquer pessoa gostaria de ter. Rica, filha única e com pais maravilhosos. Mas quem pensa que com uma vida dessas Jessica é completamente feliz... Engana-se. Apesar de possuir uma vida maravilhosa, a solidão ás vezes é inevitável. O fato de estar sempre "sozinha" na grande casa em que reside, faz com que sua vida se torne tediosa e monótona. O que só não se torna pior, porque Jessica ainda tem a companhia da doce elfa-doméstica Stinky, que ás veze passa horas conversando com a garota. De fato Stinky, era sua única amiga. No décimo quinto aniversário de Jessica que fora apenas á algumas semanas atrás, Stinky preparou um bolo delicioso, mais tão delicioso que Jessica disse a ela que nunca provara nada tão maravilhoso em toda a sua vida, o que fez a elfa desmanchar-se em lágrimas de tanta felicidade.
As férias de verão de Jessica não foram nada animadoras. O único dia em que se divertiu para valer foi quando Stinky a convenceu á brincar de pique-esconde, o que teria terminado bem se Jessica não tivesse rolado escada abaixo.
***
Já era noite e Jessica estava jogada em sua cama lendo Hogwarts - Uma História, todas as suas coisas já estavam prontas dentro de seu malão. Estava ansiosa, pois no dia seguinte retornaria a Hogwarts. Era sua última noite naquela casa.
Estava tudo no mais perfeito silêncio. Nem mesmo Stinky ainda havia ido até o quarto de Jessica para conversarem. Mais uma vez aquela sensação de solidão invadia a garota. Pelo menos até aquele instante antes de sua mãe entrar em seu quarto, carregando um pequeno envelope amarelado nas mãos e com um largo sorriso estampado no rosto. Jessica olhou rapidamente para a mãe e desviou seus olhos novamente para o livro. Ouviu os passos lentos e suaves de sua mãe se aproximando, e assim que a mesma chegou mais perto retirou o livro das mãos da filha. Jessica olhou-a com um ar entendiado e fez menção para que a mãe falasse.
— Então como essa é sua última noite de férias aqui e agora nós só nos veremos no natal, eu e seu pai resolvemos lhe dar um presente, para recompensar também o fato de nós não termos lhe dado nada em seu aniversário. — A Sra. Evans sorriu para a filha e entregou-lhe o pequeno e amarelado envelope.
Primeiramente ela o observou ainda fechado tentando ter uma mínima ideia do que poderia ser, mas sem sucesso. Abriu o envelope e retirou de dentro dele uma pequena caixa retângular, azul marinho. Ergueu os olhos novamente para a mãe, mas esta continuava a sorrir e balançou positivamente a cabeça para que Jessica abrisse a caixa. E assim ela o fez.
Seu queixo caiu ao ver o que tinha dentro. Havia um colar feito de ouro com um pingente em formato de coração que era feito de rubi, e contornado por mais uma camada de ouro. Extremamente lindo.
— Isto... Isto é para mim? — Jessica perguntou ainda abobalhada com a beleza e o brilho do colar.
— Claro que é para você. Achamos que você realmente merecia, e que combinava com você. Não vai prová-lo? Deixe que eu ponho para você! — A Sra. Evans sorriu ao ver a expressão da filha.
Jessica virou-se de costas e sentiu as delicadas e quentes mãos de sua mãe, prendendo o colar em seu pescoço. Em seguida olhou-se no espelho e ficou fascinada com o brilho que o colocar reluzia na luz. Pôde ver também pelo reflexo do espelho os olhos verdes de sua mãe — que Jessica aliás herdara — cintilando de tamanha felicidade. Jessica virou-se defronte para sua mãe com um sorriso que raramente dava, mas não pelo belo presente que acabara de ganhar e sim porque de repente se deu conta do quanto admirava sua mãe. As duas abraçaram-se por um longo tempo, e a mãe de Jessica lhe dizia coisas confortantes que raramente elas tinham tempo de dizer uma para outra. A garota teve que fazer uma força imensa para não chorar.
— Onde está meu pai? — Jessica perguntou quando as duas se separaram e sentaram-se na cama novamente.
— Ele foi se encontrar com Lúcio Malfoy, para resolverem uns assuntos do interesse deles. — Disse a Sra. Evans calmamente. — Ah, e outra coisa, o filho de Lúcio é da mesma Casa que você em Hogwarts seria bom se fossem amigos.
