Trecho 5



- O que você... O que vocês estavam fazendo? – ele pergunta, parecendo mesmo muito surpreso. Renata ri.

- Não sabe mesmo? Pra sua informação isso se chama beijo. – ironiza Renata. Harry não soube o que responder. Realmente, a pergunta foi idiota.

- Rony, e a Mione? – ele ignora o comentário.

- A gente terminou, Harry. Ela vai ficar com o Krum. Quando fui terminar com ela, ela terminou comigo antes. – diz Rony.

- Mas... Mas.. Você terminou com a Mione por causa dela?

- O que tem demais? Eu gosto da Renata, e a Mione quer aceitar as propostas do Krum. Eu tenho direito de seguir com a vida do jeito que eu achar melhor, não acha?

- Mas... Com ela? – ao ouvir isso, Renata se irrita e sai.

- Olha, Harry, não me leve a mal, mas do meu relacionamento quem sabe sou eu. Você pode não gostar da Renata, mas eu gosto! Vendo o jeito que você fica longe de quem você gosta, me leva a crer que eu não vou gostar de experimentar!

- Não vem que meu caso é diferente do seu.

- Concordo. No meu caso, eu e Mione terminamos porque nós queríamos seguir caminhos diferentes, coisa que não interfere em nada na nossa amizade. No seu, você tá longe de quem você ama porque é cabeça dura!

- Cabeça dura? Então você também tá do lado da sua namoradinha?

- Harry, não é disso que eu estou falando! Pensa! A Maya acredita na Renata.. Não acha que ela tem seus motivos pra isso?

- Ela tem sim: ela confia mais na amiguinha dela do que no namorado.

- Afff eu to começando a me irritar com essa história sabia? – ele bufa e se senta, mas de repente se levanta. – quer saber? Essa história toda vai ter que acabar agora!

- Ahn?

- Vem comigo agora e sem um pio que minha paciência já foi pro brejo! – Rony puxa seu amigo. O leva até a sua sala – muito bonita por sinal – e para em frente à lareira.

- Aonde nós vamos? – Rony começa a rabiscar um bilhete, pega seu Pó-de-Flu.

- Residência Lupin. – responde ele, já na lareira, e é engolido pelas chamas. Harry fica surpreso, mas acaba seguindo-o, contrariado.

- Parvati, você viu o Ron? – pergunta Renata. Estava a pouquíssimo tempo por ali, mas já conhecia uma boa quantidade de funcionários.

- Olha, se não me engano, acabo de vê-lo entrando na sala dele com o Harry.

- Ah... ‘brigada! – diz ela, indo na direção indicada.

Ao entrar na sala vê que lá não tinha ninguém. Avista, então, um bilhete com seu nome sobre a mesa.

Renata,

Caso ache este bilhete, vá imediatamente á casa da Maya.

Há uma caixa com Pó-de-Flu sobre a minha mesa.

Faça-o o mais rápido possível.

Beijos

Ron

CRACK CRACK.

Maya dormia tranqüilamente em sua casa. Ela estava com uma dor de cabeça horrenda, por isso pediu dispensa do serviço naquele dia, que lhe foi concedido.

- Papai, se alguém me chamar, diz que eu estou cansada e não posso atender, por favor? – pede ela á seu pai, subindo as escadas.

- Tudo bem, vai deitar, é melhor... – diz ele, quando de sua lareira surgem dois vultos. – Olá meninos!

- Professor Lupin, podemos conversar? – pergunta Rony, limpando a fuligem do corpo. Harry o olhava sem entender muito bem.

- Sim, claro. Bem, então podem sentar... Tonks, querida, olhe quem veio fazer uma visita! – sorri Lupin.

- Olá meninos! Fiquem á vontade! Eu vou buscar um café pra vocês! – diz Tonks, indo na direção da cozinha, ostentando belos cabelos compridos e negros.

- Tonks e sua mania de trocar de aparência todo dia... – observa Harry.

- Bom, podem falar. – diz Lupin, sentando de frente para ambos.

- É o seguinte: esse palerma aqui – diz Rony apontando para Harry, que faz cara feia – terminou com a sua filha por causa da Renata... ele ouviu uma coisa da Renata que não acreditou, ai deu todo um rolo, e eu to de saco cheio dessa história toda. Das pessoas que podem resolver esse dilema, só me ocorreu você.

- Espera aí Rony... eu não to entendendo nada! – diz Lupin. sua expressão confirmava isso.

- Ah, estamos no mesmo barco. Até agora eu não entendo o que estou fazendo aqui! – resmunga Harry. Tonks voltara à sala e servira os cafés.

