Realidade ou Sonho



Harry estava suado e ofegante. Sentou em sua cama e ficou apreciando um porta retrato com a foto dançante de seus pais. Então se levantou, calçou as pantufas vermelhas com leões estampados que estavam ao lado da cama e se dirigiu à porta de seu quarto.

Ao abri-la, Harry deparou-se com uma bela mulher, de pele alva, cabelos acajus e olhos bem verdes. A mulher que Harry mais amava e admirava no mundo. Ali estava Lílian, a mãe de Harry.

- Harry, querido! Você está bem? Está todo suado! – disse ela, em tom de preocupação.

- Estou bem sim, só tive um sonho... Estranho – respondeu Harry, passando a mão pelos cabelos negros.

- Bem, já que está tudo bem, Harry – falou a mãe, que, com um aceno da varinha fez o suor do corpo de Harry evaporar – Que tal irmos para a cozinha rir um pouco do seu pai? Ele está tentando fazer panquecas sem magia, e depois, você me conta seu sonho, querido.

Harry assentiu com a cabeça e acompanhou sua mãe pela escada.

- Lily, o Harry já acordou? – perguntou a voz de Tiago, vinda da cozinha.

- Sim, ele está comigo, já estamos descendo.

A campainha tocou.

- Querido, atenda a porta, por favor – pediu Lílian – Vou ajudar seu pai – completou, ao sentir o cheiro de fumaça.

O garoto se dirigiu à porta da enorme sala de estar e abriu-a. Um homem de cabelos negros elegantemente caídos no rosto e ar juvenil adentrou a sala, com um enorme sorriso para o garoto.

- Harry! – exclamou ele.

O homem deu um forte abraço em Harry, agora com um sorriso enorme também.

- Querido, quem está aí? – perguntou Lílian da cozinha.

- Sou eu, Sirius! – respondeu o homem.

- SIRIUS! Vem para cá, estamos fazendo panquecas! E SEM MAGIA! – berrou Tiago, em tom de animação.

Harry e Sirius se afastaram do abraço e seguiram o corredor até a última porta, que era a da cozinha.

- Bom dia Sirius! – cumprimentou um Tiago suado, deixando de lado uma colher de pau e correndo para abraçar o amigo. Virando-se para Harry, ele falou: – Bom dia filho – afagando carinhosamente os cabelos do garoto, que escondiam uma testa sem cicatriz.

- Consegui salvar as panquecas – anunciou Lílian, piscando pra Harry.

- Aleluia! – exclamou Sirius, sentando-se na cadeira que sempre ocupava – Parece que finalmente eu cheguei na hora certa.

Todos se sentaram e começaram a comer.

- Ah, me lembrei – disse Tiago alegremente, cuspindo alguns pedaços de panquecas.

- Tiago, olha os modos! Não é educado falar de boca cheia! – repreendeu Lílian.

- Lily, etiqueta é coisa de trouxa! Mas, isso – falou, puxando do bolso do suéter azul uma pesada carta com um brasão inconfundível – É mais importante – acrescentou, entregando a carta à Harry.

- Vamos Harry, abra a carta – incentivou Lílian, que estava claramente muito animada e orgulhosa.

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