Jessica conhecia o filho dos Malfoy, ele se chamava Draco. Mas apesar de pertencerem á mesma Casa — Sonserina —, ela nunca fora muito com a cara dele. E nem fizera questão de sequer tentar se aproximar.
— Isso eu não posso garantir — disse depois de um tempo em silêncio. — Mas veremos!
Depois de dizer isso Jessica jogou-se sobre os travesseiros. Sua mãe lhe desejou boa noite e se retirou do quarto.
Jessica virou-se e ficou fitando a janela enquanto mexia no pingente de seu colar. Ficou assim durante longos e longos minutos, até que finalmente acabou adormecendo.
Jessica acordou na manhã seguinte com a claridade do sol adentrando pela janela de seu quarto. Sentou-se na cama e só então se deu conta que nem sequer havia trocado de roupa, ainda vestia jeans e o livro que andara lendo na noite passada estava jogado na outra ponta da cama. Bagunçou os cabelos, deu uma olhada por todo o quarto e por fim levantou-se para se arrumar. Depois de um longo banho, vestiu-se com uma roupa confortável e desceu para o café. Desceu as escadas de mármore e caminhou calmamente em direção a Sala de Refeições, onde seus pais estavam sentados diante de grande e ilustre mesa de madeira que ali havia. Sentou-se ainda em silêncio decidindo o que iria comer primeiro. A primeira coisa que seu pai reparou quando Jessica juntou-se á eles na mesa, fora que ela usava o colar que eles haviam lhe comprado no dia anterior.
— Então, o presente lhe agradou? — disse em tom amigável.
— Ah, sim. Claro. É lindo! — Jessica disse servindo-se de pão com queijo e suco de abóbora.
Naquele instante Stinky veio adentrando o cômodo carregando em mãos o Profeta Diário para o Sr. Evans. Antes mesmo que ele pudesse enxotar a elfa, Jessica chamou a atenção dela.
— Obrigado por me abandonar ontem, Tinky! — Jessica disse em meio á uma grande mordida no pão.
— Oh, desculpe Jess... — Stinky começou mas foi interrompida.
— Jess? — disse o pai de Jessica em tom de dosgosto.
— Sim pai, Jess. Nós somos amigas, e acho que amigas podem se dar apelidos! — respondeu a garota secamente.
— Francamente! — Sr. Evans murmurou. Ele levantou-se abruptamente da mesa levando consigo o Profeta Diário.
A mãe de Jessica que passara boa parte do café da manhã em silêncio, finalmente resolveu dizer algo.
— Você tem que parar de provocar seu pai! — disse calmamente.
— O quê?
— Você sabe melhor do que ninguém, que ele não gosta de sua "amizade" com a Stinky! — a Sra. Evans a encarou.
— Desculpe, mas não vou viver solitária somente para agradá-lo. — Jessica levantou-se abruptamente da mesa e seguiu para a sala onde jogou-se sobre o sofá de couro preto que havia na mesma e ficou fitando o nada.
Ok, vocês devem estar pensando que Jessica age assim por serem os hormônios da adolescência aflorando. Mas não. Desde que a garota se entende por gente tem essas desavenças com o pai. Eles se gostam isso é verdade, mas não há nada que os impessa de ter suas discussões frequentes. O Sr. Evans nunca escondera de ninguém que é contra a amizade da filha com uma elfa-doméstica.
Quando Jessica se deu conta suas malas já estavam na sala, e sua mãe vinha descendo as escadas com uma roupa diferente da que estava vestida no café. Só então a garota percebeu que era hora de ir.
Despediu-se de Stinky, deu um breve "Adeus!" á seu pai e seguiu com a mãe para King's Cross.
Quando chegaram na plataforma nove e meia, já eram dez e meia e a plataforma estava apinhada de gente. Jessica teve um pouco de dificuldade para empurrar seu carrinho, mas no fim conseguiu.
Deu um abraço demorado na mãe e logo adentrou a grande locomotiva vermelha que a levaria a Hogwarts. Foi fácil encontrar uma cabine vazia já que a maioria dos estudantes ainda não havia embarcado. A garota trocou logo suas roupas de trouxa pelas vestes da Sonserina e se afundou atrás de um livro que ela já havia nada mais, nada menos que cinco vezes. Um apito alto soo do lado de fora poucos minutos depois.
O som de passos e de malões sendo arrastados anunciava que as pessoas já haviam embarcado. De repente a porta da cabine se escancarou e por ela passaram três garotos e uma garota. Dois eram grandes e corpulentos, e tinham a aparência de guarda-costas. O outro garoto tinha o rosto pálido, cabelos loiros e feição bem arrogante. Já a menina, tinha o cara amassada e tentava puxar assunto com o loiro.