- É que... – começa Rony, mas nesse momento num CRACK aparece Renata na sala.

- O que está havendo afinal? – pergunta Renata.

- Bom, acho que todas as partes envolvidas estão presentes. Rony? – incentiva Lupin.

- É o seguinte. A Renata nos disse que era filha de Sirius Black e Lílian Potter. O Harry se recusa a aceitar tal hipótese, mas a Renata afirma ser a verdade, assim como a Maya também. Mas ninguém aqui tem provas de nada!! Pra acabar com essa rivalidade chata e pra resolver de uma vez o problema deste cabeça dura aqui com a outra cabeça dura da Maya, nós gostaríamos de saber a verdade sobre esse caso contada pelo Senhor. – diz Rony calma e pausadamente. Lupin respira fundo.

- Olha, esse é um assunto muito delicado... Ok, vamos lá. Na época em que Tiago e Lílian eram recém-casados eu, Sirius e Pedro vivíamos na casa deles. Ajudávamos no que podíamos e bagunçavamos um pouco também... – ele ri, como se assistisse a lembrança naquele momento. – Acontece que um dia o Sirius foi ajudar a Lílian com algumas caixas, eles meio que se viram próximos demais e acabou acontecendo… Bom, dessa “aventura” foi gerada a Renata. Eles não sentiam absolutamente nada um pelo outro, mas como aconteceu, tinham que assumir. Contar isso pro Tiago foi realmente duro... ele ficou muito atordoado, sentiu-se traído, mas no fim acabou entendendo que aconteceu, eles estavam arrependidos, e o jeito era seguir em frente. Eles registraram a criança, ela nasceu feliz e saudável e tudo mais. Lílian a criou em sua casa, e Sirius cumpria seu papel de pai de longe. Mas acontece que alguns meses depois de Renata nascer, descobriram que Lílian estava grávida de novo, desta vez de Tiago, nascendo Harry. Bom, depois disso, os Potter foram mortos, e Renata foi para Beauxbatons, a pedido de Sirius, e Harry foi morar com os Dursley. Acho que essa é a parte da história que interessa né?

- Então... é verdade? Tudo isso é verdade? Meu pai foi traído?

- Harry, não entenda as coisas por esse lado... Lílian e Tiago se amaram um ao outro mais do que a eles próprios... Isso foi uma aventura desmedida...

- Agora acredita em mim? – pergunta Renata. Harry consente, ainda de cara feia. – Eu não me importaria se você pedisse desculpas, sabe?

- Ok, ok.. Me desculpe... – ele resmunga.

- Bom, acho que ela não é a única pessoa aqui que merece pedido de desculpas... – cochicha Lupin pra Harry.

- Professor Lupin, desculpe não ter avisado que viríamos e chegar assim, tão de repente. Mas acontece que as circunstancias pediam... – desculpa-se Rony.

- Tudo bem, não se preocupem quanto a isso. Pena que a Maya esteja dormindo, ela ia gostar de ver vocês aqui! – sorri ele.

- Dormindo? Ela não devia estar no Ministério? – pergunta Renata.

- Ela teve dor de cabeça muito forte, e conseguiu dispensa para voltar pra casa em função disso... quando vocês chegaram ela tinha acabado de subir.

- Ah.. vou deixar ela dormir então, depois eu subo pra ver como ela está! – diz Renata.

- Gente, tem um bolo de chocolate aqui na cozinha.. estão servidos? – sorri Tonks.

- Opa! Não querendo abusar da hospitalidade, mas... – ri Rony.

- Ok, Ronald.. – sorri ela. – venham todos vocês! – ela toma a frente e todos seguem para a cozinha.

- Tia Tonks, esse bolo ta maravilhoso!! – sorri Renata.

- Gostei do tia! – ri Tonks.

- Professor, onde fica o banheiro? – pergunta Harry.

- Andar de cima, terceira porta á esquerda.

- Obrigada! Eu já volto! – diz ele, saindo.

Ele sobe e vai na direção do banheiro, mas quando passa pela porta do quarto de Maya, pára, pensa um instante e entra. Da porta ele pode vê-la dormindo. Se aproximou e sentou na beira da cama. A observou por alguns segundos e então passou a acariciar-lhe o rosto. Maya acordou com o afago.

- Harry?!?! O que você está fazendo aqui?! – pergunta ela num salto.



N/A: Olha, nm vou falar nada... se eu não receber uma média de cinco comentários eu excluo a fic....

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