Capitulo único



ACIMA DE TUDO AMOR


 


Ontem a noite eu estava em Hogwarts com a intenção apenas de poder noticiar a reabertura de Hogwarts após a guerra, porem uma homenagem por parte dos alunos foi o que mais chamou a minha atenção. Uma homenagem muito bonita e que acima de tudo nos leva a pensar sobre a guerra, e o que devemos aprender com ela. Por isso resolvi publicar essa homenagem, sem alterar uma única linha, o que foi dito.


 


(Logo após o termino da seleção dos novos alunos, alguns alunos de diversas casas se levantaram)


- Professora se nos permite, gostaríamos de falar algumas coisas antes de iniciarmos o banquete.


- É claro, Sr. Mullet.


(Denis Mullet)


- Primeiramente, gostaríamos de agradecer aos professores e a madame Pomfrey por tudo que fizeram por nós nesse ano que passou. E não só por isso, mas também por tudo que nos ensinaram. E eu não estou falando sobre as matérias em si, mas sim sobre coisas que não se aprende em sala de aula.


“Os Srs. nos ensinaram que muitas vezes a melhor forma de defender os outros é agirmos discretamente, na penumbra. Quantas vezes que os Srs. iam tarde da noite até os dormitórios para cuidar daqueles que aviam sidos machucados. Quantas vezes que discretamente os Srs. nos escondiam, nos protegendo dos Carrow. Quantas vezes os Srs. se ariscaram só para vir nos consolar, quando recebíamos alguma noticia trágica sobre nossos parentes e amigos.”


“Os Srs. nos ensinaram o que é dedicação. Apressar de tudo que estava ocorrendo e de todas as regras impostas, faziam de tudo para nos ensinar da melhor forma possível sobre a matéria a qual lecionam. E discretamente, e se ariscando, nos ensinar um pouco de defesa, já que não estávamos tendo essa matéria, para que pudéssemos nos defender, aqui dos Carrow e dos filhos de comensais, e lá fora, sabe-se lá de que e de quantos mais.”


“Os Srs. nos ensinaram o que é perseverança. Muitos dos senhores podiam ter simplesmente desistido e ido embora para longe, onde não correriam risco, mas ao invés disso, preferiram ficar e nos ajudar e proteger, ariscando a própria saúde, tanto física como mental, e até a própria vida.”


“Os Srs. nos ensinaram o que é coragem, nobreza, lealdade, amizade, inteligência, perspicácia e astúcia. E não só o que são essas qualidades, mas também como usá-las para ajudar e proteger os outros.”


“Nossos muitos e sinceros obrigados, jamais teremos como retribuir tudo o que os Srs. fizeram por nós.”


(Rose Zeller)


- Também gostaríamos de agradecer a alguns alunos em especial, os Srs. Longbottom, e Finnigan, as Srtas. Lovegood e Weasley , e todos os demais membros da AD, que aqui estavam nesse ano que passou. Apesar das meninas não estarem com agente até o fim, por motivos de força maior, uma vez que a Srta. Lovegood foi seqüestrada e a Srta. Weasley  se voltasse, o seria também.


“Vocês lutaram da maneira que podiam para nos tirar de detenções absurdas, muitas vezes ariscando que vocês mesmos pegassem detenções ainda piores.”


“Lutaram mostrando que ainda podíamos resistir a tudo aquilo que estava acontecendo, e que não só aqui, mas lá forra também havia pessoas resistindo e lutando contra tudo aquilo, nos dando força pra continuarmos a lutar, e a viver, e mostrando que podíamos ter esperança que tudo aquilo ia ter um fim.”


“Vocês nos mostraram também que apesar de sermos ainda novos, nos somos capazes de lutar e resistir, nem que seja apenas por palavras. Que resistir muitas vezes não significa ir a campo aberto de batalha, mas sim mostrar com pequenas atitudes e ações que somos contra tudo aquilo, que no caso, estava acontecendo.”


(Lisa Mauler)


- Também devemos agradecer aos membros da Ordem de Fenix, alguns dos quais perderam a vida lutando. Sei que se descontarmos alguns professores, não temos nenhum deles aqui no momento, mas peso para que aqueles que os conhecem, que passem a eles essa sincera homenagem. Eles vêm lutando há vários anos para que o mundo da magia pudesse viver em paz novamente.