— Como foram as férias Draco? — Seu tom de voz soo mais falso do que sua cara.
— Legais... — respondeu Draco com a voz arrastada e entediada.
Jessica sentiu um pequeno solavanco e então presumiu que o trem havia começado a andar. Deu uma última olhada pela janela e sua mãe acenava sorrindo para ela, Jessica retribuiu. Logo voltou sua atenção para o livro novamente. Pelo menos tentou. A garota que havia entrado na cabine com os meninos resolvera lhe chamar a atenção.
— Ei, qual o seu nome? — Sua voz para os ouvidos de Jessica soava mais irritante do que o normal.
Jessica ergueu os olhos por cima do livro, avaliou bem a feição da garota e baixou novamente os olhos para continuar sua leitura.
— Eu estou falando com você! — ela disse irritada. De repente a garota levantou-se de seu lugar e arrancou o livro das mãos de Jessica, que suspirou e ergueu seus olhos para ela.
— O que você quer? — Jessica perguntou entediada. Os dois grandalhões olhavam para elas interessados, enquanto o loiro apenas fitava a janela.
— Eu perguntei qual é o seu nome? — ela deu um sorriso, mas não obteve resposta. Jessica suspirou novamente e revirou os olhos.
— Meu nome é Jessica Evans. — Respondeu secamente.
— Oh, eu sou Pansy Parkinson! — a garota esticou a mão para Jessica, que apenas a olhou e disse:
— Já sabe meu nome. Agora pode devolver meu livro? — Seu tom definitivamente demonstrava que ela estava para poucos amigos. Pansy corou ligeiramente e recolheu a mão ainda esticada no ar. Com um gesto pouco tímido ela devolveu o livro para Jessica e voltou a se sentar em seu lugar em silêncio. Um silêncio perturbador — pelo menos não para Jessica — habitava a cabine. Do lado de fora da janela era notável que eles já haviam deixado Londres e agora seguiam por vastos e extensos campos verdes.
Jessica ficou a olhar os campos por tempo indeterminado, mas quando desviou os olhos para o garoto loiro a sua frente surpreendeu-se ao ver que ele a olhava com curiosidade. Os olhos cinzentos dele, encontraram os verdes de Jessica. O que fez com eles se encarassem por mais tempo do que o normal. Quando a mulher do carrinho de doces bateu á porta da cabine onde estavam, cada um desviou seu olhar para uma direção diferente. Mas quando os grandões e a menina de cara amassada saíram para comprar o que comer, o loiro dos olhos cinzentos resolveu dizer algo.
— Então, você é Jessica Evans? — perguntou em um tom displicente. De fato ele sabia que a resposta seria sim.
— Sim. E creio que você seja Draco Malfoy? — Jessica o avaliou desde o primeiro fio de cabelo a ponta do sapato.
— Exatamente. — Draco deu um meio sorriso e esticou a mão para cumprimentar Jessica.
Dessa vez a garota não o deixou no vácuo. Tocou sua mão branca e fria, e sentiu um choque repentino percorrer toda a extensão de seu corpo. Era uma sensação nova. Desconhecida.
Pelo visto Draco sentiu o mesmo, pois seu rosto de repente mudou de expressão e ele recolheu sua mão rapidamente. Dessa vez o silêncio que repousou entre eles fora constrangedor, mas por sorte este não durou muito tempo.
— Meu pai me falou sobre você. Eu confesso que se ele não me falasse eu nunca saberia que você era filha de Theodore e Cloe. — Draco disse formalmente.
— Hum... Eu nunca fiz questão de sair por ai espalhando isso, aliás, Evans é um sobrenome bastante comum... — Jessica respondeu.
— Meus pais sempre saem para jantar com os seus pais. Agora você nunca compareceu em nenhum dos jantares, não é mesmo? — Isso pareceu mais uma conclusão do que uma pergunta.
— Definitivamente não. Eu não tenho paciência para as formalidades do meu pai. — Sorriu.
— Ele é uma pessoa legal. — Respondeu Draco.
— Você e sua família talvez sejam um dos poucos que conheçam esse lado dele. Eu não saíria por ai garantindo isso se fosse você. — Jessica respondeu tão tranquilamente que deixou Draco incrédulo.
