Hogwarts



- Por Merlin! Ela é um pesadelo, Harry! – exclamou Rony, depois de se certificar que a tal Hermione havia ido embora.

Harry concordou com a cabeça, enquanto vestia o novo uniforme de Hogwarts.

O trem ia diminuído a velocidade, enquanto as florestas abertas do outro lado da janela ia ficando cada vez mais escuras. Então o apito toca, isso significava que haviam parado, e que os alunos tinham que descer.

Ouvia-se o barulho dos passos dos alunos e dos malões sendo arrastados, das corujas piando, dos gatos miando e dos sapos coaxando.

Harry e Rony saíram do vagão em que estavam e se dirigiram à porta, de onde escutaram um homem bradar:

- ALUNOS DO 1° ANO, POR AQUI, POR FAVOR!

Harry o reconheceu imediatamente quando o viu: era Rúbeo Hagrid, o guarda caça de Hogwarts. Já tinha ido ao chalé dos Potter para tomar chá durante um verão passado. Harry se lembrou de uma situação engraçada que sua mãe teve que conseguir um balde para Hagrid beber seu chá.

Rony cutucou Harry, e juntos seguiram o rosto peludo e sorridente de Hagrid numa longa caminhada até o lago, onde viram alguns barquinhos com capacidade para 4 pessoas.

Sentaram-se num dos barquinhos vazios e ficaram admirando a silhueta do castelo de Hogwarts. Perceberem que havia mais alguém no barco, uma não, duas pessoas. A menina Granger e o tal garoto que perdeu o sapo, cujo nome era Neville Longbottom. Os intrusos cumprimentaram Harry e Rony.
Harry respondeu com o máximo de indiferença que conseguiu reunir, já Rony nem sequer se deu o trabalho de fazer isso, apenas os ignorou.

- Já achou seu sapo? – perguntou Harry, quebrando o silêncio.

- Não – disse Neville, com voz de choro.

- Rony e Hermione se encaravam com desprezo.

- Abaixem as cabeças! – berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco; todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco. Foram impelidos por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo e pisando em pedras e seixos.

- Ei, você aí! É o seu sapo? – perguntou Hagrid, que verificava os barcos à medida que as pessoas desembarcavam.

- Trevo! – gritou Neville, feliz, estendendo as mãos.

Então eles subiram por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a lanterna de Hagrid, e desembocaram finalmente em um gramado fofo e úmido à sombra do castelo.

Galgaram uma escada de pedra e se aglomeraram em torno da enorme porta de carvalho.

- Estão todos aqui? Você aí, ainda está com seu sapo?

Hagrid ergueu um punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.

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