“Eles nos mostraram que para combater o mal não há necessidade de ser auror, mas sim que para isso devemos ter atitudes que busquem proteger os inocentes e todos aqueles que nós amamos. Atitudes essas, que agora que a guerra acabou se tornam mais evidentes. Como a criação de leis mais justas, leis que não sejam preconceituosas.”


“Eles nos mostraram o que é justiça, julgando e dando sentenças justas a todos aqueles que a primórdio estavam do outro lado da guerra, abertamente ou não, mas sem se deixarem enganar por estratagemas, ou até mesmo dar privilégios por dinheiro ou interesses.”


(Dexter Hoppy)


- Uma vez me disseram que nós aprendemos com todas as coisas que acontecem na nossa vida. E agora eu pergunto: o que aprendemos com essa guerra? E eu respondo, além de tudo o que já foi dito, é que não devemos acreditar em tudo o que lemos ou ouvimos, e principalmente que não devemos ter preconceitos.


“Digo, não devemos acreditar em tudo que lemos ou ouvimos, devido a tudo o que foi dito e escrito pelos, assim ditos, chefes de estado e pelos jornalistas. Que fique claro aqui, que eu não estou generalizando, toda regra tem exceção, e eu espero que nesse caso aja muitas. Digo que não devemos acreditar em tudo, porque se prestarem atenção em tudo o que foi dito e escrito nesses últimos tempo, não só nesse ultimo ano que passou, há muitas incoerências e mentiras.”


“Querem um exemplo, o ministro da magia ficou por um ano negando que Você-Sabe-Quem havia voltado, para depois assumir que estava errado. E eu me pergunto, se tivéssemos ficado sabendo antes, não poderíamos ter evitados muitas mortes e algumas catástrofes? Creio que sim. Outro exemplo, é o caso da jornalista Rita Skeeter, lêem as reportagens dela e prestem atenção ora ela diz uma coisa, logo em seguida ela diz outra, sem nem ao menos ter a capacidade de admitir que errou. Uma vez me disseram que tudo que ela escreve tem três quartos de mentiras, e fracamente acho que é verdade. Gostaria de acreditar que as pessoas possam distinguir os jornalistas sérios dos antiéticos, e que os éticos, lutem para que os antiéticos, não tenham voz, para que esses não difamem a classe.”


“Alem disso preço para que todos aqui, que pensem em se tornar jornalistas um dia, não se esqueçam que essa guerra só chegou ao ponto que chegou por causa de mentiras. Mas vocês podem perguntar o que uma pequena mentira pode causar de tão grave, e eu respondo: a diferença entre uma pequena e grande mentira é bem pequena, uma vez que uma mentira sempre envolve pessoas, podemos não estar fazendo um grande mal a humanidade falando uma pequena mentira, mas com certeza estamos fazendo um grande mal a aquela pessoa. Além do mais, normalmente o mal começa a surgir com pequenas coisas para lentamente se tornar grande. A honestidade e a justiça são a chave para que o bem prevaleça.”


(Dilys Hooper)


- Outra coisa que essa guerra nos ensinou é que não devemos ter preconceito. Eu pergunto: qual a diferença entre ser sangue-puro, mestiço ou nascido trouxa? Sinceramente a única diferença que vejo é a origem. Ou seja, é a mesma diferença em você ser inglês, alemão ou italiano. Não é porque você é sangue-puro ou nascido trouxa que você é melhor ou pior que alguém. Querem um exemplo: Hermione Granger. Preciso disser mais alguma coisa? Ela é nascida trouxa, entretanto uma das bruxas mais inteligente e talentosa que eu conheço.


“Agora eu vou dizer outra coisa que aconteceu logo após o fim da guerra, e que me chamou atenção. É de conhecimento publico que Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley, invadiram Gringotes, com o objetivo de pegar algo que estava no cofre dos Lestrange para poder destruir Você-Sabe-Quem, mas o que poucos sabem é que uma das primeiras coisas que eles fizeram após o fim da guerra foi ir pedir desculpa aos duendes por ter invadido e destruído parte do banco. Eles podiam estar no meio da guerra quando invadiram, e com certeza foi por um motivo justo, porem a atitude deles de ir se explicar e pedir desculpas chama a atenção, pelo fato de que provavelmente se fosse outra pessoa não teria feito isso. Não estou criticando eles por isso, pelo contrario, estou elogiando. Eles mostraram que não importa se somos humanos ou não, que todos devemos ser respeitados.”