Talvez ele achasse que a garota devesse bajular seu próprio pai até cansar, assim como ele faz cada vez que lhe é perguntado sobre o senhor Lúcio Malfoy. Mas Jessica não era assim, simplesmente parecia não se importar com o fato de vir de uma família tradicional e rica. Draco estava talvez certo de que aquele não seria o melhor momento de se discutir. E Jessica por outro lado presumiu que talvez, Lúcio tivesse aconselhado o filho a se aproximar dela apenas para poder fortalecer ainda mais a sua amizade com seu pai. Estava completamente aérea quando Draco a retirou de seus devaneios.
— Bonito colar! — ele elogiou.
— Obrigada, ganhei de presente da minha mãe.
— Ela tem bom gosto! — Draco disse agora desviando os olhos do belo colar e mirando os verdes olhos de Jessica.
— Eu vou dar uma volta. Nos vemos depois!
E dizendo isso ela levantou-se rapidamente em direção a porta. Deixou com que os outros entrassem e em seguida saiu caminhando sem rumo pelo corredor da locomotiva. Um bolinho de pequenos estudantes formavam uma roda em torno de dois garotos de cabelos vermelhos logo á frente. A curiosidade falou mais alto e ela caminhou até eles, percebeu logo de cara que as crianças deveriam ser do primeiro ano por serem tão miúdas, e ficavam encantada com o que os gêmeos mostravam. Sim, os dois ruivos eram gêmeos. Quando Jessica se aproximou metade dos primeiranista sairam felizes e amostrando o que haviam comprado aos outros, a outra metade demorou pouco tempo para sair também. Os gêmeos pareciam felizes, e pelo visto haviam arrecadado um bom dinheiro.
— Ei, o que vocês tem aí? — Jessica perguntou em um tom amigável.
Os gêmeos a observaram dos pés a cabeça, e quando notaram que ela usava as vestes da Sonserina mudaram de expressão.
— Não é nada! — disse um dos gêmeos.
Uma caixa com bolinhas marrons do tamanho de bolas de gude, chamou a atenção de Jessica e ela se dirigiu a ela sem nem pedir permissão aos gêmeos.
— O que é isso? — disse pegando uma delas na mão.
— Segure com cuidado, elas são um tanto perigosas! — disse o outro gêmeo receoso.
— Perigosas? Um pouco de adrenalina sempre faz bem. — Jessica riu para si mesma, para assombro dos gêmeos.
— Você não vai nos denunciar aos monitores?
— Denunciar? Por vocês terem essas coisas fantásticas? Jamais. — Ela deu um largo sorriso e dessa vez os gêmeos sorriram de volta.
— Eu sou Fred Weasley, e este é meu irmão Jorge. — disse ele animadamente.
— Eu sou Jessica Evans.
A garota começou a observar tudo o que eles tinham. Mas ainda continuava fascinada com as bombinhas....
— Não são exatamente bombinhas — disse Jorge a ela.
— E o que são então?
— Elas tem forma de bombinhas, mas na verdade quando são jogadas no chão fazem um barulho maior que o normal. — Explicou Fred.
Jessica ficou fascinada, mas tão fascinada que no mesmo instante comprou várias daquelas e colocou-as no bolso das vestes com o maior cuidado para não estourarem. Um dia de certa forma elas viriam a calhar.
De repente o sorriso sumiu do rosto de Jorge e em seguida Fred fez o mesmo. Jessica confusa virou-se para ver o que acontecia, e deparou-se com Draco Malfoy encostado em uma das paredes do corredor, com sua insígnia de prata com a grande letra "M" reluzindo do lado esquerdo do peito. Droga! Ele era monitor.
— Vocês estão encrencados... Vendendo produto ilegal pelos corredores... Hum, isso me cheira a detenção! — Um sorriso maldoso tomou-lhe os lábios e Jessica surpreendeu-se ao ver que ele se dirigia aos gêmeos e não a ela. Fred fexou os punhos, e Jorge o segurou pelo ombro como se pudesse presumir o que estava a acontecer.
— Você não pode lhes dar dentenção! — Jessica se intrometeu, e todos pareceram surpresos com a sua atitude.
— Não vá me dizer que agora é amiguinha deles? — Draco disse com repugnância.
— Sou sim. Algum problema quanto a isso? — Ela desafiou.
Draco balançou a cabeça negativamente.
— Seu pai ficaria desapontado em saber, que a filha...
— Então fique com ele para você — esbravejou —, quem sabe não se dão bem? Se for dar dentenção á eles terá que dar a mim também!
Draco bufou e os gêmeos apenas observavam a cena. Isso não iria ficar por isso mesmo, ah mais não iria mesmo.
— Você deveria avaliar bem o jeito, ao qual se refere á um monitor. — Disse mais alto do que o necessário e dando ênfase ao monitor.
— Pouco me interessa o que você é. Para mim você não passa de mais um sonserindo idiota e repugnante! — Jessica cuspiu essas palavras sem pensar nas consequências. Draco travou, sua respiração estava notavelmente irregular. Ele girou os calcanhares e foi em direção a cabine dos monitores.
Como uma pessoa consegue ser tão incoveniente? Pensou Jessica. Mas não teve tempo de continuar com seus pensamentos sobre Draco, pois Fred e Jorge caíram na gargalhada fazendo a garota se dar conta de que eles ainda estavam ali.
— Olha... Depois... Dessa... Você... Merece meus parabéns! — Disse Fred sem fôlego.
— Parabéns? Eu não fiz nada demais. — Jessica disse sorrindo timidamente.
— Nada demais? Isso foi o primeiro acontecimento fantástico do ano! — disse Jorge ainda rindo, ele limpou a garganta e disse: — Sim senhoras e senhores, esta menina aqui presente mostrou que nem todos os sonserinos, ou pelo menos ela, podem e conseguem sim enfrentar o temido... o mais poderoso... sim senhores, ele mesmo... DRACO MALFOY!
Sem conseguir se conter, os três caíram na gargalhada. Fred ria tanto que tinha lágrimas escorrendo pelo canto dos olhos. Jessica já sentia seu abdômen doer. Mas a crise de risadas dos três fora interrompida por uma garota de cabelos castanhos um pouco volumosos e que a príncipio aparentava possuir um ar mandão, carregava do lado esquerdo do peito a mesma insígnia que Draco.
— Será que poderiam pelo menos rir mais baixo? — Ela disse rispidamente.
— Ora, relaxe Hermione! — Jorge disse sorrindo.
— Ela é monitora Jorge, não pode relaxar! — Fred lembrou sarcástico.
Hermione ficou vermelha.
Antes que ela pudesse explodir Jorge explicou toda a história para ela. Contou exatamente tudo nos mínimos detalhes. Hermione tentou ao máximo conter o riso mas também não conseguiu, mas dessa vez ela riu moderadamente e se virou para encarar Jessica.
— Então você fez mesmo isso? — Hermione perguntou e logo se corrigiu. — Quero dizer, você praticamente enfrenteu um igual.
— Igual? — Jessica perguntou franzindo as sombrancelhas.
— Sim... Não... Quero dizer, você e Draco são pertencentes á mesma Casa e qualquer outro sonserino eu tenho certeza de que daria razão á ele. — Hermione disse depressa.
— Acho que precisamos nos conhecer melhor Hermione Granger! — Jessica sorriu e estendeu a mão para Hermione, e a mesma retribuiu.
Eles nem se quer haviam se dado conta do tempo que passaram ali no corredor apenas jogando conversa fora. Depois de um tempo todos voltaram para as suas cabines.
— Nos vemos depois! — disseram os gêmeos em coro. Hermione acenou.
Jessica caminhou novamente em direção a cabine que estivera antes, e sentiu um embrulho no estômago ao tocar a maçaneta da porta. Respirou fundo e adentrou o lugar de uma vez.
A cena que viu em seguida a fez sentir vontade de rir e de vomitar ao mesmo tempo. Draco beijava Pansy Parkinson na boca tão alucinadamente que Jessica tentou esconder o riso mas acabou fazendo um barulho estranhos e os dois se separaram rápido. Draco tinha o redor da boca vermelho e Pansy tinha as vestes amassadas.
— Desculpa aí pessoal! — Jessica disse controlando a voz e a vontade de rir. — Não queria atrapalhar.
— Mas já atrapalhou — rosnou Draco.
Jessica prendeu fortemente os lábios e sentou-se no mesmo lugar de antes, fitando a janela. Mas ouviu Pansy dizer:
— Não precisa ficar com raiva Draquinho, ainda teremos muito tempo... — ela dusse em um sussurro audível.
Jessica caiu na gargalhada e atraiu o olhar severo de Malfoy.
— Qual foi a piada? — Perguntou friamente.
— Acho que você certamente não gosta das piadas de Fred e Jorge! — Respondeu sarcástica. Draco levantou-se e saiu da cabine.
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