“Alguns de nos aqui presentes pode conviver com Firenze um centauro, Lupin um lobisomem, Hagrid meio gigante, alguns aqui também tem um elfo domestico em casa, ou até mesmo conhecem alguns dos elfos da cozinha de Hogwarts. E eu pergunto por que não podemos respeitá-los, e tratá-los como iguais? Há quem diga que não somos iguais. E eu digo, somos de espécies diferentes, mas fora isso, somos todos seres dotados de inteligência. Muitos vão dizer, mas os gigantes e lobisomens estavam do outro lado, e eu pergunto, porque eles estavam do outro lado? Não seria porque muitos de nos os desprezamos? Os excluirmos? Isso é outra lição que devemos tirar dessa guerra, a união.”


(Gina Weasley)


-Se me permite interromper, queria apenas dar um exemplo do que ele está querendo dizer. Lupin, ele era um lobisomem, um lobisomem que foi mordido aos sete anos de idade. Uma pessoa que tão nova que já havia sido condenada a ter uma vida difícil, não só pelas transformações, mas principalmente, porque poucas as pessoas o aceitariam, por medo, falta de conhecimento, ou preconceito. Mas Lupin teve sorte, Dumbledore o aceitou em Hogwarts, inicialmente como aluno, onde ele pode não só aprender, mas onde ele pode fazer amigos, amigos esses não se importavam com, vamos dizer, o probleminha peludo dele. O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que ele foi A-C-E-I-T-O, que ele apesar de ainda ser excluídos por muitos, ele pode aprender o que amizade, lealdade, companheirismo, e principalmente aceitação, e isso tudo em conjunto, permitiram ele ser o homem que ele foi.


“Pensem bem, se por acaso vocês fossem mordidos por um lobisomem, vocês mudariam a sua forma de pensar. Creio que não. Agora se vocês fossem excluídos por isso, com certeza vocês iam passar a odiar aqueles que o excluem e desprezam, passando a ficar do lado daqueles que o aceitem.”


(Dilys Hooper)


- Ótimo exemplo. Mas agora falando de respeito, eu quero que pensem em uma coisa, nos elfos domésticos, tudo bem que eles gostam de servir e de fazer tudo o que os seus senhores lhes pede para fazer, mas não é por isso que eles devem ser maltratados, pelo contrario, devemos tratá-los bem por isso. Eu penso, porque eles têm que usar aquele trapo que chamam roupa, eles não podem ter uma roupa boa, e principalmente limpa? eles não podem ter um quarto decente? Eles não podem ser tratados com dignidade e respeito?


“Afinal qual a diferença entre se ser um duende, um humano, um centauro, um sereiano, um gigante, ou um elfo domestico? Somos todos seres vivos, e com tal, devemos nos respeitar, aprendendo a conviver uns com os outros, sem preconceito, sem ninguém se achar melhor que o outro, por que afinal ninguém é melhor que ninguém mesmo.”


(Denis Mullet)


- Queria concluir dizendo: uma vez me disseram que a males que vem para bem. E eu espero que esse mal tenha vim para nos ensinar a aceitar e a respeitar os outros. Como Dumbledore dizia: o maior poder que existe é o amor, e sinceramente, creio que ele esta certo, pois amor é algo tão grande, tão extenso, e aparece de tantas formas, que por isso mesmo não há como descrevê-lo. Amor não é apenas um sentimento, mas é também uma ação, uma emoção. O que uma mãe faz por um filho, o que somos capazes por nossos amigos, se não amor? Por isso eu digo que o que nos permitiu vencer essa guerra foi a amizade, a lealdade, o companheirismo, e acima de tudo o A-M-O-R.


 


Eles são apenas jovens, mas que já aprenderam muito nessa vida. Tenho certeza que se os jovens tiverem pelo menos metade a consciência destes, nós com certeza podemos ficar tranqüilos, pois jamais teremos outra guerra como essa.


Lorien Volks

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